Você está na página 1de 50

DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE

CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Manual da UFCD 0349


Ambiente, Segurança, Higiene e
Saúde no Trabalho
Conceitos Básicos

Joana Bastos
01/07/2020
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

A Lei 3/2014 (aprova o Regime Jurídico da Promoção da Segurança e Saúde não


Trabalho) e o Regime de organização e funcionamento das actividades de Segurança,
Higiene e Saúde no Trabalho (Decreto-Lei n.º 109/2000, de 30 de Junho, concedem
uma importância primordial à Formação como condição necessária para o
desenvolvimento e eficácia da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST)

Com efeito, não é possível uma verdadeira aplicação da lei se não se contar com uma
formação adequada de todos os intervenientes na acção preventiva: os trabalhadores,
o empregador e outros profissionais para o exercício de funções na área da
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST), o que constitui, sem dúvida, um
autêntico desafio.

O manual de formação que se apresenta incide na sensibilização, formação e


informação dos trabalhadores nas áreas de ambiente, segurança e higiene no
trabalho.
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Índice

Objetivos ....................................................................................................................................... 4
Capítulo 1 - Ambiente ................................................................................................................... 5
Capítulo 2 – Segurança, Higiene e Saude no Trabalho ................................................................ 12
Capítulo 3 – Sinalização de Segurança e Saúde........................................................................... 36
Bibliografia .................................................................................................................................. 44
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Objetivos

Objetivos gerais:

 Identificar os principais problemas ambientais.


 Promover a aplicação de boas práticas para o meio ambiente.
 Explicar os conceitos relacionados com a segurança, higiene e saúde no trabalho.
 Reconhecer a importância da segurança, higiene e saúde no trabalho.
 Identificar as obrigações do empregador e do trabalhador de acordo com a
legislação em vigor.
 Identificar os principais riscos presentes no local de trabalho e na actividade
profissional e aplicar as medidas de prevenção e protecção adequadas.
 Reconhecer a sinalização de segurança e saúde
 Explicar a importância dos equipamentos de protecção colectiva e de protecção
individual.
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Capítulo 1 – Ambiente

Objetivos específicos:

1. Identificar os principais problemas ambientais, assim como, quais a medidas a


serem tomadas para os reduzir/evitar.
2. Saber quais as principais consequência do “Aquecimento Global”

Principais Problemas Ambientais

A Terra é hoje afectada por vários problemas ambientais e muitos são provocados pelo
Homem. Quem sofre é a fauna, a flora, o ar, a água, os solos - e o nosso bem-estar.

POLUIÇÃO DO AR

É causada pela emissão de gases industriais e pela combustão de carvão, gasolina e


gasóleo.

POLUIÇÃO DA ÁGUA

Despejos de esgotos e lixo e acidentes ambientais, como derrames de petróleo,


contaminam rios, lagos, mares e oceanos.

DIMINUIÇÃO E EXTINÇÃO DE ESPÉCIES

É provocada pela destruição dos ecossistemas e pela caça ilegal.

POLUIÇÃO DOS SOLOS

Resulta da contaminação de fertilizantes e produtos químicos e pelo despejo


incorrecto de lixo.

DESFLORESTAÇÃO

De forma a estender áreas para agricultura, pasto ou construção, matas e florestas


vão perdendo terreno.

FALTA DE ÁGUA POTÁVEL

Esta escassez deve-se ao desperdício, bem como à poluição dos recursos hídricos.

AQUECIMENTO GLOBAL

A emissão de gases poluentes cria um efeito de estufa na Terra, levando ao aumento


da temperatura média dos oceanos e da atmosfera e a uma maior instabilidade do
clima.

Visualização dom documentário “Before the Flood”


DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Resíduos

Definição

“Qualquer substância ou objecto de que o ser humano pretende desfazer-se por não
lhe reconhecer utilidade. A produção de resíduos é causadora de poluição e tem vindo
a aumentar com o desenvolvimento socioeconómico e tecnológico das sociedades.”

Produção/Gestão de resíduos

Visualização do vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=gCKHtsaIAgA#action=share -
Animação do Portal do Estado do Ambiente sobre produção e gestão de
resíduos urbanos

Definição: actividades de RECOLHA, ARMAZENAMENTO e TRATAMENTO de


resíduos

Recolha de Resíduos
ECOPONTO é um conjunto de contentores utilizados para depositar materiais
como papel e cartão, embalagens, vidro e pilhas. Estão localizados em lugares
públicos - por exemplo, escolas, parques, piscinas, complexos desportivos,
mercados e feiras - e outros locais de grande produção de resíduos.

O QUE DEVE SER DEPOSITADO NOS CONTENTORES DO ECOPONTO?


1 - Contentor azul: papel e cartão
2 – Contentor verde: garrafas e embalagens de vidro
3 - Contentor amarelo: embalagens de plástico, metal e cartão complexo
(embora em diversos sistemas as embalagens de cartão complexo sejam
colocadas no contentor de papel e cartão)
4 - Contentor vermelho de pequena dimensão: pilhas e baterias de telemóveis.

Cuidados a ter antes da colocação de resíduos nos ecopontos:


Os resíduos deverão estar livres de contaminantes (sem gorduras,
autocolantes, agrafes, cola tampas, rolhas, etc); Os resíduos deverão ser
espalmados de forma a ocuparem menos volume dentro do ecoponto; Escorra
as embalagens para evitar os maus cheiros e a sujidade nos contentores; Não
amasse os papéis e coloque as folhas em resmas; Se encontrar o ecoponto
cheio não deixe os seus resíduos fora porque vai contribuir para que outros
façam o mesmo; Não deposite no ecoponto embalagens de materiais
diferentes umas dentro das outras ou dentro de sacos de plástico fechados,
pois dificulta a triagem; Não deite cigarros ou outros materiais acesos para os
contentores, papeleiras ou ecopontos.
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Armazenamento de Resíduos

ECOCENTROS surgem como uma medida complementar para recuperar


materiais e envia-los para reciclagem, funcionam como reforço as recolhas
seletivas dos ecopontos, constituindo-se como uma forma adicional de
potenciar a valorização de materiais recicláveis contidos nos resíduos sólidos.

Tratamento de resíduos

Resíduos Sólidos Urbanos – são correntemente designados lixos. Incluem resíduos


domésticos, industriais e hospitalares. Podem causar poluição da água, do solo ou da
atmosfera.

Aterros Sanitários – instalações onde são depositados resíduos compactados, acima


ou abaixo da superfície do terreno.

Os aterros sanitários devem ser construídos em locais com características geológicas


adequadas e são revestidos com materiais impermeáveis, como argila ou plástico, que
previnem a infiltração no solo de substâncias lixiviadas.

- As substâncias lixiviadas (quando a água das chuvas se infiltra, dissolve substâncias


químicas e arrasta-as consigo) são recolhidas e enviadas para uma estação de
tratamento e os gases produzidos pelas bactérias decompositoras (biogás) podem ser
utilizados na obtenção de energia.

- Após estarem lotados, os aterros são selados, ou seja, tapados com uma cobertura
de plástico e de terra que permite o desenvolvimento de plantas que diminuirão o
impacto paisagístico.

Principais vantagens:

 construção rápida;
 baixos custos de manutenção;
 grande capacidade.
Principais desvantagens:

 requer grandes áreas de implantação;


 possibilidade de contaminação de águas subterrâneas

Incineração – combustão de resíduos a altas temperaturas, que, assim, se reduzem a


cinzas e gases.
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Principais vantagens:

 grande redução do volume de lixos;


 pequena área de implantação;
 as partículas sólidas ficam retidas nos filtros, sendo encaminhadas para os
aterros sanitários juntamente com as cinzas;
 os filtros retiram os gases ácidos e as partículas, para que as emissões não
contaminem a atmosfera;
Principais desvantagens:

 poluição atmosférica;
 emissão de substâncias tóxicas;
 custos elevados.

Reciclagem – recolha e reprocessamento de resíduos.

 Reciclagem primária – conversão em produtos do mesmo tipo.


 Reciclagem secundária – conversão noutro tipo de produtos.

Numa política ambiental mais alargada, existem os 5R´s da sustentabilidade:

O que é a política dos 7 R´s?

Recuperar, Recusar, Reduzir, Repensar, Reutilizar, Reciclar, Reeducar são as


palavras-chave para quem quer ser um defensor do meio ambiente.

Recuperar

De objetos sem valor, recuperá-los de forma a terem novamente valor.

Recusar

Por vezes, é importante saber dizer “Não”. Se o repensar já faz parte das tuas novas
rotinas, o recusar acabará por surgir naturalmente.

É o ir a um café e recusar a palhinha de plástico, ir ao take away e levar embalagem, é


o ver uma promoção de quantidade e ter a noção de que ela é desnecessária para as
tuas necessidades e estilo de vida.

É recusar os alimentos excessivamente plastificados, as frutas e legumes conservados


quimicamente, tudo o que no fundo, apesar do preço e aparência, traz mais
desvantagens do que benefícios para a tua vida.
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Reduzir

Consiste em diminuir a quantidade de lixo produzido, desperdiçando menos e


consumindo só o necessário. Reduzir significa ainda sermos cidadãos mais
conscientes e mais atentos, quando se trata de consumir.

Repensar

Repensar as suas opções, atitudes e necessidades

Como? Perguntando constantemente “será que preciso disto?”, “como posso fazer
diferente?” ou “será esta a melhor opção?”

Reutilizar

Significa tal como o próprio nome indica, utilizar de novo, dar uma nova utilidade a
materiais que muitas vezes consideramos inúteis.

Há objectos que são concebidos para serem usados várias vezes. Há outros em que a
imaginação ajuda a potenciar uma nova ou mais duradoura utilização.

Há materiais que podem ser utilizados para outros fins:

- os frascos de compota para guardar especiarias;

- as embalagens de leite como vasos;

- os tecidos para fazer almofadas, entre outros.

Reciclar

Consiste em transformar os materiais inúteis em novos produtos ou matérias primas


de forma a diminuir a quantidade de resíduos, poupar energia e recursos naturais
valiosos.

A reciclagem traz benefícios:

- Contribui para diminuir a poluição do solo, água e ar;

- Melhora a limpeza da cidade e a qualidade de vida da população;

- Prolonga a vida útil de aterros sanitários;

- Gera empregos para a população não qualificada;

- Contribui para a valorização da limpeza pública e para formar uma consciência


ecológica.

Principais vantagens:
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO
 poupança de materiais e de energia;
 redução da poluição (atmosférica, da água e dos solos);
 redução da quantidade de resíduos sólidos;
 proteção dos ecossistemas.

Reeeducar

Ter consciência sobre o ciclo produtivo dos produtos que adquirimos.

Compostagem – decomposição dos resíduos orgânicos (biodegradáveis) pela ação de


decompositores, diminuindo o volume dos resíduos e produzindo o composto, que
pode ser usado como fertilizante, melhorando a textura e fertilidade do solo.

Boas práticas ambientais

Casa de Banho

1. Não deixe correr a água enquanto lava os dentes ou faz a barba, pois abrir e fechar
a torneira várias vezes é melhor do que deixar a correr água sem necessidade. 2.
Quando se está a lavar feche a torneira enquanto se ensaboa. Poupará muita água.

3. Prefira o duche ao banho de imersão.

4. Uma torneira a pingar durante 24 horas, de 5 em 5 segundos, perde 3 litros de


água, o que corresponde a mais de 1000 litros de água por ano. Verifique as torneiras
e repare as fugas de água.

Cozinha

5. Só utilize a máquina de lavar louça ou roupa quando estiverem cheias ou se


possuírem programas de meia-carga.

6. Para poupar água, não lave a loiça com água corrente, encha o lava-loiça.

7. Quando ferver água utilize preferencialmente uma chaleira ou ponha a tampa se


utilizar uma panela, para que não gaste energia desnecessariamente.

8. Quando estiver a aquecer um qualquer alimento, coloque a tampa para poupar


energia

9. Sempre que abrir o frigorífico retire tudo o que precisa de uma só vez e
rapidamente.

10. Mantenha a temperatura do frigorífico acima dos 5-6ºC. Temperaturas inferiores


são inúteis e aumentam o consumo de energia em 7-8%.

11. Mantenha os bicos de gás, as placas e o forno limpos, para manter o rendimento.
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

12. Feche sempre bem a porta do frigorífico. Se ficar aberta haverá um maior
dispêndio de energia para manter a temperatura e os alimentos poderão estragar-se.

13. Na compra de um frigorífico, prefira um com descongelamento manual, em


detrimento de um com descongelação automática, porque o primeiro gasta menos
energia.

No seu dia-a-dia

14. Tente manter as lâmpadas ou protectores de lâmpadas bem limpos para que a
energia gasta seja aproveitada na totalidade. As lâmpadas limpas gastam menos
energia.

15. Substitua lâmpadas normais, por lâmpadas LED. Para além de obter maior
luminosidade, poupa energia.

16. Tente manter as luzes de que não necessita apagadas. Para ler procure um local
perto de uma janela ou com boa luz do dia e atrase ou evite a luz artificial.

17. Ao passar a ferro, desligue-o um pouco antes de acabar. Ele manter-se-á quente
durante o tempo necessário para acabar a sua tarefa.

18. Guarde os sacos de plástico para voltar a utilizá-los. Se necessário, vire-os ao


contrário, lave-os e ponha-os a secar.

19. Guarde roupa velha ou trapos para poder usar em alturas em que necessita limpar
algo como tintas quando está a pintar.

20. Observe os livros, brinquedos ou roupas que já não usa. Conforme o caso pode
dar os que já não quiser a hospitais, organizações de beneficência ou outras
instituições.

21. Deixe sempre os produtos perigosos nas embalagens de origem para evitar que
alguém os confunda com outros.

22. Desligue o monitor se o computador estiver inactivo durante mais de 15 minutos.

23. Faça o seu próprio estrume com resíduos de jardim (aparas de relva, folhas) e, se
necessário, enriqueça-o com matéria orgânica. Informe-se sobre as técnicas da
compostagem.

24. Sempre que for o último a sair de um compartimento da casa apague a luz.

25. Tente isolar as frestas das janelas e portas para evitar perdas de energia em casa;

26. Proceda à rega das suas plantas de manhã cedo ou ao cair da noite. Nessa altura,
a evaporação de água causada pelo Sol é menor, pelo que poupará este recurso.
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Capítulo 2 – Segurança, Higiene e Saúde no


trabalho

Objectivos específicos:

1. Saber quais os conceitos de segurança no trabalho, assim como saber


identificar o que é um acidente de trabalho e o que é uma doença profissional
e quais os custos directos e indirectos dos mesmos.
2. Deverão estar sensibilizados para os acidentes de trabalho assim como ter
noção das consequências directas e indirectas dos mesmos.
3. Deverão também conhecer quais as consequências da exposição ao ruído na
saúde assim como os limites permitidos por lei e quais as medidas de
prevenção a adoptar.
4. Deverão saber conceitos de ergonomia, assim como, as devidas posturas a
adquirir durante a realização do seu trabalho e na movimentação manual de
cargas.
5. Deverão saber quais os grupos dos riscos profissionais existentes assim como
as consequências e medidas de prevenção a adoptar.
6. Deverão também saber identificar os riscos a que estão expostos no seu local
de trabalho.
7. Deverão saber quais os equipamentos de protecção existentes nas instalações
da empresa e quais devem utilizar.

Conceitos Relacionados com SHST

Até meados séc. XIX valoriza-se a produtividade em detrimento da saúde e mesmo a


vida do trabalhador.

A partir da década de 50/60 surgem as primeiras tentativas sérias na área da


HSST/legislação.

Legislação actual permite a protecção eficaz de quem integra actividades industriais,


ou outras. A aplicação da legislação deve ser entendida como o melhor meio de
beneficiar simultaneamente as empresas e os trabalhadores (produtividade,
competitividade).

O objectivo da Higiene e Segurança no trabalho é garantir condições de trabalho


capazes de manter um nível de saúde dos colaboradores e trabalhadores de uma
empresa.

Higiene no Trabalho combate, dum ponto de vista não médico, as doenças


profissionais, identificando os fatores que podem afetar o ambiente do trabalho e o
trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais.
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Segurança no trabalho combate, dum ponto de vista não médico, os acidentes de


trabalho, eliminando as condições inseguras do ambiente (= riscos profissionais) e
educando os trabalhadores a utilizarem medidas preventivas.

Saúde é o estado de bem-estar físico, psíquico e social na ausência de condições que


limitem a capacidade funcional que permitam ao indivíduo levar uma vida social e
economicamente produtiva.

Trabalho é toda a atividade de transformação da natureza com fins produtivos que


implica a utilização de meios de atuação de maneira organizada e planificada.

Saúde no trabalho são todos os regulamentos e procedimentos que visam proteger a


integridade física e mental do trabalhador, para as responsabilidades, funções e
deveres do cargo, incluindo o ambiente dentro do qual eles são executados.

Obrigações gerais do empregador e trabalhador

Em matéria de higiene e segurança sempre que cabe uma obrigação ao empregador


cabe um direito ao trabalhador e vice-versa.

Obrigações do Empregador

 o empregador é obrigado a assegurar aos trabalhadores condições de


segurança higiene e saúde em todos os aspetos relacionados com o trabalho;
 avaliar os riscos integrando-os no conjunto das atividades e adotar medidas de
prevenção;
 dar prioridade à prevenção coletiva em detrimento da individual;
 organizar o trabalho e eliminar efeitos do trabalho monótono;
 estabelecer as medidas que devem ser adotadas em matéria de primeiros
socorros, de combate a incêndios e de evacuação dos trabalhadores;
 assegurar a vigilância da saúde dos trabalhadores.

Obrigações do Trabalhador

 cumprir as indicações de HSST e as instruções do empregador;


 zelar pela sua segurança e saúde;
 utilizar corretamente e segundo as instruções transmitidas pelo empregador:
máquinas, equipamentos, instrumentos, substâncias perigosas, EPI´s, etc.;
 cumprir os procedimentos de trabalho estabelecidos;
 cooperar para a melhoria do sistema de HSST;
 comunicar imediatamente avarias e deficiências por si detetadas;
 em caso de perigo grave e iminente adotar as medidas e instruções
estabelecidas.

O trabalhador não pode ser prejudicado em virtude de se ter afastado do seu posto de
trabalho ou de uma área perigosa em caso de perigo grave e iminente;
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

As obrigações do trabalhador no domínio de segurança e saúde nos locais de trabalho


não excluem as obrigações do empregador;

Sem prejuízo do disposto no ponto anterior, o trabalhador que viole culposamente os


deveres ou cuja conduta contribua ou origine uma situação de perigo incorre em
responsabilidade disciplinar e civil;

Consulta aos trabalhadores

Empregador deve fazer consulta aos trabalhadores em matéria de segurança e saúde,


anualmente e por escrito;

Na falta de representante dos trabalhadores a consulta deverá ser feita diretamente a


todos os trabalhadores;

A consulta deve inserir os seguintes pontos:

 Medidas de segurança e saúde;


 Programa e organização de formação;
 Equipamentos de proteção;
 Avaliação de riscos;
 Riscos e medidas preventivas;
 Representante do empregador;
 Designação e exoneração de outros trabalhadores e outras funções;
 Lista anual de acidentes de trabalho;

Informação aos trabalhadores

O trabalhador, assim como seus representantes para segurança e saúde na empresa,


deve dispor de informação atualizada:

- Riscos e medidas preventivas;

- Medidas e instruções a adotar em situações de emergência;

- Medidas de emergência e primeiros socorros, evacuação de trabalhadores e


combate a incêndios, bem como os trabalhadores encarregues dessas funções;

Esta informação deve ser facultada:

- Na admissão;

- Mudança de posto de trabalho;

- Introdução de novos equipamentos e novas tecnologias;

- Atividades que envolvam trabalhadores de diversas empresas;


DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Formação aos trabalhadores

Deve ser ministrada formação aos trabalhadores adequada em matéria de segurança


e saúde:

 Para os postos de trabalho e exercício de atividades de elevado risco;


 Exercício de funções do trabalhador designado.
Deve ser ministrada formação aos trabalhadores, em número suficiente (tendo em
conta a dimensão da empresa e riscos existentes) em:

 Primeiros socorros;
 Combate a incêndios;
 Evacuação de trabalhadores;

Acidentes de Trabalho

São o resultado de uma combinação de fatores, entre os quais se destacam as falhas


humanas e falhas materiais.

Não escolhem hora nem lugar.

Podem acontecer no ambiente de trabalho e nas inúmeras locomoções que fazemos


de um lado para o outro, para cumprir as nossas obrigações diárias.

Quanto aos acidentes do trabalho o que se pode dizer é que grande parte deles ocorre
porque os trabalhadores se encontram mal preparados para enfrentar certos riscos.

Acidente de trabalho - É o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa,


provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou
redução da capacidade para o trabalho, permanente ou temporária.

Lei 98/2009 de 4 de Setembro - Conceito de acidente de trabalho (Artigo 8.º)

1 - É acidente de trabalho aquele que se verifique no local de trabalho (...)

2 - Considera-se também acidente de trabalho o ocorrido: (Artigo 9.º)

- No trajeto de ida e de regresso para e do local de trabalho, nos termos em que vier a
ser definido em regulamentação posterior;

- Na execução de serviços espontaneamente prestados e de que possa resultar


proveito económico para a entidade empregadora;

- No local de trabalho, quando no exercício do direito de reunião ou de atividade de


representante dos trabalhadores, nos termos da lei;
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

- No local de trabalho, quando em frequência de curso de formação profissional ou,


fora do local de trabalho, quando exista autorização expressa da entidade
empregadora para tal frequência;

Os acidentes de trabalho acontecem devido a 2 situações:

1. Ações perigosas: que estão relacionadas com o comportamento humano


(desrespeitar normas de segurança, não usar equipamentos de segurança)
2. Condições perigosas: que estão relacionadas com o estado das instalações,
ferramentas ou equipamentos: instalações não protegidas, armazenamento
perigoso, ferramentas em mau estado, iluminação deficiente.

Princípios gerais da prevenção

A prevenção tem como objetivo a adaptação do trabalho ao Homem e traduz-se em


atividades dirigidas pelos princípios da eliminação do risco, da proteção coletiva, da
proteção individual, da formação e da organização do trabalho.

Os princípios gerais da prevenção baseiam-se em 4 princípios fundamentais:

1. Eliminação do risco

Eliminar o risco constitui a primeira atitude a assumir no âmbito da prevenção.


Significa torná-lo definitivamente inexistente. (exemplo: uma escada com piso
escorregadio apresenta um sério risco de acidente. Esse risco poderá ser eliminado
com um piso antiderrapante)

2. Envolvimento do risco

Este princípio deve ser equacionado se, e só se, a eliminação do risco não for
tecnicamente possível. O risco existe, mas está controlado.

Esta opção é utilizada na impossibilidade temporária ou definitiva da eliminação de um


risco. (exemplo: as partes móveis de uma máquina como polias, engrenagens,
correias etc. - devem ser neutralizadas com anteparos de proteção, uma vez que
essas peças das máquinas não podem ser simplesmente eliminadas

3. Afastar o Homem

Este princípio deve ser equacionado se, e só se, os dois anteriores não forem
tecnicamente possíveis. O risco existe, mas o homem está longe da sua exposição.

4. Proteger o Homem

Este princípio deve ser equacionado se, e só se, nenhum dos anteriores for possível
de implementar.
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Exemplo disto é o facto do Homem ser munido de equipamentos de proteção que não
o deixem ter contacto direto com o risco.

Sinistralidade Laboral

As principais causas da sinistralidade laboral são:

1. Desconhecimento das normas de segurança


2. Não cumprimento das normas de segurança
3. Não utilização dos equipamentos de proteção
4. Utilização incorreta dos equipamentos de proteção
5. Mau estado de conservação das instalações e equipamentos
6. Contacto com produtos tóxicos
7. Ritmos de trabalho acelerados

Custos dos Acidentes de Trabalho

Custos Diretos:

 Dias de trabalho perdidos;


 Despesas com assistência médica e medicamentosa;
 Indemnizações por salários perdidos;
 Pensões por invalidez ou morte;
 Despesas com deslocações;
 Custos de reabilitação;
 Aumento do prémio do seguro;
 Prestação de primeiros socorros.

Custos Indiretos:

 Tempo perdido para socorrer o acidentado, investigar as causas do acidente,


tratar dos aspetos legais, retomar o ritmo normal de trabalho e reparar
equipamentos avariados;
 Baixa de produtividade;
 Perdas de produtos;
 Reintegração do acidentado;
 Prejuízo para a imagem da empresa;
 Custos de reparação de equipamentos e outros bens;
 Formação de um substituto para o acidentado;
 Mau clima social;
 Não cumprimento de prazos.

Os custos diretos são mais evidentes e estão geralmente segurados;

Os custos indiretos passam geralmente despercebidos, sobretudo aos empregadores.


DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

No entanto os custos indiretos são entre 3 a 5 vezes superiores aos custos diretos.

Por isso, os acidentes são um fator de grande prejuízo para as empresas, para além
de serem indicadores de uma má gestão de recursos e de perturbações importantes
no processo de produção.

Tipos de incapacidades nos acidentes de trabalho

A incapacidade temporária é a perda da capacidade para o trabalho por um período


limitado de tempo, após o qual o trabalhador retorna às suas atividades normais.

A incapacidade parcial e permanente é a diminuição, por toda vida, da capacidade


física total para o trabalho. É o que acontece, por exemplo, quando ocorre a perda de
um dedo ou de uma vista

Incapacidade total e permanente é a invalidez incurável para o trabalho, neste caso, o


trabalhador não reúne condições para trabalhar o que acontece, por exemplo, se um
trabalhador perde as duas vistas num acidente do trabalho. Nos casos extremos, o
acidente resulta na morte do trabalhador.

O efeito dominó e os acidentes de trabalho

1 – ASCENDÊNCIA SOCIAL – Meio em que somos criados; ambiente social e cultural


em que vivemos (Ex.: os povos nórdicos são diferentes dos sul americanos)

2 – FALHA HUMANA – Algo que herdamos ou adquirimos; algo genético; alguma


incapacidade (Ex.: temperamento violento; daltonismo)

3 – ACTO INSEGURO/ CONDIÇÃO PERIGOSA – Ato inseguro é o ato levado a cabo


por um trabalhador, conscientemente, que viola ou não cumpre na totalidade as
normas de segurança. Condição perigosa é uma condição existente no local de
trabalho que coloca em perigo o trabalhador

4 – INCIDENTE (OU QUASE ACIDENTE) – Acontecimento sem prejuízos humanos ou


materiais, que poderia originar um acidente

5 – ACIDENTE DE TRABALHO

A eliminação do factor central – ACTO INSEGURO/CONDIÇÃO PERIGOSA – constitui


a base de toda a prevenção dos acidentes e doenças profissionais.

Doenças profissionais

Doenças profissionais são as doenças constantes da lista das doenças profissionais e


ainda toda a lesão, perturbação funcional ou doença (não incluída na lista), que seja
consequência necessária e direta da atividade exercida pelos trabalhadores desde que
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

não representem o normal desgaste do organismo. - Decreto Regulamentar n.º


76/2007

Origem: As doenças profissionais em nada se distinguem das outra doenças, salvo


pelo facto de terem origem em fatores de risco existentes no local de trabalho.

Haverá assim, direito à reparação resultante de doenças profissionais quando


cumulativamente se verifiquem as seguintes condições:

- Estar o trabalhador afetado da correspondente doença profissional;

- Não ter decorrido, desde o termo da exposição ao risco e até à data do diagnóstico
da doença, o prazo para o efeito fixado.

- Ter estado o trabalhador exposto ao respetivo risco pela natureza da indústria,


atividade ou ambiente de trabalho.

São responsáveis pela reparação resultante de doenças profissionais, as entidades


empregadoras por conta de quem a vítima trabalhou ou as instituições de seguro que
cobriam o risco.

Riscos Profissionais

Tipos de Riscos
• Ergonómicos - Esforço físico, posturas incorretas, stress, trabalho repetitivo,
rotinas de trabalho intensas, etc
• Físicos - Ruído, vibrações, radiações, pressões anormais, iluminação,
humidade.
• Químicos - Contacto com agentes químicos, por inalação (poeiras, gases,
vapores, etc.), ingestão, contacto com a pele, etc.
• Biológicos - Contacto com agentes biológicos (vírus, bactérias, etc.)
• Mecânicos - Máquinas e equipamentos sem proteção, eletricidade, incêndio e
explosão, armazenamento inadequado, etc.

Riscos Ergonómicos
São considerados riscos ergonómicos:

- esforço físico;
- levantamento de pesos;
- postura inadequada
- controle rígido de produtividade;
- situação de stresse;
- trabalhos em período noturno;
- trabalho prolongado;
- monotonia e repetibilidade;
- imposição de rotina intensa
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Consequências

Os riscos ergonómicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar


sérios danos à saúde do trabalhador.

Porque produzem alterações no organismo e estado emocional, comprometendo a sua


produtividade, saúde e segurança, cansaço físico, dores musculares, hipertensão
arterial, alteração do sono, diabetes, doenças nervosas, taquicardia, doenças do
aparelho digestivo (gastrites e úlceras), tensão, ansiedade, problemas de coluna, etc.

Medidas de Prevenção

Deverá haver um ajuste entre as condições de trabalho e o homem e conforto físico e


psíquico por meio de:

 melhoria no processo de trabalho;


 melhores condições no local de trabalho;
 modernização de máquinas e equipamentos;
 melhoria no relacionamento entre as pessoas;
 alteração no ritmo de trabalho;
 ferramentas adequadas;
 postura adequada, etc.

Ergonomia
A Ergonomia nasceu como um conjunto de técnicas, sendo o principal objetivo a
adequação do posto de trabalho ao indivíduo. Recentemente, houve necessidade de
ampliar o campo de estudo da ergonomia, passando a incluir as condições ambientais
e alguns aspectos ligados à organização do trabalho (horários, ritmos, pausas, etc.),
os quais têm consequências na fadiga, no stress e no rendimento do trabalho.

Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o Homem e o seu trabalho,


equipamentos, ambiente e particularmente a aplicação dos conhecimentos da
anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas que eventualmente surjam.

É importante que o espaço em que se desenvolve o trabalho, esteja em boas


condições de segurança, seja confortável e funcional.

A ergonomia estuda múltiplos aspectos:

1. Homem:
 Características físicas (as posturas e os movimentos corporais)
 Características psicológicas
 Idade
 Sexo
 Motivação
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

2. Componentes materiais de trabalho:


 Dimensão do posto de trabalho
 Máquinas, equipamentos (peso dos instrumentos, resistência dos comandos)
 Ferramentas, mobiliário

3. Meio Ambiente
 Agentes físicos (ambiente térmico, iluminação, ruído, vibrações, radiações),
 Agentes químicos
 Agentes biológicos

4. Organização do trabalho
 A duração do trabalho
 Os horários de trabalho
 As pausas do trabalho.

Existem dois tipos de ergonomia:

Correcção: Tem como objetivo de melhorar condições de trabalho já existentes


(modificação de um posto de trabalho, das condições de iluminação, etc.). Este tipo de
intervenção, para além de ser dispendioso é de eficácia limitada.

Concepção: Tem como objetivo de uma intervenção ainda na fase de projecto do posto
de trabalho, da máquina ou do sistema de produção, como preconizam as Directivas
Comunitárias.

Postura de Trabalho

É a posição relativa dos vários elementos do corpo em relação à atividade


desenvolvida pelo indivíduo.

A postura normalmente é função de duas variáveis:

 As características do indivíduo
 Tipo de actividade exercida

De que depende a postura que adoptámos?

 Questões visuais
 Precisão de movimentos
 Força necessária para desenvolver a tarefa
 Espaço onde actua o trabalhador
 Ritmo de execução da tarefa
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Trabalho de pé

Provoca sobrecarga nas pernas ------- Diminuição do grau de atenção.

 Altura do plano de trabalho deve ser adequada;


 Comandos, materiais e equipamentos devem estar ao alcance do trabalhador;
 Deve existir espaço suficiente para os pés;
 Deve-se evitar curvar as costas;
 Não se deve usar roupa apertada.
Altura do Plano de trabalho:

• Costas direitas e ombros relaxados.


• Corpo próximo da bancada e peso distribuído pelas duas pernas.
• Mãos próximas do corpo, numa posição natural.
• Comandos, interruptores e alavancas devem estar num nível mais baixo do
que os ombros.
• Deve-se usar calçado adequado.

Trabalho de pé - recomendações

 Alternar com a posição sentado ou em movimento (se possível) ;


 Ajustar a altura da superfície de trabalho ao tipo de tarefa;
 A altura da mesa de trabalho deve ser ajustável;
 Não utilizar estrados que normalmente são fonte de acidentes;
 Evitar alcances excessivos;
 Colocar superfícies inclinadas para leitura.

Trabalho sentado

A posição mais adequada para trabalhar? É uma posição cómoda, segura e


eficaz!

Tendo em conta:

• A cadeira

• A máquina

• A postura

• A iluminação

Recomendações

• Sente-se de forma que o corpo esteja a cerca de 20 cm do corpo para a


máquina.
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

• Use uma almofada se o assento for duro, para que você se sinta mais
confortável. Porque manter uma única posição na frente da máquina causa
fadiga.

• O seu assento precisa ser ajustado para que, quando os braços e os ombros
estiverem relaxados, as palmas das mãos possam descansar na cama da
máquina de costura, com os cotovelos formando um ângulo de 90 °.

Uma posição neutra deve respeitar alguns parâmetros:

Riscos Físicos

São considerados riscos físicos as diversas formas de energia, tais como:

- Ruído;
- Excessivas vibrações;
- Radiações;
- Pressões anormais;
- Iluminação;
- Humidade.
Ruído

As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem


atingir níveis excessivos, podendo a curto, médio e longo prazo provocar sérios
prejuízos à saúde.
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Dependendo do tempo de exposição, nível sonoro e da sensibilidade individual, as


alterações danosas poderão manifestar-se imediatamente ou gradualmente.

Quanto maior o nível de ruído, menor deverá ser o tempo de exposição ocupacional.

Consequências

O ruído age diretamente sobre o sistema nervoso, ocasionando:

• fadiga nervosa;
• alterações mentais: perda de memória,
• irritabilidade,
• dificuldade em coordenar ideias;
• hipertensão;
• modificação do ritmo cardíaco;
• modificação do calibre dos vasos sanguíneos;
• modificação do ritmo respiratório;
• perturbações gastrointestinais;
• diminuição da visão noturna;
• dificuldade na perceção de cores.

Além destas consequências, o ruído atinge também o aparelho auditivo causando a


perda temporária ou definitiva da audição.

O que é o Ruído ?

“Considera-se ruído o conjunto de sons


suscetíveis de adquirir para o homem um
caracter afetivo desagradável e/ou intolerável,
devido sobretudo aos incómodos, à fadiga, à
perturbação e não à dor que pode produzir.” –
definição CEE, 1997

Fatores que Influenciam:

1 – Tempo de exposição: quanto maior este


tempo maior o perigo.

2 – Tipo de Ruído: Pode ser Contínuo (sem


parar), Intermitente (ocorre de vez em quando)
ou de Impacto (ocorre de repente).
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

3 – Distância da Fonte Geradora: Quanto mais


próximo maior o perigo.

4 – Intensidade: Quanto maior a intensidade,


maior o risco para o trabalhador

Quais são os níveis excessivos?

O Decreto-Lei n.º 182/06, de 6 de Setembro define trabalhador exposto como sendo


“trabalhador cuja exposição diária ao ruído durante o trabalho é igual ou superior ao
nível de acção ou que está sujeito durante o trabalho a picos do nível de pressão
sonora iguais ou superiores ao valor limite de pico”.

Assim, de acordo com este Decreto-Lei são definidos os seguintes valores limite de
exposição:

Limite Geral Valor

Nível de acção superior 85 dB(A)

Nível de acção inferior 80 dB(A)

Valor limite de exposição diária 87dB(A)

LC pico Valor limite de exposição 140dB(C)


diária

LC pico Valor de acção superior 137dB(C)

Lc pico Valor de acção inferior 135 dB(C)

O ruído diminui o nível de atenção e aumenta o tempo de reação do individuo face aos
diversos estímulos, pelo que conduz ao aumento do número de erros cometidos e,
consequentemente, de acidentes.
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Medidas de Redução:

- Na fonte: encapsulamento das máquinas;

- Na transmissão: biombos, painéis;

- Na receção: rotação dos trabalhadores,


protetores individuais.

Que medidas devo tomar ?

- Informar-se acerca do nível de ruído a que


está exposto diariamente.
- Deverá colaborar nos estudos de avaliação
dos níveis de ruído que forem realizados
na empresa onde trabalha, bem como em
eventuais exames audiométricos.
- Deverá cumprir a sinalização existente e, se
for caso disso, utilizar os protetores de
ouvido que a empresa lhe disponibiliza.
- Manter limpos e arrumados os protetores auriculares e utilizá-los corretamente.

Vibrações

Na indústria é comum o uso de máquinas e equipamentos que produzem vibrações,


as quais podem ser nocivas ao trabalhador.

As vibrações podem ser:

Localizadas - (em certas partes do corpo). São provocadas por ferramentas manuais,
eléctricas e pneumáticas.

Consequências: alterações neuro vasculares nas mãos, problemas nas articulações


das mãos e braços; osteoporose (perda de substância óssea).

Generalizadas - (ou do corpo inteiro). As lesões ocorrem com os operadores de


grandes máquinas, como os motoristas de camiões, autocarros e tractores.

Consequências: Lesões na coluna vertebral; dores lombares.

Medidas de Prevenção

Para evitar ou diminuir as consequências das vibrações é recomendado a rotatividade


dos trabalhadores expostos aos riscos (menor tempo de exposição).
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Radiações

São formas de energia que se transmitem por ondas electromagnéticas.

A absorção das radiações pelo organismo é responsável pelo aparecimento de


diversas lesões.

Podem ser classificadas em dois grupos:

Radiações ionizantes - Os operadores de raio-X e radioterapia estão frequentemente


expostos a esse tipo de radiação, que pode afectar o organismo ou se manifestar nos
descendentes das pessoas expostas.
Radiações não ionizantes - São radiações não ionizantes a radiação infravermelha,
proveniente de operação em fornos, ou de solda, radiação ultravioleta como a gerada
por operações em solda eléctrica, ou ainda raios laser, micro-ondas, etc.

Consequências

Os seus efeitos são perturbações visuais (conjuntivites, cataratas), queimaduras,


lesões na pele, etc.

Medidas de Prevenção

Para que haja o controle da acção das radiações para o trabalhador é preciso que se
tome:

Medidas de protecção colectiva: isolamento da fonte de radiação (ex: biombo protector


para operação em solda), enclausuramento da fonte de radiação (ex: pisos e paredes
revestidas de chumbo em salas de raio-X).

Medidas de protecção individual:

- fornecimento de EPI adequado ao risco (ex: avental, luva, perneira e mangote de


raspa para soldador , óculos para operadores de forno).

Medida médica:

- exames periódicos.

Pressões Anormais

Baixas pressões: são as que se situam abaixo da pressão atmosférica normal e


ocorrem com trabalhadores que realizam tarefas em grandes altitudes.

Altas pressões: são as que se situam acima da pressão atmosférica normal. Ocorre
em trabalhos realizados em zonas de ar comprimido, máquinas de perfuração e
trabalhos executados por mergulhadores.
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Consequências

A exposição a pressões anormais, pode causar a rutura do tímpano quando aumento


de pressão é brusco e morte.
Por ser uma atividade de alto risco, exige legislação específica a ser obedecida.

Iluminação

É uma das condições importantes nos locais de trabalho para um bom rendimento.
Nem deve ser muito fraca nem muito forte.

Consequências

 Fadiga;
 Dores de cabeça;
 Induzir posturas incorretas;
 Causar contrações musculares.
Medidas de Prevenção

 Limitação do encadeamento;
 Distribuição conveniente das lâmpadas;
 Utilizar difusores, proteções, entre outros que regulem a luz;
 Utilizar lâmpadas fluorescentes, preferencialmente.

Humidade

Atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com


humidades excessivas, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores.

Consequências

A exposição do trabalhador à humidade pode acarretar doenças do aparelho


respiratório, quedas, doenças de pele, doenças circulatórias, entre outras.

Medidas de Prevenção

Para o controle da exposição do trabalhador à humidade podem ser tomadas:

- medidas de proteção coletiva (como o estudo de modificações no processo do


trabalho, colocação de estrados de madeira, ralos para escoamento);
- e medidas de proteção individual (como o fornecimento do EPI - luvas de
borracha, botas, avental para trabalhadores em galvanoplastia, cozinha,
limpeza etc.).

Riscos Químicos
É o perigo a que determinado indivíduo está exposto ao manipular produtos químicos
que podem causar-lhe danos físicos ou prejudicar-lhe a saúde. Os danos físicos
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

relacionados à exposição química inclui, desde irritação na pele e olhos, passando por
queimaduras leves, indo até aqueles de maior severidade, causado por incêndio ou
explosão.

Consequências

Os danos à saúde podem ser devido à exposição de curta e/ou longa duração,
relacionadas com o contato de produtos químicos tóxicos com a pele e olhos, bem
como a inalação de seus vapores, resultando em doenças respiratórias crônicas,
doenças do sistema nervoso, doenças nos rins e fígado, e até mesmo alguns tipos de
cancro.

Medidas de Prevenção

Usar barreiras de contenção para agentes químicos são dispositivos ou sistemas que
protegem o operador do contato com substâncias químicas irritantes, nocivas, tóxicas,
corrosivas, líquidos inflamáveis, substâncias produtoras de fogo, agentes oxidantes e
substâncias explosivas.

Evitar qualquer contacto com o corpo humano e observar cuidados especiais com
produtos cancerígenos ou mutagénicos.

Rotulagem substâncias perigosas

Caracterização: Substâncias químicas capazes de provocar incêndios e serem nocivas


à saúde do indivíduo.

Causas: Uso indevido e Acondicionamento inadequado

Consequências: Provocar incêndios Provocar doenças ou problemas de saúde.

Prevenção de acidentes:

 Usar máscara e luvas


 Conhecer regras de utilização e símbolos
 Ler rótulos
 Verificar data de validade
 Saber atuar em caso de emergência

As substâncias químicas com este pictograma significam:

- Gás sob pressão, risco de explosão sob a ação do calor;


- Gás refrigerado, pode provocar queimaduras ou lesões criogénicas;
- Gases dissolvidos
Mesmo os gases normalmente seguros podem ser perigosos quando
se encontram sob pressão.
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Uma substância ou mistura com este pictograma provoca um ou


mais dos seguintes efeitos:

- É cancerígena;
- Afeta a fertilidade e o nascituro;
- Provoca mutações;
- É sensibilizante respiratório, podendo provocar alergias, asma ou
dificuldades respiratórias quando inalado;
- É tóxica para órgãos específicos;
- Perigos de aspiração, pode ser fatal ou nociva por ingestão ou
penetração nas vias respiratórias

Este pictograma significa que está a manusear um químico que é


altamente tóxico em contacto com a pele, e que poderá ser fatal se
inalado ou ingerido.

Este pictograma refere-se a explosivos, substâncias auto reativas e


peróxidos orgânicos que podem provocar explosões sob a ação do
calor.

Sempre que utilizar uma substância química com este pictograma,


esteja ciente que é corrosiva e que pode provocar queimaduras
graves na pele e danos nos olhos. Também é corrosiva para metais.

Este pictograma significa uma ou mais das seguintes


características:

- Extremamente tóxico (nocivo);


- Provoca a sensibilização cutânea e irritação cutânea e ocular;
- Irritante para as vias respiratórias;
- Narcótico, provoca sonolência ou tonturas;
- Perigoso para a camada de ozono.
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Este pictograma adverte para o facto de uma substância ser


perigosa para o meio ambiente e de provocar toxicidades aquática.

Riscos Biológicos
São considerados riscos biológicos: vírus, bactérias, parasitas, protozoários, fungos e
bacilos.

Os riscos biológicos ocorrem por meio de microrganismos que, em contato com o


homem, podem provocar inúmeras doenças. Muitas atividades profissionais favorecem
o contato com tais riscos. É o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza
pública, laboratórios, etc.

Medidas de Prevenção

As medidas de segurança para os riscos biológicos envolvem:

- Conhecimento da Legislação;

- Conhecimento dos riscos pelo trabalhador;

- Formação e informação das pessoas envolvidas;

- Respeito pelas regras de segurança e ainda a realização das medidas de proteção


individual;

- Uso do avental, luvas descartáveis (e/ou lavagem das mãos antes e após a
manipulação), máscara e óculos de proteção;

- Utilização de desinfetante apropriado.

Medidas Gerais Relativamente à COVID 19 - DGS

Higiene Etiqueta Não tocar no rosto, nariz, Distanciamento Limpeza das


respiratória olhos e boca sem
das mãos social superfícies
lavar/desinfetar

as mãos.
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Lavagem das mãos

Utilização de Máscara de Proteção

O uso de máscaras de tecido minimiza a projeção de gotículas respiratórias, podendo


reduzir a transmissão do vírus.

COMO DEVE SER COLOCADA A MÁSCARA DE PROTEÇÃO?

Lavar as mãos, com água e sabão ou solução à base de álcool.

Posicionar a máscara na posição correta. A borda dobrável deve estar para cima e a parte colorida para
fora.

Segurar a máscara pelas linhas de suporte/elásticos e adaptar a cada orelha. Ajustar a máscara junto ao nariz
e queixo, sem tocar na face da máscara.
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

COMO DEVE SER RETIRADA A MÁSCARA DE PROTEÇÃO?

Lavar as mãos, com água e sabão ou solução à base de álcool.

Remover a máscara apenas segurando nas linhas de suporte/elásticos.

Colocar a máscara num contentor de resíduos e lavar novamente as mãos.

Em caso de sintomas, contacte a linha SNS 24: 808 24 24 24

Riscos Mecânicos
Riscos de acidente, envolvendo máquinas e objetos de trabalho:

- arranjo físico deficiente

- máquinas e equipamentos sem proteção

- ferramentas inadequadas ou defeituosas

- eletricidade

- incêndio ou explosão

- armazenamento inadequado.

Medidas de Prevenção

- Só devem ser adquiridas e colocadas em funcionamento as máquinas que


cumpram os requisitos mínimos de segurança e saúde (máquinas com
marcação CE);
- Todas as máquinas devem ser mantidas num perfeito estado de conservação,
limpas e oleadas
- A máquina dever ser manipulada sem distrações e de acordo com as regras de
segurança estabelecidas
- A iluminação dos locais de trabalho e de manutenção deve ser suficiente e em
função das exigências da tarefa;
- Devem existir dispositivos de alerta que devem ser facilmente percebidos (se
sonoros, devem-se sobrepor ao ruído da máquina e ambiente) e a sua
interpretação deve ser imediata e sem ambiguidade
- Todas as zonas perigosas das máquinas devem estar devidamente sinalizadas
e identificadas
- - As máquinas devem ser alvo de manutenções periódicas
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

- Todos os trabalhadores que tenham de operar uma máquina devem receber


formação adequada, que deve abordar os riscos a que estão expostos, as
zonas perigosas da máquina e as condições seguras de operar a máquina.

Movimentação Manual de cargas

Algumas regras essenciais para uma boa movimentação manual de cargas:

1. Utilize as pernas e não a coluna como apoio e sustentação do movimento;


2. Flexione os joelhos, posicione os ombros para trás, mantendo a coluna reta;
3. Mantenha a carga sempre que possível perto do corpo;
4. O pescoço e a coluna cervical devem ficar alinhadas;
5. Os pés levemente separados e o corpo equilibrado;
6. Procurar segurar a carga com as duas mãos sempre que possível.
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS PARA MOVIMENTAR OBJETOS


Quando se planeia antes de agir, o trabalho é executado com segurança, mais
facilmente, rapidamente e de forma mais eficiente.
Decida sobre a forma como executar a tarefa.
Programe o seu trajeto, livre de perigos.
Determine o seu destino, necessitará de ajuda
Examine o objeto e decida sobre como o segurar, assegure-se que não é
demasiado grande para um bom equilíbrio.
Retire qualquer gordura, óleo ou extremidades cortantes do objeto.
Assegure-se que existe espaço suficiente para o manuseamento do objeto.
Atenção ao chão que pisa.
Sempre que possível, utilize assistência mecânica.
Considere a distância até ao seu destino. Programe as paragens para
descanso.

CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS PARA MOVIMENTAR OBJETOS


Agarre bem a carga – muitos acidentes ocorrem quando a carga escorrega das
mãos.
Levante a carga lentamente – endireite os joelhos e levante-se. Utilize os
músculos das pernas. Evite movimentos bruscos.
Dobre os joelhos, mantenha-se com os pés na sua posição. Mantenha as
costas o mais direito possível.
Coloque-se perto da carga, de pé afastados para um bom equilíbrio. Um pé ao
lado da carga e o outro atrás.

CUIDADOS A TER AO TRANSPORTAR CARGAS


Mantenha a carga junto ao corpo.
Tenha sempre uma visão clara.
Evite torcer o corpo.
Não mude a posição das suas mãos
Volte-se para o local onde a carga vai assentar.
Não é permitido movimentar cargas com mais de 30 kg em operações
ocasionais ou 20 kg em operações frequentes.

Ginástica Laboral
Ginástica laboral é a atividade física voluntária, realizada pelos trabalhadores
coletivamente, no próprio local de trabalho, durante o seu dia de trabalho, visando
melhorar as condições físicas do trabalhador. Tem como objetivo fortalecer
determinadas musculaturas muito exigidas durante o dia de trabalho, o que faz
prevenir problemas posturais e lesões que, além de trazerem riscos aos funcionários,
representam custos operacionais para a empresa. Esta ginástica não leva o
trabalhador ao cansaço por ser de curta duração.
A ginástica laboral contribui para a prevenção e recuperação das chamadas “doenças
do trabalho” promovendo o bem estar e melhorando as relações interpessoais.
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Benefícios da Ginástica Laboral

Fisiológicos:
– Promove a sensação de disposição e bem estar para o trabalho.
– Combate e previne doenças profissionais, sedentarismo, stresse, depressão,
ansiedade.
– Melhora a flexibilidade, a coordenação e a resistência, promovendo uma maior
mobilidade e melhor postura.
– Diminui as inflamações e traumas.
– Diminui a tensão muscular desnecessária.
– Diminui o esforço na execução das tarefas diárias.

Psicológicos:
– Favorece a mudança da rotina.
– Reforça a autoestima e melhora a autoimagem.
– Mostra a preocupação da Empresa com seus funcionários.
– Melhora a capacidade de atenção e concentração no trabalho.
– Desenvolve a consciência corporal.
– Combate tensões emocionais.

Sociais :
– Desperta o surgimento de novas lideranças.
– Favorece o contato pessoal.
– Promove a integração social.
– Favorece o trabalho em equipa.
– Melhora as relações interpessoais.

Empresariais:
– Proporciona maior produtividade por parte do trabalhador.
– Melhora a imagem da instituição perante os empregados e a sociedade.
– Diminui o número de queixas, afastamentos médicos, acidentes e lesões.
– Reduz os gastos com afastamentos e substituições de pessoal.
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

1. Inclinar o pescoço lentamente para o lado esquerdo (como se fosse querer


encostar a orelha no ombro). Repetir o movimento para o lado direito.
2. Esticar os braços em frente ao peito com os dedos das mãos entrelaçados e
elevar os braços para cima da cabeça (como se estivesse a espreguiçar).
3. Esticar os braços para atrás com os dedos das mãos entrelaçados. Forçar os
braços para cima.
4. Colocar a palma da mão do braço esquerdo sobre o cotovelo do braço direito,
empurrando-o para baixo, por trás do pescoço. Repetir o movimento,
invertendo as posições dos braços.
5. Esticar os dois braços para trás, deixando-os retos e empurrando o corpo para
a frente.
6. Segurar o pulso e inclinar o corpo para o lado esquerdo lentamente. Repetir o
movimento para o lado direito.
7. Apoiar os braços e cotovelos numa superfície de apoio fixa (parede) e com
uma das pernas encostada nesta superfície, empurrar como se quisesse
movimentá-la. Repetir o movimento, invertendo as posições das pernas.
8. Afastar as pernas uma da outra, com os braços esticados e sem flexionar as
pernas, inclinar o corpo para frente tentando encostar as palmas das mãos no
chão.
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Equipamentos de proteção

EPC (equipamento de proteção coletiva)


Consiste numa ação estabelecida ao nível da fonte do risco (componentes
materiais de trabalho e meio envolvente) que, como tal, protege do mesmo
toda e qualquer pessoa que esteja exposta.

EPI (equipamentos de proteção individual)


São quaisquer meios ou dispositivos destinados a ser utilizados por uma
pessoa contra possíveis riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança
durante o exercício de uma determinada atividade.
Os EPI’s destinam-se à proteção de locais específicos: Mãos, Pés, Cabeça,
Corpo, etc.
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Capítulo 3 – Sinalização de Segurança e Saúde

Objectivos específicos:

Deverão também conhecer a sinalização de segurança contra incêndios existente


assim como as instruções gerais de segurança de evacuação de emergência

Incêndio
O que é um incêndio?
É uma reação química rápida, entre uma substância combustível e o
oxigénio, acompanhada de libertação de calor, fumo e/ou chamas que se
desenvolve de forma descontrolada no tempo e no espaço.
O tetraedro do fogo descreve os quatro fatores necessários para que se inicie e
mantenha uma combustão.

A prevenção de incêndios faz-se por ação sobre cada um desses 4 elementos,


com o objetivo de reduzir a probabilidade de deflagração do incêndio.
Classes de Fogos
Classe A:
Fogos de materiais sólidos, geralmente de natureza orgânica, que se dão
normalmente com formação de brasas.
Classe B:
Fogos de líquidos, ou de sólidos liquidificáveis.
Classe C:
Fogos de gases.
Classe D:
Fogos de metais.
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Extintores
Princípios na Utilização de Extintores

1. Fazer a aproximação ao fogo, sempre no sentido do vento ou da tiragem


normal do edifício;
2. Atacar o fogo dirigindo o jato do extintor à base das chamas;
3. Contudo em líquidos derramados de canalizações, manobrar o jato do
extintor de cima para baixo;
4. Assegurar um numero suficiente de extintores e de pessoas para os
usar;
5. Prever a possibilidade de reignição;
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO
6. Enviar o extintor descarregado ao serviço competente, que
providenciara a respectiva recarga.

Depois de conhecer os agentes extintores mais adequados para cada classe


de fogo, é necessário saber como distribuir os extintores, tendo em conta a sua
eficácia, a quantidade necessária, a sua localização e forma de colocação.
A seleção dos extintores, tendo em conta estes fatores, deve ser determinada
segundo a natureza dos possíveis incêndios e conhecimento antecipado de:
 Tipo de construção;
 Área a abranger;
 Número de ocupantes;
 Risco a proteger;
 Condições de ambiente;
 Temperatura.
Os extintores devem ser colocados nas áreas de trabalho, ao longo dos
percursos normais (corredor ou hall de distribuição), ou no interior das câmaras
corta fogo, sempre em locais visíveis, acessíveis e não obstruídos. Devem ser
colocados em suportes de parede, ou montados em pequenos recetáculos, de
modo a que o topo do extintor (manípulo) fique a 1,2m de distância do solo.
A distância a percorrer de qualquer ponto suscetível de ocupação até ao
extintor mais próximo, não deve ser superior a 15m.
Inspeção Periódica dos Extintores
É feita por pessoal (não especializado) designado pelo proprietário e, consiste
na verificação rápida de que o extintor está pronto a atuar no local próprio,
devidamente carregado, que não foi violado e que não existem avarias ou
alterações físicas visíveis que impeçam a sua utilização. Esta operação deve
ser feita pelo menos trimestralmente.
Fatores a ter em conta:
 O extintor está no local adequado;
 O extintor não tem o acesso obstruído, está visível, bem sinalizado e
que as instruções de manuseamento em língua portuguesa, estão
situadas na parte da frente;
 As instruções de manuseamento estão legíveis e não apresentam
danos;
 O peso ou pressão, consoante o caso estão correctos;
 O corpo do extintor, bem como a válvula, a mangueira e a agulheta,
estão nas devidas condições.
Manutenção dos Extintores
A manutenção, é uma operação detalhada que deve ser feita por uma empresa
autorizada pelo organismo público competente e, quando retirados os
extintores do seu local para manutenção, devem ser substituídos por outros, de
reserva, do mesmo tipo e com a mesma eficácia.
Por vezes, a operação de manutenção desencadeia uma recarga, reparação
ou substituição.
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Evacuação de emergência
Plano de emergência interno
Um Plano de Emergência Interno, pode definir-se como a sistematização de
um conjunto de normas e regras de procedimentos, destinadas a controlar a
situação na origem e a limitar as suas consequências, em especial para as
pessoas presentes no estabelecimento ou instalação, gerindo, de forma
otimizada, os recursos, quer humanos, quer materiais, disponíveis.
Constitui assim um importante instrumento preventivo e de gestão operacional,
uma vez que, ao identificar os riscos, estabelece os meios para fazer face ao
acidente e, quando definida a composição das equipas de intervenção, atribui-
lhes missões.
O Plano de Emergência Interno inclui ainda outras informações importantes e
que devem ser consideradas na sua elaboração, como por exemplo as
comunicações em emergência.
Não garantindo que não ocorra um desastre, um bom Plano de Emergência
Interno pode, no entanto, evitar que um pequeno acidente se transforme em
tragédia.
Implementação do Plano de Emergência Interno
A fase de implementação do Plano de Emergência Interno é de extrema
importância, e comporta as seguintes subfases:
 Realização das Ações de Sensibilização e Formação gerais e específicas
 Sensibilização Geral em Emergência
 Formação específica para Coordenadores de Evacuação
 Formação em Primeiros Socorros
 Formação em Utilização de Extintores
 Formação de Equipas de 2ª Intervenção
 Divulgação do Plano de Emergência Interno
 Simulacro, no final das anteriores ações, para o testar e avaliar.
O Plano de Emergência Interno é um documento dinâmico devendo ajustar-se
permanentemente à realidade da organização, designadamente quando houver
alterações dos riscos presentes e dos meios de proteção e intervenção
existentes.
Assim, e pelo menos uma vez por ano, deve ser efetuada uma revisão do
Plano de Emergência Interno e realizado um novo Simulacro.
Só desta forma se pode garantir que o Plano de Emergência Interno se
encontra permanentemente implementado.

Plantas de Emergência
Relacionados com o Plano de Emergência Interno existem as Plantas de
Emergência, que devem ser afixadas em locais apropriados.
Estas fazem parte da implementação do Plano de Emergência Interno e
possibilitam a transmissão de informação importante na vertente de segurança,
não só para as pessoas que habitualmente se encontram na instalação, mas
também para os eventuais visitantes ou pessoas externas à instalação.
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Sinalização

A altura de montagem das placas de indicações de encaminhamento em


evacuação e de posicionamento de equipamentos de 1ª intervenção e botões
de acionamento de alarme deve situar-se entre 2,1 e 3,0m.
Em espaços amplos, o limite superior de 3,0m pode ser excedido, mediante
justificação fundamentada.
Por cima dos equipamentos de alarme e combate a incêndios.
O sinal deverá estar sempre por cima da porta, nunca na porta.

Organização de emergência
Reconhecimento
A detecção pode ser feita transmitindo a informação à Equipa de Intervenção,
que por sua vez avisa o Responsável de Segurança ou por accionamento de
uma botoneira de alarme, após a detecção.
Alarme parcial ou geral:
Parcial – Os elementos das Equipas de Evacuação e 1ºs Socorros percorrem
os locais afetados e informam os ocupantes da Evacuação Parcial;
Geral – Som contínuo do Sistema Automático de Detecção de Incêndios; Os
elementos das Equipas de Evacuação e 1ºs Socorros percorrem os locais
afetados e informam os ocupantes da Evacuação Geral;
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Alerta
Se o sinistro evoluir rapidamente, O Responsável de Segurança, acciona os
Agentes de Protecção Civil, através do 112. Deve então:
Manter a calma e falar pausadamente;
» Identificação de imediato, do local e do nome de quem solicita o socorro;
» Descrição precisa do tipo de ocorrência, fornecendo todas as informações
sobre o tipo de acidente, em especial se há vitimas, seu estado e
número, bem como sobre a sua extensão e gravidade;
» Prestação de todas as informações que os APC solicitem e esclarecimento
de todas as suas dúvidas.

Evacuação da Empresa
O Responsável pela Segurança, sempre que ocorra uma das seguintes
situações, activa os procedimentos:
» Se verificar uma situação de iminência ou ocorrência de risco para os
trabalhadores;
» Se verificar a existência de danos de infra-estruturas;
» Se verificar um incêndio que não seja prontamente controlado.

Fim da Emergência
– O Responsável pela Segurança decreta o fim da Emergência, após
decisão do Comandante Operacional. É seguido pela paragem do som
contínuo do Sistema Automático de Detecção de Incêndios.
– Os trabalhadores recolherão todo o material utilizado e informarão o
Responsável de Segurança do estado do mesmo (equipamentos,
extintores, sinalética, etc.)

Instruções Gerais de segurança


Conselhos Gerais:
 Não entre em pânico. Mantenha a calma;
 Não grite nem corra;
 Cumprir com os procedimentos estabelecidos;
 Obedecer às instruções dadas pelos elementos da estrutura de
segurança;
 Prestar as informações solicitadas, as que considerar pertinentes
e aguardar instruções;
 Apenas regressar ao seu local de trabalho, se receber indicação
para tal do Responsável pela Segurança.
Alarme:
 Se detectar uma emergência informe o Responsável pela
Segurança indicando:
 Nome, local e área afetada;
 Aguarde a chegada do responsável pela Segurança e siga as
suas instruções;
Tente acalmar as pessoas presentes no local
Evacuação:
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO
 Mantenha-se junto de grupos de pessoas. Não se isole e
mantenha a calma;
 Cumpra as instruções transmitidas pelos elementos da Equipa de
Evacuação e 1ºs Socorros;
 Ajude sempre que possível, as pessoas mais desfavorecidas
fisicamente;
 Em caso de existência de fumo, que dificulte a respiração ou
visibilidade, mova-se gatinhando;
 Não volte atrás;
 Siga pelos caminhos de evacuação e saídas de emergência
estabelecidas, de acordo com a informação contida nas plantas
de emergência e seguindo a indicação dos membros da Equipa
de Evacuação e Primeiros Socorros em direcção ao Ponto de
Reunião.

Atuação em caso de Incêndio:


 Tente extinguir o incêndio com os extintores portáteis ou
carreteis, sem correr riscos;
 Se ficar sem meios para combater o incêndio ou estes não
funcionarem, tente retirar os materiais combustiveis das
proximidades do foco de incêndio;
 Se as condições piorarem e tiver de abandonar a área, feche as
portas que forem possíveis.
Se não tiver recebido formação, abandone imediatamente o local, colocando-se
em local seguro, sem entrar em pânico.

Atuação em caso de Sismo (Durante):


 Afaste-se de janelas, estantes, armários e outros objectos
pesados que possam cair;
 Coloque-se debaixo de uma mesa que o proteja de destroços e
objectos em queda. Se estiver longe de uma mesa, encoste-se a
um pilar, ou parede interior, e proteja a cabeça com as mãos;
 Não se assuste se, durante um sismo se faltar a energia elétrica e
tocarem alarmes. Estas situações são normais;
 Não tente sair do edificio durante o sismo. Permaneça protegido
até terminar o abalo.
Atuação em caso de Sismo (Após):
 Domine o pânico;
 Não se precipite a dirigir para as saídas;
 Após o abalo principal podem ocorrer replicas fortes, embora de
menor magnitude, estas podem provocar a queda de destroços.
Proteja-se sempre que houver uma réplica;
 Verifique se há incêndios, tente extingui-los;
 Não fume nem acenda fósforos ou isqueiros;
 Não ligue os interruptores, pode haver curto-circuito;
 Utilize uma lanterna a pilhas, se estiver ao seu alcance;
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO
 Não reocupe as áreas com grandes estragos nem se aproxime
das estruturas danificadas;
 Verifique se há feridos junto de si e preste-lhes os primeiros socorros.
Se não estiver seguro do que está a fazer, não toque nos feridos. Peça
ajuda;
 Se houver pessoas soterradas e se for capaz sem perigo, de os
começar a libertar, tente fazê-lo retirando os escombros um a um,
começando pelos de cima. Não se precipite, não agrave a situação dos
feridos ou a sua;
 Tenha atenção a cabos elétricos desprotegidos. Evite passar nas suas
proximidades;
 Não se debruce ou apoie em estruturas salientes, estas poderão não
suportar o esforço;
 Não tente desligar os quadros elétricos.

Derrame de produtos químicos combustiveis:


 Em caso de derrame de produtos químicos tente controlar a
situação, mas sem correr riscos;
 Tente limitar a fuga utilizadando, se possível, os meios de
combate a derrame disponíveis na zona;
 Caso não tenha conhecimentos tecnicos adequados, afaste-se do
local em segurança e aguarde a chegada do Responsável pela
Segurança. Siga as suas instruções.
Atuação em caso de Explosão:
 Proteja-se durante a explosão onde deverá ter particular atenção
à projecção de materiais;
 Afaste-se do local em segurança e aguarde a chegada do
Responsável pela Segurança. Siga as suas instruções.

Atuação em caso de Bomba/ Embalagem suspeita:


Qualquer pessoa que receba um telefonema de ameaça de bomba deve
prestar a máxima atenção à ocorrência.
Ao receber telefonicamente um aviso de bomba/pacote suspeito:
 Deve manter-se calmo e responder ao interlocutor com a habitual
cortesia que utiliza normalmente na recepção das chamadas
telefónicas;
 Ouvir com atenção e tomar notas, literalmente, de cada palavra
que escuta;
 Solicitar a repetição da mensagem, alegando que não está a ouvir
bem;
 Perguntar ao interlocutor sobre a localização da bomba e o
possível momento da sua explosão. Tentar que o interlocutor
indique o tipo de bomba, onde a colocou e porquê;
 Tentar identificar ruídos de fundo, máquinas, música, comboios a
passar, ruído de bar, etc., que possam proporcionar indícios
sobre a respectiva localização;
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO
 Tentar identificar a voz, se é homem ou mulher, qual a idade
(velho ou novo), qual o estado de espirito(excitado, calmo, com
raiva), etc.
Após Desligar:
 Manter a calma. Informar unicamente o Responsável pela
Segurança e aguardar instruções;
 Considerar esta informação como confidencial. Não divulgar esta
mensagem.

Atuação em caso de Emergência Médica:


 Informe o Responsável pela Segurança;
 Caso não tenha conhecimentos técnicos adequados para prestar
os primeiros socorros, mantenha-se no local e aguarde a chegada
da equipa de Evacuação e 1ºs Socorros;
 Caso possua conhecimentos, inicie os procedimentos de acordo
com a situação e usando o material disponível no local. Verifique
sempre se estão reunidas as condições de segurança tanto para
a vitima como para si.
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO

Bibliografia
- Como Consumir Sem Descuidar do Meio Ambiente - 50 Formas Inteligentes de
Preservar o Planeta
Autor: Berry, Sian
Editora: Publifolha
Temas: Meio Ambiente, Ecologia

- Destruição e Equlíbrio - O Homem e o Ambiente no Espaço e no Tempo -


Colecção Meio Ambiente
Autor: Rodrigues, Sergio de Almeida
Editora: Atual
Temas: Ecologia, Meio Ambiente

- “ Before the flood” – documentário sobre as alterações climáticas


Direção e produção: Fisher Stevens

- Manual de Higiene e Segurança do Trabalho


Autor: Rodrigues, Sérgio de Almeida
Editora: Porto Editora
Temas: Higiene, Segurança e Saúde no trabalho

- “Remember Charlie”
Produção: Phoenix Safety Managemnet. Inc.

- Lei nº 102/2009, de 10 de setembro - Regime Jurídico da Promoção da


Segurança e Saúde no Trabalho - (Regulamenta o Regime jurídico da promoção e
prevenção da segurança e saúde no trabalho, de acordo com o previsto no art.º 284º
da Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro)

- Lei nº 7/2009, de 12 de fevereiro - Código do Trabalho - Art.º 281º a 284º - (


Estabelece os princípios gerais em matéria de segurança e saúde no trabalho)

- Lei nº 3/2014, de 28 de janeiro - (Procede à segunda alteração à Lei n.º 102/2009,


de 10 de setembro, que aprova o regime jurídico da promoção da segurança e saúde
no trabalho, e à segunda alteração ao Decreto -Lei n.º 116/97, de 12 de maio, que
transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 93/103/CE, do Conselho, de 23 de
novembro, relativa às prescrições mínimas de segurança e de saúde no trabalho a
bordo dos navios de pesca)

- Declaração de Retificação nº 20/2014, de 27 de março - (Retifica a Lei nº 3/2014,


de 28 de janeiro)

- Decreto Regulamentar nº 6/2001, de 5 de maio, alterado pelo Decreto


Regulamentar nº 76/2007, de 17 de julho - (Índice Codificado das doenças
profissionais)
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO
- Decreto-Lei nº 2/82, de 5 de janeiro - (Determina a obrigatoriedade da participação
de todos os casos de doença profissional à Caixa Nacional de Seguros de Doenças
Profissionais)

- Lei nº 7/2009, de 12 de fevereiro - Código do Trabalho - Artº 283º e 284º - (Prevê


o direito à reparação de acidentes de trabalho e de doenças profissionais)

- Lei nº 98/2009, de 4 de setembro - (Regulamenta o regime de reparação de


acidentes de trabalho e de doenças profissionais)

- Decreto-Lei nº 84/97, de 16 de abril (Estabelece as prescrições mínimas de


protecção da segurança e da saúde dos trabalhadores contra os riscos da exposição a
agentes biológicos no trabalho)
- Decreto-Lei n.º 108/2018, de 3 de dezembro, que estabelece o regime jurídico da
proteção radiológica, transpondo a Diretiva 2013/59/EURATOM, alterado pela

- Declaração de Retificação n.º 4/2019, de 31 de janeiro

- Decreto-Lei nº 182/2006, de 6 de setembro (Prescrições mínimas de segurança e


de saúde em matéria de exposição dos trabalhadores aos riscos devidos aos agentes
físicos (ruído)

- Decreto-Lei nº 46/2006, de 24 de fevereiro (Prescrições mínimas de segurança e


saúde respeitantes à exposição dos trabalhadores aos riscos devidos a vibrações
mecânicas)

- Decreto-Lei nº 88/2015, de 28 de maio (Procede à alteração do Decreto -Lei n.º


24/2012, de 6 de fevereiro, que consolida as prescrições mínimas em matéria de
proteção dos trabalhadores contra os riscos para a segurança e a saúde devido à
exposição a agentes químicos no trabalho e transpõe a Diretiva n.º 2009/161/UE, da
Comissão, de 17 de dezembro de 2009) e (Altera o Decreto -Lei n.º 301/2000, de 18
de novembro, que regula a proteção dos trabalhadores contra os riscos ligados à
exposição a agentes cancerígenos ou mutagénicos durante o trabalho)

- Decreto-Lei nº 24/2012, de 6 de fevereiro (Consolida as prescrições mínimas em


matéria de protecção dos trabalhadores contra os riscos para a segurança e a saúde
devido à exposição a agentes químicos no trabalho)

- Decreto-Lei nº 301/2000, de 18 de novembro (Regula a protecção dos


trabalhadores contra os riscos ligados à exposição a agentes cancerígenos ou
mutagénicos durante o trabalho)

- Decreto-Lei nº 220/2012, de 10 de outubro (Classificação, rotulagem e embalagem


de substâncias e mistura)

- Decreto-Lei nº 98/2010, de 11 de agosto (Estabelece o regime a que obedece a


classificação, embalagem e rotulagem das substâncias perigosas para a saúde
humana ou para o ambiente)
DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO
- Regulamento (UE) 2016/425, do Parlamento Europeu e do Conselho de 9 de
março de 2016 - (revoga a Diretiva 89/686/CEE do Conselho de 21 de dezembro,
relativo aos equipamentos de proteção individual)

- Lei n.º 113/99, de 3 de agosto - (Procede à alteração do artigo 12.º do Decreto-Lei


n.º 348/93, de 1 de Outubro, relativo à proteção da segurança e da saúde dos
trabalhadores na utilização de equipamentos de proteção individual)

- Portaria nº 1131/93, de 4 de novembro alterada pela Portaria nº 109/96, de 10 de


abril e Portaria nº 695/97, de 19 de agosto (Estabelece as exigência essenciais
relativas à saúde e segurança aplicáveis aos equipamentos de protecção individual)

- Portaria nº 988/93, de 6 de outubro (Estabelece as prescrições mínimas de


segurança e de saúde dos trabalhadores na utilização de Equipamento de Protecção
Individual, previstas no Decreto-Lei nº 348/93, de 1 de outubro)
- Decreto-Lei nº 348/93, de 1 de outubro (Prescrições Mínimas de Segurança e
Saúde para a utilização pelos trabalhadores de equipamento de protecção individual
no trabalho)

- Decreto-Lei nº 128/93, de 22 de março alterado pelo Decreto-Lei nº 139/95, de 14


de junho, e pelo Decreto-Lei nº 374/98, de 24 de novembro (Prescrições mínimas de
segurança a que devem obedecer o fabrico e comercialização de máquinas, de
instrumentos de medição e de equipamentos de proteção individual)

- Lei n.º 113/99, de 3 de agosto - (Procede à alteração do artigo 10.º do Decreto-Lei


n.º 330/93, de 25 de Setembro, relativo à proteção da segurança e da saúde dos
trabalhadores na movimentação manual de cargas)

- Decreto-Lei nº 330/93, de 25 de setembro (Estabelece as prescrições mínimas de


segurança e de saúde na movimentação manual de cargas)

- Portaria nº 178/2015, de 15 de junho - (Procede à primeira alteração à Portaria nº


1456-A/95, de 11 de dezembro que regulamenta as prescrições mínimas de colocação
e utilização da sinalização de segurança e saúde no trabalho)

- Decreto-Lei nº 88/2015, de 28 de maio - (Procede à alteração do Decreto-Lei nº


141/95, de 14 de junho, que estabelece as prescrições mínimas para a sinalização de
segurança e de saúde no trabalho, alterado pela Lei n.º 113/99, de 3 de agosto)

- Portaria nº 1456-A/95, de 11 de dezembro (Regulamenta as prescrições mínimas


de colocação e utilização da sinalização de segurança e de saúde no trabalho,
previstas no Decreto-Lei nº 141/95, de 14 de junho)

- Decreto-Lei nº 141/95, de 14 de junho (Estabelece as prescrições mínimas para a


sinalização de segurança e de saúde no trabalho)

Você também pode gostar