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Universidade Estadual de Maringá

Centro de Ciências Exatas


Departamento de Física

Câmara de Nuvens de Wilson

Acadêmicos: Ana Carolina Ferreira RA: 100865


Felype Nathan Barbieri Martins RA: 107335
Luciane Ferreira Silva RA: 100868
Maicon Douglas Capitani de Macedo RA: 108792
Mateus Moreira Tarozo RA: 100856
Turma: 31
Professor: Anderson Reginaldo Sampaio

MARINGÁ, PARANÁ
10 de outubro de 2021
Sumário
1 Resumo 1

2 Introdução 2

3 Objetivos 2

4 Fundamentação Teórica 3

5 Materiais e Métodos 6
5.1 Materiais Utilizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
5.2 Montagem Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
5.3 Desenvolvimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

6 Discussão dos resultados 8


6.1 Análises e discussões dos resultados . . . . . . . . . . . . . . . 8

7 Conclusão 9

Referências 10

Questionário Chernobyl

Questionário Radioativo
1 Resumo
O experimento foi realizado utilizando uma Câmera de nuvens por difusão,
Pasco modelo 600, com a finalidade de fazer uma verificação experimental da
radiação de fundo e identificação do decaimento radioativo de partículas ioni-
zantes. Para isso, utilizando o aparato da Câmara, aguardamos a saturação
do ambiente, e com o surgimento de rastros de partículas α, β e γ, contamos
o máximo de rastros possíveis durante um intervalo de 5 minutos para uma
haste de latão e para uma fonte radioativa. Com isso, foi possível observar
tanto a radiação de fundo e a identificação do decaimento radioativo, onde
definimos 4 fenômenos principais de acontecimentos.

1
2 Introdução
A câmara de Wilson é uma aparato que nos permite visualizar o rastro de
partículas e radiação ionizante. Charles Thomson Rees Wilson, desenvolveu
o primeiro modelo, entre 1894 e 1911. Este modelo utiliza o ar saturado
com vapor d’água e um sistema de expansão do ar. Isto lhe rendeu um Prê-
mio Novel de Física em 19271 , "pelo seu método de tornar visível o caminho
de partículas carregadas utilizando condensação a vapor" [1] [2]. Posterior-
mente, Alexander Langsdorf, desenvolveu a câmara de Nuvem de Difusão,
que possibilitou visualizar o efeito da neblina por um tempo maior.
Essas câmaras de nuvens tiveram uma grande importância para o desen-
volvimento da física de partículas, durante o período de 1920 a 1950, como
por exemplo a descoberta do pósitron, anti-partícula do elétron, por Carl
David Anderson, que lhe rendeu o Prêmio Nóbel de Física em 1936 2 , “pela
sua descoberta do pósitron” [3].
Outras contribuições que a câmara de Wilson nos trouxe, foi sobre um
melhor entendimento da radiação cósmica de fundo, e raios cósmicos. Os
raios cósmicos, apesar de chamados de raios, são partículas carregadas e
muito energéticas que bombardeiam constantemente a Terra, e que variam
de acordo com a altitude (ao nível do mar), triplicando a 2.000m, e por
450 por volta de 20.000m. Isto, por conta da interação das partículas dos
raios cósmicos coma a atmosfera terrestre, que cria uma chuva de partícula
secundárias, com energia mais baixa [4].
Desta forma, pretendemos fazer uma análise experimental, reproduzindo
algumas das pesquisas feitas através dos anos como mostrado anteriormente,
visto a importância destes estudos para a pesquisa e história. Para tal,
estaremos utilizando uma Câmara de nuvens por difusão Pasco modelo 600,
aplicando nossos conhecimentos de química e física moderna.

3 Objetivos
O presente experimento foi desenvolvido com o propósito de fazer uma
verificação experimental da radiação de fundo e identificação do decaimento
radioativo de partículas ionizantes via câmara de nuvens de Wilson.

1
Prêmio partilhado com Arthur Holly Compton "por sua descoberta do efeito que leva
seu nome";
2
Prêmio partilhado com Victor Franz Hess "por sua descoberta da radiação cósmica".

2
4 Fundamentação Teórica
Na natureza encontramos dos mais de 3000 nuclídeos conhecidos, apenas
257 são estáveis [5]. Todos os outros são radioativos, ou seja, decaem em
outros núcleos através da emissão de partículas, como fótons, elétrons, nêu-
trons e partículas α , os decaimentos radioativos procedem conforme as leis
de conservação da física, logo, massa, energia, relativística, carga elétrica,
momento linear, momentos angulares, número de núcleos e número de lép-
tons são todos quantidade conservados. A lei do decaimento exponencial é
apresentada da seguinte forma; [5]
dN
−=λ·N (4.01)
dt
Multiplicando ambos os lados por dt temos que ficamos com a seguinte
equação;
− dN = λ · N · dt (4.02)
Utilizando as regras para obter soluções de equações diferenciais temos que;
dN
= −λ · dt (4.03)
N
Integrando ambos os membros da equação, onde os limites adotados são de,
N0 a N (t) e para dt,temos que, 0 a t;
Z N (t) Z t
1
dN = −λ dt (4.04)
N0 N 0

solucionando ambas integrais é visto que e plicando a propriedade do ln e


substituindo os limites de integração no primeiro membro da equação temos
que;
ln N (t) − ln N0 = −λ · t (4.05)

N (t)
ln = −λ · t (4.06)
N0
Aplicando o exponencial, nos dois membros da equação temos que;

N (t)
= e−λ·t (4.07)
N0

N (t) = N0 · e−λ·t (4.08)

3
A lei do decaimento exponencial, onde λ é a chamada constante de de-
caimento, N0 é o número de núcleos que não haviam decaído no instante
inicial, e N (t) é o número de núcleos (radioativos) que ainda não decaíram
no instante t.
Como N0 é o número de núcleos no instante t = 0 . A taxa de decaimento
conhecida como atividade é; [5]
dN
R=− = λ · N0 · e−λ·t = R0 · e−λ·t (4.09)
dt
Podemos observar que o número de núcleos N como a atividade R dimi-
nuem exponencialmente com o tempo.
O decaimento alfa ocorrem em núcleos instáveis com numero de massa(
soma de prótons e nêutrons do átomo),A , maior que A > 210, e o núcleo
pai, instável , decai em um núcleo filho de menor energia, emitindo uma
partícula . Dentro do núcleo, predomina a ação de duas forças: A força de
repulsão Coulombiana (entre os prótons), atuando para todas as distâncias
do átomo; E a força nuclear: que surge para distâncias muito pequenas entre
núcleons 2F m = 2.10−15 m, sendo cerca de 10 vezes mais forte que a repulsão
coulombiana nessa distância. Quando o núcleo possui muitos núcleos, seu
tamanho e quantidade de carga faz com que a força colombiana comece a
“ganhar” em intensidade da força nuclear. Quando isso ocorre, a partícula
alfa, que está confinada no núcleo, ganha energia cinética de forma a se dirigir
para fora do núcleo. A partícula, para ultrapassar a região do núcleo, precisa
vencer um potencial na forma do potencial coulombiano. Em todos os casos
a energia cinética é menor que o potencial em questão. O fato de a partícula
alfa sair do núcleo indica que há um tunelamento quântico na região da
borda do núcleo. Esta evidência experimental é de grande importância para
o desenvolvimento da mecânica quântica.
O decaimento beta ocorre quando há excesso de nêutrons ou falta. Du-
rante o decaimento β , A permanece o mesmo apenas os valores de Z se
alteram em β − e β + . Os núcleos cujos valores de Z não correspondem aos
mais estáveis, levando em consideração os valores de A, podem, para corri-
gir sua instabilidade, mudar a quantidade de seus núcleos constituintes sem
alterar o seu número de massa através do decaimento beta. A busca pela
estabilidade ocorre com três processos diferentes de decaimento beta: emis-
são de elétrons, captura eletrônica, emissão de pósitron. Aparentemente a
energia não se conserva durante o decaimento Então em 1930 Wolfgang Pauli
introduziu uma nova partícula que também era emitida, recebendo o nome
de neutrino.
O decaimento gama ocorre em núcleos que efetuam transições de estados
excitados (após o decaimento alfa ou beta) para estados de menores energias,

4
resultando na liberação do excesso de energia na forma de radiação eletro-
magnética (fótons). Devido a sua alta energia, ela se difere de outros fótons
como por exemplo a aqueles associados ao espectro de luz visível por sua
alta frequência ou baixo comprimento de onda f = E1 − E2/h. A partícula
gama possui um alto poder de penetração, porém é pouco ionizante já que
esta não detém carga.[5]

5
5 Materiais e Métodos
5.1 Materiais Utilizados
• Reservatório térmico

• Bombeador de água

• Câmara de nuvens por difusão Pasco Modelo 600

• Álcool Isopropílico

• Proveta

• Fonte de chumbo-210

• Haste de latão

• Fonte de Alta Tensão CC

• Termômetro de infravermelho

• Cronometro

5.2 Montagem Experimental


Para a montagem do experimento foi utilizado uma caixa térmica com
água e gelo como reservatório térmico, ligado a um bombeador de água com
a finalidade de trocar calor com a parte inferior da câmara de nuvens, então
fora colocado o revestimento interno feito de papelão no interior da câmara,
tomando o cuidado com os encaixes das lampadas existentes no local.

5.3 Desenvolvimento Experimental


O experimento é iniciado separando 50ml de álcool isopropílico em uma
proveta, e então ligou-se a câmara de nuvens e com um termômetro de infra-
vermelho mediu-se a temperatura da câmara até uma temperatura a cerca
de 6,3°C , quando colocou-se o álcool na câmara, retendo parte do liquido
na parede, para melhor visualização do experimento as luzes da sala foram
apagadas e inseriu-se a tampa de acrílico da câmara e inseriu-se uma haste de
latão no orifício presente na tampa, esta fonte fora ligada a uma fonte de cor-
rente alternada de 200V, aguardado o tempo necessário para a saturação do
ambiente foi possível observar o surgimento de rastros, então neste momento
acionou-se um cronometro e durante 5 minutos contou-se a quantidade de

6
rastros que fora possível observar, separando-os em rastros de partículas α
(retos e grossos) e rastros de partículas β e γ, feita a contagem substituiu-se
a haste de latão por uma fonte de chumbo-210 e por fim repetiu-se o processo
feito com a haste, com todos os valores anotados na tabela 6.1.

7
6 Discussão dos resultados
Depois da realização de toda a parte experimental e de coletar os dados
observados, dispomos a seguir as medidas obtidas e os resultados alcançados.

6.1 Análises e discussões dos resultados


Tabela 6.1: Dados das partículas α, β e γ obtidas a partir da haste de latão e uma
fonte radioativa.

Contagem (5 min) α β e γ
Haste de latão 21:10 – 26:10 25 417
Fonte radioativa 27:35 – 32:35 1358 640

Podemos perceber que houve uma maior emissão de raios α da fonte


radioativa do que da Haste de latão, pois ela é uma forma de decaimento
radioativo que ocorre quando um núcleo atômico instável emite uma partícula
alfa transformando-se em outro núcleo atômico com número atômico de duas
unidades menor e número de massa 4 unidades menor [6].

8
7 Conclusão
O presente trabalho apresentou os resultados da utilização de uma câ-
mara de nuvens de Wilson utilizando imagens de partículas cósmicas, com o
objetivo de promover o aprofundamento do conhecimento científico sobre ra-
dioatividade. Foi possível a verificação experimental da radiação de fundo e a
identificação do decaimento radioativo de partículas ionizantes. Os principais
fenômenos observados na câmara de nuvens estão divididos em quatro casos:
partículas de baixa energia, elétrons de ionização, prótons e partículas de
alta energia. Cada um desses fenômenos produz um traço característico que
foi identificado e entendido a partir do conteúdo apresentado neste trabalho.

9
Referências
[1] G. C. Perrone, “Câmara de Nuvem - Câmara de Wilson,”
Acervo Museológico dos Laboratórios de Ensino de Física, Outu-
bro 2019. Disponível em: <www.ufrgs.br/amlef/2019/11/01/
camara-de-nuvem-camara-de-wilson>. Acesso em: 10 de Out. de 2021.

[2] “The Nobel Prize in Physics 1927,” The Nobel Prize, 2021. Dis-
ponível em: <https://www.nobelprize.org/prizes/physics/1927/
summary>. Acesso em: 10 de Out. de 2021.

[3] “The Nobel Prize in Physics 1936,” The Nobel Prize, 2021. Disponível
em: <www.nobelprize.org/prizes/physics/1936/summary>. Acesso
em: 10 de Out. de 2021.

[4] L. A. Pinheiro, “A câmara de nuvens: uma abordagem integrada entre


a física clássica e a física moderna,” Caderno Brasileiro de Ensino de
Física, vol. 32, pp. 517–528, ago. 2015.

[5] P. A. Tipler and R. A. Llewellyn, “Física moderna,” LTC - Livros Técnicos


e Científicos, Rio De Janeiro, 6o edição, 2014.

[6] R. Einsberg and R. Resnick, “Física quântica: Átomos, moléculas, sólidos,


núcleos e partículas,” GEN LTC, São Paulo, 1o edição, 1979.

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Universidade Estadual de Maringá
Centro de Ciências Exatas
Departamento de Física

Questionário sobre a série Chernobyl

Acadêmicos: Ana Carolina Ferreira RA: 100865


Felype Nathan Barbieri Martins RA: 107335
Luciane Ferreira Silva RA: 100868
Maicon Douglas Capitani de Macedo RA: 108792
Mateus Moreira Tarozo RA: 100856
Turma: 31
Professor: Anderson Reginaldo Sampaio

MARINGÁ, PARANÁ
10 de outubro de 2021
Questionário Chernobyl
1 ) Descreva o procedimento experimental utilizado no teste que culminou
na explosão de vapor que expôs o núcleo do reator.
Resposta:
O teste de segurança que gerou a explosão no reator 4, consistia em
verificar se a usina sem energia era capaz de realizar sua função sem
problemas, utilizando geradores de combustíveis fósseis, todavia, os ge-
radores demoravam em torno de sessenta segundo para atingir a produ-
ção de energia necessária, para a realização do teste o reator foi ativado
no modo de energia de reduzida de 700 mw simulando uma situação de
falta de energia, então as turbinas estão desligadas, e como giram len-
tamente, pode-se verificar se a energia será suficiente, até os geradores
terem a potência exigida.

2) Quais são as reações nucleares envolvidas na produção de energia elé-


trica de um reator RBMK?
Resposta:
Usa um elemento instável como urânio 235 como combustível para gerar
a fissão nuclear, o grafite é usado para revestir as pastilhas de combus-
tível, para reduzir o fluxo de nêutrons.

3) Quais níveis de radiação ionizante foram alcançados nas áreas mais


afetadas do prédio do reator?
Resposta:
A série apresenta níveis de radiação 1000R, 2000R, 12000R, 15000R

4) Qual foi o impacto ambiental do acidente?


Resposta:
Em termos de questões ambientais, o acidente de Chernobyl não tem
precedentes desde que os humanos começaram a lidar com materiais
radioativos. Acredita-se que 13% a 30% do material radioativo no
reator nº 4 é liberado para a atmosfera, do qual cerca de 60% está
concentrado na Bielo-Rússia.

5) Ao longo dos episódios, em várias ocasiões, diversos efeitos nocivos da


radiação ionizante no corpo humano foram retratados. Fale a respeito
deles.
Resposta:
A série Chernobyl apresenta ao espectador cenas em que mostra os
efeitos nocivos da exposição à radiação, para os bombeiros os trabalha-
dores que tiveram uma enorme exposição, à radiação ionizante despe-
daça a estrutura celular, observamos esses efeitos em Vasily Ignatenko e
Leonid Toptunov, inicialmente a pele ficou avermelhada, depois obser-
vamos um escurecimento, o próximo período podemos aparentemente
acreditar que ouve a uma melhora, mais esse período é curto, logo apa-
recem os efeitos agressivos e destruidores da radiação, começando com
a morte da medula óssea, os órgão e o tecido macio começa a decompor-
se, a hemorragia toma conta do corpo, e aproximadamente duas a três
semana a morte chega para esses corpos.
Universidade Estadual de Maringá
Centro de Ciências Exatas
Departamento de Física

Questionário sobre o filme Radioativo

Acadêmicos: Ana Carolina Ferreira RA: 100865


Felype Nathan Barbieri Martins RA: 107335
Luciane Ferreira Silva RA: 100868
Maicon Douglas Capitani de Macedo RA: 108792
Mateus Moreira Tarozo RA: 100856
Turma: 31
Professor: Anderson Reginaldo Sampaio

MARINGÁ, PARANÁ
10 de outubro de 2021
Questionário Radioativo
1) Fale a respeito das dificuldades que Marie Curie enfrentou para conse-
guir apoio para suas pesquisas pelo fato de ser mulher.
Resposta:
Como o meio acadêmico/pesquisa da época era constituído em sua
grande maioria por homens, Marie Curie teve grandes dificuldades em
ser aceita, diversas vezes precisou usar pseudônimos ou com o apoio de
seu marido Pierre para poder publicar seus artigos, além de sofrer com
faltas de recursos e verbas para suas pesquisas.
2) Quais foram as contribuições de Pierre Curie nas pesquisas de Marie
Curie?
Resposta:
Pierre foi o inventor do eletrômetro de quadrantes, um equipamento
que é capaz de medir com precisão as menores cargas elétricas num
material.
3) Quais foram os elementos químicos descobertos por Marie e Pierre Cu-
rie?
Resposta:
Rádio e Polônio.
4) Descreva o processo de obtenção e síntese destes compostos.
Resposta:
A partir do minério pechblenda é necessário remover as impurezas e
observar o que restou. Primeiramente o minério é esmagado/triturado,
em seguida é fervido o que resulta na remoção da substância, só então
é adicionado soluções ácidas e alcalinas, até sobrar resíduos completa-
mente puros.
5) Fale a respeito do início da utilização da radioatividade pela comuni-
dade médica e científica da época.
Resposta:
Durante a Primeira Guerra Mundial, Marie Curie criou máquinas por-
táteis de raio X e ajudou as equipes médicas a utilizá-las em solda-
dos feridos, pois em muitos casos não era necessário a amputação de
membros, e também utilizavam lâmpadas de radiação de radônio para
cauterizar as lesões.

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