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Por outro lado, a fusão nuclear envolve a união de núcleos leves, como os de hidrogênio, para
formar um núcleo mais pesado, liberando uma quantidade ainda maior de energia do que a
fissão. A fusão nuclear é o processo que alimenta o sol e outras estrelas, mas ainda é um
desafio técnico reproduzi-lo de forma controlada na Terra para geração de energia.
A origem da energia nuclear remonta à compreensão das reações nucleares e à descoberta dos
processos de fissão e fusão. A fissão nuclear foi primeiro observada em experimentos
conduzidos por Otto Hahn e Fritz Strassmann em 1938, enquanto a fusão nuclear foi
teorizada por Hans Bethe no início da década de 1930. Desde então, esses processos têm sido
objeto de intensa pesquisa e desenvolvimento em busca de uma fonte de energia mais limpa e
eficiente.
No entanto, foi apenas durante a Segunda Guerra Mundial que a pesquisa em energia nuclear
recebeu uma atenção substancial devido ao potencial para desenvolver armas nucleares. O
Projeto Manhattan, liderado pelos Estados Unidos, resultou na construção da primeira bomba
atômica em 1945, marcando um marco significativo no uso prático da energia nuclear.
A primeira usina nuclear do mundo a gerar eletricidade em larga escala foi a de Obninsk,
localizada na União Soviética, que entrou em operação em 1954. Essa usina utilizava um
reator de grafite moderado por água, e embora tenha sido uma realização pioneira, operou por
um período relativamente curto, devido a problemas de segurança e manutenção. No mesmo
ano, nos Estados Unidos, foi inaugurada a primeira usina nuclear comercial, chamada de
Shippingport Atomic Power Station, localizada na Pensilvânia. Utilizando um reator de água
pressurizada, essa usina demonstrou a viabilidade da energia nuclear para a produção de
eletricidade em larga escala.
Outro marco importante na história da energia nuclear foi a inauguração da usina de Calder
Hall, no Reino Unido, em 1956. Esta usina, que também utilizava um reator de grafite, foi a
primeira a ser conectada à rede elétrica nacional e produziu eletricidade comercialmente por
muitos anos. O sucesso dessas primeiras usinas nucleares levou ao rápido crescimento da
indústria nuclear em todo o mundo, com a construção de várias usinas adicionais nas décadas
seguintes.
Desde então, a energia nuclear tem sido uma parte significativa do mix energético em muitos
países, mas apesar dos avanços tecnológicos e do aumento na capacidade de geração de
energia, a energia nuclear também enfrentou desafios significativos, incluindo preocupações
com segurança, gerenciamento de resíduos e custos de construção.Os avanços contínuos em
tecnologia nuclear, juntamente com esforços para aumentar a segurança e minimizar os
impactos ambientais, continuam a moldar o futuro da energia nuclear.
Há vários tipos de reatores nucleares: de água fervente (BWR), de água leve pressurizada
(PWR), refrigerados a gás (HTGR) e de água pesada (HWR). O modelo de reator a urânio
enriquecido e água leve pressurizada PWR (pressurized water reactor), foi adotado pelo
Brasil quando decidiu ingressar na era nuclear.
Uma usina PWR possui três circuitos de água: primário, secundário e de água de
circulação.Eles são totalmente estanques: a água de cada um deles não se mistura, em
hipótese alguma, com a dos outros dois.
Com a fissão nuclear controlada no interior do vaso de reator, a água é aquecida a até 315
Celsius sem, no entanto, se transformar em vapor. Para que a água se mantenha no estado
liquido existe o pressurizador, que eleva a pressão a até 57 atmosferas.
A água, assim aquecida, é bombeada através das tubulações, passando pelos geradores de
vapor.
Esta é levada à subestação anexa à usina, colocada na tensão adequada e transmitida para o
sistema de distribuição.
O vapor que aciona as turbinas é conduzido, em seguida, até o condensador, onde volta ao
estado líquido, sendo outra vez bombeado para os geradores de vapor.
A água utilizada para refrigeração do condensador volta ao mar, passando por um túnel com
cerca de um quilômetro de extensão. Ao ser descarregada, estará 7 a 12" Celsius acima da
temperatura ambiente.
Extração do urânio
O urânio é retirado da terra e triturado. Sob ele, então, se joga uma solução
ácida, que separa o urânio do minério. Esse processo resulta num líquido
chamado de licor de urânio. Depois de filtrado e decantado, esse líquido se
transforma em um concentrado, o yellowcake, que é o urânio natural em forma de pasta. Ele
é então embalado e segue para outra etapa: a conversão, que transforma esse concentrado no
gás hexafluoreto de urânio.
Para que possa gerar energia elétrica, o urânio tem de ser enriquecido, ou seja, concentrado.
Isso é feito em diversas cascatas de ultracentrífugas, instaladas na fábrica de enriquecimento
de urânio da INB em Rezende, no estado do Rio de Janeiro. Dentro desses equipamentos, o
gás hexafluoreto de urânio gira numa velocidade extremamente alta, separando os átomos
mais leves dos mais pesados. Isso faz com que a concentração de urânio natural passe de
0,7% para até 3,65%. É esse enriquecimento que permite ao átomo de urânio liberar calor e
gerar energia.
Impactos(econômicos e ambientais)
https://www.ibeas.org.br/conresol/conresol2021/XV-028.pdf
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJAER/article/view/6034
Vantagens e Desvantagens
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/9809
Angra 1, a primeira usina nuclear brasileira, entrou em operação comercial em 1985. Com
uma potência instalada de 657 megawatts elétricos (MWe), é capaz de abastecer uma cidade
de porte médio. Já Angra 2, inaugurada em 2001, possui uma capacidade superior, com 1.350
MWe. Juntas, essas duas unidades têm o potencial de gerar uma quantidade significativa de
eletricidade, contribuindo para a estabilidade do sistema elétrico nacional. A capacidade
combinada de geração de energia das usinas nucleares Angra 1 e Angra 2, equivaleria a
aproximadamente R$ 351.225,00 por hora
Referências
https://www.gov.br/pt-br/noticias/energia-minerais-e-combustiveis/2020/12/brasil-retoma-pro
ducao-de-uranio#:~:text=O%20ur%C3%A2nio%20%C3%A9%20retirado%20da,natural%20
em%20forma%20de%20pasta.
https://www.ipen.br/portal_por/conteudo/biblioteca/arquivos/Como_funciona_uma_Usina_de
_Energia_Nuclear.pdf
https://www.todoestudo.com.br/fisica/fissao-nuclear