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Produzido por Igor Carvalho, Matheus Trindade e Mayla Julia Silva

Química nuclear X Energia Nuclear


(fissão e fusão nuclear)

A química nuclear é um campo da ciência que estuda as propriedades e o


comportamento dos núcleos atômicos, bem como as reações nucleares que
ocorrem dentro deles. Essas reações são fundamentais para entender a energia nuclear, uma
fonte poderosa de energia. A energia nuclear é gerada a partir de duas principais fontes de
reações nucleares: fissão nuclear e fusão nuclear.

A fissão nuclear envolve a quebra do núcleo de um átomo pesado, como o urânio-235, em


núcleos menores, liberando uma quantidade significativa de energia. Esse processo é
acompanhado pela liberação de nêutrons e outros subprodutos nucleares. A fissão nuclear é a
base para a energia produzida em usinas nucleares, onde a reação em cadeia é controlada para
gerar calor, que é então convertido em eletricidade por meio de turbinas.

Por outro lado, a fusão nuclear envolve a união de núcleos leves, como os de hidrogênio, para
formar um núcleo mais pesado, liberando uma quantidade ainda maior de energia do que a
fissão. A fusão nuclear é o processo que alimenta o sol e outras estrelas, mas ainda é um
desafio técnico reproduzi-lo de forma controlada na Terra para geração de energia.

A origem da energia nuclear remonta à compreensão das reações nucleares e à descoberta dos
processos de fissão e fusão. A fissão nuclear foi primeiro observada em experimentos
conduzidos por Otto Hahn e Fritz Strassmann em 1938, enquanto a fusão nuclear foi
teorizada por Hans Bethe no início da década de 1930. Desde então, esses processos têm sido
objeto de intensa pesquisa e desenvolvimento em busca de uma fonte de energia mais limpa e
eficiente.

História da Energia Nuclear e suas Usinas

A história da energia nuclear remonta ao início do século XX, quando os


cientistas começaram a compreender as propriedades dos átomos e suas
reações. Uma das descobertas mais significativas foi a fissão nuclear,
observada primeiramente por Otto Hahn e Fritz Strassmann em 1938. Esse fenômeno envolve
a divisão de núcleos atômicos pesados, como o urânio-235, liberando uma quantidade
extraordinária de energia. A descoberta da fissão nuclear abriu caminho para o
desenvolvimento das primeiras usinas de energia nuclear.

No entanto, foi apenas durante a Segunda Guerra Mundial que a pesquisa em energia nuclear
recebeu uma atenção substancial devido ao potencial para desenvolver armas nucleares. O
Projeto Manhattan, liderado pelos Estados Unidos, resultou na construção da primeira bomba
atômica em 1945, marcando um marco significativo no uso prático da energia nuclear.

A primeira usina nuclear do mundo a gerar eletricidade em larga escala foi a de Obninsk,
localizada na União Soviética, que entrou em operação em 1954. Essa usina utilizava um
reator de grafite moderado por água, e embora tenha sido uma realização pioneira, operou por
um período relativamente curto, devido a problemas de segurança e manutenção. No mesmo
ano, nos Estados Unidos, foi inaugurada a primeira usina nuclear comercial, chamada de
Shippingport Atomic Power Station, localizada na Pensilvânia. Utilizando um reator de água
pressurizada, essa usina demonstrou a viabilidade da energia nuclear para a produção de
eletricidade em larga escala.

Outro marco importante na história da energia nuclear foi a inauguração da usina de Calder
Hall, no Reino Unido, em 1956. Esta usina, que também utilizava um reator de grafite, foi a
primeira a ser conectada à rede elétrica nacional e produziu eletricidade comercialmente por
muitos anos. O sucesso dessas primeiras usinas nucleares levou ao rápido crescimento da
indústria nuclear em todo o mundo, com a construção de várias usinas adicionais nas décadas
seguintes.

Desde então, a energia nuclear tem sido uma parte significativa do mix energético em muitos
países, mas apesar dos avanços tecnológicos e do aumento na capacidade de geração de
energia, a energia nuclear também enfrentou desafios significativos, incluindo preocupações
com segurança, gerenciamento de resíduos e custos de construção.Os avanços contínuos em
tecnologia nuclear, juntamente com esforços para aumentar a segurança e minimizar os
impactos ambientais, continuam a moldar o futuro da energia nuclear.

Como funciona uma usina nuclear?

A energia elétrica de origem térmica é obtida a partir da queima de carvão,


de gás ou de óleo (térmica convencional) ou da fissão nuclear (térmica
nuclear).

O princípio básico de funcionamento de qualquer usina térmica é igual: a queima do


combustível fóssil ou a fissão do combustível nuclear produz calor. O calor aquece a água,
transformando-a em vapor. O vapor movimenta uma turbina, à qual está acoplado um gerador
elétrico, que produz eletricidade. Trata-se da transformação da energia térmica em energia
mecânica e, desta, em energia elétrica.
Nas usinas térmicas convencionais, o combustível é queimado em uma caldeira voltada por
tubos cheios de água, que entra em ebulição. Na maioria das usinas nucleares em operação, o
combustível encontra-se imerso em um fluido refrigerante e moderador da reação nuclear,
geralmente água, dentro de um vaso denominado vaso do reator.

Há vários tipos de reatores nucleares: de água fervente (BWR), de água leve pressurizada
(PWR), refrigerados a gás (HTGR) e de água pesada (HWR). O modelo de reator a urânio
enriquecido e água leve pressurizada PWR (pressurized water reactor), foi adotado pelo
Brasil quando decidiu ingressar na era nuclear.

Os reatores nucleares em operação no Mundo totalizam a potência instalada de 103.485 MW,


dos quais 50% são do tipo PWR. Em construção e/ou em projeto essa potência eleva-se para
304.800 MW, dos quais 68% são do tipo PWR.

Uma usina PWR possui três circuitos de água: primário, secundário e de água de
circulação.Eles são totalmente estanques: a água de cada um deles não se mistura, em
hipótese alguma, com a dos outros dois.

Com a fissão nuclear controlada no interior do vaso de reator, a água é aquecida a até 315
Celsius sem, no entanto, se transformar em vapor. Para que a água se mantenha no estado
liquido existe o pressurizador, que eleva a pressão a até 57 atmosferas.

A água, assim aquecida, é bombeada através das tubulações, passando pelos geradores de
vapor.

A água do circuito secundário, existente nos geradores de vapor, em contato com as


tubulações contendo a água pressurizada e aquecida do circuito primário, aquece-se ao ponto
de transformar-se em vapor. A expansão do vapor aciona as pás de uma turbina, a cujo eixo
está acoplado o eixo do gerador que, em movimento,produz a eletricidade.

Esta é levada à subestação anexa à usina, colocada na tensão adequada e transmitida para o
sistema de distribuição.

O vapor que aciona as turbinas é conduzido, em seguida, até o condensador, onde volta ao
estado líquido, sendo outra vez bombeado para os geradores de vapor.

A água utilizada para refrigeração do condensador volta ao mar, passando por um túnel com
cerca de um quilômetro de extensão. Ao ser descarregada, estará 7 a 12" Celsius acima da
temperatura ambiente.

Na região da Central Nuclear de Angra.considerando-se as correntes marítimas, o vento, a


chuva e a grande massa de água que é o mar, num raio de 500 a 1.000 metros a partir da boca
do túnel de descarga, a água terá voltado à temperatura ambiente, sem prejuízo da fauna e da
flora marinhas.

Extração do urânio

O urânio é retirado da terra e triturado. Sob ele, então, se joga uma solução
ácida, que separa o urânio do minério. Esse processo resulta num líquido
chamado de licor de urânio. Depois de filtrado e decantado, esse líquido se
transforma em um concentrado, o yellowcake, que é o urânio natural em forma de pasta. Ele
é então embalado e segue para outra etapa: a conversão, que transforma esse concentrado no
gás hexafluoreto de urânio.

ranio e submetido a um processo cnamado de lixiviação, onde o urânio é extraído do


concentrado usando ácido sulfúrico ou ácido clorídrico. O urânio é então purificado e
convertido em uma forma adequada para o processo de enriquecimento.

No processo de enriquecimento, o urânio é concentrado em seu isótopo físsil, urânio-235, que


é o que permite a fissão nuclear. Isso pode ser feito através de métodos de centrifugação ou
difusão gasosa.

Finalmente, o urânio enriquecido é utilizado como combustível em reatores nucleares, onde a


fissão nuclear ocorre, liberando energia na forma de calor. Esse calor é então usado para gerar
vapor, que aciona turbinas conectadas a geradores elétricos, produzindo eletricidade. O
urânio utilizado no processo é monitorado e gerenciado cuidadosamente devido às suas
propriedades radioativas e potencial risco para a saúde e meio ambiente.

Para que possa gerar energia elétrica, o urânio tem de ser enriquecido, ou seja, concentrado.
Isso é feito em diversas cascatas de ultracentrífugas, instaladas na fábrica de enriquecimento
de urânio da INB em Rezende, no estado do Rio de Janeiro. Dentro desses equipamentos, o
gás hexafluoreto de urânio gira numa velocidade extremamente alta, separando os átomos
mais leves dos mais pesados. Isso faz com que a concentração de urânio natural passe de
0,7% para até 3,65%. É esse enriquecimento que permite ao átomo de urânio liberar calor e
gerar energia.

Impactos(econômicos e ambientais)

https://www.ibeas.org.br/conresol/conresol2021/XV-028.pdf
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJAER/article/view/6034

Vantagens e Desvantagens

https://repositorio.ufba.br/handle/ri/9809

Usinas nucleares brasileiras e seu potencial energético

As usinas nucleares de Angra 1 e Angra 2 são importantes fontes de energia


no Brasil, operadas pela Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras, essas
usinas desempenham um papel crucial na geração de energia elétrica no
país. Angra 1, localizada em Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro, entrou em
operação comercial em 1985, enquanto Angra 2 começou suas operações em 2001. Ambas as
usinas são do tipo PWR (Reator de Água Pressurizada) e são responsáveis por uma parte
substancial da geração de eletricidade no Brasil.

Angra 1, a primeira usina nuclear brasileira, entrou em operação comercial em 1985. Com
uma potência instalada de 657 megawatts elétricos (MWe), é capaz de abastecer uma cidade
de porte médio. Já Angra 2, inaugurada em 2001, possui uma capacidade superior, com 1.350
MWe. Juntas, essas duas unidades têm o potencial de gerar uma quantidade significativa de
eletricidade, contribuindo para a estabilidade do sistema elétrico nacional. A capacidade
combinada de geração de energia das usinas nucleares Angra 1 e Angra 2, equivaleria a
aproximadamente R$ 351.225,00 por hora

Embora Angra 1 e Angra 2 tenham uma capacidade energética substancial, é importante


considerar que elas não seriam capazes de suprir sozinhas a demanda energética de uma
região ou do país inteiro. Embora tenham um papel fundamental na diversificação da matriz
energética e na garantia de fornecimento de eletricidade, as usinas nucleares são parte de um
sistema mais amplo de geração de energia que inclui outras fontes, como hidrelétricas,
termelétricas e energias renováveis.

Referências
https://www.gov.br/pt-br/noticias/energia-minerais-e-combustiveis/2020/12/brasil-retoma-pro
ducao-de-uranio#:~:text=O%20ur%C3%A2nio%20%C3%A9%20retirado%20da,natural%20
em%20forma%20de%20pasta.

https://www.ipen.br/portal_por/conteudo/biblioteca/arquivos/Como_funciona_uma_Usina_de

_Energia_Nuclear.pdf

https://www.todoestudo.com.br/fisica/fissao-nuclear

O que é Fusão Nuclear? - Toda Matéria (todamateria.com.br)

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