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0.Introdução.......................................................................................................................3
0.1. Objectivos...................................................................................................................4
4.0. Valores......................................................................................................................13
5.0. Conclusão.................................................................................................................15
Mas os gregos antigos inventaram uma forma original de lidar com essas questões.
A Filosofia é reconhecida como uma criação do génio grego, ou seja, ela teria nascido
em Mileto, cidade localizada em uma colónia grega (Jónia) da Ásia Menor, actual
Turquia, no século VI antes de Cristo, com Tales de Mileto. A esse respeito, porém
existem divergências, contestações, que podemos encontrar mesmo entre os antigos,
entre historiadores do século XVIII, e entre orientalistas em geral, que não crêem ser a
Filosofia uma criação original da Grécia, mas que elementos anteriores oriundos de
outras civilizações já conteriam elementos que desdobrar-se-iam no que hoje
conhecemos como Filosofia.
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0.1. Objectivos
0.1.1. Geral
0.1.2. Específicos
0.1.3. Metodologias
O trabalho feito duma forma rigorosa no uso de livros, artigos que constam na
referência bibliográfica e também no uso complementar de meios cibernéticos.
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1.0. Problemática na tentativa da definição da filosofia
Cientes de que uma definição da filosofia, feita e assente uma vez para todo o sempre,
implicaria a imobilidade do pensamento humano, a unificação dos vários modos de
pensar, as definições que a seguir apresentamos são de carácter provisório, no sentido
de que só a prática da actividade filosófica poderá levar-lhe à compreensão do que a
filosofia é. Pois, “o que a filosofia é, só dentro dela própria e com os seus conceitos e
meios pode realmente determinar-se”.
Para Aristóteles (380-322 a.C.), assim como para grande parte da Filosofia clássica,
principalmente os primeiros filósofos, a grande preocupação era de descobrir a origem
do universo, isto é, tentar encontrar a causa primeira de todas as coisas. Nessa ordem de
ideias, compreende-se então o tipo de definição que Aristóteles dá à filosofia.
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Para Cícero, a filosofia tem de se preocupar com a questão do Homem, no que diz
respeito sobre a sua origem, a sua existência e o seu destino. E preocupa-se também
sobre as questões divinas, isto é, questões ligadas a Deus, espírito, alma.
Para este filósofo, a filosofia tem a missão de trazer à vista, aquilo que está oculto,
deixar em evidência tudo o que parece escondido, e trazer à consciência tudo o que se
pratica sem dar conta dele.
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1.1.1.8. Definição Etimológica da Filosofia
Definir etimologicamente um conceito quer dizer procurar compreender este mesmo
conceito a partir do significado das palavras desse mesmo conceito. Assim, a palavra
Filosofia provém da união de dois termos gregos: philos (amar, gostar de) e sophia
(saber, sabedoria, conhecimento). Filosofia ou “amor a sabedoria”, “gosto pelo saber”
(Chauí, 1995, p.19).
Esta definição revela-nos que filosofia não é tanto um saber constituído, uma sofia
estabelecida, mas antes um amor, uma procura, um interesse pelo saber. Narra-se que o
termo foi inventado por Pitágoras, filósofo grego (século VI a. C.) que, certa vez,
ouvindo alguém chamá-lo sábio e considerando este nome muito elevado para si
mesmo, pediu que o chamassem simplesmente filósofo, isto é, amigo da sabedoria,
aquele que procura a sabedoria, que ama o saber, que indaga a verdade das
coisas; o filósofo é um peregrino em demanda da verdade e não o possuidor dela, é um
homem cuja consciência se apresenta sempre inquieta e insatisfeita.
Apesar desta dificuldade de dar à filosofia uma definição única e acabada, a filosofia
define-se a si própria pelo modo como se realiza. Só por saber que não existe uma
definição única e consensual para todos os filósofos, nada nos permite concluir, no
entanto, que ela seja um reino da subjectividade e de arbitrariedade, onde se admitem,
sem critério ou crítica, todas as ideias.
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sua raiz mais primitiva, isto é, contabilizando-se aí também o período marcado pelo
pensamento mítico, esse cálculo pode ser ampliado.
O pensamento mítico era visto como histórias sagradas que durante séculos dominaram
a vida da comunidade humana. A criação de tais história era atribuida aos seres
sobrenaturais, aos deuses e cujo enquadramento era extratemporal. Daí que a sua
narração principia com a expressão “Naqueles tempos”, tempo esse que se presume
imemorável. Teriam sido os deuses a narrarem essas histórias aos primeiros
antepassados ou a indivíduos que tinham um estatuto especial no seio das suas
comunidades (sacerdotes, feiticeiros, chefes etc).
De acordo com Sell (2008, p.26), a temática sobre as origens da filosofia é tão antiga
como sua consolidação em forma de pensamento (tipo de conhecimento). Já, na
Antiguidade, há o debate entre a tese orientalista e a ocidentalista.
Este debate perdurou até o final do século XIX, mudando com as novas descobertas
arqueológicas do final do século XIX e início do século XX, com a confluência de
novas pesquisas da linguística e da antropologia, particularmente quanto ao estudo da
mentalidade primitiva ou arcaica (Sell, 2008, p.26).
Passa-se, então, a procurar entender de que modo, num dado ambiente e em certas
condições históricas, a mentalidade mítica foi dando lugar à mentalidade filosófico-
científica. Não se trata mais de pensar a filosofia como um milagre, no sentido religioso;
tampouco pensá-la como mero legado do Oriente. Certamente os gregos antigos
desenvolveram o legado oriental e são devedores deste: a matemática e a astronomia
constituem bons exemplos disto. Contudo muitos historiadores contemporâneos
defendem que a filosofia, enquanto uma forma de pensamento, uma teorização, é uma
invenção grega.
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Esta passagem de uma mentalidade mítica para uma mentalidade centrada na
racionalidade ocorreu de forma lenta e gradual. Mas, a partir do séc. VI a.C., já é
possível identificar algumas noções fundamentais da mentalidade filosófica: a physis, a
causalidade, a arqué, o cosmo, o lógos e o carácter crítico.
De acordo com Sell (2008, p.40), nessa época chamada de Jónia, passa a ser o principal
pólo de desenvolvimento económico da Grécia devido à sua posição estratégica para o
controle do comércio no Mediterrâneo. Na mais importante dessas colónias, a polis de
Mileto, nasceu a Filosofia. Mileto foi o primeiro centro intelectual da Filosofia. Sua
influência durou até a destruição total da cidade pelos persas, no ano de 494 a.C. Além
de Mileto, a pólis de Éfeso também se destacou como um centro de discussão filosófica
na Jónia.
Numa tradição que remonta a Aristóteles, costuma-se considerar Tales de Mileto (640 -
562 a.C.) como sendo o primeiro filósofo, seguido de Anaximandro (610-547a.C.) e de
Anaxímenes (585-528 a.C.), ambos também de Mileto, e de Heráclito de Éfeso (540 -
470 a.C.).
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Para o surgimento do “milagre grego”, consequente da filosofia, foram determinantes,
por um lado, as peculiares condições económicas da Grécia, a prosperidade material
conseguida no intenso comércio com as colónias e por outro, a decisiva
institucionalização da liberdade política que permitiu elevar, nos gregos, a consciência
da sua dignidade, da noção de cidadão, como também, da sua participação nas
actividades políticas ( a política democrática, que se expressava também na liberdade de
expressão). Este quadro económico e político, não só permitiu a circulação de pessoas e
bens, como também de ideias, das colónias (Ásia Menor, Sicília) para a Metrópole
(Grécia, Atenas), ou por outra, levou a Grécia a um confronto com culturas estranhas
permitindo-a desenvolver e alargar o seu horizonte intelectual.
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2.0. Consciência moral
De acordo com Fernandes (2013, p.16), a consciência moral é a capacidade intelectual
que o ser humano tem de distinguir o certo do errado, da qual resulta a reflexão sobre as
normas e as condutas sociais (ética). Cada um de nós na medida em que vai crescendo,
tende a adoptar como modelo aqueles com quem vive e convive de forma mais íntima,
como é o caso dos pais, outros familiares e amigos.
A consciência moral é a voz da nossa consciência ou juiz interior que nos obriga, nos
acusa ou repreende enquanto sujeitos livres e racionais, capazes de responder pelos
próprios actos ou de avaliar os actos alheios.
Assim, como salienta Fernandes (2013, p.17) a consciência moral desempenha o papel
de:
Crítica – porque nos proíbe, impede ou condena de praticar uma acção má.
Norma – pois, nos manda aquilo que devemos fazer.
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3.0. Acção Humana
Arendt (2001), considera-se acção humana todo tipo de comportamento intencional ou
consciente desencadeado por um determinado indivíduo, chamado agente. Na acção
humana interligam-se três principais conceitos:
Involuntárias;
Voluntárias.
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O termo acção diz respeito somente aos actos que realizamos de modo consciente e são
específicas dos seres humanos.
3.2.1. Fazer
3.2.2. Agir
4.0. Valores
Valores são critérios segundo os quais damos ou não importância às coisas; os valores
são as razões que justificam ou motivam as nossas acções, tornando-as preferíveis a
outras ( Hessen, 2001, p. 23).
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4.1.2. Valores materiais:
Valores do agradável e do prazer (exprimem sensações de prazer e de satisfação
(comida, bebida, vestuário).
Valores vitais – referem-se ao estado físico (saúde, força, resistência física...).
Valores económicos - habitação, dinheiro, meios de comunicação, vestuário...
Bipolaridade de valores – negativo/positivo, bom/mau, belo/ feio...
Os que defendem que os valores são sempre subjectivos partem da constatação empírica
de que ao longo dos tempos, os valores estão sempre a mudar. Esta posição foi
assumida pelos sofistas, na antiguidade, ao afirmarem que a verdade ou a moral não
passava de convenções que variavam de sociedade para sociedade, de indivíduo para
indivíduo, de cultura para cultura.
Os que defendem que a moral é objectiva advogam que os valores designam padrões de
comportamentos colectivamente reconhecidos e adoptados por um grupo ou uma
comunidade mais ou menos vasta e que, como tal, estes valores são considerados
absolutos e inquestionáveis. Esta posição é defendida pela maioria das religiões.
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5.0. Conclusão
Concluído o trabalho é de referenciar que a Filosofia era vista como um tipo de saber
quase místico, do qual se esperava respostas extraordinárias e para o qual se dedicavam
apenas alguns seres humanos supostamente iluminados, ou então, no outro oposto, era
vista como um aglomerado de pensamentos vazios e sem objecto definido, ou ainda,
como uma porção de sonhos e desvarios, quase sempre apresentados numa linguagem
obscura e que poucos entendem e, por isso mesmo, a maioria despreza como inútil.
Ela tornou-se como uma coisa que diz respeito a todo e qualquer homem e por isso, no
fundo como algo que deveria ser simples e compreensível ou concebe-se a mesma como
sendo tão difícil, que se ocupar com ela é uma causa perdida. O que aparece sob o nome
de filosofia traz, de fato, exemplos para juízos tão opostos.
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6.0. Referências bibliográficas
Arendt, H. (2001). A condição humana. (1ª ed. 1958 ed.). Lisboa: Relógio D'Água.
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