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UNIVERSIDADE DE VILA VELHA

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

LUCAS RAASCH

LUIZA FASSARELA

MARLON OLIVEIRA

WENDEL ASSIS

YAN DO VALE

ATERRO SANITÁRIO

VILA VELHA

2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3

2. DEFINIÇÃO .......................................................................................................... 4

3. COMO É FEITO .................................................................................................... 5

3.1. Seleção do local ............................................................................................. 5

3.2. Preparação do terreno ................................................................................... 5

3.3. Instalação da infraestrutura ............................................................................ 5

3.4. Impermeabilização do solo ............................................................................. 5

3.5. Construção das células .................................................................................. 5

3.6. Cobertura diária ............................................................................................. 5

3.7. Monitoramento ambiental ............................................................................... 6

4. ONDE SÃO CONSTRUÍDOS ............................................................................... 7

5. BENEFÍCIOS ........................................................................................................ 8

5.1. Redução da poluição ambiental ..................................................................... 8

5.2. Controle de doenças e vetores ...................................................................... 8

5.3. Aproveitamento energético ............................................................................ 8

5.4. Redução do volume de resíduos .................................................................... 8

5.5. Geração de emprego e renda ........................................................................ 8

6. IMPACTOS GERADOS AO MEIO AMBIENTE ..................................................... 9

6.1. Poluição do ar ................................................................................................ 9

6.2. Poluição do solo ............................................................................................. 9

6.3. Contaminação da água .................................................................................. 9

6.4. Emissões de odores ....................................................................................... 9

6.5. Degradação paisagística ................................................................................ 9

6.6. Impacto na vida selvagem.............................................................................. 9


7. ATERROS SANITÁRIOS NO ESTADO .............................................................. 10

8. BIOGÁS .............................................................................................................. 12

9. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 14

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 15
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1. INTRODUÇÃO

Um aterro sanitário é uma instalação de tratamento de resíduos sólidos urbanos que


serve para dispor e tratar os resíduos de forma segura e ambientalmente adequada.
O aterro sanitário é um método de disposição final mais moderno e adequado do que
o aterro a céu aberto, que consiste na simples deposição do lixo em um local sem
qualquer tipo de tratamento.

No aterro sanitário, os resíduos são compactados e depositados em camadas sobre


uma base preparada para receber a carga. Em seguida, uma camada de solo ou de
material permeável é coberta sobre os resíduos. Esse processo de compactação e
cobertura é repetido diariamente para garantir a segurança ambiental da instalação.

O objetivo principal do aterro sanitário é evitar a contaminação do solo, água e ar com


substâncias tóxicas que podem prejudicar a saúde pública e o meio ambiente. Para
prevenir a contaminação, o aterro deve dispor de um sistema de impermeabilização
da base, sistema de drenagem e tratamento dos lixiviados (líquido resultante da
decomposição dos resíduos) e sistema de monitoramento ambiental.

A gestão de resíduos sólidos urbanos é fundamental para um ambiente saudável e


sustentável, e o aterro sanitário é uma das soluções para o tratamento e disposição
final desses resíduos.
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2. DEFINIÇÃO

Aterro sanitário é uma técnica de gerenciamento de resíduos sólidos urbanos (lixo)


que consiste em depositar os resíduos em um local previamente preparado para
receber o material, onde são compactados e cobertos diariamente com uma camada
de terra ou outro material adequado para evitar a proliferação de pragas e odores
desagradáveis.

Os aterros sanitários são projetados para minimizar os impactos ambientais negativos


associados à disposição inadequada dos resíduos, como a contaminação do solo, do
ar e da água, além de reduzir a quantidade de lixo que vai para os lixões e áreas de
descarte ilegal. Eles devem cumprir uma série de normas e regulamentações para
garantir a segurança e a saúde pública, incluindo a impermeabilização do solo, a
captura e tratamento de gases gerados pela decomposição dos resíduos, e o
monitoramento ambiental periódico.
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3. COMO É FEITO

O processo de construção de um aterro sanitário pode variar dependendo do local e


das condições específicas do terreno, mas geralmente envolve as seguintes etapas:

3.1. Seleção do local

O local para o aterro sanitário deve ser selecionado levando em consideração critérios
como a distância de áreas residenciais e de mananciais de água, a topografia do
terreno, as condições geológicas e hidrológicas, entre outros.

3.2. Preparação do terreno

O terreno deve ser preparado para receber os resíduos, com a retirada da vegetação,
nivelamento e compactação do solo.

3.3. Instalação da infraestrutura

São instalados sistemas de drenagem de águas pluviais e de líquidos produzidos pela


decomposição dos resíduos, além de equipamentos para captura e tratamento dos
gases gerados pela decomposição.

3.4. Impermeabilização do solo

É feita a instalação de uma camada impermeável de argila, geomembrana ou outro


material adequado para evitar a contaminação do solo e das águas subterrâneas.

3.5. Construção das células

São construídas as células, que são espaços delimitados por muros ou taludes onde
os resíduos serão depositados. As células são construídas em camadas, com a
compactação do material a cada camada depositada.

3.6. Cobertura diária

Após o depósito dos resíduos em cada célula, é feita a cobertura diária com uma
camada de terra ou outro material adequado para evitar a proliferação de pragas e
odores.
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3.7. Monitoramento ambiental

É feito o monitoramento periódico da qualidade do ar, da água e do solo, para garantir


que não haja impactos ambientais negativos.
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4. ONDE SÃO CONSTRUÍDOS

Os aterros sanitários são geralmente construídos em áreas afastadas de zonas


urbanas e residenciais, com o objetivo de minimizar os impactos negativos na saúde
pública e no meio ambiente. As áreas selecionadas para a construção do aterro
sanitário devem atender a critérios específicos de localização, tais como:

• Distância mínima de corpos d'água, áreas de preservação ambiental,


mananciais de água e comunidades;
• Condições geológicas e hidrológicas adequadas, como a ausência de falhas
geológicas, a permeabilidade do solo e a capacidade de suportar o peso do
aterro;
• Acesso fácil para o transporte dos resíduos;
• Área suficiente para atender às necessidades do município ou região.

Em geral, os aterros sanitários são administrados pelos órgãos públicos responsáveis


pelo gerenciamento de resíduos sólidos, como as prefeituras ou os governos
estaduais. É importante lembrar que a construção e operação de um aterro sanitário
devem seguir uma série de normas e regulamentações específicas para garantir a
segurança e a saúde pública, e minimizar os impactos ambientais negativos
associados à disposição inadequada dos resíduos.
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5. BENEFÍCIOS

5.1. Redução da poluição ambiental

O aterro sanitário é uma opção ambientalmente responsável para a disposição final


de resíduos sólidos urbanos. Ele ajuda a reduzir a emissão de gases de efeito estufa,
a preservar a biodiversidade e a minimizar a poluição do ar, da água e do solo.

5.2. Controle de doenças e vetores

O manejo adequado dos resíduos através do aterro sanitário ajuda a prevenir a


proliferação de vetores e doenças, reduzindo o risco de transmissão de doenças para
a população.

5.3. Aproveitamento energético

Os gases gerados pela decomposição dos resíduos no aterro sanitário, como o


metano, podem ser capturados e transformados em energia elétrica, contribuindo para
a geração de energia limpa e renovável.

5.4. Redução do volume de resíduos

Os resíduos depositados no aterro sanitário são compactados e cobertos diariamente,


o que ajuda a reduzir o volume de resíduos que ocupariam espaço em aterros
improvisados, lixões ou áreas de descarte ilegal.

5.5. Geração de emprego e renda

A construção e operação de aterros sanitários podem gerar empregos diretos e


indiretos, contribuindo para a economia local.
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6. IMPACTOS GERADOS AO MEIO AMBIENTE

6.1. Poluição do ar

A decomposição de resíduos orgânicos no aterro produz gases como metano, dióxido


de carbono, ácido sulfídrico e outros gases tóxicos. Esses gases podem escapar do
aterro e poluir o ar, contribuindo para a mudança climática e a má qualidade do ar.

6.2. Poluição do solo

Os resíduos depositados no aterro podem infiltrar-se no solo e contaminá-lo com


produtos químicos e metais pesados. Isso pode afetar a qualidade do solo e a
capacidade de cultivo da terra.

6.3. Contaminação da água

Os resíduos podem contaminar a água subterrânea e as fontes de água potável


próximas ao aterro. Os produtos químicos e metais pesados podem prejudicar a saúde
humana e a vida selvagem.

6.4. Emissões de odores

A decomposição de resíduos orgânicos pode produzir odores desagradáveis que


podem afetar a qualidade de vida das pessoas que vivem próximas ao aterro.

6.5. Degradação paisagística

Os aterros sanitários são grandes montes de lixo que podem prejudicar a paisagem e
afetar o turismo e o valor das propriedades próximas.

6.6. Impacto na vida selvagem

A degradação do habitat natural e a contaminação da água podem afetar a vida


selvagem na área próxima ao aterro.
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7. ATERROS SANITÁRIOS NO ESTADO

Segundo informações dos portais públicos do estado, o Espírito Santo possui cinco
aterros sanitários, localizados nas cidades de Vila Velha, Cariacica, Aracruz, Colatina
e Cachoeiro de Itapemirim. Esses aterros acabam sendo usados por outros
municípios também, suprindo toda a necessidade da região, mostrando a eficiência
desse formato de armazenamento do lixo.

Também no estado, têm surgido movimentações para um destino otimizado para o


lixo e promovendo o formato de aterro sanitários, como o Programa ES Sem Lixão,
que têm como objetivo principal do Programa Espírito Santo Sem Lixão é o
desarraigamento dos lixões em solo espírito santense, por meio de sistemas regionais
de destinação final apropriada de resíduos sólidos urbanos (RSU), considerando
também, neste contexto, a continuidade do funcionamento dos atuais sistemas que
estão atendendo alguns municípios de forma sustentada e que foram implantados
pela iniciativa privada.

O foco do projeto será de todos os municípios destinarem os RSU gerados em seus


territórios para aterros sanitários regionais, com necessidade de uma concepção
moderna, sendo projetados com técnicas verificadas e atualizadas, no intuito de
amparo ambiental e sanitário garantidores, focando na redução de custos
operacionais proporcionados pelo ganho de escala e, consequentemente, com maior
economicidade para o sistema.

Não obstante, também deverão ter capacidade de tolerar a demanda regional por um
extenso período, ou seja, uma vida útil prolongada, quem não esteja abaixo de 25
anos.

Cada aterro sanitário contará com centro de um sistema regional de destinação final
adequada de resíduos sólidos, garantindo o escoamento otimizado dos RSU de cada
município até o aterro sanitário, com logística de transporte integrado regional e que
contará ainda com número compatível de estações de transbordo.

Serão operados por iniciativa privada especializada, de acordo com a Lei Nº


11.107/05, formados pelo Estado e Municípios, em regime de concessão de prestação
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de serviços públicos, mediante licitações e regulações estabelecidas pelos Consórcios


Públicos Regionais.
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8. BIOGÁS

É um tipo de biocombustível proveniente da decomposição de materiais orgânicos (de


origem vegetal ou animal), que são decompostos, produzindo uma mistura de gases,
cuja maior parte é composta de metano. Para Lebre e outros (2010), do ponto de vista
socioeconômico, a exploração de fontes renováveis de energia tem o objetivo de fazer
o melhor uso da energia local, utilizando as principais características da região. Para
Oliveira, Henriques e Pereira Jr. (2010), assim como para Ge e outros (2014), a
abundância de biomassa em ambientes favoráveis, como o Brasil, torna essa fonte
renovável extremamente promissora.

Em um aterro sanitário, ele é gerado pelo acúmulo de efluentes gasosos (biogás) e


líquidos (lixiviado ou chorume) presos na sedimentação natural que o modelo
ocasiona. Para prevenir a infiltração do lixiviado no solo e subsolo, são utilizadas
geomembranas impermeabilizantes em PEAD. Este efluente líquido gerado, é
removido por um sistema de recalque e devidamente tratado em estações de
tratamento adequadas e licenciadas. Porém, os gases gerados são queimados em
dispositivos especiais, e após alguns anos de operação, com volumes suficientes,
podem ser aproveitados como combustíveis para gerar energia elétrica, por exemplo.

Também temos visto considerável aumento nos investimentos em energia renovável


nos últimos anos. Em nosso estado, essa geração de eletricidade através de
combustíveis fósseis, biomassa e luz solar, já equivalem a 288,4 mil quilowatts (kW),
o suficiente para suprir três municípios com consumo médio de 100 megawatts (mW),
ou uma cidade como Colatina, localizada no noroeste do Estado.

Segundo informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), atualmente o


Estado tem 69 usinas instaladas, com potência de aproximadamente 1,61 milhão de
kW, podendo chegar a 1,66 milhão de kW. São empreendimentos voltados para a
geração de energia de modo geral, e são distribuídos pela Grande Vitória e por
municípios como Linhares, Aracruz, Itapemirim, entre outros, que visam em alguns
anos suprir a necessidade de acabar com os desperdícios e queima de compostos
naturais excessivas. Outros exemplos notáveis que atuam no setor privado do estado
é a empresa Marca Ambiental. No aterro sanitário em Cariacica, a decomposição
orgânica dos resíduos forma uma eletricidade limpa e renovável por meio do biogás.
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São cerca de 1.500 toneladas de resíduos recebidos por dia e aterrados,


demonstrando novamente a eficiência desse formato.
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9. CONCLUSÃO

Ademais a todos os pontos elencados anteriormente no presente trabalho,


objetivamos elucidar as particularidades úteis do formato de aterro sanitário, que junto
a adoção de medidas preventivas e corretivas, como o monitoramento constante da
qualidade do solo e da água subterrânea, aplicação de técnicas de tratamento de
efluentes e gases gerados durante o processo de decomposição dos resíduos, e a
implementação de programas de educação ambiental citados no texto, sugerir o
melhor formato para armazenamento de resíduos sólidos em diversas regiões
metropolitanas e, destacando os principais conteúdos encontrados de mais recentes
sobre o assunto, para aumentar a eficiência do modelo, avultando também a sua
usabilidade e viabilidade econômica em diferentes escalas para a região do Espírito
Santo.
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REFERÊNCIAS

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. Plano estadual dos resíduos


sólidos do Espírito Santo. 2019.

DE GALIZA, J J M. Análise Técnica e regulatória da Geração de energia a partir


do biogás de aterros sanitários no Espírito Santo. 2027.

A GAZETA. Energia Alternativa. Disponível em: <.


https://www.biomassabioenergia.com.br/imprensa/espirito-santo-ja-produz-energia-
alternativa-capaz-de-abastecer-tres-cidades/20220307-094431-u216 >. Acesso em
20/04/2023.

SEDURB. Programa ES sem lixão. 2023.

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