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Angra 1 e Angra 2
A primeira usina nuclear brasileira, Angra 1, opera com um reator do tipoPWR (reator a
água leve pressurizada), desenvolvido pela empresa americana Westinghouse. Para
entender melhor como é obtida a energia nuclear clique aqui.
Divulgação: Eletronuclear
Esquema de funcionamento das usinas tipo PWR
Veja abaixo, quanto já foi investido nas duas usinas já existentes.
Introdução
As usinas nucleares fornecem cerca de 16% da eletricidade do mundo (dados de agosto
de 2008). Alguns países dependem mais da energia nuclear para obter eletricidade que
outros. Na França, por exemplo, cerca de 75% da eletricidade é gerada a partir da energia
nuclear, de acordo com a Agência Internacional de Energia
Atômica (em inglês). Nos Estados Unidos, a energia nuclear
fornece 23% da eletricidade total, mas alguns Estados obtêm mais energia de usinas
nucleares que outros. No Brasil, menos de 3% da energia gerada tem origem das usinas
nucleares de Angra dos Reis. Há mais de 400 usinas de energia nuclear ao redor do
mundo, sendo mais de 100 nos EUA.(Fonte: WNA, em inglês)
Você já imaginou como uma usina de energia nuclear funciona ou o quão segura ela é?
Neste artigo vamos analisar como um reator nuclear e uma usina de energia funcionam e
vamos explicar a fissão nuclear, mostrando um reator nuclear por dentro.
Urânio
O urânio é um elemento bastante comum na Terra, incorporado ao planeta durante sua
formação. O urânio é formado originalmente nas estrelas. Estrelas antigas explodiram, e a
poeira dessas estrelas despedaçadas se agregou para formar nosso planeta. O urânio-238
(U-238) tem uma meia-vida extremamente longa (4,5 bilhões de anos), e portanto ainda
está presente em quantidades bem grandes. O U-238 compõe 99% do urânio no planeta.
O U-235 compõe cerca de 0,7% do urânio remanescente encontrado naturalmente; o U-
234, ainda mais raro, é formado pelo decaimento do U-238. O urânio-238 passa por muitos
estágios, ou decaimento alfa e beta, para formar um isótopo (em inglês) estável de
chumbo, e o U-234 é um elo nessa corrente.
O urânio-235 tem uma propriedade interessante que o torna útil tanto para produção de
energia nuclear quanto para a produção de uma bomba nuclear. O U-235 decai
naturalmente, assim como o U-238, por radiação alfa, e também sofre fissão espontânea
por um pequeno percentual do tempo. Contudo, o U-235 é um dos poucos materiais que
podem sofrer fissão induzida. Se um nêutron livre atravessar um núcleo de U-235, o
núcleo absorverá o nêutron sem hesitação, se tornará instável e se dividirá imediatamente.
Leia Como funciona a radiação nuclear para obter os detalhes completos.
Fissão nuclear
A animação abaixo mostra um núcleo de urânio-235 com um nêutron se aproximando a
partir do topo. Assim que o núcleo captura o nêutron, ele se divide em 2 átomos mais leves
e arremessa 2 ou 3 nêutrons novos (o número de nêutrons ejetados depende de como o
átomo de U-235 se divide). Os 2 novos átomos então emitem radiação gama conforme se
ajustam em seus novos estados. Há 3 coisas sobre esse processo de fissão induzida que
o tornam especialmente interessante:
O feixe de urânio atua como uma fonte de calor de altíssima energia. Ele aquece a água,
que se transforma em vapor, acionando uma turbina a vapor, a qual faz girar
um gerador para produzir energia. Em alguns reatores, o vapor do reator atravessa um
trocador de calor secundário e intermediário para converter a água de outro circuito em
vapor, que aciona a turbina. A vantagem desse desenho é que a água/vapor radioativo
nunca entra em contato com a turbina. Também, em alguns reatores, o fluido de
resfriamento em contato com o núcleo do reator é um gás (dióxido de carbono) ou metal
líquido (sódio, potássio); esses tipos de reatores permitem que o núcleo seja operado a
temperaturas mais altas.