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TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO DE DIAMANTES ARTIFICIAIS

Munguambe, Júlio Amós

Instituto Superior de Ciências e Tecnologias de Moçambique. Rua 1,194


n˚332, Bairro Central, Maputo, Moçambique

Email:julioamos2004@gmail.com
Resumo
Em 1797, Os cientistas descobriram que os diamantes consistem em carbono puro. Isso começou a
corrida para criar o primeiro diamante sintético. Os primeiros diamantes sintéticos comprovados
foram feitos pela GE (General Electric) em 1954,sob um projecto "Projeto Superpressura". Durante
anos, os cientistas experimentaram vários métodos, temperaturas e pressões para produzir diamantes
a partir do carbono. Usando uma prensa de correia de alta pressão, eles submeteram pequenos
cristais de sementes a temperaturas de 1.600º C (2.912º F) e pressão de 100.000 atm. Neste dispositivo,
dissolveram o grafite em metais, incluindo ferro, níquel e cobalto, para acelerar a transformação do
grafite em diamante. Os diamantes produzidos pela GE através desse processo eram muito pequenos
para uso de jóias. Em vez disso, foram usados para fins industriais. No entanto, essa descoberta
abriu caminho para a GE criar cristais de qualidade de pedras preciosas em 1971. Seu processo usou
um tubo para adicionar calor e pressão a uma semente de grafite no centro até que ele cresceu em
diamante.

O método inicialmente desenvolvido pela GE é um processo de alta pressão/alta


temperatura (HPHT). Este método imita condições de formação de diamantes no subsolo. No
entanto, reproduzir tais condições é caro e complexo. Hoje, a maioria dos diamantes cultivados em
laboratório são feitos através de um processo chamado deposição de vapor químico (CVD). Neste
método, o gás carbónico aquece uma semente de diamante em uma câmara, fazendo com que o
carbono grude na semente e cresça em um diamante maior. A CVD dá aos cientistas mais controle
sobre as propriedades dos diamantes cultivados em laboratório e possibilita a produção de diamantes
grandes e de qualidade de pedras preciosas.

Através desses métodos podemos criar diamantes artificiais para o avanço da indústria extractiva em
Moçambique, como é o caso dos diamantes usados no revestimento das brocas de perfuração
adiamantada para rochas de alta dureza.

Palavras-chave: Diamante artificial, HTHP, CVD.


1. Introdução
O presente trabalho visa falar sobre as tecnologias de produção de diamantes artificiais, visto que a
demanda de diamantes tem aumentado anualmente devido a sua beleza, dureza e raridade que
podem ser usadas para a estética em jóias e até para a indústria extractiva devido a sua dureza que
facilita o corte de rochas brandas.

1.1. Objectivos gerais

 Apresentar os métodos de produção de diamantes artificiais.

1.2. Objectivos específicos

 Identificar as condições necessárias para a produção de diamantes artificiais;


 Mostrar como a produção de diamantes artificiais tem sido sustentável para a indústria
mineira e extractiva;
 Mostrar como Moçambique pode tirar proveito da sustentabilidade dos diamantes artificiais.
2. Métodos de produção de diamantes

Existem dois métodos usados para criar diamantes de laboratório: CVD (deposição de vapor
químico) e HPHT (alta pressão e alta temperatura). Ambos os métodos são eficazes na criação de
diamantes autênticos e de alta qualidade, idênticos aos que existem na natureza.

2.1. Método CVD


O método CVD envolve a preparação do substrato para que, posteriormente, ele alimente os gases
dentro de uma câmara que está sempre alimentada de energia. Uma das grandes vantagens dessa
técnica é que há mais capacidade de crescimento do diamante ao longo do processo. Ou seja, podem
resultar em gemas maiores e mais robustas.

Figura 1:Demonstração de uma cápsula de deposição química de vapor.

2.2. Método HTHP


Esse método consiste em colocar o carbono numa prensa com altas temperaturas e alta pressão se
baseando nas da crosta terrestre e transformando átomos de carbono purificados em diamantes. Para
isso, as prensas são aquecidas a incríveis 1400°C. Isso faz com que tudo seja dissolvido e atinja o
grau mais elevado de pureza do carbono, originando o diamante HPHT.

Figura 2:Demonstração de uma cápsula de alta pressão e temperatura.


3. Conclusão
Moçambique é um país rico em quase tudo o que ser diz ser natural mas infelizmente não se tem
aproveitado da maneira correcta essa natureza. O que estou tentando dizer é...se Moçambique
apostar mais no desenvolvimento industrial seremos capazes de produzir os nossos próprios
materiais e equipamentos para a indústria extractiva.

Com a capacidade de produção de diamantes artificiais nós seremos capazes de usarmos os mesmos
como revestimento para as brocas de perfuração adiamantada e usarmos em nossas próprias minas,
podendo assim abastecer o mercado nacional e até internacional.
4. Referencias Bibliográficas
 Maura McCarthy H. Tracy Hall, Diamond Pioneer, Smithsonian, 4 de agosto de 2008;
 WANDERSON, Breve história de diamantes cultivados em laboratório. PrimeGems.
Disponível em: < https://www.primegems.com.br/blog/artigos/breve-historia-de-diamantes-
cultivados-em-laboratorio>. Acesso em: 17 dez.2023;
 WANDERSON, Diamante CVD e diamante HTHP: Entenda a diferença entre as duas
tecnologias de produção de diamantes sintéticos. PrimeGems. Disponível em: <
https://www.primegems.com.br/blog/diamante-cvd-e-diamante-hpht-entenda-a-diferenca-
entre-as-duas-tecnologias-de-produc-o-de-diamantes-sinteticos>. Acesso em: 17 dez.2023

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