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Valter dos Santos Catuto

Experiencias sobre Oxidação do Ferro e Combate a incêndios

Licenciatura em Ensino de Química com Habilitações em gestão de Laboratório

3º ano

Universidade Licungo

Quelimane

2021
Valter dos Santos Catuto

Experiencias sobre Oxidação do Ferro e Combate a incêndios

Relatório de carácter avaliativo, a

ser entregue na cadeira de Didáctica de

Química III, a docente: Msc. Stelia Nahia

Universidade Licungo

Quelimane

2021
Índice
0.Introdução...........................................................................................................................................3

0.1.Objectivos........................................................................................................................................3

1.0.Experiencia 1: Oxidação do ferro.....................................................................................................4

1.1.Fundamentação teórica.....................................................................................................................4

1.1.1. Reacções de Oxiredução...............................................................................................................4

1.1.2.Refrigerante...................................................................................................................................5

1.1.2.1.Composição do refrigerante........................................................................................................5

2.0.Parte experimental............................................................................................................................6

2.1.Materiais e reagentes........................................................................................................................6

2.2.Procedimentos..................................................................................................................................6

2.3.Observações.....................................................................................................................................7

2.4.Resultados e discussões....................................................................................................................7

3.0.Experiencia 2. Combate a incêndios.................................................................................................8

3.1.Fundamentação teórica.....................................................................................................................8

3.1.1.Bicarbonato De Sódio....................................................................................................................8

3.1.2.Vinagre..........................................................................................................................................8

3.1.3.Acido acético.................................................................................................................................8

4.0.Parte experimental............................................................................................................................9

4.1.Matérias e reagentes.........................................................................................................................9

4.2.Procedimentos..................................................................................................................................9

4.3.Observações.....................................................................................................................................9

4.4.Resultados e discussões....................................................................................................................9

5.0.Conclusão.......................................................................................................................................11

6.0.Referências bibliográficas..............................................................................................................12

7.0.Anexos...........................................................................................................................................13
0.Introdução
O presente relatório de aulas práticas aborda acerca de duas experiencias referentes a matérias
relacionadas com a 8ª classe.

Essas experiencias retratam acerca da oxidação do ferro, que é uma reacção lenta. Glinca,
1994, pg.230) diz que, os metais entrando em contacto com o meio ambiente (gasoso ou
liquido), sofrem uma destruição com uma outra velocidade. Uma razão desta destruição é a
interacção química: os metais entram em reacção redox com as substâncias contidas no meio
ambiente e oxidam-se.

E a outra experiencia esta relacionada ao combate ao incêndios, e uma melhor forma de


combater o incêndio, é poder produzir matérias que facultam a apagar incêndios, esses
materiais são denominados de extintores de incêndios.

0.1.Objectivos
0.1.1.Geral

 Explicar a oxidação dos metais;


 Produzir um extintor caseiro a base de Bicarbonato de sódio e ácido acético.

0.1.2.Especificos

 Interpretar os factores que causam a oxidação nos metais


 Verficar as propriedades do gás carbónico produzido, por meio da chama.
1.0.Experiencia 1: Oxidação do ferro

1.1.Fundamentação teórica

1.1.1. Reacções de Oxiredução


As reacções que envolvem perda e ganho de electrões são denominadas reacções de óxido-
redução. Algumas delas são muito importantes no mundo que nos cerca e estão presentes nos
processos que permitem a manutenção da vida. (Usberco & Salvador, 2002, pg. 344)

A fotossíntese é um exemplo de reacção de óxido-redução. As moléculas de clorofila utilizam


energia luminosa para produzir o gás oxigênio:

6 CO2 + 6 H2O C6H12O6 + 6 O2

Tanto a fotossíntese como o metabolismo da glicose no organismo:

C6H12O6 + 6 O2 6 CO2 + 6 H2O

São reacções de óxido-redução.

Todas as reacções de óxido-redução ocorrem com a transferência de electrões. Esse processo


de transferência de electrões pode ser evidenciado por um experimento bastante simples.

Glinca, (1994, pg.230) diz que, os metais entrando em contacto com o meio ambiente (gasoso
ou liquido), sofrem uma destruição com uma outra velocidade. Uma razão desta destruição é a
interacção química: os metais entram em reacção redox com as substâncias contidas no meio
ambiente e oxidam-se.

A destruição espontânea dos materiais metálicos que ocorrem sob acção química do meio
ambiente chama-se corrosão. Aos casos mais importantes da corrosão pertencem a corrosão
em gases (corrosão gasosa) e a corrosão de soluções de electrólitos (corrosão electroquímica).
A corrosão em gases a temperaturas elevadas quando a condensação da humidade na
superfície do metal não pode ter lugar.

De acordo com Glinca (1994, pg.231) a corrosão electroquímica, pertencem todos os casos de
corrosão nas soluções aquosas. A oxidação dos metais neste caso pode causar tanto a
formação dos produtos insolúveis em água como a passagem de metal para a solução na
forma de iões.

Na água, geralmente, encontra-se o oxigénio dissolvido, capaz de se reduzir:

O2 + 4H+ + 4e- → 2H2O

Além disso, na água estão presente os iões de hidrogénio, também capaz de se reduzir:

2H+ + 2e- → H2

O oxigénio dissolvido e iões de hidrogénio são oxidantes mais importantes que levam a
corrosão electroquímica dos metais.

1.1.2.Refrigerante
Refrigerante é uma bebida não alcoólica, carbonatada, com alto poder refrescante encontrada
em diversos sabores.

1.1.2.1.Composição do refrigerante
Os ingredientes que compõem a formulação do refrigerante têm finalidades específicas e
devem se
enquadrar nos padrões estabelecidos. São eles:

Água: Constitui cerca de 88% m/m do produto final. Ela precisa preencher certos requisitos
para ser empregada na manufactura de refrigerante (Palha,2005):

- Baixa alcalinidade: Carbonatos e bicarbonatos interagem com ácidos orgânicos, como


ascórbico e cítrico, presentes na formulação, alterando o sabor do refrigerante, pois reduzem
sua acidez e provocam perda de aroma;

Sulfatos e cloretos: Auxiliam na definição do sabor, porém o excesso é prejudicial, pois o


gosto ficará demasiado acentuado;

- Cloro e fenóis: O cloro dá um sabor característico de remédio e provoca reacções de


oxidação e despigmentação, alterando a cor original do refrigerante. Os fenóis transferem seu
sabor típico, principalmente quando combinado com o cloro (clorofenóis);

- Metais: Ferro, cobre e manganês aceleram reacções de oxidação, degradando o refrigerante.


Sulfato de Cobre (II) é um composto químico com fórmula molecular CuSO4. Este sal
existe sob algumas formas, que se diferem por seu grau de hidratação. Na sua forma anidra
ele se apresenta como um pó de coloração verde opaca ou cinzento, enquanto na sua forma
penta-hidratada (CuSO4.5H2O), a forma no qual é mais encontrado, ele é azul brilhante. A
forma anidra ocorre sob a forma de um mineral raro chamado de calcocianita. A forma
hidratada ocorre na natureza como calcantita (penta-hidratado).

Arcaicamente era chamado de vitríolo azul, caparrosa azul e pedra-azul. Na demonstração da


reacção de troca, ferro é submergido num de sulfato de cobre (II).

2.0.Parte experimental

2.1.Materiais e reagentes
2.1.1.Materiais

 3 Copos

2.1.2.Reagentes

 Sulfato de cobre II (Coca-cola);


 Água.

2.2.Procedimentos
1. Preparou-se 3 copos. O primeiro deixou-se vazio, o segundo colocou-se água, o
terceiro colocou-se sulfato de cobre II coca-cola;
2. Pegou-se numa pequena porção de palha-de-aço, humedeceu-se e colocou-se no
primeiro copo
3. Repetiu-se o procedimento acima indicado, introduzindo-se a porção de palha-de-aço
no segundo copo, contendo água corrente.
4. Repetiu-se novamente o procedimento acima indicado, introduzindo-se a porção de
palha-de-aço no terceiro copo, contendo solução de sulfato de cobre II
5. Observou-se atentamente os fenómenos nos três copos. Voltou-se a observar depois de
50 mim e registou-se as observações.
2.3.Observações
Após 3 minutos, a adição da palha-de-aço na solução de coca-cola, observam-se bolhas de gás
na malha de ferro, a palha-de-aço é levantada pelas bolhas que se acumulam na malha de seus
fios., e depois a palha-de-aço afunda logo após que o gás se desprende da solução.

Passados os 50 minutos que se introduziu a palha-de-aço no copo vazio, e no copo que


continha água, e no copo que continha de sulfato de cobre (Solução de coca-cola), observou-
se que, no primeiro copo vazio onde somente havia a palha-de-aço, nada aconteceu, ou seja,
não houve indícios de houver uma reacção. E no copo que continha água, também não houve
nenhuma reacção de oxidação, ou seja, nada mudou. Enquanto que no terceiro copo que
continha Coca-cola, observou-se que houve uma reacção de oxidação, ou seja, a palha de aço
perdeu o seu brilho.

2.4.Resultados e discussões
O facto observado no copo 3 é devido a reacção de transferência de electrões entre Fe
presente na palha-de-aço e o sulfato de cobre presente na coca-cola, como ilustra a equação
abaixo:

Fe(s) + CuSO4 → FeSO4 + Cu(s) ou

Fe(s) + Cu2+(aq) → Fe2+(aq) + Cu(s)

Podemos notar que, devido à transferência de electrões, ocorreu uma mudança na carga
eléctrica das espécies químicas.

Usberco & Salvador (2002, pg. 345) sustentam dizendo que, essas cargas eléctricas são
denominadas número de oxidação (Nox).

O ferro presente na palha-de-aço sofreu uma oxidação, isto é, perdeu electrões e seu número
de Nox aumentou (porque os electrões tem carga negativa), como mostra a equação abaixo:

Fe(s)→ Fe2+ + 2e-

Ao mesmo tempo, o catião cobre ( Cu2+(aq)), que estava presente na solução aquosa, recebeu
dois electrões transferidos do ferro e passou a seu cobre metálico (Cu (s)), como ilustra a
equação abaixo:

Cu2+ 2e- → + Cu(s)


E no caso da palha-de-aço que se submeteu na água, não se verificou nenhuma mudança
devido as diferenças de potenciais padrões que é menor. Para que o Oxigénio presente na
água oxide o ferro é necessário que tenha um potencial igual ou superior a 0,8 e o ferro possua
um potencial abaixo de 0,8, mais ou menos um potencial igual -0,42, nessas condições o ferro
pode se oxidado.

3.0.Experiencia 2. Combate a incêndios

3.1.Fundamentação teórica

3.1.1.Bicarbonato De Sódio

Bicarbonato De Sódio (NaHCO3) ou hidrogeno carbonato de sódio, é um pó branco que por


aquecimento perde gás carbónico. Muito usado em bebidas, como fermento químico, em
extintores de incêndio e como antiácido em medicina (comprimido efervescente).
3.1.2.Vinagre
O vinagre é um condimento obtido por meio da fermentação alcoólica de matérias-primas
açucaradas ou amiláceas, seguida da fermentação acética. Além do ácido acético, o
vinagre contém outras substâncias solúveis provenientes da matéria-prima da qual é feito,
bem como outros derivados de diversas reacções que ocorrem durante a fermentação.
(Simões, 2012)

O vinagre mais comum que encontramos no mercado é resultado da fermentação de vinho,


mas também podem ser encontrados vinagres provenientes de sucos de frutas, de tubérculos,
de cereais e de álcool. O principal componente do vinagre comercial é o ácido acético
(CH3COOH).

3.1.3.Acido acético
O ácido acético (CH3COOH) é um ácido fraco (Ka = 1,753 x 10-5), monoprótico, ele é um
líquido claro, viscoso, de cheiro picante e solúvel em água, presente no vinagre. Colocando
em contacto as duas substâncias o ácido acético do vinagre reage com o bicarbonato de sódio
liberando dióxido de carbono (CO2) e forma água e acetato de sódio, que é um composto
cristalino incolor, de fórmula C2H3O2Na, que é conhecido como sal anidro.
4.0.Parte experimental

4.1.Matérias e reagentes
4.1.1.Materiais

 Garrafa plástica de 500ml;


 Vela.

4.1.2.Reagentes

 Royal;
 Vinagre.

4.2.Procedimentos
1. Acendeu-se uma vela;
2. Preparou-se o recipiente para usar na experiencia, uma garrafa plástica de 500 ml e
furou-se a tampa da garrafa no centro;
3. Colocou-se numa garrafa plástica uma pequena quantidade de royal;
4. De seguida adicionou-se algumas gotas de vinagre, tapou-se a mistura com a tampa
furada, e com o dedo tapou-se o buraco da tampa da garrafa;
5. Por fim, agitou-se e retirou-se o dedo, apontando o orifício da tampa para a vela acesa;
6. Observou-se. Tirou-se conclusões.

4.3.Observações
Após a adição do ácido acético na garrafa que continha o bicarbonato de sódio, observou-se
que a substância começou a borbulhar e como consequência originou uma efervescência, e a
medida que a efervescência aumentava, a pressão dentro da garrafa também aumenta.

4.4.Resultados e discussões

Esse facto deve-se porque o vinagre é composto, também, por ácido acético. Quando o
bicarbonato de sódio entra em contacto com o vinagre, o ácido acético reage com o
bicarbonato de sódio. Um dos produtos da reacção é um gás muito conhecido, chamado
dióxido de carbono, o CO2. É por isso que se observou efervescência. O gás ficou retido na
garrafa, e por isso a pressão aumentava. E a medida que foi se aproximando a vela acesa, o
gás teve a potência de apagar a chama.

A reacção química que ocorre entre o bicarbonato de sódio e o ácido acético presente
no vinagre é:

NaHCO3 + H3CCOOH → H3CCOONa + H2CO3

O ácido carbónico ( H2CO3 ) é instável e se decompõe de acordo com a reacção:

H2CO3 → H2O + CO2

 O CO2 originado é o que ficou retido na garrafa.

Essa é uma reacção de dupla troca, ou seja, quando duas substâncias compostas reagem entre
si, trocando seus componentes e dando origem a duas novas substâncias compostas.
5.0.Conclusão
Após a realização da aula experimental conclui-se que o motivo que faz com que o ferro se
desgaste é devido a um fenómeno chamado por oxidação, e essa oxidação ocorre pelo facto de
houver uma interacção química: os metais entram em reacção redox com as substâncias
contidas no meio ambiente e oxidam-se. E também constatou-se que a partir de casa podemos
combater o incêndio, produzindo extintores caseiros, a base de Bicarbonato de sódio e
vinagre, que produz um gás, chamado dióxido de carbono, e esse gás ele tem propriedades de
apagar as chamas.
6.0.Referências bibliográficas
Glinca, N. (1994). Química Geral. vol.2. Editora Mir Moscovo.

Usberco & Salvador. (2002), Química volume único, 5ª edição, São Paulo: Editora Saraiva.
Simões, T. S., et al. (2003). Técnicas Laboratoriais de Química - Bloco II., Porto: Porto
Editora.

Palha, P.G. (2005). Tecnologia de refrigerantes. Rio de Janeiro: AmBev.


7.0.Anexos
7.1.Experiencia 1. Oxidação do ferro

Figura 1: A primeira imagem mostra início da reacção, após a adição da palha-de-aço nos respectivos copos, a imagem 2
mostra o final da reacção após os 50 minutos, onde a palha-de-aço ficou submersa na solução de coca-cola.

Figura 2: A palha-de-aço oxidada, ou seja, a que perdeu o seu brilho metálico.


7.2.Experiencia de demostração o combate de incêndios

Figura 3: A primeira imagem mostra a vela acesa, e a segunda mostra quando se aproximou a garrafa que continha o gas,
ou seja, o extintor caseiro a vela acesa.

Figura 4: O apagão da chama quando todo gás que continha na garrafa foi liberto.

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