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Microscopia Óptica

- Microscópio: micrós (pequeno) e skopein (ver, olhar)


- Microscopia óptica ou de luz: utiliza a luz visível e um sistema de lentes para
ampliar imagens e permitir a visualização de estruturas que não podem ser
visualizadas com o olho desarmado
- É o mais simples, mais antigo e mais utilizado método de microscopia
Histórico
- Primeira evidência do uso de lentes para ampliar imagens data 1021 no Book of
Optics publicado por Ibn Al-Haytham

- No século XIII, Roger Bacon descreveu as propriedades das lentes de vidro


para aumento na Inglaterra depois que elas foram inventadas na Itália

- Relatos de Hans Janssen e Zacharias Janssen como tendo criado o primeiro


microscópio (1590)

- Galileu Galilei criou o ochiolino (1609), um microscópio composto. Em 1624 foi


apresentado à academia do Lince e recebeu o nome de microscópio por Giovani
Faber.

- Anton van Leeuwenhoek (1632-1723) incorporou o uso do microscópio à


biologia. Utilizava microscópios simples com uma única lente potente.
1. Lentes oculares
2. Revólver das objetivas
3. Lentes objetivas
4. Parafuso macrométrico
5. Parafuso micrométrico
6. Platina
7. Fonte de luz
8. Condensador e o Diafragma
9. Charriot

Base, Braço e Canhão


Fonte de Luz
- Emite luz destinada a atravessar o
espécime (material) a ser analisado
-Antigamente usava-se um espelho

Lente Condensadora ou condensador


-Projeta um cone de luz em direção ao
material a ser analisado
Diafragma
- Regula a quantidade de luz que vai se
projetar sobre a amostra e a área a ser
iluminada
Objetivas
- 3 ou mais lentes presentes no revólver das
objetivas
- Coletam a luz que atravessa a amostra
- Promovem aumento de 4x, 5x, 10x, 20x,
40x, 50x, 100x
- Objetiva de Imersão (50x ou 100x).
Necessita de uma gota de óleo para reduzir a
refração dos raios luminosos
Oculares
- Uma ou duas lentes (5x, 10x)
- Ampliam a imagem captada pelas objetivas
- Ampliação oferecida por um microscópio:
aumento pelas objetivas x aumento pelas
oculares
Plataforma ou platina
- Sustenta a amostra analisada
- Apresenta um orifício por onde atravessa a
luz que incide sobre o material a ser analisado

Charriot
- Apresenta dois braços metálicos que
prendem a lâmina a ser analisada
- Permite deslocar a lâmina de um lado para o
outro / de frente para trás
Parafusos Macrométrico e
Micrométrico
- Deslocam a platina para baixo e para cima
- Permitem ajuste do foco (grosseiro e fino)
Base
- Dá sustentação e estabilidade ao
microscópio

Braço
-Suporta elementos ópticos (platina, o
micrométrico e macrométrico, o revólver das
objetivas)
O canhão das oculares
- Contém uma série de lentes que permitem a
projeção dos raios luminosos para as oculares
Limitações do Microscópio de Luz
- Em grandes aumentos com luz transmitida ocorre muita difração e os objetos podem
aparecer borrados
- Limite de resolução (capacidade de distinguir dois pontos distintos) é prejudicado pela
difração da luz
LR= K.λ / AN K=0,61 λ=0,55nm AN: 0.75 a 1.5
Limite de resolução típico: 0,2µm
Uso de λ menores, melhora o limite de resolução.
Microscópio Eletrônico
- Utiliza um feixe de elétrons para iluminar a
amostra e criar uma imagem ampliada
- Tem melhor limite de resolução que o
microscópio de luz e poder de gerar
aumentos maiores
- Melhor resolução do ME se deve ao menor
comprimento de onda do feixe de elétrons
que o da luz visível
- Utiliza lentes eletromagnéticas para
controlar o feixe de elétrons e focalizá-lo
sobre o material a ser analisado
Histórico
- Primeiro protótipo foi criado em 1931 por
Ernst Rusk e Max Knolt (Alemanha)
- Primeiro comercializado em 1939 pela
Siemens. Construído no Canadá.
Microscópio Eletrônico de
Transmissão
- Forma original. Utiliza um feixe de
elétrons de alta voltagem para criar as
imagens
- Elétrons são emitidos pelo aquecimento
de um filamento de tungstênio (catodo).
Feixe de elétrons é acelerado pelo anodo
devido a uma diferença de potencial (40
a 400Kv).
- Feixe é focalizado por lentes
eletromagnéticas (bobinas) e transmitidos
através do espécime a ser analisado
- Estruturas do material a ser analisado.
Eletrondensas (desviam os elétrons)
Eletronlúcidas (não barram os elétrons)
- Imagem é obtida quando o feixe de
elétrons que atravessou o espécime é
projetado sobre uma chapa fotográfica ou
material fluorescente (ZnS2)
Microscópio Eletrônico de Varredura
- Feixe de elétrons focalizado sobre uma área
- Elétrons incidentes são espalhados sobre a
amostra (bobina de varredura).
- Elétrons incidentes perdem energia e promovem
a liberação de elétrons secundários que são
captados por um detector e transferidos para um
monitor de vídeo onde a imagem é formada
- Capta bem aspectos da superfície e permitem
representação em 3D
Aspectos específicos do ME
Fixação: Estabilizar a estrutura macromolecular da amostra
- Glutaraldeído ou Formaldeído (estabiliza a estrutura proteíca)
- Tetróxido de òsmio (estabiliza a estrutura lipídica e serve como contraste porque tem
elevado peso molecular (eletrondenso)
- Pode-se fazer a criofixação (congelamento em nitrogênio líquido)

Inclusão: resinas do tipo epoxi ou araldite

Microtomia: em micrótomos especiais que possibilitam cortes ultrafinos (20 a 100nm) com
navalha de vidro ou diamante. Tais cortes são permeáveis aos elétrons.

Coloração: metais pesados como o urânio, tungstênio, ósmio para dar contraste às
estruturas
Desvantagens
-Técnica mais difícil e demorada
- Microscópio mais caro
- Necessitam de grande estabilidade e sistema a vácuo para evitar desvios do feixe de
eletrons
- Imagens em preto e branco (tons de cinza)
Vantagens
- Imagens com muitos detalhes
- Melhor capacidade de resolução (50 picometros)

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