Você está na página 1de 3

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

DFNAE
RESOLUCAO
1a
Segunda Prova - Física VI - Química (T1) - Prof. Sandro Fonseca
2a
07 de julho de 2023
3a
4a
Nome:...........................................................Turma........... 5a
Total:

1a ) Questão:(2,0) A parede de uma sala é revestida com ladrilhos acústicos que contêm peque-
nos furos separados por uma distância entre os centros de 5,0 mm. Qual a maior distância da
qual uma pessoa consegue distinguir os furos? Suponha que o diâmetro da pupila do observador
seja 4,0 mm e que o comprimento de onda da luz no ambiente é de 550 nm.
Solução:
A distância máxima é dada por:

D
L=
θR
Onde, utilizando o conceito de difração por fenda circular, θR = 1, 22 λd
Portanto,

D 5 · 10−3 · 4 · 10−3
L= = ≈ 30 m
1, 22 λd 1, 22(550 · 10−9 )

2a ) Questão:(2,0) Uma rede de difração possui 700 ranhuras por mm. Quantas ordens do
espectro visível (400 nm - 700 nm) a rede pode produzir em um experimento de difração, além
da ordem m = 0, justifique e comente sua resposta?
Solução:
1 −3 m
A separação entre as ranhuras é dada por d = 700 mm −1 ≈ 1.43.10
As linhas de difração ocorrem em ângulos que satisfazem a equação dsen(θ) = mλ. Como θ e
λ são diretamente proporcionais, quanto maior o valor do comprimento de onda, mais ordens
teremos. Logo, tomando λ = 700 nm:


sen(θ) =
d
Para o seno se manter menor que 1, precisamos que a seguinte desigualdade seja satisfeita:

d 1, 43 · 10−3
|m| <
−→ |m| < −→ m < 2, 04
λ 700 · 10−9
Portanto, como m precisa ser inteiro, temos |m| = 2 (São completadas 2 ordens após o m = 0
de ambos os lados).

3a ) Questão:(2,0) Explique e descreva (em no mínimo 15 linhas) o experimento de Rutherford


(1871-1937), comentando a instabilidade do modelo atômico proposto por ele e as implicações
para Física do século XX.
Solução: O experimento de Rutherford consistiu na incidência de partículas α (ou núcleos de
hélio) em uma fina lâmina de ouro, com o objetivo de estudar a estrutura atômica. Como re-
sultado, foi observado um desvio de uma taxa de partículas α (cerca de 1 em 8000), em ângulos
muito elevados. A interpretação desse resultado foi feita por Rutherford, e culminou na formu-
lação de um modelo atômico que seria bastante embasada na gravitação newtoniana: o núcleo
atômico fixo e positivo estaria "rodeado"de elétrons. Tal interpretação entraria em conflito com
o modelo vigente na época (de Thompon), que interpretava o átomo como uma esfera positiva
maciça e que em seu interior estariam os elétrons. Porém, o modelo de Rutherford também
apresentava algumas falhas: a existência de uma aceleração centrípeta no elétron implicaria na
perda de energia via emissão de radiação eletromagnética e, consequentemente, tal modelo não
se sustentaria, visto que os elétrons perderia energia e acabariam "caindo"no núcleo. Como con-
sequência a isso, o modelo precisava de uma "correção", que veio com Niels Bohr, que incorporou
resultados relacionados à descrição quântica da radiação eletromagnética. Com isso, os elétrons
passaram a ser interpretados como orbitando níveis de energia quantizados.

4a ) Questão:(2,0) Um méson π é criado numa colisão de alta energia de uma partícula pri-
mária dos raios cósmicos, na atmosfera da Terra. Ele desce verticalmente a uma velocidade de
0.99 c com relação a um observador parado na superfície da Terra. Se sua vida média própria é
2, 5 × 10−8 s, a que distância em metros, a partir do ponto em que foi formado, acontece a sua
desintegração?
Solução: Vamos determinar a distância percorrida pelo méson π antes de sua desintegração.
Dado que o méson π desce verticalmente com uma velocidade de 0.99c em relação a um observador
parado na superfície da Terra e sua vida média própria é de 2.5×10−8 s, podemos usar a dilatação
do tempo relativística para calcular a distância percorrida.
A fórmula para a dilatação do tempo é dada por:
t
t′ = r  
2
1 − vc2

Onde: t é o tempo médio de vida próprio do méson π (2.5 × 10−8 s), t′ é o tempo médio de
vida medido pelo observador na Terra, v é a velocidade do méson π em relação ao observador na
Terra (0.99c), e c é a velocidade da luz no vácuo (aproximadamente 3 × 108 m/s).
Vamos resolver a equação para t′ :
t
t′ = r  
2
1 − vc2

2, 5 × 10−8 s
t′ = r  
2
1 − (0,99c)
c 2

2, 5 × 10−8 s
t′ = p
1 − (0, 9801)

t′ = 17, 72.10−8 s
Agora, vamos calcular a distância percorrida pelo méson antes de sua desintegração. A velo-
cidade do méson é 0,99c, e o tempo t′ é o tempo médio de vida medido pelo observador na
Terra.
A distância percorrida é dada pela fórmula:

d = v × t′
Substituindo os valores conhecidos:
d = 0, 99c × t′

d = 0, 99c × t′
Agora, podemos calcular a distância percorrida:

d ≈ 0, 99 × 3 × 108 m/s × 17, 7 × 10−8 s

d ≈ 52, 6 m

5a ) Questão:(2,0) Um feixe de raios X de um certo comprimento de onda incidente em um


cristal de NaCL fazendo um ângulo de 30,0 graus com uma certa familia de planos refletores
separados por uma distância de 39,8 pm. Se a reflexão nestes planos é de primeira ordem, qual
é o comprimento de onda em metros dos raios X?
Solução:
Usando a definição de espalhamento de Bragg: 2dsenθ = mλ, para m = 1:

λ = 2dsenθ = 2(39.8pm).sen(30◦ ) = 39, 8pm

Você também pode gostar