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UNIVERSIDADE JEAN PIAGET DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE ENGINHARIA

CURSO DE GEOLOGIA E MINAS

2º Ano

1º Semestre

CADEIRA DE MINERALOGIA
Discentes⁚
Jose Alberto Zeca
Tamires Carlos Camilo Tema: Carvao Mineral
Egnalda Ucucho 6ºGrupo

Beira 27/04/2021

Docente⁚ Ernesto Victorino

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INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 2

OBJETIVOS ................................................................................................................................... 3

Objetivos específicos ...................................................................................................................... 3

CARVÃO MINERAL .................................................................................................................... 4

Turfa ................................................................................................................................................ 4

Linhito ............................................................................................................................................. 4

Hulha ............................................................................................................................................... 4

Antracito ......................................................................................................................................... 5

PROCESSO DE EXTRAÇÃO ....................................................................................................... 6

A EXTRAÇÃO E O TRATAMENTO DO CARVÃO MINERAL ............................................. 12

ANALISE FISICOE QUIMICA DO CARVÃO MINERAL ....................................................... 14

ANÁLISE DO IMPACTO AMBIENTAL .................................................................................. 15

Impactos da mineração a céu aberto ............................................................................................. 16

Impactos da mineração subterrânea .............................................................................................. 16

UTILIDADE E IMPORTÂNCIA ECONOMICA........................................................................ 17

CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 19

Bibliografia ................................................................................................................................... 20

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INTRODUÇÃO

Neste trabalho iremos falar sobre carvão mineral e Processo de extração e o tratamento do
carvão mineral do e por fim iremos falar da sua utilidade o seu valor econômico que concerne
os seus subtemas tentando unir de uma forma simplificada os seus conteúdos que não são poucos,
e tentando trazer o máximo de informação para este presente trabalho.

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OBJETIVOS

Caracterizar carvão mineral até que ponto a sua natureza se integra, não a sua influência no
meio ambiente

Objetivos específicos

Observar com atenção o ambiente do carvão mineral em diferentes proporções.


Fazer analise física, química do carvão mineral ;
Detectar a influência do pneu com malha metálica na estrutura físico-química e metalúrgica do
coque;
Diagnosticar os melhores cenários de participação de materiais alternativos para uma mistura de
menor custo, porém mantendo a qualidade do coque exigida;
Observar quando ao seu impacto ambiental.

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CARVÃO MINERAL

O carvão mineral é um combustível fóssil extraído da terra por meio da mineração. Sua origem se
dá a partir da decomposição da matéria orgânica (restos de árvores e plantas) que se acumulou sob
uma lâmina de água há milhões de anos. O soterramento dessa matéria orgânica por depósitos de
argila e areia provoca o aumento na pressão e na temperatura, o que contribui para a concentração
dos átomos de carbono e expulsão dos átomos de oxigênio e hidrogênio (carbonificação).

O carvão mineral é subdividido de acordo com o poder calorífico e a incidência de impurezas,


sendo considerado de baixa qualidade (linhito e sub-betuminoso) e alta qualidade (betuminoso ou
hulha e antracito). De acordo com o Serviço Geológico do Brasil, o carvão mineral pode ser
subdividido de acordo com a sua qualidade, o que depende de fatores como a natureza da matéria
orgânica que o formou, clima e evolução geológica da área.

Turfa

A extração da turfa ocorre antes da drenagem da área, o que reduz a sua umidade. É frequentemente
depositada a céu aberto para perder mais umidade.

Usos: é cortada em blocos e usada como combustível em fornalhas, termoelétricas, obtenção de


gás combustível, ceras, parafina, amônia e alcatrão (produto do qual se deriva óleos e outras
substâncias de grande uso pela indústria química)

Linhito

Pode ocorrer de duas formas, como um material marrom ou preto, e recebe diversas denominações.

Usos: gasogênios obtenção de alcatrão, ceras, fenóis e parafinas. A cinza proveniente da


combustão pode ser aproveitada como cimento pozolânico e cerâmicas.

Hulha

A hulha pode ser subdivida em dois tipos principais: o carvão energético e o carvão metalúrgico.
O primeiro, também chamado de carvão-vapor, é considerado o mais pobre e é usado diretamente
em fornos, principalmente em usinas termelétricas. Já o carvão metalúrgico, ou carvão de coque,

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é considerado nobre. O coque é um material poroso, leve e de brilho metálico, usado como
combustível na metalurgia (altos-fornos). A hulha também é usada na produção de alcatrão.

Antracito

Possui combustão lenta, sendo indicado para o aquecimento doméstico. Também é usado em
processos de tratamento de água.

Composição e aplicação do carvão mineral

Em qualquer uma de suas fases, o carvão é composto por uma parte orgânica e outra mineral. A
orgânica é formada por carbono e hidrogênio e pequenas proporções de oxigênio, enxofre e
nitrogênio. A mineral é constituída por silicatos que compõem as cinzas.

Por ser subdivido em diversos tipos, os usos do carvão são muitos. O principal uso do carvão
mineral é como fonte de energia. De acordo com a International Energy Agency (IEA), o carvão
mineral é responsável por 40% da produção de energia elétrica mundial. O carvão mineral também
é empregado no setor metalúrgico.

Outro tipo de carvão encontrado na natureza é o vegetal, que é se forma a partir da carbonização
da lenha. O carvão vegetal é frequentemente empregado em processos industriais, mas não
constitui uma fonte significativa para a produção de energia elétrica.

Incentivos à produção de energia elétrica a partir de carvão mineral

Apesar de não renovável, há fortes incentivos para que a produção de energia elétrica a partir
do carvão mineral. Os dois principais argumentos a favor da produção de energia a partir do carvão
mineral são a abundância de reservas, o que garante a segurança de suprimento e o baixo custo do
minério (em comparação a outros combustíveis fósseis) e o processo produtivo.

Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as reservas mundiais de carvão
mineral totalizam 847,5 bilhões de toneladas. Essa quantidade seria suficiente para atender a
produção atual de carvão por um período aproximado de 130 anos. Outro incentivo é que, diferente
do petróleo e do gás natural, as reservas de carvão mineral são encontradas em quantidades
expressivas em 75 países - embora aproximadamente 60% do volume total esteja concentrado nos
Estados Unidos (28,6%), Rússia (18,5%) e China (13,5%). O Brasil aparece na 10ª posição.

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Os maiores produtores mundiais de carvão são a China e os Estados Unidos, segundo a World
Coal Association, seguidos da Índia, Indonésia e Austrália, respectivamente. Além disso, a maior
parte da matriz energética, tanto da China quanto dos Estados Unidos, é baseada na produção de
energia elétrica a partir de carvão mineral, o qual também é representativo na matriz energética de
outros países, como a Alemanha, Polônia, Austrália e África do Sul.

Porém, apesar das vantagens econômicas, a produção de energia elétrica a partir do carvão
mineral é uma das formas mais agressivas de produção de energia do ponto de vista
socioambiental. As externalidades negativas estão presentes ao longo de todo o processo
produtivo, desde a extração do carvão mineral.

PROCESSO DE EXTRAÇÃO

A extração ou mineração do carvão pode ser subterrânea ou a céu aberto. Isso irá variar de acordo
com a profundidade em que o carvão é encontrado.

Quando a camada que recobre o minério é estreita, ou o solo não é apropriado (areia ou cascalho),
a exploração tende a ser feita a céu aberto. Se o mineral está em camadas profundas, é necessário
a construção de túneis.

Segundo a Aneel, a mineração a céu aberto é a forma predominante de extração do minério no


Brasil, e também mais produtiva do que a subterrânea. O que não corresponde à realidade
internacional, na qual prevalece a exploração por mineração subterrânea, equivalendo a 60% da
extração mundial de carvão.

A drenagem ácida da mina e a produção de rejeitos são impactos ambientais negativos comuns aos
dois tipos de extração.

Drenagem ácida da mina (DAM)

A drenagem ácida da mina é feita por meio de bombas, que lançam água sulfurosas no ambiente
externo, produzindo alterações no solo de ordem mineralógica (formação de novos compostos),
química (redução do pH) e física (baixa capacidade de retenção de água e permeabilidade), que
variam de acordo com a geologia do terreno.

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A drenagem ácida da mina é considerada um dos impactos mais significativos de processos de
mineração, em geral, segundo o relatório do Ministério de Ciência e Tecnologia.

Como consequência dessas alterações no solo, a qualidade da água subterrânea também é


comprometida. Pode ocorrer a redução do valor do pH da água, o que contribui para a solubilização
de metais e para contaminação da água subterrânea que, em caso de ingestão, pode vir a afetar a
saúde humana.

A mitigação dos problemas químicos e físicos do solo ocasionados pela mineração é a primeira
etapa da recuperação das áreas impactadas.

Impactos da mineração a céu aberto

As escavações de grandes volumes de solo rochoso geram impactos ambientais visíveis na


cobertura vegetal e fauna, sendo responsáveis pela degradação de largas áreas e poluição visual,
sem contar a intensificação de processos erosivos. Além disso, o uso de máquinas e equipamentos
também gera poluição sonora (ruído).

Impactos da mineração subterrânea

Com relação à saúde do trabalhador, o principal problema é a Pneumoconiose de trabalhadores


de carvão (PTC). As pneumoconioses são doenças causadas pela inalação de material particulado
acima da capacidade de depuração do sistema imunológico. É a exposição crônica à inalação das
poeiras do carvão mineral, seguida do acúmulo de poeira nos pulmões e da alteração do tecido
pulmonar.

A PTC desencadeia um processo inflamatório, podendo desenvolver a fibrose maciça progressiva


FMP, uma doença conhecida como “pulmão negro”.

De acordo com o relatório do Ministério da Saúde, existem mais de 2 mil casos de pneumoconiose
diagnosticados entre mineradores de carvão.

Outros impactos associados à mineração subterrânea são o rebaixamento do lençol freático, o que
pode contribuir para a extinção de fontes, o impacto na rede hidrológica superficial e as vibrações
causadas pelas explosões.

Beneficiamento de carvão

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De acordo com a Associação Brasileira de Carvão Mineral, o beneficiamento é o conjunto de
processos ao qual o carvão mineral bruto (run-of-mine - ROM), obtido diretamente da mina, é
submetido para que haja a remoção da matéria orgânica e de impurezas, visando assegurar a sua
qualidade. O tratamento do carvão depende das suas propriedades originais e do uso pretendido.

Segundo o relatório da Aneel, o beneficiamento gera rejeitos sólidos que são normalmente
depositados na área próxima à mineração e lançados diretamente em cursos d’água ou em
barragens de rejeito, criando extensas áreas cobertas por um material líquido. As substâncias
tóxicas presentes nos rejeitos se diluem na água da chuva (lixiviação), que, em forma de fluido,
penetram lentamente no solo (percolação), contaminando os lençóis freáticos.

Esses rejeitos normalmente contêm grandes concentrações de pirita (sulfeto de ferro - FeS2) ou
outros materiais sulfetados, que contribuem para a geração de ácido sulfúrico e para a
intensificação do processo de “drenagem ácida da mina”.

Transporte

De acordo com a Aneel, o transporte é a atividade mais custosa do processo produtivo do carvão
mineral. Por tal motivo, normalmente, o carvão que é transportado é apenas aquele que possui
baixo teor de impurezas, e maior valor econômico agregado.

Quando o uso pretendido do carvão mineral é a geração de energia elétrica, a termelétrica é


construída nas proximidades da área de mineração, como ocorre nas cinco usinas termelétricas
à carvão mineral em atividade no país.

Do ponto de vista econômico, é mais vantajoso investir em linhas de transmissão para distribuir a
energia elétrica já produzida, do que no transporte de carvão por longas distâncias.

Para distâncias curtas, o método mais eficiente é o transporte através de esteiras. Também se faz
o uso de dutos, através do qual o carvão, misturado à água, é transportado em forma de lama.

Geração de energia através do carvão

Após extraído do solo, o carvão mineral é fragmentado e armazenado em silos. É então


transportado até uma usina termelétrica.

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Segundo a Furnas, uma usina termelétrica é definida como um conjunto de obras e equipamentos
com a função de gerar energia elétrica através de um processo que é convencionalmente divido em
três etapas.

A primeira etapa consiste na queima do combustível fóssil para transformar a água da caldeira em
vapor. No caso do carvão mineral, antes do processo de queima, este é transformado em pó. Isso
garante o maior aproveitamento térmico do processo de queima.

A segunda etapa é a utilização do vapor produzido sob alta pressão, para girar uma turbina e
acionar um gerador elétrico. A passagem do vapor pela turbina provoca a movimentação da turbina
e também do gerador, que está acoplado à turbina, transformando energia mecânica em elétrica.

O ciclo é fechado na terceira e última etapa, em que o vapor é condensado e transferido para um
circuito independente de refrigeração, retornando ao estado líquido, como água da caldeira

A energia que foi gerada é transportada do gerador até um transformador via cabos condutores. O
transformador, por sua vez, distribui a energia elétrica até os centros de consumo por meio de
linhas de transmissão.

Emissões

Quando o carvão é queimado, os elementos contidos nele são volatizados (evaporam) e emitidos
para a atmosfera juntamente com parte da matéria inorgânica que é liberada sob a forma de
partículas de pó (cinzas volantes).

O carvão mineral é um material com alta concentração de carbono. Desse modo, ao ser queimado,
o carvão mineral emite grandes concentrações de monóxido de carbono.

O monóxido de carbono é gás tóxico extremamente nocivo à saúde humana e que pode, em casos
de intoxicação aguda, levar à morte. De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (Cetesb), a principal via de intoxicação por monóxido de carbono é a respiratória. Uma vez
inalado, o gás é rapidamente absorvido pelos pulmões e se liga à hemoglobina, impedindo o
transporte eficiente do oxigênio. Por isso, a exposição prolongada ao monóxido de carbono está
ligada ao aumento na incidência de infarto entre idosos.

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Além disso, uma vez na atmosfera, o monóxido de carbono pode ser oxidado, transformando-se
em dióxido de carbono.

Dióxido de Carbono

O dióxido de carbono pode ser emitido diretamente pela combustão do carvão e de outros
combustíveis fósseis, ou ser formado na atmosfera a partir de reações químicas, como por exemplo,
a partir da reação de oxidação do monóxido de carbono.

O dióxido de carbono é considerado um dos principais gases do processo de intensificação do


efeito estufa, sendo associado ao aumento do aquecimento global. E é também um dos principais
tipos de gases emitido pela queima do carvão.

É importante ressaltar que a combustão é a fase da cadeia produtiva do carvão na qual ocorre maior
emissão de dióxido de carbono, mas as fases de estocagem e armazenamento de rejeitos também
contribuem para as emissões totais. No entanto, segundo o relatório do Ministério de Ciência e
Tecnologia, o desconhecimento do tempo de estocagem do minério em cada caso é um fator
limitante para o cálculo de emissões totais.

Enxofre

Segundo o relatório da Sociedade Brasileira de Planejamento Energético, de todas as emissões das


termelétricas a carvão, a que vem causando mais preocupação é a emissão de enxofre. Ao ser
queimado, o enxofre forma uma série de compostos gasosos que são liberados na atmosfera caso
não exista equipamentos para a sua captura. Destes, destaca-se sobretudo o dióxido de enxofre
(SO2).

O dióxido de enxofre (SO2) sofre oxidação na atmosfera e forma o trióxido de enxofre (SO3) que,
por sua vez, ao se ligar à água da chuva (H2O), formará o ácido sulfúrico (H2SO4), dando origem
à chuva ácida.

A chuva ácida têm impactos diretos na vida vegetal e animal, sobretudo aquática. Em vegetais,
leva a mudanças na pigmentação e formação e à necrose. Em animais, causa a morte de
organismos, como peixes e sapos. A chuva ácida também causa danos a bens materiais, à medida
em que favorece processos corrosivos.

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De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, os impactos do dióxido de enxofre à saúde
humana podem estar relacionados ao aumento na incidência de problemas respiratórios em geral
e à asma, o que fica indicado pelo aumento das internações hospitalares.

Metano

O carvão mineral possui alto teor de metano (CH4). A combustão do carvão mineral libera o
metano na atmosfera, que pode se associar ao vapor d'água e ao dióxido de carbono e é considerado
um dos principais gases do efeito estufa.

O metano é formado a partir do processo de decomposição da matéria orgânica. Por tal motivo,
sua ocorrência é associada aos combustíveis fósseis.

É importante ressaltar, que apesar do processo de combustão do carvão mineral liberar quantidades
significativas de metano na atmosfera, as emissões de metano no processo produtivo do carvão
mineral ocorrem desde a extração do minério, sobretudo em minas subterrâneas e na estocagem
do material pós mineração, como pode ser verificado no relatório do Ministério de Ciência e
Tecnologia

Óxidos de nitrogênio (NOx)

O carvão mineral também possui grande concentração de nitrogênio. Portanto, a combustão


do carvão emite óxidos de nitrogênio na atmosfera. Os gases de combustão normalmente são
constituídos, em sua maioria, pelo óxido de nitrogênio. Quando ele adentra a atmosfera, é
rapidamente oxidado, transformando-se em dióxido de nitrogênio.

O dióxido de nitrogênio, ao se ligar à água da chuva (H2O), produz o ácido nítrico (HNO3) que,
assim como o ácido sulfúrico (H2SO4), também provoca a chuva ácida.

Além disso, altas concentrações de NO2 influenciam a formação do ozônio troposférico e


processos de smog fotoquímico.

Material particulado (MP)

Segundo a Cetesb, material particulado é todo o material sólido e líquido que se mantém suspenso
na atmosfera por causa de seu pequeno tamanho. O material particulado também se forma

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na atmosfera a partir dos anteriormente citados dióxido de enxofre (SO2) e óxidos de nitrogênio
(NOx)

O tamanho das partículas está diretamente relacionado ao potencial de causar problemas de saúde.

Mercúrio

Além dos gases já mencionados, o carvão mineral também contém quantidades significativas
de mercúrio, o qual através da combustão do minério é volatizado para a atmosfera.

Segunda a EPA - Environmental Protection Agency as termelétricas à carvão são a maior fonte
antropogênica de emissões de mercúrio.

O mercúrio volatizado e presente na atmosfera, é incorporado ao ciclo da chuva, atingindo os


corpos aquáticos e levando a contaminação ambiental e dano à vida aquática. A contaminação por
mercúrio também é uma questão de saúde pública, uma vez que o consumo de organismos
aquáticos contaminados por mercúrio pode levar à intoxicação aguda, e alguns casos levar à morte.

A EXTRAÇÃO E O TRATAMENTO DO CARVÃO MINERAL

O carvão mineral pode ser extraído de canteiros a céu aberto ou de minas subterrâneas. Na
atualidade, existem poucas jazidas ao ar livre, porque estas já estão se esgotando, de forma que o
mais usual, agora, é que se extraia o carvão do subsolo, de minas bem profundas.

Na hora de abrir uma mina, é importante fazer primeiro uma prospecção do terreno para verificar
se ela será rentável. Por vezes, o carvão se encontra a uma profundidade tão grande que o custo de
extração supera o preço final de venda ou se trata de um carvão com um conteúdo tão baixo de
carbono que sua extração não resultará em um produto rentável.

O carvão, tal como sai das minas, deve ser lavado para eliminar resíduos de enxofre. Depois, é
moído e triturado até estar pulverizado. Por último, é classificado e separado nos diferentes tipos
de carvão.

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A energia química contida no carvão extraído das minas transforma-se em energia elétrica nas
centrais térmicas. Nesse processo, é liberado no ar dióxido de enxofre, substância perigosa que
deve ser filtrada nas mesmas centrais.

Usos do carvão

O uso do carvão é conhecido há mais de 2 mil anos, mas foi apenas na Idade Média que se começou
a empregá-lo para produzir calor. Sua utilização mais intensa, porém, chegou com a Revolução
Industrial, no final do século XVIII.

As primeiras máquinas a vapor, motor principal da industrialização, tiveram como base a energia
do carvão. Atualmente, ele vem sendo substituído pelo petróleo. Seu emprego acontece,
principalmente, nas centrais térmicas, onde sua energia química é usada para obter energia elétrica.

Nas usinas, queima-se o carvão para esquentar a água, que se transforma em vapor e é capaz de
mover uma turbina. O movimento da turbina aciona um gerador, e a energia mecânica é
transformada, então, em eletricidade.

O carvão é, além disso, um componente importante na produção de ferro e aço, assim como na
indústria química.

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ANALISE FISICOE QUIMICA DO CARVÃO MINERAL

Para análise granulométrica, a amostra passa por uma peneira vibratória por 20min,
utilizando diferentes malhas de acordo a norma e quantificada as porcentagens retidas

Para o coque produzido foram realizadas as análises imediatas, composição química das
cinzas, CSR, CRI, DI, granulometria utilizando as normas citadas na Tabela 4.3, visando
avaliar e comparar a qualidade do coque na nos diferentes tipos de misturas projetadas.

Para o DI foi selecionada uma amostra representativa de 10kg inserido num cilindro com
uma malha de 15mm. Posteriormente é levada a um tambor rotativo onde passa por 150
revoluções. A amostra é retirada e analisada a porcentagem granulométrica obtida. O DI
150- 15 é o índice obtido ao final do processo. Para este índice, quanto maior a
porcentagem retida, mais forte será

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ANÁLISE DO IMPACTO AMBIENTAL

A extração do carvão pode ser em minas a céu aberto ou subterrâneas, dependendo da profundidade
em que se encontra a camada. As minas a céu aberto exercem significativo impacto ambiental em
razão dos elementos químicos contidos no carvão, como o enxofre.

Numerosas áreas de mineração antigas no sul do Brasil, trabalhadas em uma época em que a
preocupação com o ambiente natural era muito menor que atualmente, foram muito degradadas e
precisaram ser recuperadas, trabalho que vem sendo feito nas últimas décadas.

Hoje, as medidas de proteção ambiental são muito maiores e a recuperação de uma área minerada
é obrigatória, não mais se admitindo que o fim da extração do carvão resulte em crateras e montes
de rocha abandonados de qualquer maneira.

O carvão, porém, continua sendo uma das formas de produção de energia mais agressivas ao
ambiente, não só na extração como também no uso, já que sua combustão emite gases como
nitrogênio e dióxido de carbono, este o principal agente do efeito estufa.

As técnicas de aproveitamento mais modernas incluem novos processos de queima do carvão,


como a combustão pulverizada supercrítica, a combustão em leito fluidizado e a gaseificação
integrada a ciclo combinado.

Na combustão pulverizada supercrítica, o carvão é queimado de modo mais eficiente. Na


combustão em leito fluidizado, ocorre uma redução de até 90% na emissão de enxofre e de 70% a
80% de nitrogênio. A gaseificação integrada a ciclo combinado remove cerca de 95% do enxofre
e captura 90% do nitrogênio. Os dois primeiros processos são os que se mostram mais adequados
ao carvão brasileiro.

As usinas Jacuí e Candiota III, no Rio Grande do Sul, utilizam a combustão pulverizada. A Usina
Sul Catarinense e a de Seival (RS) utilizarão, respectivamente, a combustão em leito fluidizado
circulante e a combustão pulverizada. Em todos esses processos o carvão poderá ser usado tota

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Impactos da mineração a céu aberto

As escavações de grandes volumes de solo rochoso geram impactos ambientais visíveis na


cobertura vegetal e fauna, sendo responsáveis pela degradação de largas áreas e poluição visual,
sem contar a intensificação de processos erosivos. Além disso, o uso de máquinas e equipamentos
também gera poluição sonora (ruído).

Impactos da mineração subterrânea

Com relação à saúde do trabalhador, o principal problema é a Pneumoconiose de trabalhadores


de carvão (PTC). As pneumoconioses são doenças causadas pela inalação de material particulado
acima da capacidade de depuração do sistema imunológico. É a exposição crônica à inalação das
poeiras do carvão mineral, seguida do acúmulo de poeira nos pulmões e da alteração do tecido
pulmonar.

A PTC desencadeia um processo inflamatório, podendo desenvolver a fibrose maciça progressiva


FMP, uma doença conhecida como “pulmão negro”.

De acordo com o relatório do Ministério da Saúde, existem mais de 2 mil casos de pneumoconiose
diagnosticados entre mineradores de carvão.

Outros impactos associados à mineração subterrânea são o rebaixamento do lençol freático, o que
pode contribuir para a extinção de fontes, o impacto na rede hidrológica superficial e as vibrações
causadas pelas explosões.

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UTILIDADE E IMPORTÂNCIA ECONOMICA

O uso de um carvão depende de sua qualidade e esta, por sua vez, depende da natureza da
matéria vegetal que o formou, do clima e da localização geográfica à época da formação, bem
como da evolução geológica da área.

A extração da turfa é precedida de drenagem da área, para reduzir sua umidade. Feito isso, ela
é extraída e depositada a céu aberto para perder mais umidade ainda. Depois é cortada em
blocos e usada como combustível em fornalhas, termoelétricas, obtenção de gás combustível,
alcatrão, ceras, parafina, amônia e outras substâncias. É importante também seu uso na
reconstituição de solos (turfa agrícola).

Os linhitos podem ser de dois tipos, marrom ou preto, cada um deles com várias outras
denominações. Eles são usados após secagem ou não, em gasogênios industriais, na obtenção
de alcatrão e outros produtos. Por pirólise, pode fornecer ceras, fenóis, parafinas, olefinas etc.
A cinza resultante de sua combustão pode ser aproveitada para a produção de cimento
pozolânico e de cerâmicas.

A hulha tem dois usos principais e com base neles é dividida em carvão-vapor ou carvão
energético – o mais pobre e com maior teor de cinzas, usado diretamente em fornos,
principalmente em usinas termoelétricas – e em carvão metalúrgico – o mais nobre, passível de
ser transformado em coque (por isso chamado também de carvão coqueificável).

O coque é um material obtido por aquecimento da hulha em ambiente fechado, sem combustão,
resultando numa substancia altamente porosa, leve, física e quimicamente heterogênea, de
brilho metálico característico, usada como combustível na metalurgia (altos-fornos). Sua
qualidade depende muito da qualidade do carvão que o origino

A coqueificação é um processo químico no qual ocorre uma divisão das moléculas orgânicas
complexas que constituem o carvão mineral, produzindo gases e compostos orgânicos sólidos e
líquidos de moléculas menores, além de um resíduo carbonáceo relativamente não volátil: o coque.

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A finalidade do coque é dar suporte mecânico à carga de minério de ferro, calcário e outros
minerais, permitindo a percolação dos gases quentes, além, é claro, de fornecer calor. Quando
o coque queima seu carbono capta oxigênio da hematita (o minério de ferro constituído de óxido
de ferro), formando monóxido de carbono, gás carbônico, água e outras substâncias; enquanto
o ferro fica livre e funde, formando a gusa.

Outro importante produto obtido a partir da hulha é o alcatrão, uma mistura de hidrocarbonetos
aromáticos. Embora ele possa ser obtido também do linhito, é a hulha sua mais importante fonte
natural. Mais de 200 hidrocarbonetos aromáticos podem ser dela obtidos, e uma tonelada de
hulha fornece de 30 a 50 kg de alcatrão. Na coqueificação, a hulha é aquecida a temperaturas
entre 850 ºC e 1.100 ºC. O material que se separa na forma de gases é resfriado e se transforma
em licor amoniacal e em alcatrão. O produto é então purificado por sucessivas decantações, que
removem a água e os sólidos residuais. O alcatrão possui normalmente até 5% de umidade e
1% de sólidos suspensos.

O antracito é usado como combustível, com a grande vantagem sobre os demais de emitir muita
pouca fuligem. Queima facilmente, mas devagar e com chama quase invisível, sendo o mais
indicado para uso doméstico. É usado também para fabricação de filtros de água.

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CONCLUSÃO

Ao longo do nosso trabalho concluímosO carvão mineral é um combustível fóssil extraído da terra
por meio da mineração. Sua origem se dá a partir da decomposição da matéria orgânica (restos de
árvores e plantas) que se acumulou sob uma lâmina de água há milhões de anos. O soterramento
dessa matéria orgânica por depósitos de argila e areia provoca o aumento na pressão e na
temperatura, o que contribui para a concentração dos átomos de carbono e expulsão dos átomos
de oxigênio e hidrogênio (carbonificação

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Bibliografia

SILVA, G. L. R. et. al. Problema da otimização de mistura de carvão na produção de coque


metalúrgico. In: XLI Seminário de redução de minério de ferro e matérias-primas, IX Simpósio
Brasileiro de Minério de Ferro. Vila Velha. ABM, 2011. Vol. 1, pp. 1-12.

MONTEIRO, M. R., Fabricação do coque metalúrgico. Programa de educação continuada.


São Paulo: ABM, Junho (1980), pp.147-207.

ERRERA, M. R., MILANEZ, L. F. Thermodynamic analysis of a coke dry quenching unit.


Energy Conversion & Management (2000), 41, pp. 109-127.

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