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UFCD – Ambiente, Segurança, Higiene e Saúde no trabalho

Contents
CONCEITOS BASE ................................................................................................................................................ 2
Perigo ................................................................................................................................................................. 3
Risco ................................................................................................................................................................... 3
1. AMBIENTE .................................................................................................................................................. 3
CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS: ................................................................................................... 4
RESIDUOS E RECICLAGEM ............................................................................................................................... 5
2 – ENQUADRAMENTO LEGAL ........................................................................................................................... 7
Princípios Gerais da Prevenção ...................................................................................................................... 7
OBRIGAÇÕES GERAIS DO EMPREGADOR ........................................................................................................ 8
OBRIGAÇÕES GERAIS DO TRABALHADOR ....................................................................................................... 9
MEDICINA DO TRABALHO .................................................................................................................................. 9
DOENÇAS PROFISSIONAIS ................................................................................................................................ 10
ACIDENTES DE TRABALHO ............................................................................................................................... 10
3. SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ..................................................................................................................... 12
3.1. Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) ........................................................................................... 13
3.2. Equipamentos de Proteção Individual (EPI) ......................................................................................... 13
4. RISCOS PROFISSIONAIS ................................................................................................................................ 14
ELECTRICIDADE................................................................................................................................................. 19
INCÊNDIO ......................................................................................................................................................... 20

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Objectivos Gerais
Identificar e aplicar normas gerais de Ambiente, Segurança, Higiene e Saúde no trabalho como
meio de prevenção; Identificar os riscos profissionais e ambientais relacionados com o meio
de trabalho e as condições de segurança no desempenho da atividade profissional.

Objectivos específicos
1. Identificar os principais problemas ambientais. 2. Promover a aplicação de boas práticas
para o meio ambiente. 3. Explicar os conceitos relacionados com a segurança, higiene e saúde
no trabalho. 4. Reconhecer a importância da segurança, higiene e saúde no trabalho. 5.
Identificar as obrigações do empregador e do trabalhador de acordo com a legislação em
vigor. 6. Identificar os principais riscos presentes no local de trabalho e na atividade
profissional e aplicar as medidas de prevenção e proteção adequadas. 7. Reconhecer a
sinalização de segurança e saúde 8. Explicar a importância dos equipamentos de proteção
coletiva e de proteção individual

CONCEITOS BASE
 Ambiente: Trata-se do meio que carateriza a forma de vida da sociedade e que inclui
valores naturais, sociais e culturais existentes.

 Higiene do Trabalho: Conjunto de metodologias indispensáveis à prevenção das doenças


profissionais. Estudam-se os contaminantes do ambiente.

 Saúde do Trabalho: A Organização Mundial de Saúde define a saúde como um estado de


bem estar físico, mental e social, e não meramente a ausência de doença.

 Segurança do Trabalho: Conjunto de metodologias cuja finalidade é a prevenção de


acidentes de trabalho pela minimização dos riscos associados aos processos produtivos.

 A prevenção consiste na adoção de um conjunto de medidas de proteção, na previsão de


que a segurança física do colaborador possa ser colocada em risco durante a realização do
seu trabalho.

• Prevenção é o conjunto de políticas e programas públicos, bem como disposições ou


medidas tomadas ou previstas no licenciamento e em todas as fases de atividades da
empresa, do estabelecimento ou do serviço, que visem eliminar ou diminuir os riscos
profissionais a que estão potencialmente expostos os trabalhadores. (Lei 102/209 – Art.º
4 Conceitos- alínea i) (cfr. art.º 3º/d da Diretiva nº 89/391/CEE) (cfr. art.º 4º/2 da Convenção nº 155
da OIT

Significado da palavra Trabalho Em termos etimologicos: a palavra trabalho deriva do


latim tripalium ou tripalus. Tripalium quer dizer literalmente “três paus”.

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Os gregos e os romanos diferenciavam o trabalho criativo (dos artistas e elites) do trabalho


braçal ou penoso.
• Trabalho criador = "Ergoni" (grego) e "Opus" (latim)
• Trabalho braçal = "Ponosi" (grego) e "Labor" (latim)
“Trabalho” em italiano é até hoje lavoro, derivado de lavorare, do latim laborare.
Só no século XIV começou a ter o sentido genérico que hoje lhe atribuímos, o de “aplicação
de forças e faculdades (talentos e habilidades) humanas para alcançar um determinado fim”.

Perigo
Inerente a uma atividade, materiais ou equipamentos com potencial de causar uma lesão ou
a morte.
g) «Perigo» a propriedade intrínseca de uma instalação, atividade, equipamento, um agente
ou outro componente material do trabalho com potencial para provocar dano;

Risco
Efeito potencial do perigo – é avaliado em função da probabilidade de ocorrência (frequência)
de um perigo e da sua gravidade.
h) «Risco» a probabilidade de concretização do dano em função das condições de utilização,
exposição ou interação do componente material do trabalho que apresente perigo;

1. AMBIENTE
Os problemas ambientais afetam a população a nível mundial e têm um grande impacto na
saúde e bem-estar. A Gestão Ambiental visa essencialmente minimizar os impactes
ambientais das atividades de uma organização que gera subprodutos (resíduos, águas
residuais, emissões gasosas, ruído).

Pode-se dizer que o meio ambiente inclui os fatores:


 Físicos - como o clima e a geologia;
 Biológicos - a população humana, a flora, a fauna, a água;
 Socioeconómicos - a atividade laboral e a vida em sociedade;
 Urbanização.

A legislação em matéria de proteção do ambiente abrange uma grande variedade de temas,


nomeadamente:
 Ar: estabelece normas de qualidade do ar, limites máximos para os poluentes emitidos e
regras para as fontes de emissões, incluindo os veículos;
 Clima: limita as emissões de gases com efeito de estufa;
 Produtos químicos: tem por objetivo proteger a saúde humana e o ambiente,
regulamentar os produtos químicos, pesticidas e rotulagem dos produtos;

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 Água: proteger as águas superficiais e subterrâneas da poluição;


 Resíduos: procura melhorar a gestão dos resíduos e estabelece requisitos para os fluxos
de resíduos.

A agricultura, a pecuária e a construção de cidades modificaram diretamente a natureza,


transformando as características geográficas como a vegetação, a permeabilidade do solo e
a reflexividade da superfície terrestre, bem como as características do solo, do ar atmosférico
e das águas, tanto pluviais, fluviais como subterrâneas.

CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS:

a) Recursos Naturais Não Renovaveis com uma presença limitada na natureza, que se
esgotam. Dificilmente são repostos na natureza à escala da vida humana: Carvão; Petróleo;
Gás natural; Urânio; Minerais (cobre, ferro,…); Rochas.
Carateristicas dos recursos não renovaveis:
• Energia poluente;
• Alteram os habitats naturais onde se efectuam as extracções;
• Contaminação os solos, a água
• A queima dos combustíveis liberta para a atmosfera gases poluentes;
• A exploração dos combustíveis fósseis conduz ao seu esgotamento.

b) Recursos Naturais Renovaveis que são repostos na natureza à medida que são consumidos
e utilizados. Existem em abundância: Sol; Vento; Água; Solo; Calor do interior da Terra
(geotermico).

No nosso planeta encontramos dois tipos de água: a doce e a salgada.


Do total de água que cobre a superfície terrestre, cerca de 97,5% corresponde à água salgada,
e apenas 2,5% corresponde à água doce.
E nem toda água doce é potável. Para que seja água potável, a água necessita de estar livre
de contaminação.
A vida dos seres vivos, incluindo a vida do ser humano depende da água.
a água transporta os alimentos, os resíduos e os sais minerais e regula a temperatura do nosso
organismo.

Alguns dos poluentes mais comuns da Água e do Solo são:


• Plásticos; • Fertilizantes agrícolas;
• Metais; • Compostos orgânicos sintéticos;
• Lixo; • Chuva contaminada
• Pesticidas; • Esgoto doméstico e industrial

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RESIDUOS E RECICLAGEM
Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos, os Resíduos são definidos como sendo todo
o material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas

Os resíduos sem o devido tratamento prejudicam e contaminam gravemente o ambiente, o


que contribui, entre outras causas, para o aumento do aquecimento global do planeta. A
Política dos 3 R’s tem como principal objetivo sensibilizar as pessoas para uma correta gestão
dos resíduos urbanos e industriais: Reduzir; Reutilizar; Reciclar.
Comprar apenas o necessário, para não haver desperdícios;
Imprimir ou copiar apenas as quantidades necessárias;
Preferir embalagens de vidro às de plástico (o vidro é mais facilmente reciclável);
Separar materiais para reciclar;
Reutilizar sempre que possível.
Redução dos consumos de água e energia elétrica:
Não deixar a torneira aberta ao escovar os dentes ou fazer a barba;
Não deixar as torneiras a pingar (uma torneira a pingar gasta cerca de 200 litros por dia);
Não lavar carros à mangueira. Se o fizer com um balde e uma esponja gasta cerca de 60 litros,
enquanto com a mangueira pode gastar 10 vezes mais (600 litros);
Não usar a mangueira para "varrer" os passeios;
Utilizar as máquinas de lavar roupa e loiça apenas quando estiverem cheias;
Utilizar conscientemente o autoclismo. Cada descarga do autoclismo gasta, em média, 40
litros de água;
Não tomar banhos prolongados (5 minutos com um chuveiro aberto consomem cerca de 60
litros de água);
Não deixar as luzes acesas desnecessariamente;
Não abrir o frigorífico sem necessidade.

A reciclagem
É o reaproveitamento dos materiais como matéria-prima para um novo produto.
As maiores vantagens da reciclagem são:
• A minimização da quantidade de resíduos que necessita tratamento final, como aterro
ou incineração;
• A minimização da utilização de fontes naturais;
• Criação de postos de trabalho;
• Redução da poluição;
• Redução do impacte ambiental causado pela extração de recursos.

Em função das suas características, os resíduos classificam-se em:


 Resíduos urbanos (RSU)
 Resíduos industriais
 Resíduos hospitalares
 Resíduos agrícolas

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Grupo I – resíduos equiparados a Residuos Urbanos e que não apresentam exigências


especiais no seu tratamento, para além das boas práticas associadas aos RU.

Grupo II – resíduos hospitalares não perigosos desde que não estejam contaminados e nem
tenham vestígios de sangue, e que não necessitam de tratamentos específicos, podem ser
equiparados a RU.

Grupo III – resíduos hospitalares de risco biológico: contaminados ou suspeitos de


contaminação.
Inclui resíduos que resultam da administração e contato com sangue e derivados, EPI`s
utilizado em cuidados de saúde e serviços de apoio geral em que haja contacto com produtos
contaminados.
São suscetíveis de incineração ou de outro pré-tratamento eficaz.

Grupo IV – resíduos hospitalares específicos – resíduos de vários tipos, de incineração


obrigatória.
Incluí materiais cortantes e perfurantes: agulhas, cateteres e material invasivo, produtos
químicos e fármacos rejeitados.

Etapas da gestão de resíduos:


1- Recolha: o primeiro passo para realizar uma correta gestão dos resíduos é recolhê-los no
local onde foram gerados. Este ponto é muito importante pois é feita uma primeira separação
mediante a utilização de contentores ou recipientes adequados para o efeito.

Recolha: Os resíduos devem ser devidamente acondicionados de modo a permitir uma


identificação clara da sua origem e do seu grupo, devendo os recipientes utilizados
obedecer aos seguintes requisitos:
o Os resíduos dos grupos I e II são acondicionados ou em recipientes de cor preta ou
conforme as boas práticas de RU.
o Os resíduos do grupo III são acondicionados em recipientes de cor branca, com sinalização
visivel de risco biológico;
o Os resíduos do grupo IV são acondicionados em recipientes de cor vermelha;
o Os materiais cortantes e perfurantes devem ser acondicionados em recipientes
contentores imperfuráveis concebidos para esse fim.

2- Transporte: como o seu próprio nome indica, nesta fase os resíduos transferem-se para o
local onde serão classificados e tratados.

3- Tratamento: Este ponto encerra o ciclo de vida de um resíduo. Trata-se da última etapa da
gestão na qual é utilizado um processo específico de acordo com a finalidade pretendida,
designadamente desde a sua possível eliminação ou depósito em aterro até à sua valorização
e possível reciclagem.

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Uma boa “gestão ambiental ajuda a organização a definir, implementar, manter e melhorar
estratégias. Incentiva a:
• Minimizar consumos;
• Aumentar a eficiência dos processos e procedimentos existentes;
• Estimular o desenvolvimento de novas medidas e procedimentos sempre que necessário.

Recomenda-se a consulta da bibliografia disponibilizada:


Valormed – Manual de procedimentos da farmácia comunitária
Gestão de residuos Hospitalares – Projeto FEUP

2 – ENQUADRAMENTO LEGAL
Lei Base de Segurança e Saúde no Trabalho ou Lei Quadro Lei n.º 102/2009, de 10/09, alterada
e republicada pela Lei n.º 3/2014 de 28/01 (3ª versão) e Lei n.º 79/2019 de 02/09 (7ª versão).
Identifica como se define a prevenção da Segurança e da Saúde no trabalho.
Código do Trabalho Identifica e esclarece quais os direitos e obrigações.

A ACT – Autoridade para as Condições de Trabalho: serviço estatal português que regula e
fiscaliza. A ACT Também esclarece as dúvidas e faculta informação gratuita, quer ao
trabalhador como ao empregador, por telefone, email e presencial.

Pelo Decreto-Lei n.º 326-B/ 2007, de 28 de Setembro, foi criada a ACT, através
de fusão das agora extintas Inspeção-Geral do Trabalho (IGT) e Instituto para a
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (ISHST).

A Autoridade para as Condições do Trabalho é um serviço do Estado que visa a promoção da


melhoria das condições de trabalho em todo o território continental através do controlo do
cumprimento do normativo laboral no âmbito das relações laborais privadas e pela promoção
da segurança e saúde no trabalho em todos os sectores de atividade públicos ou privados

Princípios Gerais da Prevenção


A Comissão Europeia publicou, a 12 de junho de 1989, a Diretiva 89/391/CEE – onde foram
englobados nove princípios gerais da prevenção.
O objetivo foi a execução de medidas destinadas a promover a melhoria da segurança e saúde
dos trabalhadores no espaço europeu.

A entidade empregadora deve zelar, de forma continuada e permanente, pelo exercício da


atividade em condições de segurança e de saúde para o trabalhador, tendo em conta os 11
princípios gerais de prevenção.

Com o art.º 15, da Lei nº 3/2014, os princípios gerais da prevenção passaram a onze, foi
introduzido o princípio de “a) evitar os riscos”, e o “b) planificação da prevenção como um
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sistema coerente que integre a evolução técnica, a organização do trabalho, as condições do


trabalho, as relações sociais e a influência dos fatores ambientais”.

c) Identificação dos riscos previsíveis em todas as atividades da empresa, estabelecimento


ou serviço, na conceção ou construção de instalações, de locais e processos de trabalho, assim
como na seleção de equipamentos, substâncias e produtos, com vista à eliminação dos
mesmos ou, quando esta seja inviável, à redução dos seus efeitos;
d) Integração da avaliação dos riscos para a segurança e a saúde do trabalhador no conjunto
das atividades da empresa, estabelecimento ou serviço, devendo adotar as medidas
adequadas de proteção;
e) Combater os riscos na origem por forma a eliminar ou reduzir a exposição e aumentar os
níveis de proteção. Desta forma, evita-se a propagação do risco ou reduz-se a sua extensão.
Por exemplo, não é aceitável uma sinalização de piso escorregadio quando é possível a sua
substituição ou reparação
f) Assegurar, nos locais de trabalho, que as exposições aos agentes químicos, físicos e
biológicos e aos fatores de risco psicossociais não constituem risco para a segurança e saúde
do trabalhador;
g) Adaptação do trabalho ao homem, especialmente no que se refere à conceção dos postos
de trabalho, à escolha de equipamentos de trabalho e aos métodos de trabalho e produção,
com vista a, nomeadamente, atenuar o trabalho monótono e o trabalho repetitivo e reduzir
os riscos psicossociais;
h) Adaptação ao estado de evolução da técnica, bem como a novas formas de organização
do trabalho;
i) Substituição do que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso sempre que
seja tecnicamente possível, deve substituir-se o que é perigoso pelo que é isento de perigo
ou menos perigoso. É o caso, por exemplo, da substituição de uma substância, preparação ou
processo por outro;
j) Priorização das medidas de proteção coletiva em relação às medidas de proteção
individual;
L) Elaboração e divulgação de instruções compreensíveis e adequadas à atividade
desenvolvida pelo trabalhador. Os trabalhadores devem conhecer e serem capazes de
compreender os riscos a que estão sujeitos nos locais de trabalho, e saber o que fazer face
aos riscos e a situações de emergência.

OBRIGAÇÕES GERAIS DO EMPREGADOR


• Prevenir riscos e doenças profissionais, tendo em conta a proteção da segurança e saúde
do trabalhador;
• Fornecer ao trabalhador a informação e a formação para prevenir riscos de acidente e
doenças;
• Assegurar a vigilância adequada da saúde dos trabalhadores em função dos riscos a que se
encontram expostos no local de trabalho.

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• Criar condições de segurança e saúde no trabalho, respeitando as leis e as regras de


prevenção;
• Estabelecer as medidas que devem ser adotadas e a identificação dos trabalhadores
responsáveis pela sua aplicação relativamente a:
- Primeiros socorros;
- Combate a incêndios;
- Evacuação de instalações.

• “Proceder na conceção das instalações, dos locais e dos processos de trabalho, à


identificação dos riscos previsíveis, combatendo-os na origem, anulando-os ou limitando
os seus efeitos, por forma a garantir um nível eficaz de proteção”.

OBRIGAÇÕES GERAIS DO TRABALHADOR


• Cumprir as prescrições de HSST e as instruções do empregador sobre esta matéria;
• Zelar pela sua segurança e saúde e de outras pessoas que possam ser afetadas pelas suas
ações ou omissões no trabalho;
• Cumprir os procedimentos de trabalho estabelecidos;
• Cooperar para a melhoria do sistema de HSST;
• Comunicar imediatamente avarias e deficiências por si detetadas que se lhe afiguram
suscetíveis de originarem perigo grave e iminente,
• Prestar informações, no momento da admissão, que permitam avaliar a sua aptidão física
e psíquica;
• Tomar conhecimento da informação e participar na formação sobre segurança e saúde
do trabalho;
• Comparecer aos exames de saúde.

O trabalhador que viole culposamente os deveres referidos, ou cuja conduta tiver contribuído
para originarem uma situação de perigo incorre em responsabilidade disciplinar e civil.

MEDICINA DO TRABALHO
Assegura a Vigilância da Saúde dos trabalhadores, de forma a:
• verificar a sua aptidão para o exercício das funções;
• verificar se as condições de trabalho estão ou não a prejudicar a saúde do trabalhador.

Exames de admissão: inicio do novo trabalho;


Exames periódicos: uma vez por ano para os menores e para os trabalhadores com idade
superior a 50 anos, e de 2 em 2 anos para os trabalhadores com idade entre os 18 anos e os
50 anos.
Exames ocasionais sempre que hajam alterações substanciais nos componentes materiais
de trabalho que possam ter repercussão nociva na saúde do trabalhador, bem como no caso
de regresso ao trabalho depois de uma ausência superior a 30 dias por motivo de doença ou
acidente.
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DOENÇAS PROFISSIONAIS
É toda a lesão corporal, perturbação funcional ou doença que resulta diretamente das
condições de trabalho, isto é, da exposição ao fatores nocivos a que os trabalhadores,
habitualmente e continuamente, estão expostos no local de trabalho.

No sistema jurídico português existe a Lista de Doenças Profissionais, publicada através do


Decreto Regulamentar n.º 6/2001, de 5 de Maio revisto pelo Decreto Regulamentar n.º
76/2007, de 17 de Julho.
A Doença profissional consta da Lista de Doenças Profissionais e causa incapacidade para o
exercício da profissão ou morte.

Se o médico de família ou o médico do trabalho da empresa suspeitar de que a doença do


trabalhador, pode ter uma causa laboral, então, esse médico deverá preencher a Participação
Obrigatória de Doença Profissional e envia-la para o DPRP - Departamento de Proteção
contra os Riscos Profissionais. Instituição pertencente ao Ministério do Trabalho e da
Solidariedade Social.

Compete ao DPRP a responsabilidade pela gestão do tratamento, reparação e recuperação


de doenças ou incapacidades emergentes de riscos profissionais. Competências:
 Avalia e fixa as incapacidades
 Assegura a prestação de cuidados médicos e medicamentosos
 Propõe o pagamento de indemnizações
 Promove a recuperação clínica e a reclassificação profissional
 Assegura a atribuição das prestações devidas por aplicação dos regulamentos
 Tabela Nacional de Incapacidades por Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais e
da Lista das Doenças Profissionais
 Participa na negociação de convenções e de acordos internacionais.

ACIDENTES DE TRABALHO
É aquele que se verifica no local e tempo de trabalho e produza direta ou indiretamente lesão
corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução da capacidade de trabalho
ou de ganho, ou a morte.

A expressão "durante o tempo de trabalho" é entendida como no decorrer da atividade


profissional ou durante os períodos de deslocação. Incluem-se, portanto:

 De ida e de regresso para e do local de trabalho, entre a sua residência habitual ou


ocasional e o local por determinação da entidade empregadora presta serviço
relacionado com o seu trabalho;
 Entre quaisquer dos locais referidos e o local de pagamento da retribuição,
 Entre o local de trabalho e o de refeição;

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 Entre qualquer dos seus locais de trabalho, no caso de ter mais do que um emprego,
sendo considerado responsável pelo acidente o empregador para cujo local de
trabalho o trabalhador se dirige;
 Na procura de emprego durante o crédito de horas para tal concedido por lei aos
trabalhadores com processo de cessação de contrato de trabalho em curso;
 Quando em frequência de curso de formação profissional desde que exista autorização
da entidade empregadora.

O acidente não é fruto do azar ou do acaso. Tem uma ou várias causas que participam
simultaneamente desencadeando os acidentes.

Causas Humanas: dependem da ação do próprio sinistrado:


• Incumprimento das regras de segurança;
• Falta de atenção;
• Excesso de confiança;
• Consumo de álcool/drogas;
• Fadiga;
• Stress;
• Posições incorretas na execução das tarefas;
• Falta de formação/informação …

Causas Técnicas:
• Equipamentos/ferramentas em mau estado de conservação ou sem dispositivos de
segurança;
• Avaria;
• Armazenagem inadequada;
• Más condições de trabalho.

Causas Fortuitas: Riscos não previsíveis por fatores exteriores ao trabalho, ações de terceiros,
condições atmosféricas, …
O acidente é um acontecimento não planeado e não controlado no qual a ação ou reação de
um objeto, substância, indivíduo ou radiação resulta num dano pessoal ou na probabilidade
de tal ocorrência.

Qualquer acidente tem, sempre, consequências individuais, familiares, sociais e económicas.


Todos os acidentes de trabalho geram custos para o empregador e para o trabalhador
sinistrado. Esses custos são divididos entre custos diretos e custos indiretos.
• Agravamento do seguro • Custos Administrativos
• Indemnizações • Reintegração do acidentado
• Quebra de produtividade • Desacreditação da imagem da
• Socorro das vítimas empresa
• Sofrimento
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Prestações em espécie de natureza médica, farmacêutica, hospitalar, enfermagem e


quaisquer outras, desde que necessárias e adequadas ao restabelecimento do estado de
saúde e da capacidade de trabalho ou de ganho do sinistrado.

Prestações em dinheiro (com base no salário auferido) - Indemnização por incapacidade


temporária absoluta ou parcial para o trabalho;
• Indemnização em capital ou pensão vitalícia correspondente à redução na capacidade de
trabalho ou ganho, em caso de incapacidade permanente;
• Subsídio para readaptação de habitação;
• Prestação suplementar por assistência de terceira pessoa;
• Pensão ou subsídio por morte aos familiares do sinistrado;
• Subsídio por despesas de funeral.

Descaraterização do AT – principais exclusões


 Que resultam de negligência grave ou dolo do próprio sinistrado;
 Os acidentes devidos a distúrbios laborais, tais como greves e tumultos;
 As doenças profissionais;
 Os acidentes que sejam consequência da falta de observância das disposições legais sobre
segurança;
 A não comunicação de deslocação a território estrangeiro, conforme convenção espressa
no contrato celebrado com a Seguradora.

3. SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

• Sinalização Luminosa;

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• Sinalização Acústica;
• Sinalização Gestual;
• Comunicação Verbal.

Placas de Sinalização (Obrigatoriedade, Proibição; Perigo);


Sinalização de Recipientes e Tubagens;
Sinalização de Equipamentos de Combate e Extinção de Incêndios;
Sinalização de Vias Circulação;
Sinalização de Obstáculos e Locais Perigosos.

3.1. Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC)


Equipamentos utilizados de forma coletiva, destinados a protegerem a saúde e a integridade
física dos profissionais que trabalham em ambientes que apresentam riscos.
A entidade empregadora deve “dar prioridade à proteção coletiva em relação à proteção
individual”.

A titulo de exemplo: Protetores de Componentes de Máquinas – são utilizados como uma


barreira material para garantirem a proteção.
Sinalização e proteção de àreas que possam originar quedas e/ou escorregadelas.

3.2. Equipamentos de Proteção Individual (EPI)


Equipamento destinado a ser usado pelo trabalhador para sua proteção contra um ou mais
riscos suscetíveis de ameaçar a sua segurança ou saúde no trabalho, bem como qualquer
complemento ou acessório destinado a esse objetivo.

CALÇADO Pés e Pernas Protegem de impactos, proporcionam isolamento contra eletricidade,


quimicos, liquidos e quedas.

TRONCO e abdómen Protegem de impactos, de produtos químicos, choque elétrico,


queimaduras e cortes, Raio-X. Coletes refletores ou faixas refletoras.

MÃOS e Braços Luvas, que evitam problemas de pele, choque elétrico, queimaduras, cortes.

CABEÇA Capacete de segurança contra impactos, perfurações, mau tempo...

FACE e Olhos Máscara que protege contra impactos de partículas, respingos de produtos
químicos, soldaduras, etc. Óculos contra impactos, e poeiras, liquidos... Evita a cegueira e a
conjuntivite.

Vias Respiratórias Protetor respiratório, que protege as vias respiratórias e previne problemas
pulmonares.

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OUVIDOS Aparelho auditivo Auriculares, Abafadores, que previnem a surdez.

É da responsabilidade dos trabalhadores:


• Utilizar os EPI adequadamente;
• Assistir às ações de formação necessárias;
• Limpar e manter os EPI conforme necessário;
• Informar o supervisor da necessidade de reparar ou substituir um EPI.

É da responsabilidade dos supervisores ou chefes:


 Proporcionar EPI adequados, mantendo-os disponíveis para os trabalhadores;
 Assegurar que os trabalhadores tem formação adequada no uso, manutenção e limpeza;
 Assegurar que os trabalhadores utilizam efetivamente os EPI.
CERTIFICAÇÃO CE A diretiva n.º 89/696/CEE define os procedimentos que o fabricante deve
observar, tendo em vista a obtenção de uma declaração de conformidade “CE” do seu
equipamento. E o Decreto-Lei n.º 118/2019 Assegura a execução na ordem jurídica interna
das obrigações decorrentes do Regulamento (UE) 2016/425, relativo aos EPI’S.

4. RISCOS PROFISSIONAIS

O RUÍDO é todo o fenómeno acústico que produz uma sensação auditiva desagradável e
incomodativa.
Ruído atua através do ouvido sobre o sistema nervoso central, e provoca;
• Diminuição do rendimento profissional

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• Diminuição da capacidade de comunicação


• Acidentes de trabalho
• Efeitos psíquicos (stress, insónias, irritabilidade)
• Surdez transitória ou fadiga auditiva
• Surdez permanente
• Problemas cardíacos e gastrointestinais

Medidas preventivas que devem ser tomadas:


• Avaliações periódicas; • Disponibilizar aos trabalhadores EPI
• Vigilância médica e audiometria; adequados
• Rotatividade dos trabalhadores; • Isolamento, substituição das fontes de ruído;

VIBRAÇÕES: Resultantes das trepidações de equipamentos mal protegidos, afinados ou


ajustados, provocam alterações da coluna, do sistema nervoso, ósseo e articular, bem como
dificuldades respiratórias;
As vibrações são agentes físicos nocivos provenientes do funcionamento de máquinas ou
ferramentas portáteis a motor

Consequências – sistema mão braço: As vibrações alteram e interferem no fluxo do sangue,


provocam problemas no sistema circulatório, ou seja problemas vasculares.
Nomeadamente formigamento e dormência nos locais afetados.

Consequências – corpo inteiro: Patologias na região lombar e lesões da coluna vertebral

Medidas preventivas
 Adquirir máquinas, ferramentas e veículos que cumpram as normas CE;
 Manter os equipamentos e máquinas devidamente lubrificados;
 Separar as máquinas fixas do chão com materiais que amorteçam as vibrações;
 Reduzir as irregularidades do terreno;
 Colocação correta de cargas;
 Instalar painéis de absorção de ruído e vibrações no ambiente de trabalho;
 Alternar funções entre tarefas sujeitas ao risco e isentas de risco;
 Limitação da duração e da intensidade de exposição;
 Horário de trabalho adequado, com períodos de repouso frequentes;
 Informação e formação adequada dos trabalhadores;
 Vigilância médica adequada.

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ILUMINAÇÃO desadequada provoca:


Maior esforço visual; Visão toldada; Diminuição da produtividade;
Postura incorreta do corpo; Contrações dos Falta de concentração;
músculos; Dores de cabeça;
Ansiedade e nervosismo; Aumento do nº de AT.

Medidas de Prevenção:
 Sempre que possível aproveitar a iluminação natural
 As superfícies de iluminação natural devem ser mantidas limpas e desobstruídas.
 Verificar regularmente o estado de funcionamento das fontes de iluminação artificial.
 Proceder à pronta substituição das lâmpadas que se encontram em mau estado.

Uma iluminação correta num local de trabalho evita tensões psíquicas e fisiológicas aos
trabalhadores, proporcionando dessa forma um aumento da produtividade, motivação e
desempenho.

CALOR
aquecimento excessivo da temperatura ambiente quando são utilizados equipamentos
produtores de calor: fogão, forno, motor dos equipamentos de refrigeração...

FRIO
Arrefecimento excessivo da temperatura ambiente quando são utilizados equipamentos
produtores de frio: arcas, frigorificos, armazéns, ar condicionado...

Medidas de Prevenção:
 Dispor de água;
 Instalar sistemas de exaustão; ventilação/climatização  renovação do ar ambiente.
Garantir uma ventilação contínua e bem distribuída;
 Assegurar os níveis de temperatura e humidade relativa adequado;
 Farda; roupa adequada à estação do ano, ao trabalho no exterior/interior

RADIAÇÕES IONIZANTES, as que possuem energia suficiente para ionizar os átomos e


moléculas com as quais interagem, sendo as mais conhecidas:
- Raios X e raios gama (radiações eletromagnéticas);
- Raios alfa, raios beta, neutrões, protões (radiações corpusculares).

RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES, as que não possuem energia suficiente para ionizar os átomos
e as moléculas com as quais interagem, sendo as mais conhecidas:
luz visível; microondas de aquecimento;
infravermelhos; microondas de radiotelecomunicações;
ultravioletas;
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RISCOS QUIMICOS
O Regulamento CLP (regulamento (CE) n.º 1272/2008, de 16 de dezembro, estabelece as
regras de classificação, embalagem e rotulagem de substâncias e misturas perigosas.
O decreto-lei n.º 98/2010, de 11 de agosto, estabelece a classificação, embalagem e
rotulagem das substâncias perigosas e vem alterar diversas diretivas a fim de as adaptar ao
Regulamento CLP.
O decreto-lei n.º 220/2012, de 10 de outubro, assegura a execução, na ordem jurídica interna,
das obrigações decorrentes deste regulamento.
Agentes quimicos são absorvidos pelo organismo através das vias de entrada: Respiração;
Pele, Sistema Digestivo.

Os agentes químicos podem existir, em suspensão na atmosfera, nos três estados:


SÓLIDO (poeiras, fibras e fumos);
LÍQUIDO (aerossóis e neblinas);
GASOSO (gases e vapores).

Medidas de Prevenção
Ao lidar com produtos químicos, o primeiro passo é a observação/leitura das instruções
presentes no rótulo, ficha técnica e/ou ficha de dados de segurança.

As Fichas de Dados de Segurança (FDS) são constituídas por 16 itens e por um conjunto de
informação fundamental dos vários produtos e substâncias químicas.
Referem orientações quanto aos perigos e riscos, como atuar em caso de emergência, quais
os EPI’s a utilizar, como manusear e armazenagem, etc.

 Preparar os produtos respeitando as doses recomendadas pelo fabricante;


 Ao fazer diluições com água, verter o produto sobre a água (principalmente ácidos e bases)
e nunca o inverso;
 Minimizar o contacto com produtos químicos através da instalação de distribuidores
automáticos, por exemplo de detergente.
 Todos os produtos e substâncias devem estar nos recipientes/embalagens de origem.
 Essas embalagens têm que ter o rótulo visível e em boas condições de leitura.
 Quando os produtos não estão nas embalagens de origem, essas devem estar igualmente
rotuladas com a informação original.
 É expressamente proibida a existência de produtos e substâncias químicas perigosas em
recipientes não devidamente identificados.
 Substituir as substâncias ou processos perigosos por outros menos agressivos;
 Verificar a compatibilidade/incompatibilidade dos diferentes produtos químicos e
proceder ao seu armazenamento de acordo com as suas características técnicas.
 Evitar a exposição directa ao sol.

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RISCOS BIOLÓGICOS
São agentes biológicos como microrganismos susceptíveis de provocar infecções, alergias ou
intoxicações, nomeadamente:
As vias de entrada dos agentes biológicos podem ser feitas através da Respiração, Aparelho
digestivo, Pele e Olhos.

São responsáveis por variadissimas doenças:


• Gripe • Tuberculose
• Infecções intestinais • Meningite

Medidas de Prevenção:
 Uso do equipamento individual adequado;
 Manusear com especial cuidado todo o material;
 Aplicação de medidas de higiene;
 Desinfetar / higienizar periodicamente as mãos;
 Limitação do número de trabalhadores expostos;
 Modificação dos métodos de trabalho;
 Aplicação de medidas de proteção coletiva e individual;
 Evitar locais húmidos onde se verifique a existência de fungos;
 Evitar locais de possível contágio (locais insalubres);
 Utilizar máscaras e no caso de estar doente manter-se resguardado;
 Manter os equipamentos de ar condicionado e torres de refrigeração nas devidas
condições de limpeza e higienização;
 Formar e informar todos os trabalhadores dos perigos a que estão expostos e das
medidas/regras que devem adoptar/cumprir para evitar esses perigos e riscos.

ERGONOMIA é a ciência que tenta adaptar os utensílios de trabalho às características físicas


e psicológicas dos trabalhadores.
O objectivo da Ergonomia é a de aumentar a eficácia do trabalho realizado e prevenir a fadiga,
os acidentes de trabalho e as doenças profissionais.
Os utensílios de trabalho, desde a simples enxada à mais sofisticada máquina, devem ser
fabricados à medida do Homem.

Erros a Evitar na Movimentação Manual de Cargas


 Dobrar a coluna;
 Ficar muito longe da carga;
 Erguer a carga pelo lado do corpo;
 Manter as pernas fixas no chão e rodar o tronco com a carga;
 Apoiar a carga na perna ou no joelho.

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Boas Práticas – Medidas Preventivas


• Para onde tenho que levar a carga?
• Verificar se o percurso/caminho está desobstruido
• Depositar a carga em local seguro, de preferência numa superfície ao nível da cintura
• Manter a carga junto ao tronco, colocando o lado mais pesado próximo de si.
• Importante: a força deve ser sempre exercida pelas pernas. Nunca com as costas

O trabalho executado em pé pode originar dores nas costas, e problemas de circulação


sanguínea.

Medidas de prevenção para evitar Quedas


 Utilizar calçado de trabalho adequado (com solas antiderrapantes e fechados);
 Sinalizar pavimentos recém lavados ou que se encontrem húmidos;
 Colocar tapetes antiderrapantes;
 Não utilizar escadotes/escadas em mau estado de conservação.

ELECTRICIDADE
Sendo uma forma de energia essencial a qualquer empregador, constitui um risco sempre
presente, muitas vezes por má utilização, ou adulteração das finalidades para que as
instalações elétricas foram criadas;
O risco eletrico é acentudo pelo mau estado de conservação dos equipamentos elétricos; a
utilização inadequado dos equipamentos elétricos; e sobrecarga eletrica.

Só um eletricista qualificado pode:


Instalar; Reparar,
Modificar; Fazer manutenção das instalações elétricas

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Medidas Preventivas
 Deve assinalar-se qualquer anomalia ou defeito ao chefe direto, ou ao eletricista;
 Não deixar cabos em contacto com arestas vivas;
 Proteger as instalações elétricas contra esmagamento/corte;
 Nunca limpar ou manusear os equipamentos elétricos sem efetuar o corte da energia
elétrica.
 Inspeccionar o estado das máquinas, equipamentos, cabos.. Antes da sua utilização;
 Todos os cabos danificados devem ser substituídos;
 Não sobrecarregar as tomadas de alimentação;
 Não fazer ligações ou arranjos provisórios nem modificar as instalações elétricas;
 Não mexer nos equipamentos e cabos com as mãos molhadas ou húmidas.
 Utilizar lâmpadas portáteis regulamentares;
 Nunca utilizar lâmpadas instaladas provisoriamente.

INCÊNDIO
É um fogo sem controlo no espaço e no tempo.
É uma reação química denominada combustão (oxidação) que desprende calor e/ou luz, é
assim uma reação exotérmica, produzindo alterações na substância que se queima.

Causas
o Armazenagem de vários produtos inflamáveis;
o Recurso a equipamento elétrico danificado durante a laboração;
o Comportamentos desviantes

São necessários três elementos para a reação de combustão: o comburente, o combustível e


a energia de ativação. Que formam o que se designa por triângulo do fogo.

A Energia que provoca calor, é a energia de ativação:


Raio solar, fricção, arcos elétricos, reações químicas, etc.

É possivel extingir o fogo por:


 Resfriamento (água, retira o calor)
 Abafamento e Asfixia removendo-se o oxigênio (usando-se CO2 ou manta ignifuga)

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 Isolamento ou Carência, retirando-se o combustível (madeira, gasolina, gás, etc)


 Inibição, retirar a reação em cadeia do tetraedro do fogo. São utilizados agentes químicos
que irão eliminar os radicais livres que se formam durante a combustão.

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