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4 - DIFUSÃO

¾4.1 Introdução
¾ 4.2 Mecanismos de Difusão
¾ 4.3 Difusão Através Vacâncias
¾ 4.4 Difusão Intersticial
¾ 4.5 Difusão em regime estacionário
¾ 4.6 Difusão em regime não-estacionário
4.1 Introdução
¾ É o processo de transporte de massa que
envolve o movimento de uma espécie atômica
para dentro de um conjunto de outras espécies.

¾ Como a difusão envolve o movimento de


átomos, este processo torna-se mais rápido à
altas temperaturas.
4.1 Introdução
¾ O fenômeno da difusão pode ser demonstrado
com o uso de um par de difusão, que é formado
pela união de 2 barras de 2 metais diferentes
em contato;

¾ Este par é aquecido durante um período de


tempo longo numa temperatura elevada, mas
que esteja abaixo da temperatura de fusão de
ambos os metais.
4.1 Introdução

Figura 4.1 – Par de difusão cobre-níquel antes e depois


de um tratamento térmico de alta temperatura
4 - DIFUSÃO
¾ 4.1 Introdução
¾4.2 Mecanismos de Difusão
¾ 4.3 Difusão Através Vacâncias
¾ 4.4 Difusão Intersticial
¾ 4.5 Difusão em regime estacionário
¾ 4.6 Difusão em regime não-estacionário
4.2 Mecanismos de Difusão
Para que um átomo se mova, duas condições
devem ser atendidas:

¾ deve existir um sítio adjacente vazio;

¾ o átomo deve ter suficiente energia para


quebrar as ligações com seus átomos vizinhos.
4 - DIFUSÃO
¾ 4.1 Introdução
¾ 4.2 Mecanismos de Difusão
¾4.3 Difusão Através Vacâncias
¾ 4.4 Difusão Intersticial
¾ 4.5 Difusão em regime estacionário
¾ 4.6 Difusão em regime não-estacionário
4.3 Difusão Através Vacâncias
¾ Envolve a troca de um átomo a partir de uma
posição normal da rede para um vazio;

¾ Naturalmente, este processo necessita a presença


de lacunas;

¾ A extensão na qual a difusão pode ocorrer é função


do número desses defeitos;

¾ Concentrações significativas de lacunas podem


existir em metais com elevadas temperaturas.
4.3 Difusão Através
Vacâncias

Figura 4.2 – Movimento de átomo substitucional.


4 - DIFUSÃO
¾ 4.1 Introdução
¾ 4.2 Mecanismos de Difusão
¾ 4.3 Difusão Através Vacâncias
¾4.4 Difusão Intersticial
¾ 4.5 Difusão em regime estacionário
¾ 4.6 Difusão em regime não-estacionário
4.4 Difusão Intersticial
¾ Átomos que se migram de uma posição
intersticial para uma outra posição intersticial
vizinha que esteja vazia;

¾ Este mecanismo é encontrado para interdifusão


de impurezas tais como hidrogênio, carbono,
nitrogênio e oxigênio, que são átomos pequenos
o suficientes para se ajustar às posições
intersticiais.
4.4 Difusão Intersticial

Figura 4.3 – Movimento de átomo intersticial.


Exemplo
A parte escura da
figura é a região
carbonizada.
O carbono foi difundido
da superfície e formou
partículas de carbeto.

Figura 4.4 – Difusão do carbono.


4 - DIFUSÃO
¾ 4.1 Introdução
¾ 4.2 Mecanismos de Difusão
¾ 4.3 Difusão Através Vacâncias
¾ 4.4 Difusão Intersticial
¾4.5 Difusão em regime estacionário
¾ 4.6 Difusão em regime não-estacionário
4.5 Difusão em regime estacionário
¾ Difusão é um processo que depende do tempo;
¾ O fluxo de difusão (J) é definido como a massa M
que se difunde perpendicularmente por unidade de
área (A) através de uma seção reta do sólido por
unidade de tempo (t).

M
J= (4.1)
A.t
4.5 Difusão em regime estacionário
¾ Algumas vezes torna-se conveniente expressar a
concentração em termos da massa do componente
que está em difusão:
dC
J = −D (4.2)
dx
D: coeficiente de difusão [m2/s];
C: concentração do componente em difusão [kg/m3];
X: posição [m].

¾ Considerando que o perfil de concentração é linear (primeira


Lei de Fick):

ΔC C − CB
J = −D = −D A (4.3)
Δx x A − xB
4.5 Difusão em regime estacionário

Figura 4.5 – Difusão em regime permanente.


1ª Lei de Fick

⎛ ΔC ⎞
J = −D ⎜ ⎟
⎝ Δx ⎠
A PRIMEIRA LEI DE FICK É RESTRITA A CASOS
ONDE O GRADIENTE DE CONCENTRAÇÃO NÃO
ALTERA COM O TEMPO.
4.5 Difusão em regime
estacionário
D é o coeficiente de difusão e dependente da TEMPERATURA:

⎛ Q ⎞
D = Do exp ⎜ ⎟ (4.4)
⎝ RT ⎠
Do é uma constante de cada átomo [m2/s]
R é a constante dos gases 8,314 [J/mol.K]
Q é a energia de ativação [J/mol]
4.5 Difusão em regime estacionário
Tabela 4.1 – Tabulação de dados para difusão.
COEFICIENTE DE DIFUSÃO (D)

Figura 4.6 – Coeficiente de difusão.


4 - DIFUSÃO
¾ 4.1 Introdução
¾ 4.2 Mecanismos de Difusão
¾ 4.3 Difusão Através Vacâncias
¾ 4.4 Difusão Intersticial
¾ 4.5 Difusão em regime estacionário
¾4.6 Difusão em regime não-
estacionário
4.6 Difusão em regime não-
estacionário
¾ Ocorre na maioria das situações práticas;
¾ Segunda Lei de Fick:
∂C ∂2C
=D 2
∂t ∂x (4.4)

Figura 4.7 – Perfil de concentração


para a difusão em regime não-
estacionário.
2a Lei de Fick
Como varia o número de átomos de “A” dentro de
uma fatia de espessura “dx”, de um determinado
material?

Figura 4.8 – Variação do


número de átomos em
regime não-permanente.
Exercício 4.1
Uma placa de ferro está exposta a 700ºC a uma atmosfera
carbonetante em um de seus lados. Considerando regime
permanente, calcule o fluxo de difusão do carbono através da
placa, dado as concentrações de carbono nas posições a 5 e a 10
mm abaixo da superfície carbonetante são 1,2 e 0,8 kg/m3,
respectivamente. Considere um coeficiente de difusão de 3.10-11
m2/s nesta temperatura.
Exercício 4.2
Calcule o coeficiente de difusão para o magnésio no
alumínio a 550ºC.
Dados:
D0 = 1,2.10-4 m2/s
Qd = 131 kJ/mol

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