Você está na página 1de 4

USO DE URÂNIO PARA GERAÇÃO DE ENERGIA

NUCLEAR

Rose Barbosa Souza Ribeiro, Jadson Jordão Ribeiro, Fabiana Formagini, Leandro Barcelos
Amaral Junior¹
Fernanda Borgatto²

RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo entender como se da o processo de geração de energia
com o uso de urânio enriquecido e correlacionar esse processo com a física.. A transformação de
urânio em energia passa por uma série de processos chamada ciclo do combustível nuclear, que
vão desde a mineração de urânio até à eliminação final ou acondicionamento de resíduos
radioativos, são eles mineração e beneficiamento, conversão, enriquecimento, reconversão,
fabricação de pastilhas e geração de energia.As informações foram examinadas e discutidas, com
base nos dados obtidos, tanto em forma de relatório quanto em figura. Ao final foram feitas
observações de como funciona a energia nuclear no Brasil. O Ciclo do Combustível Nuclear é um
processo complexo, mas que através desta pesquisa tornou-se de fácil entendimento e de fácil
correlacionamento do uso da física na química.
Palavras-chave: Energia nuclear. Urânio. Química.

1. INTRODUÇÃO

O urânio é um mineral, que foi descoberto em 1789 pelo cientista alemão Martin Klaproth,
que pode gerar calor durante a fissão nuclear que é quando a ligação entre os seus prótons e
nêutrons são rompidas e esse calor é transformado em energia. Para que o urânio se transforme em
combustível nas usinas, ele passa por vários processos industriais, que formam o ciclo do
combustível nuclear (INB, 2022).
A partir desta explanação, este trabalho levanta o seguinte problema: como o urânio é usado
para gerar energia nuclear e como ocorre esse processo?
Com base neste questionamento, este trabalho busca entender como se da o processo de
geração de energia com o uso de urânio enriquecido e correlacionar esse processo com a física.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Segundo Torres e Rigues (2022) o urânio é um elemento químico metálico, representado


pelo símbolo U na tabela periódica, de número atômico 92 sendo o elementos natural mais pesado
da Terra. Ele ocorre em baixas concentrações na água, nas rochas e no solo e não é um recurso
renovável. No entanto não vai se esgotar por tão cedo pois estima-se que existam 5,5 milhões de
toneladas do elemento em depósitos minerais economicamente viáveis.

1 Nome dos acadêmicos


2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I - dd/mm/aa
2

O urânio é um energético milhões de vezes mais poderoso do que o petróleo. No Brasil,


99% de sua utilização é voltada para a geração de energia. O 1% restante é usado para
medicina e agricultura. Ele também é um dos elementos que podem ser usados para a
fabricação de armas nucleares -- mas o Brasil não o utiliza para esse fim (IBRAM, 2010).

Em sua forma natural o urânio não tem utilidade para a produção de energia: ele precisa
aumentar as concentrações do isótopo U-235 atraves de um processo de enriquecimento. Assim,
surge o urânio enriquecido, um isótopo físsil que produz energia ao sofrer fissão (rompimento) nos
reatores nucleares. O processo de enriquecimento do urânio é feito em grandes centrífugas, onde o
gás hexafluoreto de urânio (UF6) é submetido a altas velocidades, separando os U-235 do U-238
(TORRES E RIGUES 2022).
A transformação de urânio em energia passa por uma série de processos chamada ciclo do
combustível nuclear (CCN), que vão desde a mineração de urânio até à eliminação final ou
acondicionamento de resíduos radioativos.

A primeira etapa do CCN é a mineração e beneficiamento, no qual o urânio é retirado do


solo, triturado e separado de outros materiais a ele associados na natureza, tendo como resultado um
concentrado de urânio (yellowcake). Esta etapa é realizada atualmente na Unidade de Concentração
de Urânio em Caetité/BA. A próxima etapa é a conversão , onde o concentrado de urânio é
dissolvido e purificado, para ser convertido ao estado gasoso, o hexafluoreto de urânio (UF6), e é
somente em forma de gás que ele pode ser enriquecido, passando para a próxima etapa do ciclo do
combustível nuclear. Esta etapa ainda não é realizada no Brasil (INB, 2022).
3

A terceira etapa é o enriquecimento do urânio, no qual aumenta a concentração do isótopo


U235 que passa de 0,7%, para até até 5% (suficiente para que ele gere energia). Após o
enriquecimento o gás é reconvertido em pó de dióxido de urânio (UO2). Esse urânio enriquecido
sob a forma de pó são usados para a fabricação de pastilhas com cerca de um centímetro de
diâmetro. Essas pequenas pastilhas de urânio enriquecido são colocadas dentro de varetas de uma
liga de aço especial – o zircaloy. Em seguida, as varetas são organizadas em feixes, formando uma
estrutura firme de até 5 metros de altura - o combustível nuclear (INB, 2022).
Essas quatro etapas são realizadas na Fábrica de Combustível Nuclear da INB em
Resende/RJ (INB, 2022).
A ultima etapa desse processo é a geração de energia que acontece através da fissão dos
átomos de urânio que estão contidos no combustível nuclear dentro do núcleo do reator que gera
calor, aquecendo a água, e transformando-a no vapor que faz movimentar as turbinas, gerando
assim energia. Esta etapa do ciclo do combustível nuclear é realizada nas usinas nucleares em
Angra dos Reis/RJ, pela Eletrobras/Eletronuclear (INB, 2022).
O Brasil possui uma das maiores reservas mundiais de urânio o que permite o suprimento
das necessidades domésticas a longo prazo e a disponibilização do excedente para o mercado
externo. Há, aproximadamente, 300.000 toneladas de Urânio (U3 O8) nos Estados da Bahia, Ceará,
Paraná e Minas Gerais, entre outras ocorrências. Estudos de prospecção e pesquisas geológicas
foram realizadas em apenas 25% do território nacional. As Indústrias Nucleares do Brasil (INB)
realizam a mineração em três áreas: Caetité, na Bahia; Caldas, em Minas Gerais e Itataia no Ceará.
A INB é a empresa encarregada, por lei, de promover, no País, a exploração do urânio, desde a
mineração e beneficiamento primário até sua colocação nos elementos combustíveis que acionam os
reatores das usinas nucleares (AMBIENTEBRASIL, 2021).
Segundo o IDM (2020) A Agência Internacional de Energia atómica estimou que em 2009
as reservas mundiais de urânio estavam em torno de 5,4 milhões de toneladas em todo mundo,
sendo que (31%) está na Austrália, (12%) no Cazaquistão, (9%) no Canadá e (9%) na Rússia, e a
produção mundial subiu cerca de 50 000 toneladas em 2009 comparando com 2008.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Segundo Ferreira (2011), é importante proporcionar a quantidade adequada de informações


sobre como a pesquisa foi conduzida, assim sendo, para elaboração da análise foram utilizados
dados retirados de sites relacionados à energia nuclear, artigos publicados em revistas e o portal da
empresa autorizada para trabalhar com materiais radioativos no Brasil.
As informações foram examinadas e discutidas, com base nos dados obtidos, tanto em forma
de relatório quanto em figura. Ao final foram feitas observações de como funciona a energia
nuclear no Brasil.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Vimos neste trabalho como o urânio é beneficiado para a geração de energia, material este
que tem ganhado cada vez mais espaço nesse cenário. Vimos também quais as suas propriedades
químicas e quais as principais reservas deste elemento no mundo.
4

Muita discussão tem sido gerada por causa dos danos que o urânio mal controlado e
descartado de forma irregular, pode causar. Armas químicas têm sido geradas por causa deste efeito
destrutivo que o urânio possui, este efeito negativo não atinge só o ser humano, mas também o
biodiversidade do lugar contaminado pelo elemento. Mesmo que isso seja uma forte argumentação
contra o uso do urânio como uma forma de energia alternativa, ainda sim as propriedades para
produção de energia a partir do urânio, são muito boas, alguns países como Japão dependem
unicamente da energia nuclear para o sustento da civilização japonesa.
A produção de energia nuclear utilizou-se de todo conhecimento adquirido nos estudos da
física, pois as reações que ocorrem nos núcleos dos átomos faz parte da física nuclear. As reações
que ocorrem no CCN, como a fissão é uma das aplicações mais conhecidas da Física que produzem
calor aquecendo água e movimentando a turbina para produzir eletricidade.

5. CONCLUSÕES

O Ciclo do Combustível Nuclear é um processo complexo, mas que através desta pesquisa
tornou-se de fácil entendimento e de fácil correlacionamento do uso da física na química.
O uso de urânio pode ser uma alternativa viável para a atender a demanda energética de uma
população crescente.
Diante do exposto os conhecimentos de física e química estão estreitamente relacionadas e
se usados de forma correta trarão benefícios a gerações futura e ao planeta.

REFERÊNCIAS

AMBIENTEBRASIL,https://ambientes.ambientebrasil.com.br/energia/artigos_nuclear/exploracao_
de_uranio_e_o_meio_ambiente.html#:~:text=H%C3%A1%2C%20aproximadamente%2C%20300.
000%20toneladas%20de,apenas%2025%25%20do%20territ%C3%B3rio%20nacional., acessado
em 06 de Jun de 2022.

IBRAM, https://ibram.org.br/noticia/no-brasil-99-do-uranio-e-usado-para-gerar-eletricidade-saiba-
mais/, acessado em 06 de Jun de 2022.

INB, disponível em http://www.inb.gov.br/Nossas-Atividades/Ciclo-do-combustivel-nuclear,


acessado em 06 de Jun de 2022.

FERREIRA, Gonzaga. Redação científica: como entender e escrever com facilidade. São Paulo:
Atlas, v. 5, 2011.

TORRES E RIGUES, disponível em https://canaltech.com.br/meio-ambiente/uranio-o-que-e-para-


que-serve-e-os-perigos-de-se-manusear-213867/,acessado em 06 de Jun de 2022.

Você também pode gostar