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Faculdade de Educação
Sara Filipe
Chimoio
Maio, 2023
Brain António Bento
Sara Filipe
Chimoio
Maio, 2023
Índice
CAPÍTULO I: CONSIDERAÇÕES INICIAIS..........................................................................4
1.0 Introdução.....................................................................................................................4
1.1 Objectivos.....................................................................................................................5
1.1.2 Objectivo geral...........................................................................................................5
1.1.3 Objectivos específicos................................................................................................5
1.2 Metodologias.....................................................................................................................5
CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................6
2.0 Ética..............................................................................................................................6
2.1 Protestar........................................................................................................................6
2.2 Espírito.........................................................................................................................6
2.3 Capitalismo...................................................................................................................7
3.0 Ética Protestante e o Espírito Captalista......................................................................7
3.0.1 Ética Protestante.........................................................................................................7
3.0.2 O Espírito Captalista...................................................................................................8
3.1 Os Fundamentos Religiosos do Ascetismo Mundano..................................................9
CAPÍTULO III: CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................12
3.2 Conclusão...................................................................................................................12
3.3 Referências bibliográficas...............................................................................................13
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1.0 Introdução
Neste presente trabalho de investigação científica referente à cadeira de Sociologia da
Educação, falar-se-á da Ética Protestante assim como do Espírito Capitalista, sem deixar de
lado aquilo que são os assuntos relevantes e relacionados ao tema supracitado.
É por alguns que ao falar-se da ética protestante é o mesmo estar a falar duma prática
da ascese e pela crença na predestinação. A ascese é uma ética de virtuosos que diz sobretudo
respeito às religiões de salvação do Ocidente, exactamente como a define Max Weber.
O presente trabalho na sua estrutura apresenta três (3) capítulos, dos quais o primeiro
capítulo (CAPÍTULO I: CONSIDERAÇÕES INICIAIS), ilustra a ideia do que se irá debater
durante o desenvolvimento do trabalho, os objectivos traçados e assim como as metodologias
que serviram de auxílio na realização do mesmo; o segundo capítulo (CAPÍTULO II:
FUNDAMENTAÇÃO teórica), busca fazer compreender a essência daquilo que é são Ética
Protestante e o Espírito Capitalista do Max Weber e sem se quer deixar de lado aquilo são os
aspectos relevantes e relacionados ao tema em destaque; por fim o terceiro capítulo
(CAPÍTULO III: CONSIDERAÇÕES FINAIS), que é no qual estão apresentadas as
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1.1 Objectivos
Os objectivos são o ponto de partida, as premissas gerais do processo pedagógico.
Representam as exigências da sociedade em relação à escola, ao ensino, aos alunos e, ao
mesmo tempo, reflectem as opções políticas e pedagógicas dos agentes educativos em face
das contradições sociais existentes na sociedade (LIBÂNEO, 2006).
Neste contexto, importa-nos apresentar os objectivos a serem alcançados na
elaboração do presente trabalho:
1.2 Metodologias
De acordo com Libâneo (2006), método é o caminho para atingir um objectivo.
2.0 Ética
A Ética é um ramo da filosofia que lida com o que é moralmente bom ou mau, certo
ou errado. As palavras ética e moral têm a mesma base etimológica: a palavra grega ethos e a
palavra latina moral, ambas significam hábitos e costumes.
Observa-se que a palavra ética passou a fazer parte do vocabulário do homem comum
e está sempre na média, demonstrando a vigência de uma preocupação urgente e universal. A
este respeito, Cortina (2003, p. 18) afirma que: “embora a ética esteja na moda, e todo mundo
fale dela, ninguém chega realmente a acreditar que ela seja importante, e mesmo essencial
para viver”.
2.1 Protestar
A palavra “protestar” é verbo transitivo indirecto e intransitivo Reclamar; expressar
oposição, revolta; apresentar uma reclamação.
2.2 Espírito
A palavra espírito apresenta diferentes significados e conotações diferentes, a maioria
deles relativos a energia vital que se manifesta no corpo físico. A palavra espírito é muitas
vezes usada metafisicamente para se referir à consciência e a personalidade. As noções de
espírito e alma de uma pessoa muitas vezes também se sobrepõem, como tanto contraste com
o corpo e ambos são entendidos como sobreviver à morte do corpo na religião e
pensamentos espiritualistas, e "espírito" também pode ter o sentido de "fantasma", ou seja,
uma manifestação do espírito de uma pessoa falecida (SPINELLI, 2006).
Nas palavras de Lutero (2019, p. 14), esta é a liberdade cristã, nossa fé, que não faz
que sejamos ociosos ou vivamos mal. O cumprimento dos deveres intramundanos é a única
via de agradar a Deus em todas as situações, que esta e somente esta é a vontade de Deus, e
por isso toda profissão lícita simplesmente vale muito e vale igual perante Deus (WEBER,
2004, p. 73).
O protestantismo poderá ser descrito como uma imensa redução do âmbito do sagrado
na realidade, comparado com seu adversário católico, desaparece também o milagre da missa.
Milagres menos rotineiros, embora não sejam completamente negados, perdem todo o
significado real para a vida religiosa, desaparece também a imensa rede de intercessão que
une os católicos neste mundo com os santos e, até mesmo, com todas as almas (BERGER,
1985).
O protestantismo despiu-se tanto quanto possível dos três mais antigos e poderosos
elementos concomitantes ao sagrado: o mistério, o milagre e a magia (BERGER, 1985, pp.
149-150).
espiral contínua predestinado somente a alguns indivíduos, cujo preço dessa dádiva era viver
sem demonstração de opulência e de forma abnegada e fugaz (GIDDENS, 1971).
É o espírito do capitalismo que faz do capitalismo o que ele é, ou seja, uma filosofia
de acúmulo contínuo de riquezas sem limites. Para tanto, o capitalismo é assegurado pela
desigualdade social que tem não só garantido a sua sobrevivência, mas preconizado o seu fim
como uma utopia, no sentido clássico – um conceito negativo – que, como qualquer utopia,
não se realiza (SANTANNA, 2004). Assim sendo, a riqueza e a pobreza são polos do mesmo
eixo capitalista, a inexistência de um leva todo o sistema à entropia, ao colapso, à morte.
perigo político, uma vez que, cabia a cada um seguir sozinho à procura do seu
caminho, em busca daquilo que já estava determinado para ele e para a eternidade.
Ninguém poderia ajudá-lo. Para os calvinistas Deus ajuda quem se ajuda e, para isso,
Ele requer dos fiéis uma vida de bons trabalhos. Desta feita, o trabalho tem uma
imensa importância na vida dos indivíduos, o que dá base a racionalização do trabalho,
estrutura do sistema econômico capitalista. Foi o que definiu a diferença
absolutamente decisiva com relação ao catolicismo, uma vez que eliminou por
completo o projeto de salvação por meio da igreja e seus sacramentos;
Pietismo – foi no início uma cisão do movimento calvininsta na Inglaterra e na
Holanda e mais tarde absorvido pelo luteranismo. Levou seus fiéis a viverem em
comunidades, livres das tentações do mundo, voltados para a vontade de Deus. Assim,
poderiam ter a certeza do seu renascimento, pelos sinais externos presentes em sua
conduta diária. Com isso, criou-se um maior controle da conduta da vocação. Mesmo
não tendo um ajustamento dogmático satisfatório, conservou-se como um movimento
da igreja luterana, sendo seu líder Spencer. Sua base religiosa era voltada para a ética
vocacional, pois o próprio Deus abençoava seus escolhidos através do sucesso em seu
trabalho. E para não dar chance ao azar, pois poderia acontecer de algum pietista não
encontrar sua vocação, a irmandade funcionava como um centro missionário e uma
empresa de negócios, que dirigia seus crentes no caminho do ascetismo secular. Com
ênfase no lado emocional, o Pietismo não desenvolveu a racionalização da atividade
mundana da mesma forma que os calvinistas, que por sua vez estava relacionado com
um rigoroso legalismo e com o universo dos empreendedores capitalistas burgueses;
As seitas batistas – esses grupos, dentre os quais, além dos batistas, temos os
menonitas e os quakers, encontramos uma fonte independente de ascetismo protestante
que diferem em princípio da doutrina calvinista. A comunidade religiosa já não era
vista como uma instituição que deveria incluir justos e injustos, quer para aumentar a
glória de Deus (calvinistas), quer como um meio de trazer aos homens os meios da
salvação (católicos e luteranos), mas exclusivamente como uma comunidade de
pessoas crentes na redenção (renascimento), não como uma igreja, mas como uma
seita, na qual só adultos, que tivessem adquirido pessoalmente sua própria fé,
poderiam ser batizados. A justificação por esta fé era radicalmente diferente da ideia
do trabalho mundano a serviço de Cristo, como impunha o dogma ortodoxo do
protestantismo mais antigo. Consistia mais na tomada da posse espiritual do seu dom
da salvação. Mas isso ocorria mediante a revelação individual, pelo trabalho do
Espírito Divino sobre o indivíduo, e apenas desse modo. Era oferecido para todo
mundo. Bastaria esperar pelo Espírito, sem resistir à sua vinda com um apego
pecaminoso a este mundo. Um rígido afastamento do mundo, mantendo o intercâmbio
estritamente necessário com as pessoas mundanas, apego aos ensinamentos bíblicos,
no sentido de assumir um modelo de vida próximo ao dos primeiros cristãos, foram o
resultado das primeiras comunidades anabatistas. Repudiavam toda idolatria à carne.
O modo de vida bíblico foi concebido pelos primeiros batistas suíços e do sul da
Alemanha com radicalismo, semelhante a São Francisco, evidenciando uma
inequívoca ruptura com gozo da vida.
No entanto, o pensamento trazido pelo autor nesta obra é o do início das civilizações
ocidentais baseando-se no comércio e outras actividades que perpetravam as trocas comerciais
desiguais, sobre tudo no que toca os valores monetários. Trata-se de um movimento
economista ocidenatal que de certa forma já ia refutando as ideas das crenças religiosas para o
desenvolvimento dos indivíduos ou para a garantia do bem-estar.
BERGER, P. (1985). O Dossel Sagrado: elementos para uma teoria sociológica da religião.
São Paulo, Brasil: Paulus.
CORTELLA, M. S. (2009). Qual é a tua obra? Inquietações, propositivas sobre gestão,
liderança e ética. Petrópolis: Vozes.
GIDDENS, A. (1971). Capitalism and Modern Social Theory: An Analysis of the writings of
Marx, Durkheim and Max Weber. Cambridge: Cambridge University Press.
KOCKA, J. (2016). Capitalism. A short history. New Jersey: Princeton University Press.