MDC - Elda Sá

Curso de Especialização Avançada em

Avaliação Psicológica de Crianças e
Adolescentes
MÓDULO 5 – Avaliação de Problemas de Aprendizagem
Elda Sá, elda_malheiro@hotmail.com

www.mdcpsicologia.pt
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Índice de Conteúdos
1. Avaliação Geral das Dificuldades de Aprendizagem (D.A.)
Prova de Avaliação das Dificuldades de Aprendizagem
Bateria de Provas Fonológicas

2. Avaliação das Dificuldades de Aprendizagem Específicas (D.A.E.)

Avaliação da Dislexia
Prova Exploratória de Dislexia Específica (PEDE)
Avaliação da Disgrafia
Escala de Escrita
Avaliação da Disortografia
Escala de Avaliação da Ortografia
Avaliação da Discalculia
Bateria de Testes Neuropsicológicos para Processamento
Numérico e Cálculo em Crianças

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Avaliação Geral das D.A.

Definição de D.A.

“Grupo heterogéneo de desordens manifestadas por

dificuldades significativas na aquisição e uso da audição,
fala, leitura, escrita, raciocínio, ou habilidades
matemáticas.” (National Joint Committee on Learning
Disabilities, NJCLD, 1981).

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Características das D. A.

Intrínsecas ao indivíduo

Devem-se a disfunções do sistema nervoso central

Podem ser inatas ou ocorrerem ao longo do

desenvolvimento

Avaliação das D. A.

Antes de fazermos uma avaliação das D.A. devemos sempre despistar

possíveis défices cognitivos que expliquem essas “dificuldades”,
realizando uma avaliação cognitiva (Ex: WISC-III ou Griffiths), que
poderá já dar-nos pistas sobre a D.A.E que se trata.

As D. A. só poderão ser diagnosticadas quando:

O despiste médico (visão, audição, motricidade) é negativo;
Os resultados dos testes cognitivos estão na média ou acima dela;
Os resultados da criança em testes de leitura, expressão e/ou
matemática estão substancialmente abaixo do esperado para a sua
idade, escolarização e nível de inteligência.

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Avaliação das D. A.
É necessário aferir o impacto que as D.A. têm ao nível da dinâmica
cognitiva, emocional, comportamental, interpessoal e familiar.

Objetivos:
Compreensão dos problemas de aprendizagem do aluno 
perceção da criança e dos adultos que convivem com ela;
Compreensão da história e evolução do problema;
Avaliação da natureza específica das dificuldades de
aprendizagem da criança  potencialidades e eventuais
vulnerabilidades cognitivas e comportamentais;
Perceção do tipo de interação entre ensino e aprendizagem ao
longo do trajeto escolar do aluno;
Formulação do problema com recomendações para a criança,
pais e professores.

Prova de Avaliação das

Dificuldades de Aprendizagem

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Prova de Avaliação das Dificuldades de Aprendizagem

Provas
PROVA 1 - Leitura Técnica
PROVA 2 – Lê e Compreende
PROVA 3 – Escrita
PROVA 4 – Memória de Dígitos
PROVA 5 – Fluência Verbal
PROVA 6 – Leitura Rápida
PROVA 7 – Discriminação Auditiva
PROVA 8 – Perceção da Ordem
1º ao 4º ano de escolaridade
Temporal Audiovisual e Verbal
PROVA 9 – Oclusão Auditiva
PROVA 10 – Ligação de Sons
Idade
1º e 2º ano de escolaridade
3º e 4º ano de escolaridade
1º ao 4º ano de escolaridade
- 1ª Fase → Modelo I → 1º e 2º anos
- 2ª Fase → Modelo II → 3º e 4º anos
1º ao 4º ano de escolaridade
1º ao 4º ano de escolaridade
1º ao 4º ano de escolaridade
1º ao 4º ano de escolaridade (Modelo I e II)
1º ao 4º ano de escolaridade
1º ao 4º ano de escolaridade

1. Leitura Técnica

Objetivo  Perceber se a criança domina as técnicas

elementares da leitura, reconhecendo a palavra como um todo.

Tarefa  A criança tem de assinalar a palavra que corresponde

à imagem, de entre outras que se assemelham graficamente.

Cotação  0 (errado) ou 1 (certo) num máximo de 48 pontos.

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2. Lê e Compreende

Objetivo  Avaliar o grau de aprendizagem das técnicas de

leitura e o grau de compreensão do texto lido.

Tarefa  Ler e escolher a alternativa mais correta

Cotação  0 (errado) ou 1 (certo) num máximo de 27 pontos.

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3. Escrita
Objetivo  Verificar se a criança atingiu um nível razoável de
competência ortográfica, em conformidade com o ensino que
usufrui.

Tarefa  Escrever o texto ditado.

Cotação  Assinalar o número de erros que a criança deu e os

pares de palavras que a crianças errou, sendo possíveis 44 erros
na Modelo I e 46 no Modelo II.

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4. Memória de Dígitos

Objetivo  Avaliar a memória auditiva e sequencial da criança.

Tarefa  Repetir dígitos na mesma ordem / ordem inversa em

que foram ditos. Terminar após duas falhas numa série.

Cotação  Corresponde ao número máximo de dígitos

repetidos corretamente na ordem normal (N) e na ordem inversa
(I) (ver quadro seguinte).

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4. Memória de Dígitos

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5. Fluência Verbal

Objetivo  Avaliar a fluência verbal, isto é, a capacidade de

encontrar facilmente palavras e proferi-las logo que ocorram,
não repetindo.

Tarefa  Dizer, durante um minuto, todas as palavras que se

lembre, sem repetições.

Cotação  Total das palavras ditas corretamente durante o

tempo limite.

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6. Leitura Rápida

Objetivo  Avaliar o domínio da técnica de leitura, a exatidão

da perceção rápida de palavras e o ritmo de execução.

Tarefa  Ler o maior número de palavras de uma lista de 34

itens, ordenados num grau crescente de complexidade, em 1
minuto.

Cotação  Número de palavras lidas corretamente durante o

tempo limite.

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7. Discriminação Auditiva

Objetivo  Avaliar a capacidade de distinguir os sons das

palavras, em especial de fonemas relativamente próximos ao nível
auditivo.

Tarefa  Modelo I – Identificar a palavra com o som mais

diferente, das três apresentadas; Modelo II – Dizer quais e onde se
situam (princípio, meio ou fim) as letras/ditongos diferentes nas
duas palavras apresentadas.

Cotação  Um ponto por cada item correto, num máximo de 8

pontos em cada Modelo, sendo o máximo da Prova igual a 16
pontos.

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8. Perceção da Ordem Temporal Audiovisual

e Verbal

Objetivo  Avaliar a memória auditiva e visual da criança.

Tarefa  Repetir as palavras e colocar os cartões na ordem que

foram proferidas as palavras. Parar quando há insucesso nas duas
tentativas de um item. Se a criança responde acertadamente na 1ª
tentativa, passar imediatamente ao item seguinte.

Cotação  Número de palavras do item mais longo, repetido com

sucesso e dispondo adequadamente os cartões. A cotação máxima
é de 8 pontos.

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9. Oclusão Auditiva

Objetivo  Avaliar a capacidade da criança para, ao ouvir

estímulos sugestivos de certas palavras, formar e pronunciar essas
palavras, de modo completo e correto.

Tarefa  Completar oralmente palavras incompletas.

Cotação  Número de palavras completas corretamente.

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10. Ligação de Sons

Objetivo  Avaliar a capacidade de leitura e escrita

elementares.

Tarefa  Após ouvir sons ou fonemas de uma palavra, a criança

deve fazer mentalmente a sua síntese e pronunciar a palavra
visada.

Cotação  Número de palavras lidas corretamente.

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Interpretação dos Resultados

Limitações inerentes à falta de estudos de validação.

Preferência para a análise qualitativa  tipo de erros,

orientações para a intervenção.

Análise quantitativa  desvio em relação à pontuação

máxima.

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Bateria de Provas Fonológicas

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22

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Bateria de Provas Fonológicas

Objetivo  avaliar a capacidade de explicitar segmentos sonoros

da cadeia falada ao nível das sílabas e dos fonemas (consciência
fonológica).

Aplicada individualmente a crianças em idade escolar inicial.

Subtestes que compõem a bateria:

1. Classificação com base na sílaba inicial (14 itens);
2. Classificação com base no fonema inicial (14 itens);
3. Supressão da sílaba inicial (14 itens);
4. Supressão do fonema inicial (24 itens);
5. Análise silábica (14 itens);
6. Análise fonémica (14 itens).

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Bateria de Provas Fonológicas

Todos os itens são apresentados com um suporte figurativo,

precedidos de dois itens exemplificativos.

Cotação  A cada resposta certa atribui-se um ponto, podendo

a pontuação variar entre 0 a 14 pontos (24 pontos no caso da
prova Supressão do Fonema Inicial).

Interromper cada prova depois de três insucessos consecutivos.

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1. Classificação com Base na Sílaba Inicial

“Vamos fazer um jogo. Nestas quatro palavras vamos procurar

duas que começam pelo mesmo bocadinho.”

Ler pausadamente cada uma das palavras e acentuar a sílaba

inicial.

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2. Classificação com Base no Fonema Inicial

“Vamos fazer outro jogo. Vamos agora encontrar duas palavras

que começam por um mesmo bocadinho muito pequenino.”

Ler pausadamente cada uma das palavras e acentuar o primeiro

som de cada palavra.

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3. Supressão da Sílaba Inicial

“Agora neste jogo vamos tirar o primeiro bocadinho da palavra

e dizemos o que fica.”

Dizer cada uma das palavras e pedir à criança para dizer qual é

a primeira parte e, se a tirarmos, dizer o que sobra da palavra.

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4. Supressão do Fonema Inicial

“Agora desta vez vamos tirar um primeiro bocadinho ainda mais

pequenino da palavra e dizemos o que fica.”

Dizer cada uma das palavras e pedir à criança para dizer qual é

a primeira pequena parte e, se a tirarmos, dizer o que sobra da

palavra.

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5. Análise Silábica

“Vamos fazer outro jogo. Vamos partir uma palavra em

bocadinhos.”

Dizer cada uma das palavras e pedir à criança para partir aos

bocadinhos  bater palmas, dividir oralmente…

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6. Análise Fonémica

“Agora, neste último jogo, eu digo-te uma palavra e tu dizes-

me quantos sons tem. Presta atenção são mesmo os sons mais
pequeninos.”

Dizer cada uma das palavras e pedir à criança para dizer todos
os pequenos bocadinhos  bater palmas, dividir oralmente…

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Cotação e Interpretação dos Resultados

Atribui-se um ponto por cada resposta certa e 0 a cada item

respondido incorretamente.

0 94
• Nível baixo de • Nível elevado
consciência de consciência
fonológica fonológica

47
• Nível médio de
consciência
fonológica

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Cotação e Interpretação dos Resultados

Importância da análise dos resultados em relação a cada uma das

subprovas em detrimento de uma cotação global  cada uma das
tarefas corresponde a um índice diferente das competências
fonológicas.

Atividades de cada uma das categorias como um todo  total dos

exercícios corresponde a 100%  caracterização do desempenho
da criança.
0% a 49% Insuficiente
50% a 69% Suficiente
70% a 89% Bom
90% a 100% Muito Bom

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Avaliação das D.A.

Depois de realizada a
avaliação inicial, poderemos
ter já alguns indícios do tipo
de D. A. E. que se trata,
devendo sempre
complementarmos com
provas adicionais especificas
de cada problemática.

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Avaliação das D.A.E.

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Tipos de D.A.E

Dislexia Disgrafia

D.A.E.

Discalculia Disortografia

35

35

Dislexia

36

36

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Definição de Dislexia

“Incapacidade específica de aprendizagem, de origem

neurobiológica. É caracterizada por dificuldades na correção e/ou
fluência na leitura de palavras e por baixa competência leitora e
ortográfica. Estas dificuldades resultam de um Défice Fonológico,
inesperado, em relação às outras capacidades cognitivas e às
condições educativas. Secundariamente podem surgir dificuldades
de compreensão leitora, experiência de leitura reduzida que pode
impedir o desenvolvimento do vocabulário e dos conhecimentos
gerais” (Associação Internacional de Dislexia, AID, 2003).

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Características da Dislexia

Antes da entrada na escola

• Atrasos do desenvolvimento percetivo visual;

• Atrasos na aquisição do esquema corporal;
• Atrasos no desenvolvimento da coordenação
dinâmica;
• Atrasos no desenvolvimento dos processos
psicolinguísticos básicos.

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Características da Dislexia

Na alfabetização

• Dificuldade em aprender o alfabeto;

• Dificuldade no sequenciação de letras e números;
• Dificuldade em separar sons (g-a-t-o);
• Dificuldade com rimas;
• Dificuldade em discriminar fonemas
• (p-b, t-d, f-v, k-g, x-j, s-z);
• Dificuldade na sequência e memória de palavras;
• Dificuldade para aprender a ler, escrever e soletrar;
• Dificuldade na orientação temporal (ontem, hoje e
amanhã, dias da semana, meses do ano) e espacial
(direita–esquerda, em baixo–em cima);
• Dificuldade na preensão do lápis;
• Dificuldade em copiar do quadro.

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Avaliação da Dislexia

A avaliação pode ser feita em qualquer idade.

Dimensões contempladas na avaliação formal e informal:

Competências fonológicas
Linguagem compreensiva e expressiva (a nível oral e escrito)
Funcionamento intelectual
Processamento cognitivo
Aquisições escolares

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Prova Exploratória de Dislexia

Específica (PEDE)

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41

PEDE - Objetivos

Situar o sujeito disléxico e efetuar um diagnóstico analítico do

nível de leitura e dos erros na área do reconhecimento da
palavra, tópicos da dislexia específica.

Situar o nível de leitura da criança sobre a base da leitura de

sílabas de complexidade crescente.

Explorar sinais disléxicos na leitura oral.

Utilizar os resultados como guia para a intervenção corretiva

individual dos erros no reconhecimento das palavras.

42

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PEDE - Caracterização da Prova

Destina-se à avaliação de crianças entre os 7 anos e meio e os 10 anos

de idade
Antes dos 7 anos e meio  os sinais disléxicos (como inversões ou
confusões) podem ser confundidos com leitores imaturos
Depois dos 10 anos  ao longo do desenvolvimento, o disléxico
supera a maior parte dos sinais quanto ao reconhecimento da palavra
e começa a apresentar dificuldades nos aspetos de compreensão e
velocidade leitora, aspetos que esta prova não mede diretamente.

Existem casos excecionais de dislexia severa nos quais, apesar

da idade, continuam a manifestar-se os sinais descritos.

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PEDE - Caracterização da Prova

Aplicação individual

Letra com tamanho mínimo de 3 mm (tamanho 8 ou 9) e os

“estímulos” devem estar separados por 1,50cm

Protocolo para o avaliador + Protocolo para a criança (deve

responder oralmente e/ou apontar com o dedo)

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PEDE – Estrutura da Prova

“Nível de Leitura” “Erros Específicos”

• 100 itens; • 71 itens;
• Seleção de um • Seleção de sílabas e
conjunto de letras e palavras com
sílabas, numa significado ou sem
sequência de ele, suscetíveis de
PEDE
dificuldade progressiva 171 itens induzir os erros na
dos seus elementos leitura, típicos da
componentes; dislexia específica;
• Permite determinar o • Permite detetar o
grau de dificuldade tipo de erros que a
que a criança é capaz criança comete.
de resolver na leitura.

45

PEDE – Estrutura da Prova

Nível de Leitura
1º Nível de Leitura 2º Nível de Leitura 3º Nível de Leitura
Nome da letra Sílaba direta com Sílaba com ditongo de
Som da Letra consoante de duplo som nível complexo
Sílaba direta com Sílaba direta com Sílaba com grupo
consoante de som consoante de dupla grafia consonântico de nível
simples Sílaba direta com simples
consoante seguida de “u” Sílaba com grupo
mudo consonântico de nível
Sílaba indireta de nível complexo
simples Sílaba com grupo
Sílaba indireta de nível consonântico e ditongo
complexo de nível complexo
Sílaba complexa Sílaba com grupo
Sílaba com ditongo de consonântico e ditongo
nível simples de nível complexo

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PEDE – Estrutura da Prova

Erros Específicos
Letras confundíveis por sons no princípio da palavra
Letras confundíveis por grafia semelhante
Inversões de letras
Inversões de palavras completas
Inversões de letras da palavra
Inversão da ordem da sílaba na palavra

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PEDE – Instruções Gerais

Início  “Estas folhas têm algumas letras, sílabas e palavras.

Eu queria pedir-te para as leres em voz alta, da mesma forma
que estás habituado(a) a fazer”

Intervalo E-R  5 seg.  “Vamos agora para este” (apontando

com o dedo)

Se a criança se perder na linha  registar e apontar 

“Continuamos aqui”

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PEDE – Instruções Gerais

Registar o movimento dos olhos/dedo ao longo da linha da

criança  muitos erros podem dever-se à perda da linha e não a
dificuldades no reconhecimento do estímulo

“Erros Específicos”  registrar a letra nomeada pela criança

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PEDE – Aplicação

I.- NIVEL DE LEITURA

“Diz-me o nome destas letras.”
Nome da letra “Esta letra (o avaliador aponta o “b”)
chama-se “b”. Agora continua tu!”
“Diz-me o som de cada uma destas letras.
Som da letra O som desta letra (aponta o “l”) é “le”
como “l…ata”. Agora continua tu!”.
Reconhecimento de
sílabas:
Diretas “Lê-me estas partes de palavras”
Indiretas “Agora lê-me estas partes”
Complexas “Agora estas partes”
Ditongos “E estas”
Fonogramas “E estas”
Fonogramas e Ditongos “E estas”

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PEDE – Aplicação

II.- ERROS ESPECÍFICOS

1. Letras confundíveis  O avaliador deve pronunciar cada palavra em
separado e a criança deve apontar a letra com a qual a palavra
começa.
“Eu vou dizer-te uma palavra e tu tens de mostrar-me com o teu
Letras dedo a letra com que essa palavra começa. Por exemplo, eu digo
confundíveis “macaco”. Com que letra começa?” (Se a criança não percebeu, o
pelo som no avaliador pode assinalar a consoante).O avaliador pronuncia a seguir
início da uma série de palavras. Cada uma dessas palavras deve ser
palavra pronunciada separadamente, pedindo à criança que mostre a letra
com a qual começa cada palavra pronunciada.”
Letras
confundíveis
por terem “Estas palavras não significam nada, mas tenta lê-las tal como são”.
grafia
semelhante

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PEDE – Aplicação

II.- ERROS ESPECÍFICOS

2. Inversões

Inversões “Estas palavras também não têm significado. Tenta lê-

de letras las como são.”
Inversões
de “Lê-me agora estas palavras.”
palavras
Inversões
de letras
“Agora lê-me estas palavras.”
dentro da
palavra
Inversão
da ordem
“Agora estas palavras.”
da sílaba
na palavra

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PEDE – Aplicação

A partir do 5º ano de escolaridade  Prova de Leitura  Os Irmãos

Grrimm
“Vais ler esta história em silêncio, durante 5 minutos. Lê tal como
costumas fazer. Quando tiver passado o tempo, eu aviso e tu
mostras-me até onde leste”.
Contagem do número de palavras lidas para determinar a
velocidade de leitura
De seguida, é-lhe pedido que responda às respetivas perguntas de
interpretação, para ver se o texto foi compreendido.

53

PEDE – Aplicação

Prova de Leitura  Observação comportamental

Movimentos dos lábios e/ou murmurar

Movimentos da cabeça e/ou olhos ao longo da linha (fixações e sacadas)
Ritmo e velocidade da leitura silenciosa e da leitura em voz alta
Movimento do dedo ao longo da linha
Tensão

Padrões mais pobres de movimento, com fixações mais prolongadas e

dominância pouco definida em alunos com dislexia

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PEDE – Cotação

Cotar as duas partes da prova de forma independente

“Níveis de leitura” “Erros específicos”

Cotar os itens respondidos de forma

correta, num total máximo de 100 Contam-se os erros cometidos pela
pontos criança

O resultado corresponde a um Subtraem-se da pontuação máxima

percentil calculado para o total possível desta parte da prova
(100%) dos indivíduos daquela (71 pontos – X erros = Y)
idade

Obtém-se um valor que

corresponde ao percentil previsto
para a sua idade

55

PEDE – Cotação

Prova de Leitura –
Crianças mais velhas

Contabilizar a quantidade
de palavras lidas pela
criança nos 5 minutos

Dividir o resultado por 5

para saber o nº de
palavras lidas num minuto

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PEDE – Interpretação Quantitativa

Interpretação:
1. Comparação da pontuação bruta obtida pela criança em relação à
sua faixa etária
2. Comparação da pontuação bruta obtida pela criança em relação
ao ano de escolaridade

Normas:
1. Percentis
2. Pontuação T  resultado padrão, com uma média teórica de
50 e um desvio-padrão de 10  escala entre 20 e 80 pontos

57

PEDE – Interpretação Qualitativa

I. Nível de leitura

1º nível de leitura 2º nivel de leitura 3º nível de leitura

• Reconhece o nome • Lê até sílabas com • Lê até sílabas com

das letras, o som e ditongo de caráter grupos
as sílabas diretas simples consonânticos e
com consoantes de • Nível de leitura ditongos de caráter
sons simples correspondiente ao complexo e lê
• Nível de leitura fim do 1º ano de qualquer material
correspondente ao escolaridade de leitura de forma
1º período do 1º independente)
ano de • Nível de leitura
escolaridade correspondente ao
fim do 2º ano de
escolaridade

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PEDE – Interpretação Qualitativa

II. Erros específicos

1. Criança não disléxica com mais de 7 anos e meio de idade, de

inteligência normal e que tenha frequentado um ano de
escolaridade normal  folha de resposta limpa ou com um ou
dois erros.

2. Criança disléxica  erros nos diferentes itens (dependendo do

grau de intensidade de dificuldade da criança e não da sua
idade).

3. Disléxico típico  mais do que um erro na maioria dos itens,

especialmente nas Letras confundíveis pelo som no início da
palavra, nas Inversões de letras e nas palavras completas.

59

PEDE – Interpretação Qualitativa

Prova de Leitura – Crianças mais velhas

Embora esta prova seja útil para as crianças com menos de 10

anos de idade, ao ser utilizada em disléxicos mais velhos
também revelou os sinais típicos de confusões e inversões.

Existe una significativa relação entre um maior nº de erros

específicos e menor velocidade de leitura.

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 MDC - Elda Sá

PEDE – Interpretação Qualitativa

Prova de Leitura – Crianças mais velhas

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Disgrafia

62

62

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 MDC - Elda Sá

Definição de Disgrafia

“Alteração da escrita normalmente ligada a problemas

percetivo-motores, isto é, a disgrafia é uma perturbação
do tipo funcional que têm como consequências a qualidade
da escrita do aluno, no que diz respeito ao traçado ou à
grafia” (Torres & Fernández, 2001).

63

Características da Disgrafia

Postura gráfica incorreta;

Forma incorreta de segurar o instrumento com que se escreve;
Ritmo da escrita muito lento ou excessivamente rápido;
Inclinação ao nível da linha de escrita e/ou inclinação da
própria letra (fraca orientação espacial);
Demasiada pressão ou pressão insuficiente no papel (traços
exageradamente grossos ou demasiadamente suaves);
Letra excessivamente grande ou muito pequena;
Ligação entre as letras distorcida (desligadas ou sobrepostas e
ilegíveis).

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Avaliação da Disgrafia

Deve englobar a sintomatologia específica (erros de grafismo) e

as causas subjacentes:
1. Avaliação específica de grafismo (escalas que avaliam
aspetos da página, o conjunto do texto, a inabilidade ou
regularidade das letras, espaçamentos, ligações e erros de
forma e proporção);
2. Avaliação psicomotora (avaliação da capacidade de
controlo dos movimentos, de planeamento e da
representação mental do gesto, de equilíbrio, de perceção
espácio-temporal, de representação e perceção corporal.
3. Avaliação de outros fatores associados aos fracassos
caligráficos (aspetos intelectuais, aspetos da personalidade
e sondagem pedagógica).

65

Escala de Avaliação da Escrita

66

66

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Escala de Avaliação da Escrita (EAVE)

Objetivos

Avaliar o processo de transcrição como um todo (recupera os

símbolos ortográficos e a capacidade de executar as
respostas motoras necessárias para produzir a palavra escrita
que foi anteriormente ditada)

Avaliar a dificuldade de representação de fonemas (escrever

letras e palavras a partir de um sistema linguístico
estruturado e arbitrário)

67

Escala de Avaliação da Escrita (EAVE)

Destinatários  estudantes entre os 7 a 10 anos, do segundo

ao quinto ano de escolaridade

Tarefa  Consiste no ditado de 55 palavras, das quais 42

apresentam algum tipo de dificuldade

Dificuldade Itens
Encontro de lt, mp, nd, nt, rc, rs, rt,
consoantes st
Dígrafo ch, lh, nh, qu, rr, ss
Sílaba composta br, dr, gr, tr
Sílaba complexa ão, ci, sa
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Escala de Avaliação da Escrita (EAVE) -

Aplicação

“Este jogo consiste em escreveres algumas palavras que eu vou

dizer-te. Deves escrever como souberes.”

Instruções:
O avaliador deve dar algum tempo à criança para que ela
escreva cada uma das palavras, uma ao lado da outra,
deixando um espaço entre elas
As palavras devem ser ditadas pausadamente, a um ritmo
lento e constante e não devem ser repetidas
Quando a palavra iniciar com letra maiúscula, o avaliador
deverá avisar previamente a criança

69

Escala de Avaliação da Escrita (EAVE) –

Cotação

Atribui-se um ponto para cada erro e zero para cada acerto,

num total de 55 pontos possíveis.

Critérios de correção
Cada palavra será considerada uma unidade
Realizar uma contagem dos erros de ortografia, das
ausências de palavras, da acentuação errada e do uso
indevido de letras maiúsculas e minúsculas

70

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Escala de Avaliação da Escrita (EAVE) –

Interpretação

Ausência de dados normativos

Análise do ponto de vista qualitativo

48 a 55 pontos
• Desempenho
0 a 20 pontos abaixo do
• Bom desempenho esperado

21 a 47 pontos
• Desempenho
Médio

71

Disortografia

72

72

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Definição de Disortografia

Dificuldade em visualizar a forma correta da escrita das

palavras, pois a criança escreve conforme os sons da fala e sua
escrita torna-se, muitas vezes, incompreensível.
A disortografia coloca em destaque a aptidão para transmitir o
código linguístico falado ou escrito, através dos grafemas ou
letras correspondentes, respeitando a associação entre fonemas
e grafemas, as peculiaridades ortográficas de certas palavras
em que essa correspondência é menos clara (ex.: palavras com
b ou v, palavras sem h) e as regras de ortografia (Torres &
Fernandéz, 2001).

73

Características da Disortografia

Troca de grafemas;
Dificuldade para perceber sinalizações gráficas;
Dificuldade no uso de coordenação/subordinação das orações;
Aglutinação ou separação indevida das palavras;
Substituição de letras semelhantes;
Omissões e adições, inversões e rotações;
Uniões e separações;
Omissão - adição de “h“;
Escrita de “n“ em vez de “m“ antes de “p“ ou “b“;
Substituição de “r“ por “rr“.

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 MDC - Elda Sá

Avaliação da Disortografia
Centrada no sistema de escrita da língua materna da criança
Recolha de informações do nível ortográfico em que a criança se
encontra  tipos de erros ortográficos e a sua frequência de
ocorrência na escrita

Deve conter:
Observação dos trabalhos escolares
Realização de ditado sem correção e autocorrigido, escrita
de textos longos e curtos, ditado de pseudopalavras, cópia,
ditado de letras, de escrita de palavras a partir de figuras,
ditado de frases e palavras, completar palavras com um ou
mais grafemas, completar frases com palavras e composição
escrita descrevendo problemas reais usando conteúdos das
diversas disciplinas académicas para a solução dos mesmos.

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Prova de Avaliação da Ortografia

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 MDC - Elda Sá

Prova de Avaliação da Ortografia

Objetivo  Avaliação do desempenho ortográfico de crianças

do 3º e 4º ano de escolaridade, permitindo analisar os tipos de
erros cometidos pelas crianças.

Tarefa  Consiste no ditado de 89 frases, para que a criança

possa escrever a(s) palavra(s) em falta.

Instrução  “Neste jogo vou dizer-te um conjunto de frases e

tu terás que escrever como souberes as palavras que faltam
nestes espaços em branco”.

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Prova de Avaliação da Ortografia – Cotação

e Interpretação

Cada acerto é cotado com 1 ponto e cada reprodução errada é

cotada com 0 ponto, pelo que os resultados podem variar entre 0 e
89 pontos.

Cada item, só pontua se todos os espaços estiverem corretamente

preenchidos.

0 a 40 pontos 41 a 49 pontos 50 a 89 pontos

• Desempenho • Desempenho • Bom desempenho
ortográfico fraco ortográfico ortográfico
satisfatório

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 MDC - Elda Sá

Discalculia

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Definição de Discalculia

Desordem neurológica específica que afeta a habilidade de uma

pessoa compreender e manipular números. Termo usado
frequentemente para designar a inabilidade de executar
operações matemáticas ou aritméticas, mas é definido por
alguns profissionais como uma inabilidade para conceitualizar
números como um conceito abstrato de quantidades
comparativas.

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 MDC - Elda Sá

Características da Discalculia

Confusão das operações de adição, subtração, multiplicação e

divisão;
Problemas de lateralidade;
Falta de sentido de orientação temporal e espacial;
Dificuldade de distinção de grandezas numéricas;
Dificuldade com tabelas de tempo, horários e aritmética
mental;
Dificuldade de apreender e recordar conceitos matemáticos,
regras, fórmulas e sequências matemáticas;
Dificuldade de manter a contagem durante jogos.

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Avaliação da Discalculia

Deverá contemplar o desempenho em cada domínio cognitivo

específico e as influências mútuas entre eles:
formação de conceitos
velocidade de processamento da informação
memória (nomeadamente de trabalho)
descodificação de símbolos
domínio de leitura e escrita
atenção
senso numérico
domínio de procedimentos
noções de tempo e espaço

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 MDC - Elda Sá

Avaliação da Discalculia

Recomenda-se que as habilidades matemáticas sejam

avaliadas de diferentes formas:
Oralmente e por escrito.
Com e sem papel de apoio.
Com objetos concretos.
Apresentação do problema e, em caso de dificuldade e/ou
erro, apresentação da conta.
Apresentação de problemas: oral e escrito, com e sem
papel, com as contas, só as operações envolvidas
(procedimento), alternativas (pesquisar estimativa).

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Bateria de Testes Neuropsicológicos

para Processamento Numérico e
Cálculo em Crianças

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 MDC - Elda Sá

Bateria de Testes Neuropsicológicos para Processamento

Numérico e Cálculo em Crianças (ZAREKI-R)

Objetivo  Identificar e especificar o perfil das várias habilidades

matemáticas básicas, necessárias para o domínio do cálculo e da
aritmética.

Duração aproximada  30 a 45 minutos

Destinatários  Alunos do 3º e 4º ano de escolaridade

Cotação  A pontuação total é calculada pela soma dos

subtestes, exceto a Memória de Dígitos.

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ZAREKI-R - Subtestes

1. Enumeração de Pontos  É composto de duas tarefas. Primeiro a

criança deve contar mentalmente o conjunto de pontos mostrados
em três folhas. A seguir, deve ler em voz alta um outro conjunto
de pontos apresentados em três folhas, simultaneamente apontar
cada ponto e depois escrever o resultado numa folha.

2. Contagem Oral em Ordem Inversa  A criança deve contar

inversamente de 23 a 1 e de 67 a 54.

3. Ditado de Números  A criança deve escrever, em numeração

árabe, 8 números apresentados oralmente (ex: 14).

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 MDC - Elda Sá

ZAREKI-R - Subtestes

4. Cálculo Mental  Pede-se para a criança resolver oito adições,

oito subtrações e seis multiplicações que lhe são apresentadas
oralmente (exs: 5+8; 14-6 e 3x2).

5. Leitura de Números  a criança deve ler oito números

escritos em numeração árabe (exs: 15 e 6485).

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ZAREKI-R - Subtestes

6. Posicionamento de Números em Escala Vertical  Composto de duas

partes, com escalas com '0' na base e '100' no topo. A) as escalas têm
linhas horizontais em vários níveis e a criança deve apontar para a
pequena linha horizontal que corresponde a três algarismos apresentados
pelo examinador oralmente, e mais três formas escritas; B) As escalas
verticais não apresentam pistas horizontais de localização dos algarismos,
e a criança deve marcar com o lápis a posição correspondente a três
algarismos apresentado oralmente, e outros três em forma escrita.

7. Memorização de Dígitos  Pede-se para a criança repetir, na ordem

direta e inversa, sequências crescentes de números (de 3 a 6 algarismos),
sendo quatro grupos de três sequências, na ordem direta e inversa; sendo
quatro grupos de três sequências, na ordem direta e inversa.

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 MDC - Elda Sá

ZAREKI-R - Subtestes

8. Comparação de Números Apresentados Oralmente  8 pares de

números são apresentados oralmente (ex: 34601 e 9678) e a criança
deve dizer qual dos dois números é maior.

9. Estimativa Visual de Quantidades  Parte percetiva: a criança deve

dar uma estimativa, a partir da breve apresentação visual do
número de itens presentes em quatro figuras (por exemplo, 89
copos).

10. Estimativa Qualitativa de Quantidades no Contexto  Parte

cognitiva contextual: a criança deve julgar proposições em termos
quantitativos (ex: ‘duas nuvens no céu’ é ‘pouco’, ‘médio’ ou
‘muito’).

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ZAREKI-R - Subtestes

11. Problemas Aritméticos Apresentados Oralmente  a criança

deve resolver seis problemas aritméticos apresentados oralmente
que aumentam gradualmente de dificuldade. O primeiro
problema é ‘O Pedro tem 12 berlindes e dá 5 à sua amiga Ana.
Quantos berlindes tem o Pedro agora?’.

12. Comparação de Números Escritos  dez pares de números são

apresentados em numeração árabe (por exemplo, entre 1007 e
1070) e a criança deve circular qual dos dois números é maior.

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 MDC - Elda Sá

ZAREKI-K (versão para o ensino pré-escolar)

Estruturalmente muito similar à Zareki-R

Composta por tarefas que apresentam um menor grau de

dificuldade

Cotação
A pontuação total é composta pela soma dos subtestes,
exceto Memorização de Dígitos.
Em alguns casos, a pontuação é fracionada pelo desempenho
em partes da tarefa.

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ZAREKI-K - Subtestes
A. Contar  Inclui tarefas de contagem direta (máx. até 30) e inversa
(10-0 e 20-0), contagem em pares (máx. até 20), antecessor e
sucessor e contagem concreta de figuras. Avalia a capacidade do
processamento numérico (Produção Numérica).

B. Problemas Matemáticos  Composto por 4 problemas numéricos

com dificuldade crescente, que incluem contas de adição e
subtrações. Avalia a capacidade para o cálculo.

C. Memorização de Dígitos  Consiste na repetição verbal de uma

série de números de dificuldade crescente. Avalia o processamento
numérico e o cálculo.

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 MDC - Elda Sá

ZAREKI-K - Subtestes

D. Adição/Subtração  Contempla duas tarefas de cálculo

concreto e outra oral, ambas com atividades de adição e
subtração. Avalia o cálculo.

E. Posicionamento de Números em Escala Vertical 

Contém duas tarefas que envolvem identificação
numérica concreta proveniente de informação verbal e
escrita em numeração árabe, dentro de escalas verticais
e linhas horizontais em vários níveis. Avalia componentes
secundários como a linha numérica mental.

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ZAREKI-K - Subtestes

F. Noção de Quantidade  Parte percetiva: tarefas de estimativa de

quantidade com objetos concretos: Avalia a capacidade de
compreensão imediata, avaliação de estimativa, comparação e
permanência de quantidades, englobadas no senso numérico.

G. Transcodificação  Composto por testes que envolvem a

transcodificação de informações verbais para escrita e visual para
oral, através de tarefas de leitura de numeração árabe, escrita
de números ditados verbalmente e ordenação de números e
quantidades. Avalia a capacidade de compreensão numérica
(Produção Numérica).

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 MDC - Elda Sá

ZAREKI-K - Subtestes

H. Noção de Quantidade  Parte cognitiva: Realização de uma tarefa

para avaliação contextual dos números orais, através das palavras
“pouco”, “médio” ou “bastante”. Avalia a habilidade de atribuir
uma quantidade que depende do contexto e não do valor numérico,
portanto avalia a compreensão numérica (ex: “três folhas numa
árvore” é “pouco”, “médio” ou “bastante”.).

I. Comparação de Quantidade  Realização de uma série de tarefas

que envolvem a capacidade simbólica numérica para comparação
oral, escrita, espacial e de acordo com a magnitude dos números
apresentados. Avalia a capacidade da compreensão numérica.

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Interpretação dos Resultados

Limitações inerentes à falta de estudos de validação para a

língua portuguesa (estudo brasileiro no prelo).

Preferência para a análise qualitativa  tipo de lacunas no

raciocínio matemático, orientações para a intervenção.

Análise quantitativa  desvio em relação à média individual 

pontos fortes e fracos.

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 MDC - Elda Sá

Bibliografia Recomendada
Condemarin, M. & Blomquist, M. (1989). Dislexia - Manual de leitura
corretiva. Porto Alegre: Artes Médicas.
Rebelo, J. (1993). Dificuldades da leitura e da escrita em alunos do
ensino básico. Rio Tinto: Edições Asa.
Ribeiro, I. S. (2004). Prova de avaliação da ortografia. Braga: SCPDH
Silva, A. C. (2008). Bateria de Provas Fonológicas. Lisboa: ISPA Edições.
Sisto, F. F. (2005). Escala de Avaliação da Escrita (EAVE). Relatório
técnico. Universidade São Francisco, Itatiba, São Paulo.
Von Aster, M., & Dellatolas, G. (2006). ZAREKIR - Batterie pour
l’évaluation du traitement des nombres et du calcul chez l’enfant.
Paris, France: Les Editions du Centre de Psychologie Appliquée.
Von Aster, M. G., & Dellatolas, G. (2006). ZAREKI- -R: Batterie pour
l’évaluation du traitement des nombres et du calcul chez l’enfant.
Adaptation francaise [Bateria de Testes Neuropsicológicos para
Processamento e Cálculo em Crianças, adaptação francesa]. Paris,
France: Les Editions du Centre de Psychologie Appliquée.

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Dúvidas

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Grata pela vossa atenção! Até breve!

Mudam-se os tempos,
mudam-se as vontades,
Muda-se o ser,
muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Luís de Camões

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