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FILOSOFIA 11ºANO - RELAÇÃO ENTRE DOGMATISMO , CEPTICISMO ,

CRISTICISMO , O REALISMO E O RACIONALISMO

 
Definiçãode dogmatismo , cepticismo , criticismo , o realismo e racionalismo , Qual a sua relação ?

Quando se questiona a possibilidade de o sujeito poder ou não conhecer a realidade , deparamo-nos com um
problema clássico , a sua possibilidade e a sua validade . Nas diferentes respostas filosóficas a estes problema ,
destacam-se as formuladas pelo dogmatismo , pelo cepticismo e pelo criticismo. O dogmatismo , o cepticismo e o
criticismo estão relacionados com atitude , são atitude que o sujeito toma perante o problema da possiblidade.

O dogmatismo é a atitude filsófica que parte da aceitação da existência de uma verdade , no sentido corrente , é
uma atitude pela qual nos ligamos a um dogma ponto de doutrina estabelecido por autoridade ) de maneira passiva.
É uma aitude passiva , na medida em que aceita o que vê tal como é e parte da aceitação das coisas tal como nos
são apresentadas , de forma acrítica.

Em filosofia , dogmatismo é doutrina que defende que defende que o homem é capaz de alcançar verdades ,
certezas absolutas , não dando importância aos factos ou argumentos que possam pôr em dúvida este princípio.

O dogmatismo , como atitude de aceitação sem critica , não é atitude própria da filosofia , pois esta é
essencialmente desenvolvida na questionação para encontrar conhecimento mais sólido.

A posição dogmática admite a experiência de objectos físicos acerca dos quais podemos ter conhecimentos directo
através dos nossos sentidos ; que esses objectos continuam a existir , mesmo que não estejam a ser percepcionados
por ninguém ; que esses objectos são mais ou menos como nos parecem ser , através dos nossos sentidos.

O cepticismo parte do pressuposto que não aceita a possibilidade de o ser humano alcançar a verdade ( certezas ) .
Pode também ser considerado , a doutrina , segundo qual praticar a dúvida e a indagação. O termo cepticismo
deriva do grego e significa “ investigação “ , “ refleção” e “ dúvida “. Cepticismo é portanto uma atitude de dúvida e
de desconfiança face às nossas possibilidades de conhecer a verdade.

De acordo com os cépticos não se pode conhecer o real em si mesmo ( a realidade é incognoscível ) , portanto é
necessário suspender os juízos sobre este e reduzi-lo ao plano fenomenológico , apenas à descrição.O cepticismo é
assim uma oposição ao dogmatismo.

O criticismo é uma atitude metodológica , que assume a necessidade de reflexão e de exame crítico , em vez da
aceitação passiva. O criticismo ,antes de se basear na razão humana e no conhecimento , precede a uma análise
crítica prévia das condições e das capacidades da razão para conhecer.

O realismo é , no sentido corrente , a atitude daquele que tem em conta a realidade e sabe apreciá-la com justeza ,
ou seja , consiste em acreditar que para lá do conteúdo da nossa consciência , existe algo de real . Existem três tipos
de realismo , o realismo ingénuo , o realismo natural ( Aristóteles ) e o realismo crítico ( distinção entre consciência e
realidade ).

O realismo ingénuo acontece quando uma pessoa pensa que aquilo a sua consciência adquiriu é igual à realidade.
Este realismo parte do pressuposto de que nós vemos e a realidade , são uma só coisa. O realismo ingénuo não é
sustentável , porque às vezes os nossos sentidos enganam-nos.

O racionalismo é a doutrina que afirma o primado ( princípio ) da razão , ou seja , é uma concepção , segundo a qual
, a razão humana poderia levar ao conhecimento da verdade.
O racionalismo é uma doutrina , através da qual , o espírito humano possuiria princípios ou conhecimentos ,
independentes da experiência.

PUBLICADO POR APONTAMENTOSECUNDARIO ÀS 19:04


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FILOSOFIA 11ºANO - SENTIDO DA VIDA / NOSSA EXISTÊNCIA

 
O que dá sentido á vida é o fim , a intenção ou propósito que orienta e justifica aquilo que fazamos e que somos.

À pergunta “ qual o sentido da vida?” vários filósofos responderam de diferentes formas. Alguns como A.Camuz
pensam que a vida não tem sentido e que , portanto é um absurdo. Para Camuz apenas queremos sobreviver. Vamo-
nos enganando ao longo da vida.Camuz compara a vida com um jogo , neste jogo , fazemos um pré-acordo com a
própria vida e esse acordo é nós perdermos sempre.Tal como este jogo não tem sentido , também a vida não tem
sentido.Esta forma de pensar acerca do sentido do mundo pode levar a uma angústia exestencial , que é um estado
de inquietação provocado pela consciência de um destino pessoal marcado pelo sofrimento e pela ameaça da morte.

Dentro dos que pensam que a vida tem sentido , dividem-se aqueles que pensam que a vida tem valor ( razão /
finalidade / direcção) no imanente e outros que pensam que a vida tem sentido no transcendente.

Os primeiros dos quais se destaca Jean Paul Sartre , pensam que a única coisa que dá sentido à vida é a liberdade e
o uso que fazermos dela . Satre não acreditava na existência de Deus , pois se este existia , o ser Humano não é
livre , pois Ele ( Deus ) já predeterminou.

Os filósofos que pensam que a vida tem sentido no transcendente ( dos quais se destacam G. Marcel e Karl
Jaspers ) afirmam que a vida tem de ter por base o transcendente , pois é impossível a inteligência do ser humano
ter aparecido do nada.

Tem de existir algo por de trás desta inteligência . Jaspers nuca se refere a Deus , chama-lhe o “ Englobante
“.Segundo o mesmo filósofo , existem indícios que nos fazem ver Deus ( o “ Englobante “) , esses indícios têm o
nome de cifras ou situações – limite. Um exemplo de situação-limite é a morte . Ainda de acordo com Karl Jaspers ,
se a morte é uma situação-limite , tem de existir algo para além dela.

PUBLICADO POR APONTAMENTOSECUNDARIO ÀS 14:20


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FILOSOFIA 11ºANO - CIENTISMO

 
O que é o cientismo ?

O cientismo é a tendência para considerar que as ciências ( em particular as ciências físico químicas ) fornecem o
único modelo de verdade e de conhecimento válido conferindo assim à ciência o monopólio do conhecimento
( Transmando-a numa espécie de religião ).
O cientismo segue um série de dogmas : considera que toda a ciência é boa , põe a ciência como fim absoluto ( livre
de qualquer consequência : tudo o que é para bem da ciência é correcto , “ a ciência pela ciência “ ( a ciência é a
melhor ) , defende que a investigação científica não deve conhecer fronteiras , acredita que toda a ciência é
verdadeira , racional e objectiva , por último considera a ciência como neutra ( está para além desta realidade , não
é boa nem má , o importante é investigar e descobrir sem quaisquer  fronteiras ).

O cientismo pode ser muito criticado por um lado porque abusa grandemente da ciência , por outro por isentar o
cientista de qualquer responsabilidade ( esquecendo-se que as descobertas do cientista têm por vezes perigosas
consequências que podem afectar toda a humanidade).

PUBLICADO POR APONTAMENTOSECUNDARIO ÀS 00:16


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FILOSOFIA 11ºANO - OJECTIVIDADE

 
O que é a Ojectividade ?

A objectividade em epistemologia tem a ver com o carácter do esforço de racionalização científica que recorre por
exemplo à observação , à experimentação e à medida a fim de superar a sensibilidade subjectiva individual para
conseguir um assentimento universal.

Existem dois tipos de objectividade , a forte e a fraca . A forte é aquela que parte do pressuposto que é possível
conhecer o real tal como ele é ( sendo semelhante ao realismo ingénuo : reduzir tudo aos sentidos , empirismo
acrítico ) e o princípio deste tipo de objectividade , é o da certeza “ Esta causa provoca sempre este efeito “ ( a
causa A provoca sempre o  efeito B ) . Este tipo de observação trouxe durante anos a concepção da ciência.

A objectividade fraca é aquela que tenta conhecer o real “ lado a lado “ com o sujeito ( sempre com consciência que
o sujeito interpreta o conheciemnto ) ou seja , é interpretar o real , mas sempre com a consciência de que o sujeito
vê , não é o real ( os sentidos enganam ) . O princípio em que tipo de objectividade se baseia é o princípio da
incerteza “ Esta causa provoca um dos seguintes efeitos “ ( A pode provocar B,C,D,E,... ) .

FILOSOFIA 11º ANO - APRIORISMO DE KANT

 
Apriorismo de Kant
 
Kant é racionalista por concordar que a Razão é determinante.No entanto , também
concorda que se não houvessem sentidos , seria impossível chegar a certezas , pois a
Razão tem de ter o concurso da experiência . Kant , pretende , com a sua tese de
apriorismo , superar as noções do empirismo e racionalismo , em vez de os juntar.
Kant concorda com os racionalistas por afirmarem que a razão é a fonte do processo do
conhecimento , no entanto , não concordava quando estes afirmavam que poderiam
chegar a certezas sem a utilização da experiência. Assim Kant também concordava com os
empiristas , quando estes diziam que era possível conhecimento do mundo sem a ajudoda
experiência. No entanto , discordava destes , pois davam à Razão um papel passivo no
acto de conhecer.
Para Kant existem três fontes de conhecimento : a sensibilidade , o entendimento e a
Razão.
A sensibilidade pode traduzir-se por experiência. A sensibilidade é uma faculdade de
receber dados. A sensibilidade é a intuição , dados que nos vêm dos sentidos ( dados da
experiência ).Mas como é que o ser humano intui ? Através de formas a   priori .  As
formas a priori  dão forma aos conteúdos que nos vêm dos sentidos. Duas dessas formas
podem-se considerar o espaço e o tempo ( estruturas que gerem as intuições).A
sensibilidade necessária ( diz o que acontece , sem ela não acontecimentos) , mas não
suficiente para obter o conhecimento cientifíco , porque não explica a causa do
acontecimento , ou seja não explica porque acontece.Senão houver nenhuma realidade
para intuir , não existe conhecimento.
O entendimento é a inteligência e relaciona-se com a causa ( casualidade ) . O ser
humano , após o processo da observação terá de explicar o porquê ( as causas para
determinado conhecimento ) sendo assim o entendimento a investigação do porquê das
coisas acontecerem de determinada maneira. A forma priori são as categorias ( Kant ao
contrário de Descartes não fala em ideas inatas ) . O entendimento vê em todos os
fenómenos a relação causa-efeito. Para existir , então uma primeira causa.
Enquanto que a sensibilidade é apenas uma relação temporal entre o antes e o depois , o
entendimento é uma relação causa e efeito. Contudo a sensibilidade e o entendimento são
dois factores da nossa inteligência que se encontram sempre relacionados : é necessária a
sensibilidade para o entendimento e sem entendimento a sensibilidade não tem uso.
A Razão é um termo que nos ultrapassa , que a ciência não consegue abordar . É uma
abordagem mais ampla , pensando nas limitações do entendimento.A forma a priori  é
Deus.
A sensibilidade e o entendimento funcionam no conhecimento científico . A Razão
funcionam no conhecimento humano.
Segundo Kant , nós vemos as coisas como nos interessam e apenas as vemos da forma
que o ser humano faz.
De acordo com Kant , o real divide-se em númeno e fenómeno. O número é o real em si
mesmo . O número é nos absolutamente inacessível. O fenómeno é o real para nós
( Homem ) , o que nós vemos . Aqui , Kant formolou a teoria do Idealismo
transcendental , respondendo à questão da natureza do conhecimento . O Idealismo
transcencental supera as dificuldades do idealismo ( que só tinha fenómeno e não númeno
) e do realismo. Segundo Kant , se conhecêssemos o númeno não havia evolução do
conhecimento nem tinhamos dúvidas , nunca nos enganávamos.

FILOSOFIA 11ºANO - SENSO COMUM E CIÊNCIA

Diferencie Senso Comum e a Ciência

O senso comum é um conhecimento construído de forma imediata e espontânea com base nos
dados sensoriais , na transmissão social dos princípios colectivos , crenças e preconceitos que
expressam a experiência colectiva da nossa comunidade e na experiência adquirida ao longo da
vida , no decurso do processo de educação e de socialização.O objectivo do Senso Comum não dá
uma explicação , nem uma compreensão da verdeira natureza da realidade.
Por outro lado , a Ciência é um conhecimento sisitematizado e metódico , que usa raciocínios ,
provas e demosntrações para ir além da experiência e conseguir obter conclusões mais precisas e
rigorosas sobre o funcionamento da Natureza.A Ciência usa processos metodológicos próprios
para explicar e compreender os fenómenos ( naturais ou sociais ) e para além disso , a Ciência
pretende formular leis e teorias explicativas que permitam controlar a Natureza e pô-la ao serviço
do Homem.

FILOSOFIA 11 º ANO - PROBLEMA DA VERIFICABILIDADE DAS HIPÓTESES

Esclareça o problema da verifcabailidade das hipóteses , tendo como base Karl Popper e Thomas
Kuhn.

Popper coloda de lado o método indutivo , considerando que não é possível verificar totalmente
as conjecturas ( termo que o mesmo preferia utilizar para designar teorias ) , Popper diz que é um
erro verficar as teorias. O correcto a fazer é falsificá-las.

A atitude de um cientista deve ser tentar descobrir o que a sua teoria / conjectura não consegue
provar onde é que ela falha.À medida que uma conjectura vai resistindo a todas as tentativas de
refutação , esta vai ficando mais corroborada , visto que as teorias nunca podem ser confirmadas
em definitivo.Segundo Popper , as teorias cientificas são sempre hipóteses , mais ou menos
corroboradas . Se o cientista estiver , na maior parte das vezes , quando formulam uma teoria ,
procuram uma teoria , procuram ver o que ela consegue provar . No enter de Popper , a Ciência
evolui de erro em erro . Este método de Karl Popper obriga o cientista a ser um pouco filófoso pois
tem de justificar. Ao recusar o método indutivo , Popper evitava também o problema clássico do
referido método.O método indutivo caía no erro de generalizar o particular.Popper propõe uma
disposição diferente do cientista . Este não deve ter medo da crítica , mas sim procurá-la pois ela é
o “ motor” da ciência . Quanto mais o cientista esconder as falhas , mais atrasada fica a Ciência .
Segundo Popper , a teoria só se pode aceitar na comunidade científica quando quando se
descobre nesta algo de falso , se se esconder o que há de falso numa teoria esta torna-se cada vez
mais falsa.O cientista não pode ser dogmático : só admitindo e descobrindo o erro se o pode
eliminar e passar à frente .

Kuhn , por sua vez , não olha para dentro da ciência da Ciência , mas para a sua história , vendo
como é que as teorias se foram sucedendo , dando uma explicação social.De acordo com o mesmo
autor , todos os cientistas estão mergulhadores em paradigmas aos quais não podem fugir ( estão
enquadrados no contexto de determinada época logo tem um conjunto de saberes , ensinamentos
, maneiras de ver o Mundo , etc ) completamente diferentes consoante a época em que vivem,O
método de Kuhn funcionava em ciclo , podendo ser comprado com a construção de um puzzle.
Começava num paradigma que ia resolvendo os problemas ( o “ fazedor “ de puzzles começa com
determinada imagem na cabeça ) , constituindo a ciência normal . Este método funcionava , até
que apareciam anomalias que conduziram a crises ( por vezes as peças que não encaixam , quando
isto acontece , o “ fazedor “ de puzzles tem de descobrir o erro e chegar a conclusão que a culpa
do erro não foi sua mas do puzzle ), constituindo a ciência extraordinária ( contrária ao
normal ).Após a crise , ocorre a revolução científica , formando-se um novo paradigma , que
redefine a noção de verdade.A partir daqui recomeça o ciclo , sendo novamente o seguinte passo
a “ resolução de problemas “ . Na perspectiva de Kuhn , a Ciência não faz mais que saltar de
paradigma em paradigma.Para Kuhn , cada novo paradigma tem uma configuração diferente do
anterior , embora não signifique que esteja mais perto da verdade , apenas um explica melhor que
o outro. Na ciência normal , apenas pomos em prática aquilo que já sabemos , enquanto que na
ciência extraordinária , o salto de paradigma em paradigma destrói e volta a fazer.A ciência
extraosdinária é uma evolução descontínua , no enquanto , esta afirmação contraria a definição de
evolução ; enquanto que a ciência normal é uma evolução contínua da Ciência ( engordar a ciência
).

A ciência normal é a construção do puzzle , não existem gransdes saltos ou descobertas ( apenas
se põe em prática o que já conhecemos ).É uma ciência extraordinária que se dão os grandes
saltos científicos.

Ambos ( Popper e Kuhn ) são críticos da Ciência e são contra os dogmáticos.

FILOSOFIA 11ºANO - DISTINÇÃO ENTRE MÉTODO INDUTIVO DO MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO

O método indutivo não chega a teorias universais seguras pois parte do particular para o
universal , no entanto poupa tempo e é funcional . Este método depende muito da observação e é
precisamente aí que começa , devendo ser imparcial , rigorosa e neutra.

Na realidade , a observação nunca é imparcial , pois o cientista tem que saber o que é quer ver /
observar , sendo portanto , selectiva.Seguidamente dever-se-á formular hipóteses , que serão
verificadas ou refutadas após a experimentação ( por se basear na experimentação este método é
sempre uma generalização ) . Superada esta , a hipótese poderá ser considerada uma lei , podendo
–se a partir dela chegar a novas conclusões .

Poderá prever-se o futuro e se os dados futuros não concordarem com as previsões , a lei terá de
ser alterada.A grande desvantagem do método indutivo é que nem sempre se chega a premissas
verdadeiras gerais partindo de premissas particulares , o que faz com que este método científico
seja algo dúbio.Por dar muita importância à observação torna-se empírico , entrando assim num
círculo vicioso( falta-lhe um princípio).

O método hipotético-dedutivo é o método mais utilizado em pesquisas laboratoriais e tem por


base a formulação de uma hipótese que deverá ser experimentada e comprovada. Este método
começa por formular um facto-problema , uma hipótese e investiga essa hipótese tentando-a
falsificar ou comprovar , inferindo da mesma consequência preditiva.Posteriormente , dever-se-á
realizar a experimentação e posterior confirmaçãoou refutação da consequência preditiva.Se a
experimentação confirmar consequência preditiva , a hipótese é apoiada ou corroborada ,
formulando-se uma lei.Se a experimentação refutar a consequência preditiva , a hipótese é
rejeitada e é formulada outra hipótese.As leis são interligadas umas com as outras , chegando-se a
teorias científicas que explicam um todo , ao contrário das leis que são mais pequenas e menos
gerais , explicando os aspectos para chegar a um todo.
FILOSOFIA 11ºANO - MÉTODO CIENTIFICO

Quais as vantagens do método cientifico ?

Nas ciências é indispensável a utilização de um método : conjunto de processos racionais , por


meio dos quais se deduzem leis científicas ( partindo de factos particulares ) . No entanto , o
método científico tem vantagens e desvantagens.

As vantagens são o facto de garantir verdades ( segurança ) , ser económico e possuir fecundidade
( produz algo , formula teorias ). As desvantagens são a rotina , pois após algum tempo , como o
método é sempre o mesmo , o cientista pode cair na rotina , e consequentemente no
dogmatismo.Apesar de o método resultar uma vez , não significa que resulte sempre , não
devemos portanto , aceitar sempre tudo o que concluimos: seriamos dogmáticos se assim o
fizéssemos.

Como funciona o método científico ?

O método científico começa com a observação . Dentro da observação podemos distinguir a


observação natural e a científica. A observação natural “ vê” a natureza em bruto , sendo
espontânea , não selectiva , indiferente e superficial.Daí o problema desta observação : se não
tivermos uma teoria quando “ vemos “ as coisa , no fundo é como não estivessemos a “ ver “
nada.A observação científica vai ser assim selectiva ( em quantidade e qualidade ), sabe o que quer
ver , possui uma teoria e é planeada ( dá importância a certos aspectos e inora os outros ): assim “
não temos ( espontâneo , percepção), fazemos ( selecção , sabe o que quer ver ) uma observação
“.Esta seria a atitude própria de um cientista no início do método científico.

Depois da observação surgem as perguntas sobre o fenómeno científico . Se este fenómeno é


dado ou não ( puro ) e se este fenómeno foi criado ( porque o cientista planeia a sua observação )
ou se não foi criado ( se não é absolutamente criado ).

Após a observação , existe a fase do levantamento de hipóteses.” Hipóteses “ , originalmente do


grego significava “ pôr por baixo “.A melhor tradução portuguesa desta palavra seria
suposição.Hipótese é portanto , algo que serve de base , é uma tentativa de fundamentar uma
teoria. O primeiro passo nesta fase é portanto , a suposição , à qual se segue a tentativa de
explicação ( que antecipa um modelo de explicação ).O levantamento de hipóteses não deriva
directamente da observação , pois nesse caso todos os cientistas verificam o mesmo ( levantariam
as mesma hipóteses ).A hipótese é sempre diferente da ficção ; enquanto que esta não tem de ser
plausível , não tem limites , não está limitada pelo fenómeno e fala do futuro , a hipótese tem de
ser plausível e fala do presente. O cientista tem de ser criativo a levantar hipóteses , já Einstein
dizia : “ o cientista é obrigado a inventar coisas “. Um bom exemplo de um cientista de ficção é
Júlio Verne que se dedicou a escrever livros sobre viagens , máquinas e aventuras impossíveis
( algumas delas impossíveis apenas para a altura em que o autor vivia ).

A última fase do método cientifico é a verificação de hipóteses , na qual os cientistas têm duas
hipóteses , ou verificam ou falsificam.Os cientistas mais conservadores e dogmáticos
verificam.Este método não é muito correcto , pois todas as hipóteses têm sempre uma margem de
falsidade.

Karl Popper introduziu uma nova forma de fazer ciência :  falsificar . Popper afirmava : “ o bom
cientista tem que dizer que a sua teoria ser comprovada em vários aspectos , no entanto há outros
que o próprio não consegue ultrapassar”. Isto porque todas as teorias têm excepções , senão não
eram teorias e sim leis.Existem sempre aspectos que necessitam de melhoramento , tal como se
diz “ a excepção confirma a regra”.

O 08
FILOSOFIA 11º ANO - CIÊNCIA

 
Qual é a divisão clássica das ciências ?

As ciências podem dividir-se em ciências formais ( Matemática , Lógica , etc . ) , ciências da Natureza ( Biologia ,
Geologia , Física , etc . ) e ciência humanas ( Psicologia , Sociologia , História , etc . ).

Esta divisão das ciências já se encontra um pouco ultrapassada.

As ciências da natureza são as mais objectivas que as humanas , no entanto não são mais ciências que estas
últimas , só que mais objectivas encontram-se mais vezes de acordo , pois os dados da natureza são fixos.Na
História , por exemplo , o mesmo acontecimento pode ter várias interpretações.

As ciências da natureza explicamm e formulam leis enquanto que as humanas pretendem compreender os
fenómenos.

Sem ciência existe o senso comum , ou seja usar a realidade sem fazer  reflexões ( tal como ela nos é
apresentada ) , aceitar o que nos vem dos sentidos . Este conhecimento é desorganizado , dogmático e empírico.

O que é a ciência ?

A definição de ciência nos tempos modernos é um conjunto de conhecimentos discursivos que estabelecem relações
ou leis necessárias entre os fenómenos estudados , sendo assim mias um mode de conhecer ( ou de pensar ) do que
um conjunto de conhecimentos. A ciência não é um acumulado de conhecimentos. Tal como a filosofia ou a arte , a
ciência é uma forma diferente de ver a realidade.

 Quais são as características das ciências da natureza ?

A primeira característica das ciências da natureza é a construção racional. Se a ciência é uma construção , essa
construção tem de ser entendida numa época histórica e tem de ter diversos factores em conta , como as teorias
precedentes ou os conhecimentos já existentes. A ciência é uma construção racional sem fim ( construtiva ).

Todas as ciências têm de possuir um método ( um conjunto de técnicas para uma determinada ciência explicar o
respectivo objecto) e um objecto é a vida e o método é experimental.

As ciências caracterizam-se também por possuírem uma explicação operativa.

Todas as ciências explicam ( formulam teorias ) , prevêem ( mas não no sentido de advinhar o futuro , mas sim no
sentido de já estarmos à espera que qualquer coisa aconteça e de pudermos modificá-la ) e produzem fenómenos.
Uma das características mais importantes das ciências é a revisibilidade . O conhecimento científico está sempre
sujeito a revisões.Karl Popper dizia que todo o conhecimento que não estava sujeito a revisões não era cientifico ,
era dogmático.

As ciências possuem a sua prórpia linguagem , chamada linguagem cientifica e própria , com explicações precisas e
práticas , que influenciam a própria compreensão da disciplina.

FILOSOFIA 11 º ANO - NEOPOSITIVISMO LÓGICO

O que é o Neopositivismo lógico ?

O Neopositivismo lógico apareceu no período entre as duas guerras mundiais , e em linhas gerais
assemelha-se ao empirismo , inserindo-se na filosofia analítica ( interessa-se principalmente pelo
significante , relegando o referente ( real ) e o significado ( conceito ou ideia ) para segundo plano.

O Neopositivismo lógico distingue-se do empirismo de Hume pela importância atribuída à


linguagem , fazendo uma análise entre a linguagem e a realidade , preocupando-se com a
linguística no geral e não especificamente ( como por exemplo o inglês ou o português ) . Se uma
palavra não possui referente , o neopositivismo lógico humanidade , baseando-se no real , e
excluindo o que não esteja de acordo com este.

Para o Neopositivismo lógico existem dois tipos de proposições , as analíticas ( estabelecem


relações entre ideias ) e as sintéticas ( estabelecem relações entre factos ).

Ambos os tipos de proposições dividem-se em proposições com e sem sentido.

As proposições analíticas são proposições não transmitem qualquer informação sobre factos e
portanto a sua verdade não depende em absoluto dos factos. Este tipo de proposições são
tautologias , ou seja , são proposições em que o sujeito e o predicado expressam um só conceito
( por palavras diferentes ).

Por outro lado , as proposições sintéticas são próprias das ciências empíricas ( como a Física ,
Química , História ...), fornecem informações sobre factos e por isso a sua verdade depende desses
factos. A fonte do conhecimento destes factos é a experiência .

As proposições analíticas com sentidop cumprem as regras da lógica . As sem sentido não
cumprem as mesmas regras.

As proposições sintéticas com sentido são verificáveis ( basta existir a possibilidade de serem
verificadas , depois podem ser verdadeiras ou falsas ) as sem sentido não o são ( não podem ser
consideradas verdeiras nem falsas ).

Para finalizar o neopositivismo lógico pode considerar-se uma recusa à metafísica , pois de acordo
com este todas as proposições metafísicas são proposições sem sentido.

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