Você está na página 1de 9

INTRODUÇÃO

O trabalho que agora se apresenta, tem como tema O microscópio, orientado pela
docente da disciplina de Biologia, procura-se ao longo deste trabalho apresentar de modo
abrangente todos os aspectos inerentes ao microscópio.
O microscópio é um instrumento óptico, que faz uso da refração da luz oriunda de
uma série de lentes, dotadas, ou não, de filtros multicoloridos e/ou ultravioleta, para
ampliar e regular estruturas invisíveis (ou difíceis de serem visualizadas) à olho nu.

Assim, para se alcançar de modo pleno os objectivos de realização do presente


trabalho, traçou-se os seguintes objectivos gerais e específicos.

Como objectivo geral, conhecer o microscópio e seu funcionamento;


Como objectivos específicos, saber o que é O microscópio e seu modo de
funcionalmento;
Determinar cada elemento constitutivo do O microscópio ;
Definir cada um dos elementos do O microscópio ;

O método criteriosamente acolhido na pesquisa é o da revisão bibliográfica, que


corresponde a pesquisa em livros e artigos científicos.

Quanto a estrutura do trabalho, inicialmente, temos a introdução, seguida do


referencial teórico, ou desenvolvimento, onde é espelhado e desenvolvido o trabalho na
integra, depois vem as conclusões, seguida das referencias bibliográficas e o anexos.

1
FUNDAMENTAÇÃ TEÓRICA – O MICROSCÓPIO

O microscópio é um instrumento óptico com capacidade de ampliar imagens de


objetos muito pequenos graças ao seu poder de resolução. Este pode ser composto ou
simples: microscópio composto tem duas ou mais lentes associadas; microscópio simples
é constituído por apenas uma lente células.
Acredita-se que o microscópio tenha sido inventado no final do século
XVI por Hans Janssen e seu filho Zacharias, dois holandeses fabricantes
[3]
de óculos. Tudo indica, porém, que o primeiro a fazer observações microscópicas de
materiais biológicos foi o neerlandês Antonie van Leeuwenhoek] (1632 - 1723). Serve-se
especialmente para os cientistas, que utilizam este instrumento para estudar e
compreender os micro-organismos.
Os microscópios de Leeuwenhoek eram dotados de uma única lente, pequena e
quase esférica. Nesses aparelhos ele observou detalhadamente diversos tipos de material
biológico, como embriões de plantas, os glóbulos vermelhos do sangue e
os espermatozoides presentes no sêmen dos animais. Foi também Leeuwenhoek quem
descobriu a existência dos micróbios, como eram antigamente chamados os seres
microscópicos, hoje conhecidos como micro-organismos.
Os microscópios dividem-se basicamente em duas categorias:

Microscópio ótico: funciona com um conjunto de lentes (ocular e objetiva) que


ampliam a imagem transpassada por um feixe de luz que pode ser:

 Microscópio de campo claro


 Microscópio de campo escuro
 Microscópio de contraste de fase
 Microscópio de interferência.

Microscópio eletrônico: amplia a imagem por meio de feixes de elétrons, estes


dividem-se em duas categorias: Microscópio de Varredura e de Transmissão.

Há ainda os microscópios de varredura de ponta que trabalham com uma larga


variedades de efeitos físicos (mecânicos, ópticos, magnéticos, elétricos).
Um tipo especial de microscópio eletrônico de varredura é por tunelamento, capaz
de oferecer aumentos de até cem milhões de vezes, possibilitando até mesmo a
observação da superfície de algumas macromoléculas, como é o caso do DNA.

Há duas configurações básicas do microscópio ótico convencional: o microscópio


simples e o microscópio composto. A grande maioria dos modernos microscópios de
pesquisa é composto, enquanto alguns microscópios digitais comerciais mais baratos são
simples microscópios de lente única.

2
HISTÓRIA DO MICROSCÓPIO

Existem relatos de cristais chamados lentes de Layard desde 721


a. C., já as lupas são constituintes da história de vários povos antigos. Os
romanos também possuem relatos de lentes biconvexas, mas a
popularidade das mesmas só aumentou quando o óculos foi inventado por
volta de 1280, na Itália.
Linha do Tempo
 721 a.C Lente de Layard, uma das primeiras lentes criadas.
 1280 Invenção dos óculos
 1608 Zacharias Jansen constrói um microscópio com duas lentes
convergentes.
 1611 Johannes Kepler sugere como fazer um microscópio
composto.
 1665 Robert Hooke utiliza um microscópio composto para
estudar cortes de cortiça e descreve os pequenos poros na forma
de células que ele chama de "células". Publicou seu livro Micrographia.
 1674 Leeuwenhoek relatou sua descoberta de protozoários. Observará bactérias
nove anos depois.
 1828 W. Nicol desenvolve microscopia de luz polarizada.
 1838 Schleiden e Schwann propõem a teoria celular e afirmam que a célula
nucleada é a unidade estrutural e funcional de plantas e animais.
 1849 J. Quekett publica um tratado prático sobre o uso do microscópio.
 1876 Abbé analisa os efeitos da difracção na formação da imagem no
microscópio e mostra como aperfeiçoar a concepção do microscópio.
 1878 Ernst Abbe formula uma teoria matemática relacionando a resolução ao
comprimento de onda da luz.
 1881 Retzius descreve muitos tecidos animais com um detalhe que não foi
superado por nenhum outro microscopista luz. Nas próximas duas décadas, ele,
Cajal e outros histologistas desenvolvem novos métodos de coloração e
propõem as bases da anatomia microscópica.
 1886 Carl Zeiss fabrica uma série de lentes, com design de Abbé que permite ao
microscopista resolver estruturas nos limites teóricos de luz visível.
 1903 Richard Zsigmondy desenvolve o ultramicroscópio e é capaz de estudar
objetos abaixo do comprimento de onda da luz.
 1908 Köhler e Siedentopf desenvolvem o microscópio de fluorescência.
 1930 Lebedeff projeta e constrói o primeiro microscópio de interferência.
 1932 Zernike inventa o microscópio de contraste de fase.
 1933 Ernst Ruska começa a desenvolver o microscópio eletrônico. A capacidade
de usar elétrons em microscopia melhora muito a resolução e expande as
fronteiras da exploração.
 1937 Ernst Ruska e Max Knoll, físicos alemães, constróem o primeiro
microscópio eletrônico.
 1952 Nomarski inventa e patenteia o sistema de contraste de interferência
diferencial para o microscópio de luz.
 1981 Gerd Binnig e Heinrich Rohrer inventam o microscópio de tunelamento
por varredura que fornece imagens tridimensionais de objetos ao nível atômico.

3
ESTRUTURA DO MICROSCÓPIO

Composição mecânica de um microscópio óptico


Parte Imagem Descrição

Peça fixa à base, na qual estão aplicadas todas as outras partes


Pé ou base
constituintes do microscópio..

Coluna ou
Fixo à base, serve de suporte aos outros elementos.
Braço

Onde se fixa a lâmina a ser observada, possui uma janela por onde passam
Mesa ou
os raios luminosos e também parafusos dentados que permitem deslocar a
Platina
preparação.

Peça ligada à platina que possibilita mover a lâmina, permitindo a melhor


Charriot
centralização da mesma.

Tubo ou Cilindro que suporta os sistemas de lentes, localizando-se na extremidade


canhão superior a ocular e na extermidade inferior o revólver com objectivas.

Disco adaptado à zona inferior do tubo, que suporta duas a quatro


Revólver ou
objectivas de diferentes ampliações: por rotação é possível trocar rápida e
Óptico
comodamente de objectiva.

Composição óptica de um microscópio óptico


Parte Imagem Descrição
Conjunto de duas ou mais lentes convergentes que orientam e espalham regularmente a luz emitida pela
Condensador
fonte luminosa sobre o campo de visão do microscópio.
É constituído por palhetas que podem ser aproximadas ou afastadas do centro através de
Diafragma uma alavanca ou parafuso, permitindo regular a intensidade da luz que incide no campo de visão do
microscópio.
Permitem ampliar a imagem do objecto 10x, 40x, 50x, 90x ou 100x. Existem:

1.
Lentes Objectivas
 As objectivas de 10x, 40x e 50x são designadas objectivas secas pois entre a preparação
e a objectiva existe somente ar.
 As objectivas de imersão, uma vez que, para as utilizar, é necessário colocar uma gota
de óleo de imersão entre elas e a preparação, o qual, por ter um índice de refracção
semelhante ao do vidro, evita o desvio do feixe luminoso para fora da objectiva.

4
AUTILIDADE DO MICRÓSCÓPIO

Nas ciências, a microscopia ótica foi de suma importância, sendo aplicada na área
da química (no estudo de cristais), física (na a investigação das propriedades físicas dos
materiais), a geologia (na análise da composição mineralógica e textura de rochas) e,
evidentemente, no campo da biologia (estudo das estruturas microscópicas da matéria
viva), entre outros.
Em uso industrial, microscópios binoculares são comuns. Além de aplicações que
necessitem verdadeira percepção de profundidade, o uso de oculares duplos reduz o
cansaço visual associado com longos dias de trabalho em uma estação de microscopia.
Em certas aplicações, microscópios de longo foco são benéficos.[12]

Quanto a Operação

A intensidade luminosa é regulável: aumenta-se a intensidade luminosa sobindo-


se o condensador e abre-se o diafragma ou diminui-se a intensidade luminosa descendo
o condensador e baixa-se o diafragma.[13]
A ampliação consiste no grau de aumento da imagem em relação ao objeto. A ampliação
total obtida com o microscópio óptico consiste no produto da ampliação da objetiva pela
ampliação da ocular. Esta, sem distorção, não ultrapassa as 1200x.
O fator mais significativo para a obtenção de uma boa imagem é, contudo, o poder de
resolução, que corresponde à distância mínima que é necessário existir entre dois pontos
para que possam ser distinguidos ao microscópio. Para o microscópio óptico essa
distância é de 0,2 µm devido ao comprimento de onda das radiações visíveis. Com efeito,
a propriedade da ampliação só tem interesse prático se for acompanhada de um aumento
do poder de resolução.

No que respeita a microscopia óptica vulgar existem dois métodos fundamentais


de observação, de acordo com o tipo de preparação a observar:

 Se a lâmina não está corada (exame a fresco): a observação é feita com objetivas
secas, do seguinte modo:
1. Desce-se o condensador e sobe-se o diafragma para que a iluminação não seja
muito intensa, já que as lâminas não estão coradas.
2. Com a objetiva de 10x escolhe-se o pormenor a observar.
3. Seguidamente foca-se com a objetiva de 40x, fazendo uma primeira
aproximação da objetiva à lâmina por controlo visual externo, e só depois a
focagem por afastamento usando o parafuso macrométrico e posteriormente
o micrométrico para focagem final.
 Se a lâmina está corada: a observação é feita com objetivas de imersão, procedendo
do seguinte modo.
1. Sobe-se o condensador, abre-se o diafragma e regula-se a iluminação da fonte
luminosa no máximo, de modo a conseguir-se uma iluminação intensa,
apropriada à observação de lâmina coradas.
2. Coloca-se na lâmina uma gota de óleo de imersão e procede-se à focagem.
Primeiro aproximando a objectiva à lâmina com controlo visual externo,
seguidamente a focagem propriamente dita com o parafuso macrométrico e
finalmente o aperfeiçoamento da focagem com o parafuso micrométrico.

5
TIPOS DE MICROSCÓPIO

Microscopia de fundo escuro

É uma aplicação do princípio de Tyndall. Assim os corpúsculos a examinar são


fortemente iluminados por feixes luminosos que penetram lateralmente, o que é
conseguido com condensadores especiais. Deste modo, a única luz que penetra na
objectiva é a difractada pelas partículas presentes na preparação, pelo que passam a ser
visíveis em fundo escuro também.A raios luminosos que são captados pela objetiva, ou
seja, a iluminação oblíqua, são resultados dos fenômenos de difração e reflexão. Existe
ainda uma equação matemática que nos permite verificar a iluminação oblíqua, também
chamada de contraste no campo escuro: Contraste = [(If -Ia)/If]/100, onde I corresponde
a intensidade luminosa da luz no campo(f) ou na amostra(a) . Se o resultado obtido for
negativo, significa que a amostra é mais clara do que o próprio plano de fundo. Dessa
forma, permite apenas a passagem de raios desviados num ângulo suficiente para serem
captados pela objetiva.[16]

Microscopia de fluorescência

Permite observar microorganismos capazes de fixar substâncias fluorescentes


(fluorocromos). A luz UV, ao incidir nessas partículas, provoca a emissão de luz visível e
observa-se os microorganismos a brilhar em fundo escuro. Como exemplo, o bacilo
da tuberculose fixa a auramina, pelo que o diagnóstico da doença pode ser feito por
microscopia de fluorescência.

Microscopia de contraste de fase

Permite visualização de microrganismos vivos, sem coloração, através do


contraste devido à diferença de fase dos raios luminosos que atravessam o fundo
relativamente à fase da luz que atravessa os microrganismos. Esta diferença de fase é
conseguida por utilização de uma objectiva de fase, que consiste num disco de vidro com
um escavação circular, de modo que a luz que atravessa a escavação tem diferença de 1/4
de fase em relação à que travessa a outra porção do vidro. Assim, os objectos não corados
podem funcionar como verdadeiras redes de difracção, pois os pormenores da sua
estrutura resultam de pequenas diferenças nos índices de refracção dos componentes
celulares, e estes originam diferenças de fase nas radiações que os atravessam.

6
CONCLUSÃO

O crédito da invenção do microscópio é discutível, mas sabe-se que em 1590 os


irmãos neerlandeses Franz, Johan e Zacarias Janssen compuseram um
artefato rudimentar munido de um sistema de lentes, que permitia a ampliação e a
observação de pequenas estruturas e objetos com razoável nitidez. O aparelho foi
denominado de microscópio e constituiu a principal janela da ciência para o mundo além
da capacidade de resolução do olho humano.

Em 1665, o inglês Robert Hooke usou um microscópio para observar uma grande
variedade de pequenos objetos, além de animais e plantas que ele mesmo representava
em fiéis ilustrações. Hooke percebeu além que a casca do carvalho era formada por uma
grande quantidade de alvéolos vazios, semelhantes à estrutura dos favos de uma colmeia.
Naquela época, Hooke não tinha noção de que estava observando apenas contornos de
células vegetais mortas. Publicou as suas descrições e ilustrações em uma obra
denominada Micrographia, em que usa a designação "little boxes or cells" (pequenas
caixas ou celas) para denominar os alvéolos observados, dando origem assim ao termo
célula. O termo acabou tornando-se definitivo.

7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Carneiro, José; Junqueira , Luiz (2000). *Bilogia Celular e Molecular*9 ed.


[S.l.]: Gupo GEN
2. ↑ Aspden, Reuben S.; Gemmell, Nathan R.; Morris, Peter A.; Tasca, Daniel S.;
Mertens, Lena; Tanner, Michael G.; Kirkwood, Robert A.; Ruggeri, Alessandro;
Tosi, Alberto (20 de dezembro de 2015). «Photon-sparse microscopy: visible
light imaging using infrared illumination». Optica (em inglês). 2 (12): 1049–
1052. ISSN 2334-2536. doi:10.1364/OPTICA.2.001049
3. ↑ http://www.history-of-the-microscope.org/
4. ↑ «Microscopia». Kasvi. 2 de março de 2018
5. ↑ http://www.casadasciencias.org/index.php?option=com_docman&task=doc_d
etails&gid=38042031&Itemid=23
6. ↑ O1 Optical Microscopy By Katarina Logg. Chalmers Dept. Applied Physics.
2006-01-20
7. ↑ http://www.macrolenses.de/ml_detail_sl.php?ObjektiveNr=315
8. ↑ http://www.casadasciencias.org/index.php?option=com_docman&task=doc_d
etails&gid=34559082&Itemid=23
9. ↑http://sites.aticascipione.com.br/microscopio/_swf/como_funciona.swf
10. ↑ http://ciencia.hsw.uol.com.br/microscopios-de-luz3.htm
11. ↑http://www.ccs.ufpb.br/morfologia/Campo%20escuro%20em%20microscopia
%20optica.ppt

8
ÍNDICE

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 1
FUNDAMENTAÇÃ TEÓRICA – O MICROSCÓPIO ........................................................... 2
Microscópio ótico: .................................................................................................................... 2
Microscópio eletrônico: . .......................................................................................................... 2
HISTÓRIA DO MICROSCÓPIO ............................................................................................. 3
ESTRUTURA DO MICROSCÓPIO ......................................................................................... 4
AUTILIDADE DO MICRÓSCÓPIO ........................................................................................ 5
Quanto a Operação ................................................................................................................... 5
TIPOS DE MICROSCÓPIO ...................................................................................................... 6
Microscopia de fundo escuro .................................................................................................... 6
Microscopia de fluorescência.................................................................................................... 6
Microscopia de contraste de fase ............................................................................................. 6
CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 8

Você também pode gostar