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I.

INTRODUÇÃO

1.1. ASPECTOS GERAIS


A gestão adequada dos resíduos sólidos urbanos na Baia de Luanda (RSU) é uma
temática de grande relevância a nível mundial, socio-económico e ambiental, merecendo
uma crescente e particular atenção, quer por parte das populações quer por parte dos
governos, de modo a minimizar os seus efeitos no ambiente .

O aumento da produção de resíduos levanta apreensões para o desenvolvimento do nosso


futuro comum. Pois, se por um lado, se verifica a rápida saturação das infraestruturas de
tratamento e deposição de resíduos, por outro lado, constata-se o esgotamento eminente
dos nossos recursos naturais.

Torna-se, assim, urgente inverter esta tendência e, neste sentido, por exemplo na Europa
a Comissão Europeia propôs uma nova estratégia com intuito de fomentar a redução e
reciclagem de resíduos. Neste pressuposto, preconiza-se o aproveitamento dos resíduos
como recursos diminuindo a exploração dos recursos naturais e aumentando o tempo de
vida das estruturas de tratamento e deposição de resíduos.

Em Angola, e em particular no Município de Luanda, tem-se registado, nos últimos anos,


um desenvolvimento económico com reflexos na urbanização e no aumento dos padrões
de consumo que apontam para o crescimento da quantidade e complexidade dos Resíduos
Sólidos Urbanos (R.S.U). Estes desperdícios da atividade humana favorecem graves
problemas sanitários, principalmente nos principais centros urbanos. De uma forma geral,
a gestão de Resíduos Urbanos baseia-se na simples recolha indiferenciada e em seguida
na deposição em lixeira, considerada como aterro sanitário, acarretando impactos
negativos.

1.2. HIPÓTESES
Podemos considerar como pressuposto que, na Baia de Luanda, se tem registado um forte
crescimento demográfico e económico que aumenta a produção de resíduos e não só. Por
estas razões apontamos as seguintes hipóteses que afetam e afetarão o problema dos
Resíduos Sólidos Urbanos:

 Insuficiente capacidade institucional;


 Deficiência na capacitação técnica e profissional;
 Pouco envolvimento da população na deposição dos Resíduos Sólidos Urbanos;
 Ausência de controlo ambiental;
 Limitações de ordem financeira;

As hipóteses enumeradas acima podem ser testadas e de mododo a averiguar se são


verdadeiras ou falsas.

1.3. OBJETIVOS
Assim, o presente trabalho tem como principais objetivos:

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 Classificar os RSU produzidos;
 Identificar as principais doenças ligadas à inadequada gestão dos resíduos sólidos;
 Relacionar as deficiências na remoção dos resíduos com a qualidade de vida da
população;
 Avaliar o conhecimento da população em relação ao tema da gestão de resíduos;
 Contribuir para uma melhor gestão dos resíduos produzidos;
 Fazer propostas de melhoria que ajudem a minimizar e resolver o problema.

Os objetivos acima traçados têm como intenção esclarecer a investigação que


pretendemos desenvolver, englobando aspetos teóricos e os resultados alcançados pelo
trabalho de campo.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEOICA

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2.1 Recolha de Resíduos na Baia de Luanda

2.2 CONCEITO
Os resíduos sólidos são todos os restos sólidos ou semi-sólidos das atividades humanas
ou não-humanas, que embora possam não apresentar utilidade para a atividade fim de
onde foram gerados, podem virar insumos para outras atividades.

Neste o capítulo iremos fazer uma abordagem geral sobre o conceito de resíduos
sólidos tendo em conta alguns aspetos destes em Angola e em particular no na Baia de
Luanda. Os termos ´´resíduos sólidos´´ e ´´lixo´´, são muitas vezes utilizados com
significado diferente. Contudo, na linguagem quotidiana o termo ´´resíduos sólidos´´ é
pouco utilizado ao contrário do termo ´´lixo´´ que é usado para designar ´´sobras´´
(restos).

Em Angola, foi publicado em decreto presidencial nº 190/12, de 24 de Agosto, a


aprovação do regulamento sobre a gestão de resíduos em conformidade com o disposto
no nº 1 do artigo 11; da Lei nº 5/98 de 19 de junho (Lei de Base do Ambiente de Angola).
Este regulamento estabelece as regras gerais relativamente à produção de resíduos
depositados no solo, subsolo, tratamento, recolha, armazenamento e transporte de
quaisquer resíduos com exceção dos de natureza radioativa ou sujeitos a regulamentação
específica, por forma a prevenir ou diminuir impactos negativos sobre a saúde das pessoas
e no ambiente. A referida Lei de Base do Ambiente de Angola define que os resíduos
sólidos urbanos ´´correspondem a todo material proveniente das atividades diárias do
homem em sociedade, através dos quais há necessidade de se criar sistemas que previnem
situações que danificam o meio ambiente e que coloquem em risco a saúde das pessoas e
prejudiquem o ambiente.

Até algum tempo atrás (e em alguns lugares você ainda irá encontrar essa definição), os
resíduos eram definidos como algo que não apresenta utilidade e nem valor comercial.
No entanto, este conceito mudou. Atualmente a maior parte desses materiais pode ser
aproveitada para algum outro fim, seja de forma direta, como por exemplo as aparas de
embalagens laminadas descartadas pelas indústrias e utilizadas para confecção de placas
e compensados, ou de forma indireta, por exemplo, como combustível para geração de
energia que é usada em diversos processos.

Para os processos industriais os resíduos são definidos como “matéria-prima e insumos


não convertidos em produto”, logo sua geração significa perda de lucro para a indústria
e, por isso, tecnologias e processos que visem à diminuição dessas perdas ou
reaproveitamento dos resíduos são cada vez mais visados.

2.3 LIXO NA BAÍA DE LUANDA EM GRANDES QUANTIDADES

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As praias da ilha, segundo constatou a Angop, encontram-se cobertas de lixo, desde
plásticos, latas, garrafas, resto de comida, utensílios de cozinha entre outros objectos
inusitados como colchão.

De acordo com Joaquim Costa, responsável de uma empresa vocacionada para limpeza
de praias e responsabilizada pela recolha do lixo, os trabalhos estão a ser dificultados pela
deposição de carcaças nas praias e na calçada.

“ As dificuldades são muitas e as maquinas não conseguem fazer o trabalho. Temos mais
de cem trabalhadores no calçadão, um dos pontos considerado como sendo o mais crítico,
assim como o Ponto Final, referiu”.

Com tudo garantiu que ao longo do dia, a empresa vai tentar contornar a situação, apesar
de existirem, neste momento, ainda muitos cidadãos acampados nas praias e a
depositarem o lixo em qualquer local.

Num comunicado, antes da quadra festiva, as autoridades administrativas de Luanda


haviam proibido a instalação de tendas, arcas frigoríficas, tambores, cadeiras e mesas nas
praias e na calçada.

Com mais de dez mil metros de extensão, a Ilha do Cabo é considerado um dos melhores
centros turísticos da cidade de Luanda e na altura da quadra festiva é frequentada por mais
de um milhão de pessoas.

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2.4 TIPOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Os resíduos apresentam-se nos estados sólido, semissólido, líquidos (quando as


características torna-se inviável o lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos
d’água) e gasosos (quando contido em recipientes). Apesar da definição única, há
legislações específicas para cada segmento/atividade, que implica em geração de resíduo:
Sólidos Urbanos, Industriais, Hospitalares, Construção Civil e Nucleares. São
classificados de acordo com sua origem de geração.

1. RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS


Resíduos sólidos urbanos são provenientes de residências, da limpeza pública urbana, dos
comércios e de prestadores de serviços. Geralmente são compostos por resíduos de
natureza orgânica, recicláveis em geral (papel, plástico, vidro) e inorgânicos (produtos
manufaturados em geral contendo alguns recicláveis como metais e rejeitos como
espumas e isopor)

2. RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Os resíduos industriais são provenientes dos processos produtivos industriais (Usinagem,
fabricação/montagem de peças, fabricação de alimentos e outros) podem estar no estado
sólido, semissólido, líquido ou gasoso. A classificação deste resíduos são de acordo com
Norma Técnica, NBR 10.004/2004, que os classifica como I ou II.

Os resíduos classe I são caracterizados como perigosos, quando implicam em risco á


saúde pública e ao meio ambiente, já o classe II são os que não apresentam as
características do classe I como o papel, papelão, copos descartáveis e o vidro.
Independente do tipo da classe do resíduos, a empresa responsável pelo
recebimento/tratamento deve possuir um documento que ateste sua regularidade
ambiental.

3. RESÍDUOS HOSPITALARES
Resíduos sólidos hospitalares são resíduos produzidos dentro de estabelecimentos de
saúde como hospitais, clínicas médicas e odontológicas, clínicas veterinárias e afins. A
classificação deste resíduo obedece o Regulamento ANVISA nº 306, de 7 DE dezembro
de 2004, onde dividem os resíduos em 5 grupos (A,B, C, D e E). Independente do grupo
do resíduo, a forma de tratamento deve atender as exigências do regulamento e a empresa
responsável pelo recebimento/tratamento deve possuir um documento que ateste a
regularidade ambiental e emitir certificado de destinação final do resíduos.

4. RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL


Resíduos provenientes de obras civis, como por exemplo de construções, demolições,
reformas, ampliações, etc, comumente conhecido como entulho. Exemplo: componentes
cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto.

A classificação deste resíduo obedece a Resolução CONAMA nº 307, de 5 de julho de


2002, onde dividem os resíduos em 4 classes (A, B, C e D). Independente da classe do
resíduo, a empresa responsável pelo recebimento/tratamento do resíduo deve possuir um

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documento que ateste a regularidade ambiental e emitir certificado de destinação final do
resíduo.

5. RESÍDUOS NUCLEARES
Todo fluxo de gerenciamento dos resíduos nucleares devem obedecer as exigências do
CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear, onde é apontado os procedimento a
serem adotados desde a geração até a destinação final do resíduo.

Enquadram-se neste grupo os rejeitos radioativos ou contaminados com radionuclídeos,


provenientes de laboratórios de análises clinicas, serviços de medicina nuclear e
radioterapia, segundo a resolução.

2.5 COMPOSIÇÃO E CARATERÍSTICAS DOS RESÍDUS SÓLIDOS

Os Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), são provenientes em maioria da atividade


doméstica e constituídas fundamentalmente por:

Materiais de natureza não orgânica caracterizados pela sua indecomposição


nomeadamente minerais, papéis, couros, trapos, cinzas, vidros, plásticos;

Materiais de natureza orgânica caracterizados pela sua rápida fermentescilidade, como


por exemplo resíduos animais e vegetais, restos de alimentos, etc.;

Costuma-se incluir os resíduos da varredura das ruas e as folhas caducas de árvores


implantadas nos meios urbanos assim como produtos da limpeza dos recintos de feiras e
mercados e outros lugares públicos;

Não se incluem fezes humanas, as quais devem ser objeto de tratamento especifíco no
que diz respeito aos esgotos (resíduos líquidos) (Sedu, 2001).

Quanto à sua composição física e química os resíduos domésticos são caracterizados em


especial quer pela sua composição química quer pelo seu poder calorífico.

Os resíduos contêm normalmente uma quantidade de água de 30% (variável entre o


inverno e verão), substâncias minerais entre 35 e 50%, e substâncias orgânicas entre 20 e
35%. As percentagens são obtidas a partir do peso, pois o volume aparente tem pouco
significado no caso. No quadro 1 indica-se, de um modo geral, a composição média dos
resíduos sólidos urbanos.

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2.6 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS

A classificação de resíduos sólidos envolve a identificação do processo ou atividade que


lhes deu origem, além de seus constituintes e características com listagens de resíduos e
substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido.

classifica os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde
pública para que possam ser gerenciados adequadamente. Dessa forma os resíduos sólidos
são classificados da seguinte forma:

CLASSE I – PERIGOSOS
São resíduos que, em função de suas propriedades físicas, químicas ou
infectocontagiosas, apresentam:

Periculosidade – risco à saúde pública ou ao meio ambiente;

Inflamabilidade;

Corrosividade;

Reatividade;

Toxicidade;

Patogenicidade;

CLASSE II – NÃO PERIGOSOS


Resíduos que não apresentam algum risco à saúde pública ou ao meio ambiente como
também não apresentam alguma característica descrita nos resíduos de Classe I (toxidade,
reatividade, etc).

São subdivididos em inertes, que não diluem ou reagem ao contato com água (classificado
como Classe II A) e não inertes, que diluem ou reagem ao contato com água (classificado
como Classe II B).

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2.6 TIPOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANO

Os Resíduos Sólidos Urbanos vulgarmente denominados por lixo urbano, são resultantes
da atividade doméstica e comercial das povoações. A sua composição varia de população
para população, dependendo da situação sócio-econômica e das condições e hábitos de
vida de cada um. Esses resíduos podem ser classificados das seguintes maneiras:

- Matéria orgânica: Restos de comida, da sua preparação e limpeza;

- Papel e papelão: Jornais, revistas, caixas e embalagens;

- Plásticos: Garrafas, garrafões, frascos, embalagens, boiões, etc;

- Vidro: Garrafas, frascos, copos, etc;

- Metais: Latas;

- Outros: Roupas, óleos de cozinha e óleos de motor, resíduos informáticos etc.

Estima-se que cada pessoa produza, em média, 1,3 kg de resíduo sólido por dia. Desta
forma, uma pequena cidade de apenas 10.000 habitantes produziria cerca de 10 toneladas
de lixo diariamente.

COLETA SELETIVA

Coleta seletiva é o termo utilizado para o recolhimento dos materiais que são passíveis de
serem reciclados, previamente separados na fonte geradora. Dentre estes materiais
recicláveis podemos citar os diversos tipos de papéis, plásticos, metais e vidros.

A coleta destes pode ser Indiferenciada ou Seletiva. É Indiferenciada quando não ocorre
nenhum tipo de seleção na sua coleta e acabam rotulados como lixo comum. E é Seletiva
quando os resíduos são recolhidos já com os seus componentes separados de acordo com
o tipo de resíduo e destino para o qual são enviados.

Após a coleta, o lixo comumente pode ser encaminhado para três lugares: um aterro
sanitário, uma unidade de incineração ou uma unidade de Valorização e Tratamento de
Resíduos.

A separação na fonte evita a contaminação dos materiais reaproveitáveis, aumentando o


valor agregado destes e diminuindo os custos de reciclagem.
Para iniciar um processo de coleta seletiva é preciso avaliar, quantitativamente e
qualitativamente, o perfil dos resíduos sólidos gerados em determinado município ou
localidade, a fim de estruturar melhor o processo de coleta.

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2.7 DIFERENÇA ENTRE LIXO E RESÍDUO

A maior parte das pessoas confunde os termos resíduo e lixo, que possuem
definições bem diferentes e que precisam ser compreendidas para que a
sociedade possa tomar as corretas atitudes em relação a cada um desses
problemas urbanos.

O lixo é definido como qualquer tipo de item que não tem mais utilidade e
não pode ser reutilizado, esteja em estado líquido ou sólido. Resíduo, por sua
vez, é o nome dado à sobra de material, que pode ser reutilizado de outra
forma por outra pessoa em determinado momento.
2.7.1.A RELAÇÃO ENTRE O LIXO E O MEIO AMBIENTE

Com o crescimento constante da população mundial e o aumento


indiscriminado da geração de lixo, o meio ambiente vem sofrendo
maciçamente com a forma como ele é eliminado. A poluição das águas e dos
solos é crescente, uma consequência da falta de tratamento adequado para o
lixo — que, muitas vezes, é simplesmente acumulado em grandes
descampados ou em córregos e rios.

A partir da urgência em se resolver a questão, surgiu a sustentabilidade como


forma de modificar e transformar o que é lixo em material reutilizável, seja
ele orgânico ou inorgânico. Essa transformação cultural vem acontecendo
aos poucos, mas cada vez mais tem se tornado uma realidade no mundo.
2.7.2.LIXO X RESÍDUOS

Como já foi dito, lixo é tudo aquilo que não tem mais utilidade e não pode
ser reciclado, enquanto o resíduo é composto por restos. O resíduo é
reutilizável, e pode ser reciclado ou remanejado para outra pessoa ou função.

Com base nessa diferenciação, é fundamental que as pessoas contribuam


para a coleta seletiva dos resíduos, separando-os de acordo com seu tipo:
plástico, vidro, alumínio e papel. Os resíduos separados são encaminhados
para a reciclagem e retomam à cadeia de consumo como produtos novos. A
coleta de resíduos recicláveis, portanto, agita a economia, reduz os gastos
das empresas e dá oportunidade a catadores que fazem coletas pela cidade.

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O destino do lixo, por outro lado, é a incineração — que deve ser feita da
forma adequada e em algum local apropriado para isso. A grande questão
das grandes cidades é como fazer esse processo com o mínimo de dano ao
meio ambiente, já que os líquidos que escorrem da decomposição desse lixo
e seus gases podem emanar fumaça perigosa aos seres vivos.

Portanto, não existe coleta seletiva de lixo, já que todo lixo é inutilizável. O
termo certo é coleta seletiva de resíduos para fins de reciclagem.

2.8 DIFERENÇA ENTRE RESÍDUO E REJEITO

Resíduo sólido é uma expressão que está presente no dia a dia de todos. Quando
compramos um produto com embalagem, descascamos uma fruta ou simplesmente
utilizamos um item até o fim da sua vida útil, geramos resíduo. Mas existe uma distinção
que será cada vez mais importante: qual é a diferença entre rejeito e resíduo?

A partir do que sobra de determinado produto (embalagem, casca) ou processo (uso do


produto) é que o resíduo sólido é gerado, mas ele pode ser consertado, servir para outra
finalidade (reutilização) ou até ser reciclado. Já o rejeito é um tipo específico de resíduo
sólido - quando todas as possibilidades de reaproveitamento ou reciclagem já tiverem sido
esgotadas e não houver solução final para o item ou parte dele, trata-se de um rejeito, e
as únicas destinações plausíveis são encaminhá-lo para um aterro sanitário licenciado
ambientalmente ou incineração.

Essa diferenciação é importante devido à implantação da Política Nacional de Resíduos


Sólidos (PNRS), que entrou em vigor em 2014. De acordo com o diretor da Interação
Ambiental, Fernando Altino, a fiscalização tende a ser rígida com relação à distinção. “O
operador do aterro sanitário deverá receber apenas rejeitos. Caso contrário, (a empresa)
estará sujeito às penalizações do Ministério Público”, afirmou, durante Encontro Técnico
promovido pela Revista Meio Ambiente Industrial, pela Interação Ambiental e pela
Ambientepress Comunicação, em abril de 2013. Lembrando que, com a PNRS, todos os
lixões devem ser eliminados para darem lugar a aterros sanitários.

2.9 CONCLUSÃO

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Este trabalho teve como objetivos: caraterizar à situação em Angola; detalhar o
caso da Baia de Luanda; avaliar o conhecimento da população em relação ao tema que é
Recolha de resíduos na Baia de Luanda ; contribuir para a sua melhor gestão e propor
medidas que ajudem resolver ou mitigar o problema. O ser humano é sem dúvida o
responsável pelos resíduos e poluição do planeta sendo incumbência dos Serviços
Públicos, com a colaboração da população, zelar pela defesa e conservação do ambiente
implementando políticas que promovam a resolução destes problemas com os
consequentes benefícios para a saúde pública e bem-estar geral das populações.

A gestão dos resíduos é uma tarefa complexa, pois engloba um conjunto de ações
a implementar articulando fatores político-institucionais, técnico-ecológicos,
socioecónomicos e ambientais, no sentido da promoção da sustentabilidade do sistema de
gestão de resíduos sólidos urbanos.

Em Angola, apesar de ter havido uma melhoria na qualidade de ensino através de


alterações dos programas, livros, qualificação de currículos e reclassificação dos agentes
de educação estes ainda pouco ou nada se refletem, em termos comportamentais na
preservação do ambiente.

3.FONTES CONSULTADAS

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3.1Referêcias Bibliográficas

Angola, Plano Diretor da Cidade do Lubango 2004 - Angola, (DPS) Direção Províncial
da Saúde 2014

Angola, (MED) Ministerio da Educação 2004 - Angola, Plano Diretor da Cidade do


Lubango 2013 -

Alves, Pedro (2014), Elaboração de um Plano de Gestão de Resíduos. Dissertação para


Obtenção do grau de Mestre em Ciências e Tecnologia do Ambiente. Universidade do
Porto. Faculdade de Ciências.

Amaral, I. (1962), Ensaio de um Estudo Geográfico da Rede Urbana de Angola. Junta


de Investigação do Ultramar, Lisboa.

Amaral, I. (1978), Contribuição para o Conhecimento do Fenómeno de Urbanização em


Angola. Finisterra, Revista do Centro de Estudo Geográfico da Universidade de Lisboa,
Lisboa .

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ÍNDICE
I. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1
1.1. ASPECTOS GERAIS ........................................................................................................ 1
1.2. HIPÓTESES ....................................................................................................................... 1
1.3. OBJETIVOS ...................................................................................................................... 1
2. FUNDAMENTAÇÃO TEOICA ....................................................................................... 2
2.1 Recolha de Resíduos na Baia de Luanda......................................................................... 3
2.2 CONCEITO..................................................................................................................... 3
2.3 LIXO NA BAÍA DE LUANDA EM GRANDES QUANTIDADES ............................. 3
2.4 TIPOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................................................. 5
1. RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ................................................................................. 5
2. RESÍDUOS INDUSTRIAIS ............................................................................................. 5
3. RESÍDUOS HOSPITALARES ......................................................................................... 5
4. RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL ......................................................................... 5
5. RESÍDUOS NUCLEARES ............................................................................................... 6
2.5 COMPOSIÇÃO E CARATERÍSTICAS DOS RESÍDUS SÓLIDOS ................................ 6
2.6 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS ................................................................................ 7
CLASSE I – PERIGOSOS .................................................................................................... 7
CLASSE II – NÃO PERIGOSOS ......................................................................................... 7
2.6 TIPOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANO ................................................................... 8
COLETA SELETIVA ........................................................................................................... 8
2.7 DIFERENÇA ENTRE LIXO E RESÍDUO ........................................................................ 9
A RELAÇÃO ENTRE O LIXO E O MEIO AMBIENTE .................................................... 9
LIXO X RESÍDUOS ............................................................................................................. 9
2.8 DIFERENÇA ENTRE RESÍDUO E REJEITO ................................................................ 10
2.9 CONCLUSÃO .................................................................................................................. 10
3.FONTES CONSULTADAS .............................................................................................. 11
3.1Referêcias Bibliográficas ................................................................................................. 12

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