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INSTITUIÇÃO PARTICIPANTE:
ABRIL DE 2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 6
2. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................. 7
4. CONCLUSÃO .......................................................................................................... 19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................. 21
LISTA DE FIGURAS
1. INTRODUÇÃO
O resultado da urbanização crescente é o aumento dos efeitos das chuvas e das ações
erosivos em bacias hidrográficas. Entende-se que, frequentemente as áreas inapropriadas
à moradia são ocupadas pela população, que não conhece o risco dos desastres ligados
às mesmas. As sequelas podem ser materiais e humanas, o que torna indispensável a
aplicação de medidas para controle desses eventos. Devido a isso, foi identificada a
necessidade de se analisar o Índice de Qualidade de Água (IQA) no Corpo Hídrico Rio
Braço Norte Direito da Bacia Hidrográfica Itapemirim (Código ITP2C065), devido a
ocupação do solo no curso d’água, necessitando de uma análise investigativa para assim
inferir sobre os impactos que causaram no corpo d’água.
Esse relatório refere-se à apresentação dos resultados das análises de qualidade das
águas como produto do cruzamento de dados colhidos no site da AGERH (Agência
Estadual de Recursos Hídricos) no Corpo Hídrico Rio Braço Norte Direito da Bacia
Hidrográfica Itapemirim conforme demandas.
Fonte: https://servicos.agerh.es.gov.br/iqa/
2. DESENVOLVIMENTO
Os rios são coletores naturais do ambiente, dessa forma reflete, perfeitamente, o uso e
ocupação do solo de sua bacia de drenagem, cujos processos principais de degradação
são o assoreamento e homogeneização do leito, diminuição da diversidade de habitats e
microhabitats e a eutrofização artificial (Goulart & Callisto, 2003). Os rios,
especialmente os que se localizam em grandes centros urbanos, estão submetidos a
várias formas de impactos de origem antrópica, afetando os ecossistemas aquáticos. As
principais alterações ocorrem devido aos processos de lavagem e carreamento de
material (Callisto et al., 2001).
qualidade da água desta bacia é importante pois, ela é responsável por abastecer o
público nas cidades em suas margens, e também para atividades industriais e
agropecuárias. Para isso, o presente relatório pretende debater criticamente as análises
feitas na bacia hidrográfica Itapemirim, na altura do corpo hídrico rio Braço Norte
Direito, em um período de análise entre 20/09/2016 à 17/11/2022 (vinte e duas coletas),
analisando ainda os impactos causados por atividades antrópicas entre outras ações.
Sali. ≥ 30%
Sali. ≤ 0,5%
Fonte: Plano de recursos hídricos das bacias hidrográficas do Espírito Santo, 2019
Os dados obtidos no site AGERH, mostram que das vinte e duas coletas somente uma
resultou em uma salinidade maior que 0,5% (coleta do dia 09/12/2021 que apresentou
11,5% de salinidade). Logo, pode-se classificar as águas da Bacia Hidrográfica como
Água Doce como mostra o gráfico abaixo.
Fonte: Plano de recursos hídricos das bacias hidrográficas do Espírito Santo, 2019
Fonte: Plano de recursos hídricos das bacias hidrográficas do Espírito Santo, 2019
mostra a figura 4, e é uma área de proteção ambiental. Sendo assim, uma área de grande
extensão natural, com ocupação humana muito pequena e controlada, o que ajuda na
garantia proteção e conservação através do uso sustentável dos recursos naturais, onde
determinadas atividades são autorizadas desde que não apresentem ameaça para os
recursos ambientais renováveis e processos ecológicos.
Fonte: Plano de recursos hídricos das bacias hidrográficas do Espírito Santo, 2019
O padrão de pH para a classe 2 da água doce está entre 6,0 e 9,0. O gráfico 1 apresenta o
pH das águas e nos indica que praticamente todos os valores encontram-se dentro da
faixa permissível estabelecida na resolução CONAMA 357/05, observando-se uma
ascensão dos valores na 5º amostra (12,4) e uma baixa na 7º amostra (4,7). Nota-se,
entretanto, que a grande maioria das amostras estão dentro do intervalo padrão permitido
para o critério estabelecido.
12
Gráfico 2 – Evolução do pH
PH
12,4
8,7
8,1 7,88 7,54 7,72 7,69 7,83
7,3 7,66 7,6 7,5 7,3
7,09 6,8 6,87 7,28 7,25 6,97
6,7 6,43
4,7
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
O padrão de turbidez para a classe 2 da água doce é de até 100 unidades nefelométrica
de turbidez (UNT). O gráfico 2 apresenta os valores de turbidez na água e nota-se que
mesmo havendo alguma grande variação entre os valores obtidos esta não é significativa
e todos os valores encontram-se dentro dos limites estabelecidos na resolução
CONAMA 357/05.
TURBIDEZ
53,43
46,8
34,18
24,7
18,9 19,8
15,7
12,12 12,02
6,67 6,9 5,4 7,1 6,9 6 5,8
2,9 4,5 4,51 4,67
1 1,07
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
O padrão de Oxigênio dissolvido para a classe 2 da água doce, em qualquer amostra, não
inferior a 5 mg/L O2. O gráfico 4 apresenta as concentrações de Oxigênio dissolvido
13
(OD) na água e nota-se que nenhuma das amostras está abaixo do valor padrão do
parâmetro.
O X I G Ê N I O D I S S O LV I D O
8,82 9,11 8,97 9,1
8,5 8,4 8,7 8,6 8,57
8,08 8,1 8,1 7,8 8,2 8,48 7,94 8,27 8,11 8,36
7,76
7,4 7,7
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
D E M A N D A B I O Q UÍ M I C A D E O X I G Ê N I O
8 8
6 6 6
3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
2 2 2 2 2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
S Ó L I D O S D I S S O LV I D O S TO TA I S
419
291
207,4
187
148 145
68 79
59 45
30,4 42 27 38 32 35 30
20 10 17 23 24
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
C O L I F O R M E S T E R M O TO L E R A N T E S
3500
2400
2200
1600
1300 1300
1100
490 540
330 330 330 390
110 170 170 240
110 78 49 130
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 16 17 18 19 20 21 22
O padrão de concentrações de nitrato para a classe 2 da água doce é de 10,0 mg/L NO3.
O gráfico 7 apresentam as concentrações de nitrato e todos os valores encontrados
ficaram abaixo do limite considerado.
N I T R ATO
0,93
0,8
0,71
0,58
0,5 0,51 0,4760,48
0,47
0,37 0,34 0,34 0,37
0,29 0,27
0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23
0,06
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
O padrão de concentrações de Fósforo total para a classe 2 da água doce é de até 0,050
mg/L. O gráfico 9 apresentam as concentrações de Fósforo total e observa-se que as
amostras 1, 3, 13, 14 e 15 apresentam-se acima do nível permitido.
16
F Ó S F O R O T O TA L
0,11
0,08 0,08
0,07
0,06 0,06 0,06
0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05
0,02
0,01 0,01 0,01 0,01
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
Não há um padrão para a temperatura da amostra para a classe 2 da água doce. O gráfico
9 apresentam a temperatura da amostra e observa-se uma uniformidade sem grandes
discrepâncias.
T E M P E R AT UR A D A A M O S T R A
25 24,03
23 23,4 22,53
22,247 22
20 20,36 19,4 20,7 20,19
18,99 19 19 19 19 19,04 19,47
17,5 17,28 17
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
O IQA é o índice que tem sido mais utilizado para classificarmos a água em regiões que
ainda não têm padrões definidos admitindo, em sua estrutura pragmática, efetuar
avaliações matemáticas complexas de grande quantidade de dados de caracterização de
água e transformá-las num valor simples que fácil compreensão pelos planejadores,
gestores e o público em geral (CARVALHO et al, 2009).
O IQA incorpora nove parâmetros relevantes para a avaliação da qualidade das águas:
coliformes termotolerantes, pH, demanda bioquímica de oxigênio, nitrogênio total,
fósforo total, temperatura, turbidez, resíduo total, oxigênio dissolvido. Os parâmetros
utilizados no cálculo do IQA contemplam basicamente a presença de matéria orgânica,
nutrientes, organismos patogênicos e sólidos nos corpos de água, contribuindo, assim,
para que a avaliação dos atributos da água que contemplem os principais indicadores de
qualidade. Para esses parâmetros, criaram-se curvas de variação da qualidade da água de
acordo com a condição ou estado de cada parâmetro (MATO GROSSO DO SUL, 2012).
No site da AGERH, podemos obter todos os IQA para as amostrar utilizadas aqui no
presente relatório conforme apresentado na tabela 3 e no gráfico 10 abaixo.
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IQA
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 21
4. CONCLUSÃO
Conforme VON SPERLING (1995) o fósforo na água pode aparecer através de origem
animal, podendo ser pela dissolução de compostos do solo e da decomposição da
matéria orgânica. E através de origem antropogênica, pelos dejetos domésticos, e
industriais, excrementos de animais, detergentes e fertilizantes.
VON também faz um alerta de que os sólidos dissolvidos totais em larga escala no meio
aquático, podem trazer demasiada salinidade, problemas de permeabilidade do solo e
toxidade às plantas.
Com a execução do cálculo IQA, se constatou que as amostras possuem um bom índice
para a qualidade da água. Entretanto, o baixo valor encontrado na amostra 5
provavelmente está relacionada com o índice elevado de coliformes termotolerantes,
indicando uma possível contaminação do corpo hídrico por lançamento de esgotos
domésticos, que alteram assim a qualidade da água.
ambiental com toda a população que vive no entorno do corpo hídrico do Rio Braço
Norte Direito.
21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
IGAM, 2018 “Instituto Mineiro de Gestão das Águas”. Monitoramento da Qualidade das
Águas. Disponível em: < www.igam.mg.gov.br/monitoramento-da-qualidade-das-
aguas2 >. Acesso em: 19 de março de 2023.