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TÉCNICO DE SEGURANÇA E HIGIENE DO

TRABALHO

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Módulo: Desenho Técnico – Interpretação de Plantas

MANUAL
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Formadora: Célia Ribeiro
Évora
Dezembro 2008

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ÍNDICE

Objectivos Gerais

Objectivos Específicos
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Benefícios e condições de utilização adequada ao público-alvo e á forma de organização
da formação

Condições de utilização

Introdução

Desenvolvimento

Conclusão
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Referência Bibliográfica

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Objectivos Gerais

Identificar, interpretar e enunciar as formas de representação, vistas e normas de


projecções ortogonais utilizadas no desenho técnico.

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Proceder à representação gráfica de figuras simples e identificar e interpretar a simbologia
convencional utilizada no desenho técnico.
Ler e interpretar desenhos técnicos em geral e da construção civil em particular (plantas).

Objectivos Específicos

Conhecer os equipamentos, materiais e ferramentas para a execução de desenho técnico


Saber o que é o desenho geométrico
Saber o que são projecções ortogonais e perspectivas
Saber com se representam as vistas, corte e secções
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Saber o que é a cotagem, normalização e simbologia
Conhecer os métodos convencionais de representação de desenho técnico,
especialmente os utilizados na construção civil
(plantas)

Benefícios e condições de utilização adequada ao público-alvo e á forma de


organização da formação

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O Manual que agora se apresenta constitui-se como linha de orientação para o Módulo de
Desenho Técnico – Interpretação de Plantas a ministrar no Curso de Segurança e Higiene
no Trabalho (NS) ministrado pela Sulforma – Consultoria e Gestão empresarial, Lda.

Condições de Utilização

Este Manual destina-se à utilização do grupo de formandos do Curso de Segurança e


Higiene no Trabalho a ser realizado pela Sulforma – Consultoria e Gestão empresarial,
Lda, em Évora entre 07 de Novembro de 2008 a 15 de Março de 2010.
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I – INTRODUÇÃO

O presente manual refere-se ao módulo de Desenho Técnico, inserido no Curso de


Técnico/a de Higiene e Segurança do Trabalho. Este módulo tem uma duração de vinte e
cinco horas.
Durante o módulo os formandos têm como objectivo principal, saber interpretar plantas de
edifícios.

O módulo divide-se em três partes principais:


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 Identificar, interpretar e enunciar as formas de representação, vistas e normas de
projecções ortogonais utilizadas no desenho técnico.

 Proceder à representação gráfica de figuras simples e identificar e interpretar a


simbologia convencional utilizada no desenho técnico.

 Ler e interpretar desenhos técnicos em geral e da construção civil em particular


(plantas).

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II - DESENVOLVIMENTO

1.1 A Importância do Desenho Técnico

A necessidade que o homem teve desde sempre, de comunicar com o seu semelhante
levou-o inicialmente a procurar a linguagem falada e mais tarde recorrer à expressão
escrita. As primeiras tentativas de comunicação por escrito fizeram-se por meio de
desenhos, os quais tendendo a tornar-se progressivamente mais esquemáticos, como por
exemplo os Hieróglifos Egípcios. Estas escritas ideográficas cederam mais tarde o seu
lugar às escritas como o alfabeto.

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No entanto, o desenho não perdeu a sua posição como meio de expressão, tendo
continuado a utilizar-se paralelamente à escrita, para exprimir ideias.
Muitas vezes o desenho consegue mesmo uma eficácia de expressão, bem maior que a
fala ou a escrita.
O desenho pode assim considerar-se uma “Linguagem” e como tal deve ter uma
gramática, uma ortografia e uma caligrafia próprias, cujo estudo é necessário a quem
pretende ler e escrever correctamente essa linguagem.

Há dois tipos de desenho:

- Desenho Artístico.
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- Desenho Técnico.
O desenho artístico possibilita ampla liberdade de figuração e apreciável subjectividade
na representação.
O desenho técnico não admite a diversidade na representação, devendo o mesmo
objecto, num determinado tipo de figuração, ser representado sempre da mesma maneira,
de forma completa e rigorosa, sem qualquer ambiguidade. As regras “Gramaticais” que
regem a linguagem que é o Desenho Técnico são, com efeito, bem definidas.

1.2 – Normalização

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Existe uma tendência crescente que se manifesta internacionalmente para criar regras de
representação comuns em Desenho Técnico. Esta busca de unificação ou de
normalização tem em vista facilitar o intercâmbio técnico que o desenvolvimento
tecnológico e industrial justifica e quase impõe.
Um curso de Desenho Técnico não deve ter função meramente informativa, fornecendo
apenas um instrumento de trabalho, embora valioso. Para além desse objectivo, o ensino
do Desenho Técnico deve procurar cumprir uma missão formativa, contribuindo para criar
uma bem fundada consciência técnica nos futuros profissionais.

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Normalizar – Consiste em definir, unificar e simplificar tanto os produtos acabados, como
os elementos que se empregam para os produzir, através do estabelecimento de
documentos chamados NORMAS.

Norma – (Segundo o IPQ) – É um documento estabelecido por consenso e aprovado por


um organismo reconhecido, que fornece regras, linhas directrizes ou características, para
actividades ou seus resultados, garantindo um nível de ordem óptimo num dado contexto.

Normalização – É uma actividade que tende à obtenção de soluções para problemas de


carácter repetitivo, essencialmente no âmbito da ciência, da técnica e da economia, com
vista à realização do grau óptimo de organização num dado domínio.
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IPQ – Instituto Português de Qualidade
É a entidade nacional responsável pela coordenação, gestão geral e desenvolvimento do
Sistema Português de Qualidade (SPQ), bem como de outros sistemas de qualificação no
domínio regulamentar, que lhe sejam conferidos por lei.

ISO – Organização Internacional de Normalização.

Normas aplicadas a nível nacional:

NP, NP EN, NP EN ISO, NP HD, NP ENV, NO ISSO, NP IEC, e NP ISO/IEC.


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NP – Norma Portuguesa.
NP EN – Norma Portuguesa que adoptam uma norma europeia.
NP EN ISO - Identificam as normas portuguesas que resultaram da adopção de uma
norma europeia, que por sua vez resultou da adaptação de uma norma internacional.

Exemplos de Normas Portuguesas:

NP – 48 (1968) - Formatos
NP – 49 (1968) – Modo de dobrar as folhas de desenho.
NP – 717 (1968) – Escalas
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ÑP – 167 (1966) – Figuração de materiais em corte.

Exemplos de Normas Internacionais:

ISO 128 (1968) – Princípios gerais de representação.


ISO R 129 (1959) - Cotagem
ISO 1406 (1973) – Des. Arquitectónico e de edifícios – Vocabulário
ISO 1047 (1973) – Des. Arquitectónico e de edifícios – Escalas

1.3 – Material de Desenho

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a) – Equipamento

- Pranchetas
- Estiradores
- Computadores

b) – Material – Papel

- Esquiço – vegetal 40g/m2


- Vegetal – até 100 g/m2
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- Opaco ( ex: papel cenário)
- Tela e Plásticos

c) Formatos

Designação Dimensão Dimensão


(mm) (mm)
2 A0 1189 1682
A0 841 1189
A1 594 841
A2 420 594
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A3 297 420
A4 210 297
A5 148 210
A6 105 148

d) – Material Diverso

Réguas T
Esquadros
Réguas Graduadas
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Réguas de Escalas
Transferidores
Escantilhões
Lápis
Lapiseiras
Caneta de desenho
Compasso
Aguarelas
Guaches
Marcadores
Lápis de cor
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d.1) Minas

Minas brandas Minas Minas Duras


Médias
Lapiseira 7B HB H
6B F 2H~3H
5B 4H
4B 5H
3B 6H
2B 7H
B 8H
9H
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Nº Correspondência

Lápis 1 3B
2 B
3 F
4 2H
5 4H
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As minas variam entre cerca de 1mm para as mais duras e 3mm para as mais brandas,
sendo as intermédias mais utilizadas.

A escolha da mina depende:

- Do tipo de desenho a executar.


- Da textura de papel
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- Da humidade do ambiente.

A escolha da mina de acordo com o traço:

- Minas Duras – Para obter traços finos e nítidos.


- Minas Médias – Para obter traços vivos e bem marcados.
- Minas Brandas - Para desenhos à mão livre e esboços.

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1.4 – Projecções

a) - Conceito de Projecção
O conceito de projecção é tão comum na vida do ser humano que chega a ter um carácter
intuitivo. Projectar significa "lançar contra" ou "incidir sobre" e as formas mais comuns
de projecção estão sempre associadas à luz como elemento projectante que incide sobre
alguma coisa material.

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b) Tipos de Projecção

 Projecção Central ou Cónica (perspectiva rigorosa).

 Paralela ou Cilíndrica:

Projecção Ortogonais ou vistas

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P
A
R
A Perspectiva
L Axonométrica 1.
E
L
A
Ortogonais Trimétrica

Dimétrica

Isométrica

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 Projecção Central
Oblíqua ou Cónica
- Perspectiva

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 Projecção Paralela – Ortogonal ou vistas

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 Perspectiva Trimétrica

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 Perspectiva Dimétrica

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 Perspectiva Isométrica

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 Perspectiva Cavaleira

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1.5 - Projectos

 O que é um Projecto?

É a antecipação de uma obra, feito principalmente por meios de desenho.

 Tipos de Projectos
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- Projecto de Arquitectura.
- Projectos de Especialidades

 Projecto de Arquitectura:

 Peças Escritas (Memória descritiva, estimativa de custo, termo de


responsabilidade do autor do projecto, calendarização da obra, ficha de dados
estatísticos).

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 Peças Desenhadas ( Plantas, Cortes, Alçados e pormenores).

o O que são Plantas?

São desenhos que mostram uma obra antes dela existir.

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o O que é um Corte?

Consiste em seccionar o objecto que se pretende representar, por uma superfície


convenientemente escolhida e liminar de seguida a parte do objecto que fica entre o
observador e a referida superfície, representando-se apenas a projecção da parte
restante.

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Tipos de Corte:

 Cortes Totais.
 Meios Cortes.
 Cortes Parciais.

 Cortes Totais - São os que abrangem totalmente o objecto a representar,


atravessando-o de lado a lado.

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 Meios Cortes – Representam apenas metade da vista em corte, deixando a outra
metade com o aspecto de uma vista normal.

 Cortes Parciais – Têm por objectivo representar uma parte restrita de um objecto
representado. São limitados por linhas sinuosas, chamadas linhas de interrupção
de corte.

o Tipos de Secções

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 Rebatidas.
 Deslocadas.
 Sucessivas.
 Sobrepostas.

 Rebatidas.

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 Deslocadas.

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 Sucessivas.

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 Sobrepostas.

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 Representação das superfícies cortadas.

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 Escala

É a relação entre cada medida do desenho e a sua dimensão real do objecto.

 Projectos de Especialidades

 Projecto de Estabilidade.
 Projecto de Rede de Águas.
 Projecto de Rede de Esgotos.
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 Projecto do estudo do Comportamento Acústico.
 Projecto do estudo do Comportamento Térmico.
 Projecto ITED.
 Plano de Segurança e Saúde.
 Projecto de Rede de Gás.
 Etc..

 1.6 - Cotagem

o O que é a Cotagem?
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É a representação gráfica no desenho da característica do elemento, através de linhas,
símbolos, notas e valor numérico numa unidade de medida.

o O que é uma Cota?

Indicação da medida ou característica em letras técnicas, sem indicação de unidade.

o O que é uma linha de cota?

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Linha fina, sempre paralela á dimensão cotada e todas á mesma distância do elemento cotado.

III – CONCLUSÃO

Os conteúdos do módulo permitiram a análise de plantas de edifícios.


A carga horária do módulo foi suficiente para abordar os temas pretendidos.
De uma forma geral foi possível abordar os principais aspectos do desenho técnico.

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IV – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Título: Desenho Técnico


Autor: Luís Veiga da Cunha
Fundação Calouste Gulbenkian

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