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UNIVIVERSIDADE PÚNGUÈ

Faculdade de Educação

A Ética Protestante e o Espírito Capitalista


Curso de Licenciatura em Ciências da Educação
Trabalho Científico

Brain António Bento

Hernélio Sózimo Juízo Chichaúte

Minita Silvestre Adelino

Sara Filipe

Wilma Augusto Cadeado

Chimoio

Maio, 2023
Brain António Bento

Hernélio Sózimo Juízo Chichaúte

Minita Silvestre Adelino

Sara Filipe

Wilma Augusto Cadeado

A Ética Protestante e o Espírito Capitalista

Trabalho científico de carácter avaliativo a ser


apresentado na faculdade de Educação, no
departamento de Psicologia e Pedagogia, no curso
de Licenciatura em Ciências da Educação do
terceiro ano, sob orientação do Ph.D.: Pedro Uetela

Chimoio

Maio, 2023
Índice
CAPÍTULO I: CONSIDERAÇÕES INICIAIS..........................................................................4
1.0 Introdução.....................................................................................................................4
1.1 Objectivos.....................................................................................................................5
1.1.2 Objectivo geral...........................................................................................................5
1.1.3 Objectivos específicos................................................................................................5
1.2 Metodologias.....................................................................................................................5
CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................6
2.0 Ética..............................................................................................................................6
2.1 Protestar........................................................................................................................6
2.2 Espírito.........................................................................................................................6
2.3 Capitalismo...................................................................................................................7
3.0 Ética Protestante e o Espírito Captalista......................................................................7
3.0.1 Ética Protestante.........................................................................................................7
3.0.2 O Espírito Captalista...................................................................................................8
3.1 Os Fundamentos Religiosos do Ascetismo Mundano..................................................9
CAPÍTULO III: CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................12
3.2 Conclusão...................................................................................................................12
3.3 Referências bibliográficas...............................................................................................13
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CAPÍTULO I: CONSIDERAÇÕES INICIAIS


Este capítulo dedica-se à apresentação do tema que será abordado durante a
materialização do trabalho, apresentação dos objectivos traçados e a serem alcançados assim
como das metodologias usadas para a sua efectivação.

1.0 Introdução
Neste presente trabalho de investigação científica referente à cadeira de Sociologia da
Educação, falar-se-á da Ética Protestante assim como do Espírito Capitalista, sem deixar de
lado aquilo que são os assuntos relevantes e relacionados ao tema supracitado.

É por alguns que ao falar-se da ética protestante é o mesmo estar a falar duma prática
da ascese e pela crença na predestinação. A ascese é uma ética de virtuosos que diz sobretudo
respeito às religiões de salvação do Ocidente, exactamente como a define Max Weber.

Considerado um dos fundadores da sociologia, Max Weber nasceu em 1864, em


Erfurt. Dedicou-se a estudos nas áreas da filosofia, teologia, história, economia e direito.
Publicada em 1905, sua obra A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, é uma
referência fundamental nos estudos sobre religião e sociedade. O intuito consiste em ponderar
a influência da Reforma Protestante, especialmente das doutrinas protestantes de cunho
ascético, na formação do capitalismo moderno. Com efeito, o autor defende uma relação entre
a ética concernente a tais crenças e o que ele chama de espírito do capitalismo. Tal espírito se
expressa, grosso modo, num ideal de conduta por parte do homem moderno, diante das novas
perspectivas decorrentes do processo de racionalização alavancado pelo advento do
capitalismo industrial.

O presente trabalho na sua estrutura apresenta três (3) capítulos, dos quais o primeiro
capítulo (CAPÍTULO I: CONSIDERAÇÕES INICIAIS), ilustra a ideia do que se irá debater
durante o desenvolvimento do trabalho, os objectivos traçados e assim como as metodologias
que serviram de auxílio na realização do mesmo; o segundo capítulo (CAPÍTULO II:
FUNDAMENTAÇÃO teórica), busca fazer compreender a essência daquilo que é são Ética
Protestante e o Espírito Capitalista do Max Weber e sem se quer deixar de lado aquilo são os
aspectos relevantes e relacionados ao tema em destaque; por fim o terceiro capítulo
(CAPÍTULO III: CONSIDERAÇÕES FINAIS), que é no qual estão apresentadas as
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conclusões obtidas assim como as referências bibliográficas que representam as obras


recorridas e tidas como bases para a efectivação do trabalho.

1.1 Objectivos
Os objectivos são o ponto de partida, as premissas gerais do processo pedagógico.
Representam as exigências da sociedade em relação à escola, ao ensino, aos alunos e, ao
mesmo tempo, reflectem as opções políticas e pedagógicas dos agentes educativos em face
das contradições sociais existentes na sociedade (LIBÂNEO, 2006).
Neste contexto, importa-nos apresentar os objectivos a serem alcançados na
elaboração do presente trabalho:

1.1.2 Objectivo geral


 Compreender a Ética Protestante e o Espírito Capitalista.

1.1.3 Objectivos específicos


 Explicar as ideias da Ética Protestante e do Espírito Capitalista;
 Identificar as reformas capitalista apresentadas pelo Max Weber;
 Descrever o pensamento do Max Weber na sua obra do tema supracitado.

1.2 Metodologias
De acordo com Libâneo (2006), método é o caminho para atingir um objectivo.

Para a materialização do trabalho, apropriou-se da pesquisa bibliográfica, que na


expectativa de Gil (2008), este tipo de pesquisa é desenvolvido a partir de material já
elaborado por outros pesquisadores, tais como:

 Livros – obras literárias ou obras de divulgação, dicionários, enciclopédias, anuários e


almanaques;
 Publicações periódicas – artigos científicos de revistas ou jornais científicos,
disponíveis em bibliotecas ou internet.
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CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


Este capítulo é dedicado a providência de abordagens relacionados à Ética Protestante
e o Espírito Capitalista, motivo pelo qual exorta-se mais meditação neste capítulo visto que é
o que mais elucida a temática em destaque.

2.0 Ética
A Ética é um ramo da filosofia que lida com o que é moralmente bom ou mau, certo
ou errado. As palavras ética e moral têm a mesma base etimológica: a palavra grega ethos e a
palavra latina moral, ambas significam hábitos e costumes.

Ética é o que marca a fronteira da nossa convivência, é aquela perspectiva para


olharmos os nossos princípios e os nossos valores para existirmos juntos e é o conjunto de
seus princípios e valores que orientam a minha conduta (CORTELLA, 2009, p. 102).

Observa-se que a palavra ética passou a fazer parte do vocabulário do homem comum
e está sempre na média, demonstrando a vigência de uma preocupação urgente e universal. A
este respeito, Cortina (2003, p. 18) afirma que: “embora a ética esteja na moda, e todo mundo
fale dela, ninguém chega realmente a acreditar que ela seja importante, e mesmo essencial
para viver”.
2.1 Protestar
A palavra “protestar” é verbo transitivo indirecto e intransitivo Reclamar; expressar
oposição, revolta; apresentar uma reclamação.

2.2 Espírito
A palavra espírito apresenta diferentes significados e conotações diferentes, a maioria
deles relativos a energia vital que se manifesta no corpo físico. A palavra espírito é muitas
vezes usada metafisicamente para se referir à consciência e a personalidade. As noções de
espírito e alma de uma pessoa muitas vezes também se sobrepõem, como tanto contraste com
o corpo e ambos são entendidos como sobreviver à morte do corpo na religião e
pensamentos espiritualistas, e "espírito" também pode ter o sentido de "fantasma", ou seja,
uma manifestação do espírito de uma pessoa falecida (SPINELLI, 2006).

Na filosofia, aparece como sinônimo do termo mente (intercambiável como esprit, no


francês, e Geist, em alemão), principalmente em questões como o racionalismo de Descartes,
no dualismo mente-corpo, e o idealismo (por exemplo, o Espírito
(Geist) Absoluto de Hegel no idealismo alemão). O termo também pode se referir a qualquer
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entidade incorpórea ou ser imaterial, tais como demônios ou divindades, no cristianismo


especificamente do Espírito Santo (SPINELLI, 2006).
2.3 Capitalismo
Capitalismo é um conceito essencial para a compreensão da modernidade. Da mesma
forma que sua história pode servir para explicar as mudanças socioeconômicas mais
importantes do passado, debates sobre o capitalismo levam a discussões sobre os problemas
mais urgentes da atualidade, desde a globalização, mudança climática, a crescente
desigualdade social, perspectivas de progresso e seus custos humanos. Ao mesmo tempo,
como um conceito de síntese histórica capitalismo é insuperável, reunindo as dimensões
econômica, social, cultural e políticas do passado (KOCKA, 2016, p. 7).

O capitalismo é um complexo sistema econômico e social que tem se mostrado ser


“bem mais dinâmico do que qualquer outro que o precedeu”(GIDDENS, 2005, p. 534). Como
bem enfatizou Marx (1984), a essência desse sistema é o acúmulo de capital. Entretanto, tal
essência não é inerente ao capitalismo. Desde os tempos remotos diversas civilizações
buscaram o acúmulo de riquezas como meio de conforto, de segurança, de prazer e de poder
(GIDDENS, 2005).
3.0 Ética Protestante e o Espírito Captalista
A ética protestante e o "espírito" do capitalismo (no original em alemão Die
protestantische Ethik und der 'Geist' des Kapitalismus) é uma obra produzida por Max
Weber (1864-1920), considerado um dos fundadores do pensamento sociológico.

3.0.1 Ética Protestante


Weber argumenta que algo da ética protestante era novo no contexto da modernidade
capitalista, ao contrário do catolicismo, a saber: a valorização do cumprimento do dever no
âmbito das profissões mundanas como o mais elevado conteúdo que a autorrealização moral é
capaz de assumir. Isso, segundo Weber, gerou uma significação religiosa do trabalho
mundano de todo dia (WEBER, 2004).

O calvinismo, nesse sentido, defende a necessidade de uma comprovação da fé na vida


profissional mundana. Na ética protestante, o único meio de viver que agrada a Deus não está
em suplantar a moralidade intramundana pela ascese monástica, mas sim, exclusivamente, em
cumprir com os deveres intramundanos, tal como decorrem da posição do indivíduo na vida, a
qual por isso mesmo se torna a sua “vocação profissional” (WEBER, 2004).
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Nas palavras de Lutero (2019, p. 14), esta é a liberdade cristã, nossa fé, que não faz
que sejamos ociosos ou vivamos mal. O cumprimento dos deveres intramundanos é a única
via de agradar a Deus em todas as situações, que esta e somente esta é a vontade de Deus, e
por isso toda profissão lícita simplesmente vale muito e vale igual perante Deus (WEBER,
2004, p. 73).

A ética religiosa e o mundo se interpenetram na conduta de vida racional-metódica


das camadas portadoras das sociedades do capitalismo inicial; e essa “interpenetração”
provoca uma configuração ética do agir cotidiano, atingindo todas as esferas da vida, bem
como a institucionalização do agir econômico e do agir administrativo, racionais em termos
teleológicos (HABERMAS, 2012, p. 535).

O protestantismo poderá ser descrito como uma imensa redução do âmbito do sagrado
na realidade, comparado com seu adversário católico, desaparece também o milagre da missa.
Milagres menos rotineiros, embora não sejam completamente negados, perdem todo o
significado real para a vida religiosa, desaparece também a imensa rede de intercessão que
une os católicos neste mundo com os santos e, até mesmo, com todas as almas (BERGER,
1985).

O protestantismo despiu-se tanto quanto possível dos três mais antigos e poderosos
elementos concomitantes ao sagrado: o mistério, o milagre e a magia (BERGER, 1985, pp.
149-150).

3.0.2 O Espírito Captalista


Espírito do capitalismo é considerado pela sua tipologia ideal, visto que a realidade
concreta é impossível de ser abstraída em sua totalidade.

Weber ao estudar o desenvolvimento econômico do Ocidente encontrou uma atitude


em relação ao acúmulo de riquezas sem precedentes na história. Essa atitude foi denominada
por ele de espírito do capitalismo. O embrião do capitalismo, e consequentemente sua forma
peculiar de acúmulo de riquezas - o espírito do capitalismo, teve sua origem na religião, mas
especificamente no puritanismo, uma variedade do Protestantismo. Por esse espírito, os
primeiros capitalistas, os puritanos, buscavam o acúmulo de riquezas para o reinvestimento na
expansão dos empreendimentos que dirigiam. Assim, o acúmulo de riquezas deveria ser uma
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espiral contínua predestinado somente a alguns indivíduos, cujo preço dessa dádiva era viver
sem demonstração de opulência e de forma abnegada e fugaz (GIDDENS, 1971).

É o espírito do capitalismo que faz do capitalismo o que ele é, ou seja, uma filosofia
de acúmulo contínuo de riquezas sem limites. Para tanto, o capitalismo é assegurado pela
desigualdade social que tem não só garantido a sua sobrevivência, mas preconizado o seu fim
como uma utopia, no sentido clássico – um conceito negativo – que, como qualquer utopia,
não se realiza (SANTANNA, 2004). Assim sendo, a riqueza e a pobreza são polos do mesmo
eixo capitalista, a inexistência de um leva todo o sistema à entropia, ao colapso, à morte.

O puritano queria ser um profissional – nós devemos sê-lo. Pois a ascese, ao se


transferir das celas dos mosteiros para a vida profissional, passou a dominar a moralidade
intramundana e assim contribuiu [com sua parte] para edificar esse poderoso cosmos da
ordem econômica moderna ligado aos pressupostos técnicos e econômicos da produção pela
máquina, que hoje determina com pressão avassaladora o estilo de vida de todos os indivíduos
que nascem dentro dessa engrenagem – não só os economicamente ativos – e talvez continue
a determinar até que cesse de queimar a última porção de combustível fóssil…Quis o destino,
porém, que o manto virasse uma rija crosta de aço/jaula de ferro (WEBER, 2004, p. 165).

O capitalismo teve seu início no ocidente, o que evidencia um tipo


de ethos profissional demarcado na ideia de vocação permeada pelo protestantismo, Weber
não teve o intuito determinista, de produzir uma narrativa baseada em uma modernidade
ocidental, que se ramifica por todos os países de forma heterogênea mas, teve o cuidado de
observar as conexões em suas multiplicidades causais, para os fenômenos que se deram a
partir da ética protestante e de um “espírito” capitalista.

3.1 Os Fundamentos Religiosos do Ascetismo Mundano


 Calvinismo – se estabeleceu na Holanda, Inglaterra e França, sobre a qual as grandes
lutas políticas e culturais dos séculos XVI e XVII tinham-se realizado. A
predestinação era seu dogma principal, que podemos auferir da Confissão de
Westminster, dizia que Deus, através de seus decretos, decidiu o destino de cada
indivíduo, uns a vida, outros a morte. Dessa forma, era impossível para um ser
humano perder a Graça e a Salvação concedida por Ele, assim como adquiri-las se as
fossem negadas. Isso foi encarado e combatido como sendo um grande elemento de
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perigo político, uma vez que, cabia a cada um seguir sozinho à procura do seu
caminho, em busca daquilo que já estava determinado para ele e para a eternidade.
Ninguém poderia ajudá-lo. Para os calvinistas Deus ajuda quem se ajuda e, para isso,
Ele requer dos fiéis uma vida de bons trabalhos. Desta feita, o trabalho tem uma
imensa importância na vida dos indivíduos, o que dá base a racionalização do trabalho,
estrutura do sistema econômico capitalista. Foi o que definiu a diferença
absolutamente decisiva com relação ao catolicismo, uma vez que eliminou por
completo o projeto de salvação por meio da igreja e seus sacramentos;
 Pietismo – foi no início uma cisão do movimento calvininsta na Inglaterra e na
Holanda e mais tarde absorvido pelo luteranismo. Levou seus fiéis a viverem em
comunidades, livres das tentações do mundo, voltados para a vontade de Deus. Assim,
poderiam ter a certeza do seu renascimento, pelos sinais externos presentes em sua
conduta diária. Com isso, criou-se um maior controle da conduta da vocação. Mesmo
não tendo um ajustamento dogmático satisfatório, conservou-se como um movimento
da igreja luterana, sendo seu líder Spencer. Sua base religiosa era voltada para a ética
vocacional, pois o próprio Deus abençoava seus escolhidos através do sucesso em seu
trabalho. E para não dar chance ao azar, pois poderia acontecer de algum pietista não
encontrar sua vocação, a irmandade funcionava como um centro missionário e uma
empresa de negócios, que dirigia seus crentes no caminho do ascetismo secular. Com
ênfase no lado emocional, o Pietismo não desenvolveu a racionalização da atividade
mundana da mesma forma que os calvinistas, que por sua vez estava relacionado com
um rigoroso legalismo e com o universo dos empreendedores capitalistas burgueses;

 Metodista – movimento anglo-americano, conhecido como Pietismo Continental.


Apresentava uma indiferença pelo ascetismo calvinista, trazia a natureza sistemática e
metódica da conduta dos seus seguidores, com o propósito a certitudo salutis (certeza
da salvação). Sua base estava no puro sentimento da certeza do perdão, derivado do
testemunho do espírito. Devido à exposição de Wesley às influências moravianas e
luteranas, apenas o conceito da regeneração – a certeza emocional da salvação como
resultado imediato da fé – foi mantido como fundamento da graça, além da
santificação pela libertação do pecado. Os metodistas acreditam que as boas obras
devem ser realizadas apenas para a glória de Deus. Quem não pratica obras boas não é
um bom crente.
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 As seitas batistas – esses grupos, dentre os quais, além dos batistas, temos os
menonitas e os quakers, encontramos uma fonte independente de ascetismo protestante
que diferem em princípio da doutrina calvinista. A comunidade religiosa já não era
vista como uma instituição que deveria incluir justos e injustos, quer para aumentar a
glória de Deus (calvinistas), quer como um meio de trazer aos homens os meios da
salvação (católicos e luteranos), mas exclusivamente como uma comunidade de
pessoas crentes na redenção (renascimento), não como uma igreja, mas como uma
seita, na qual só adultos, que tivessem adquirido pessoalmente sua própria fé,
poderiam ser batizados. A justificação por esta fé era radicalmente diferente da ideia
do trabalho mundano a serviço de Cristo, como impunha o dogma ortodoxo do
protestantismo mais antigo. Consistia mais na tomada da posse espiritual do seu dom
da salvação. Mas isso ocorria mediante a revelação individual, pelo trabalho do
Espírito Divino sobre o indivíduo, e apenas desse modo. Era oferecido para todo
mundo. Bastaria esperar pelo Espírito, sem resistir à sua vinda com um apego
pecaminoso a este mundo. Um rígido afastamento do mundo, mantendo o intercâmbio
estritamente necessário com as pessoas mundanas, apego aos ensinamentos bíblicos,
no sentido de assumir um modelo de vida próximo ao dos primeiros cristãos, foram o
resultado das primeiras comunidades anabatistas. Repudiavam toda idolatria à carne.
O modo de vida bíblico foi concebido pelos primeiros batistas suíços e do sul da
Alemanha com radicalismo, semelhante a São Francisco, evidenciando uma
inequívoca ruptura com gozo da vida.

As seitas batistas “desmistificaram” o mundo, desenvolvendo a mais radical


desvalorização de todos os sacramentos que tinham como fim a salvação. Desejavam
que sua igreja fosse “pura” para que conduzisse inocentemente seus crentes.
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CAPÍTULO III: CONSIDERAÇÕES FINAIS


Este capítulo dedica-se a apresentação das conclusões obtidas durante a realização do
trabalho, assim como a apresentação das referências bibliográficas que representam as fontes
ou obras que serviram de auxílio na materialização do trabalho.
3.2 Conclusão
Após fazer-se uma viagem em torno da temática expostar no preambulo do trabalho,
teve que como conclusões que ao falarmos da Ética Protestante e do Espirito Capitalista ou
Espirito do Capitalismo, em primeira instância olha-se em referência a obra do sociológo Max
Weber que é de grande impacto na área das Ciências Sociais.

No entanto, o pensamento trazido pelo autor nesta obra é o do início das civilizações
ocidentais baseando-se no comércio e outras actividades que perpetravam as trocas comerciais
desiguais, sobre tudo no que toca os valores monetários. Trata-se de um movimento
economista ocidenatal que de certa forma já ia refutando as ideas das crenças religiosas para o
desenvolvimento dos indivíduos ou para a garantia do bem-estar.

Os protestantes era aqueles que trazia princípios paradoxais ao catolicismo gerando


negócios e alimentando o comércio e dando assim vida ao existência di capitalismo ou do
espirito capitalista que é nada mais nada menos que uma simples paixão pelo dinheiro e pelos
bens preciosos como o ouros, diamantes entre outros recursos naturais exploráveis. Fora isso,
existiram também os católicos que criam que tudo é era resolvido pelo ser supremo que é
Deus, eles criam que o sucesso e o bem estar são provinientes das crenças dividas.

3.3 Referências bibliográficas


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BERGER, P. (1985). O Dossel Sagrado: elementos para uma teoria sociológica da religião.
São Paulo, Brasil: Paulus.
CORTELLA, M. S. (2009). Qual é a tua obra? Inquietações, propositivas sobre gestão,
liderança e ética. Petrópolis: Vozes.

CORTINA, A. (2003). O fazer ético. São Paulo, Brasil: Moderna.

GIDDENS, A. (1971). Capitalism and Modern Social Theory: An Analysis of the writings of
Marx, Durkheim and Max Weber. Cambridge: Cambridge University Press.

GIL. (2008). Aquisição e retenção de conhecimentos: uma perspectiva cognitiva (1 ed.).

HABERMAS, J. (2012). Teoria do Agir Comunicativo 1: racionalidade da ação e


racionalização social. São Paulo, Brasil: Martins Fontes.

KOCKA, J. (2016). Capitalism. A short history. New Jersey: Princeton University Press.

LIBÂNEO, J. C. (2006). Didáctica. São Paulo, Brasil: Cortez Editora.

LUTERO, M. (2019). Escritos Seletos Petrópolis. Vozes.

SANTANNA, S. L. (2004). O livro do século. (introdução a tradução) In: WEBER, Max. A


Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo, Brasil: Martin Claret.

SPINELLI, M. (2006). "Sócrates e o seu daimónion". In: Questões Fundamentais da


Filosofia Grega. São Paulo, Brasil: Loyola.

WEBER, M. (2004). A Ética Protestante e o “Espírito” do Capitalismo. São Paulo, Brasil:


Companhia das Letras.

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