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MDC - Elda Sá

Curso de Especialização
Avançada no Luto
Módulo 2 - O luto nas crianças e nos
adolescentes

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CONTEÚDOS
O luto na infância
O luto na adolescência
O luto em contexto escolar
O luto antecipatório nas
crianças e adolescentes
Intervenção em situações de
luto específicas nas crianças
e adolescentes

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A visão da morte ao longo do desenvolvimento


› A forma como as crianças/adolescentes compreendem
e integram a morte depende da idade e do próprio nível
de desenvolvimento global.

› A/o criança/adolescente vai construindo o conceito de


morte ao longo do seu desenvolvimento cognitivo, de
acordo com as competências que vai adquirindo em
cada faixa etária.

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A visão da morte ao longo do desenvolvimento


› O conceito desenvolve-se ao longo de 3 níveis

Períododas
Período Pré- Período Operatório
Operações
operatório Formal
Concretas

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A visão da morte ao longo do desenvolvimento


1. Característico do período pré-operatório (2 aos 4anos)
– Não há clara oposição entre seres animados e inanimados.
– Julgam que há vida na morte, não compreendendo este
conceito como um processo definitivo e irreversível.
– Sentem saudades do familiar que morreu como se ele
estivesse, p. ex., internado no hospital.
– A morte traduz-se num sentimento de abandono.
– Egocentrismo dominante  a criança pode convencer-se que
foi a causadora da morte (porque disse à pessoa algo que não
devia ou porque já desejou a sua morte).

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A visão da morte ao longo do desenvolvimento


2. Característico do período das operações concretas (5 aos 9 anos)
– Já são capazes de distinguir entre seres animados e inanimados.
– Já estabelecem uma oposição entre a vida e a morte, não atribuindo vida e
funcionamento biológico a este estado.
– Definem-na a partir de aspetos preceptivos, não sendo capazes de
estabelecer generalizações ou dar explicações biologicamente essenciais.
– Já compreendem a morte como uma condição definitiva e permanente.
– Muitas vezes veem a morte como alguém que veio buscar a pessoa.
– Não acreditam que também elas vão morrer um dia.
– Fazem uma grande confusão entre fantasia e realidade.

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A visão da morte ao longo do desenvolvimento


2. Característico do período operatório formal (10 aos 12 anos)
– As crianças já estabelecem claramente a distinção entre seres
animados e seres inanimados.
– Reconhecem a morte como extensiva a todos os seres vivos e dão
explicações biologicamente essenciais.
– A conceção de morte é mais abstrata, tal como nos adultos.
– Compreendem que a morte é definitiva.
– As crianças têm medo de morrer e questionam-se sobre o que lhes
acontecerá no futuro.
– Estes pensamentos surgem no final do dia, em especial na hora de
dormir.
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A visão da morte ao longo do desenvolvimento


▪ ADOLESCÊNCIA
▪ Capacidade cognitiva semelhante ao adulto  compreensão dos aspetos
de irreversibilidade (caráter imutável), não funcionalidade (cessação das
atividades vitais) e universalidade da morte (vulnerabilidade de todos os
indivíduos).
Auge das condições físicas e cognitivas
Fase de descobertas sobre si mesmo e sobre o mundo
Sensação de liberdade e de omnipotência

Embora exista o domínio cognitivo sobre o fenómeno da morte, a


consciência sobre a sua universalidade parece não ser total.
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A visão da morte ao longo do desenvolvimento


› Adolescência  tarefa desenvolvimental mais relevante é a
construção da sua identidade.

› O jovem já entende a morte, mas não pensa muito sobre ela, pois
é tida como algo superficial e parece-lhe muito longe da sua
realidade.

› Entendem a morte como fim, mas não pensam na forma como


poderá acontecer, podendo surgir na sequência dos seus atos
impulsivos  sentimentos que continuam mesmo após a perda
de um ente querido.
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A visão da morte ao longo do desenvolvimento


› Mitos associados ao luto na adolescência
– O adolescente faz o luto fácil e rapidamente, dada a sua
resiliência
– A expressão emocional do adolescente é semelhante à do
adulto
– O adolescente deve ser impedido de contactar com a pessoa
em causa imediatamente antes e depois da sua morte, uma vez
que estas memórias podem ser prejudiciais
– A participação do adolescente no funeral não é construtiva
– É impossível algum tipo de preparação para o confronto com a
morte, pelo que o mesmo pode constituir perigo para o
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Como abordar a morte junto da criança e do


adolescente
Criança Adolescente
• Recurso a atividades lúdicas • Contar sempre a verdade (A
(Filmes, histórias, técnicas distorção pode interferir na
laboratoriais, etc.) compreensão e aceitação da
• Uso de linguagem adequada à perda!)
realidade da criança (Estrelas, • Esclarecer todas as dúvidas (Por
viagem, céu, entre outros) mais ridículas que pareçam ser!)

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Expressão emocional e comportamental da


criança e adolescente em luto
› Relação da criança com a morte e reação à perda de um ente querido
 moduladas pela fase desenvolvimental em que se encontra.
› Na adolescência:
Múltiplas perdas daadolescência
Perdas do corpo infantil
Perda dos pais da infância (fimda idolatria)
Perda da identidade e do papel infantil

Maior dificuldade em lidar com a própria


finitude, uma vez que associam outros tipos de
perda inerentes da própria fase à perda da sua
própria identidade.

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Expressão emocional e comportamental da


criança e adolescente em luto
› Situações inesperadas para a criança/adolescente podem levar à
criação de barreiras para se proteger desse sofrimento.
› Por vezes surgem situações de luto tardio na/o
criança/adolescente, pois a dor pode manifestar-se apenas quando
esta/e está pronta/o e é capaz de suportá-la.
› Maior sofisticação na compreensão e resposta à morte na
adolescência do que na infância, mas não vivem o luto como o
adulto.
› Na adolescência o luto é vivido de forma mais intensa do que na vida
adulta  pequenas explosões (verbais/físicas) vs. esforço no
controlo das emoções (indiferença/silêncio).

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Luto Normal e Patológico


› Teoria da Vinculação de John Bowlby
– Os laços criados com as figuras parentais desde o início da vida
surgem da necessidade de segurança e proteção.
– Mantém-se ao longo da vida como uma interação dinâmica.
– Face a uma perda significativa (pessoa ou objeto estimado)
desenrola-se um processo necessário e fundamental para que
o vazio deixado, com o tempo, possa voltar a ser preenchido 
LUTO (adaptação à perda).

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Luto Normal e Patológico


› Teoria da Vinculação de John Bowlby
– O processo de luto oferece a oportunidade de se deslindar dos
laços da vinculação;
– Mecanismo adaptativo e universal, que faz parte do ciclo vital
do ser humano, sendo inevitavelmente sofrido como uma crise
em qualquer altura do percurso desenvolvimental;
– Inclui a procura e o choro como mecanismos adaptativos,
desenvolvidos para recuperar a figura de vinculação perdida;
– É algo idiossincrático que varia de acordo com a faixa etária.

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Luto Normal e Patológico


› Teoria da Vinculação de John Bowlby
– A reação das/dos crianças/adolescentes à morte depende do
estádio do desenvolvimento cognitivo em que se encontram,
da maneira como os adultos lidam com elas/eles acerca da
morte e do grau de cuidados que tenham perdido.
– Numa perspetiva alargada, o luto pode incluir o sentimento de
perda, sentimento este que pode ser vivido num divórcio,
perda de emprego ou perda de saúde física.

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Luto Normal e Patológico

Casali Oliveira
Bowlby(1985) Kübler-Ross (1969) Sanders(1993) (2000) – específico
do luto infantil
• Choque • Negação e • Choque • Busca / Protesto
• Procura da figura • isolamento • Consciência da • Desespero e
• perdida • Raiva • perda • Desorganização
• Desorganização • Negociação • Conservação- • Recuperação e
(depressão e • Depressão Retirada Restituição
desespero) • Aceitação • Cura • Renovação
• Reorganização
(relativa
recuperação)

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Fases do Luto (Kübler-Ross,1969)


1. Negação/choque

– Fase, geralmente, de duração inferior às outras.

– A/o criança/adolescente é confrontada/o com um


acontecimento doloroso e recusa-se a aceitar que é verdade
ou procura uma explicação menos dolorosa.
› A minha avó foi de férias e depois volta!

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Fases do Luto (Kübler-Ross,1969)


2. Raiva
– A/o criança/adolescente vai-se apercebendo da realidade e
pode sentir níveis elevados de raiva  Porque é que isto me
aconteceu a mim?
– Fase muito delicada que, quando mal resolvida, pode originar
problemas na idade adulta
› Medo do abandono por outras figuras significativas
› Mundo como um lugar injusto e perigoso
› Relutância face ao envolvimento em relações de
proximidade / intimidade
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Fases do Luto (Kübler-Ross,1969)


3. Negociação
– Podem surgir sentimentos de culpa e autorresponsabilização
› Se eu me tivesse portado bem, nada disto tinha acontecido.

– A/o criança/adolescente pode tentar acordos com adultos e


tentar estratégias para trazer a pessoa de “volta”
› Se eu me portar bem, Deus vai trazê-lo de volta.

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Fases do Luto (Kübler-Ross,1969)


4. Depressão
– Sentimentos de tristeza, remorso, culpa e desesperança.
– Necessário permitir à/ao criança/adolescente lidar com estes
sentimentos e falar sobre eles.
– Podem surgir também pensamentos suicidas no adolescente
ou a criança demonstrar desejo de “ir também para o céu”.
– Deve averiguar-se se a/o criança/adolescente pensa nisto e,
em caso afirmativo, perceber se existe um plano ou uma
intenção de concretizar estes pensamentos.

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Fases do Luto (Kübler-Ross,1969)


5. Aceitação

– A/o criança/adolescente ganha consciência e aceita que a


perda aconteceu e que a sua vida continua, ainda que alterada
e diferente.

– Uma sensação de cura pode ser sentida, à medida que a/o


criança/adolescente se envolve nas suas atividades normais e
ganha o sentimento de esperança e confiança no futuro.

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Luto Normal e Luto Patológico

Normal Depressão
Morte (ou perda) de
um familiar ou Processo de Luto
amigo
Efeitos secundários
Patológico Ansiedade
(físicos/psicológicos)

Doenças
psicossomáticas

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Luto Normal
› No decorrer do processo de luto, a/o criança/adolescente pode
apresentar:
– Stress somático ou físico de algum tipo;
– Preocupação com a imagem da pessoa falecida;
– Culpa relacionada com a pessoa que faleceu ou com as
circunstâncias da sua morte;
– Reações de hostilidade;
– Incapacidade para um funcionamento normal relativamente ao
período anterior à perda;
– Parecer desenvolver no seu comportamento traços da pessoa
falecida.

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Luto Normal
› O que acontece perante uma perda sentida como significativa?

Sentimentos Sensaçõesfísicas

• Tristeza • Vazio no estômago


• Raiva • Apertono peito
• Culpa • Nó nagarganta
• Ansiedade • Bocaseca
• Solidão • Hipersensibilidade ao barulho
• Fadiga • Sensação dedespersonalização
• Desamparo • Falta dear
• Choque • Fraquezamuscular
• Anseio • Falta deenergia
• Emancipação
• Alívio
• Bloqueio desentimentos
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Luto Normal
› O que acontece perante uma perda sentida como significativa?

Cognições Comportamentos

• Descrença • Distúrbios do sono e doapetite


• Confusão • Isolamento social
• Preocupação • Comportamento “aéreo” com tendência
• Sensação depresença para oesquecimento
• Alucinações • Sonhos com a pessoa quefaleceu
• Suspiros
• Evitamento (ou obsessão) deobjetos /
situações que lembrema pessoa falecida
• Procura e chamamento pelapessoa falecida
• Hiperatividade
• Choro

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Fatores de um Luto Patológico


› Quem era a pessoa
› A natureza da ligação (força, segurança, ambivalência e conflitos
da ligação afetiva)
› Tipo de morte (natural, acidental, suicida ou homicida)
› Local geográfico onde a morte ocorreu (perto ou longe)
› Antecedentes históricos
› Variáveis da personalidade
› Variáveis sociais (Etnia, Religião, Etc.)
› Redes sociais de apoio
› Crises decorrentes do luto
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Tarefas do Luto
› Aceitar a realidade da perda
– Negação da perda
– Comportamentos de busca
– Negação do significado da perda
– Esquecimento seletivo

› Elaborar a dor da perda


– Negação da dor da perda
– Abolição de sentimentos

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Tarefas do Luto
› Ajustar-se ao ambiente sem a pessoa que faleceu
– Ajustamentos externos (funcionamento diário no mundo, novos papéis e
tarefas)
– Ajustamentos internos (sentido do self)
– Ajustamento de crenças (valores, crenças, considerações sobre o
mundo)

› Reposicionamento emocional em relação à pessoa que faleceu e continuar


a viver
– O luto termina quando a pessoa enlutada não tem mais a necessidade
de reativar a representação do falecido com intensidade exagerada no
dia-a-dia.
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Quando termina o processo de luto?


› O processo de luto termina quando as tarefas se encontram completas.
› Não existe uma duração exata para o processo.
› Quando se perde uma relação próxima é muito improvável levar menos
de um ano, podendo chegar aos dois anos ou mais!
› O processo de sofrimento é muito variável, levando normalmente muito
mais tempo que aquele que as próprias pessoas esperam.
› Datas especiais (feriados, férias, aniversários) podem reevocar a perda.
› O luto não é um processo que progride de forma linear, podendo
reaparecer para ser novamente trabalhado.

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Quando termina o processo de luto?


› As regressões são inevitáveis num processo de luto.

› Mesmo quando o enlutado já passou claramente para uma fase


seguinte, pode regressar a padrões anteriores durante alturas
stressantes ou de extrema fadiga.

› Um sinal de uma reação de sofrimento finalizada é quando a


pessoa consegue pensar no falecido sem dor e quando
consegue reinvestir as suas emoções na vida e nos vivos.

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Variantes do Luto Patológico


› O luto pode assumir diferentes formas:
– Luto ausente
– Luto inibido
– Luto conflituoso
– Luto inesperado

› Variantes do luto que distinguem o luto normal do luto patológico


– Luto atrasado
– Luto distorcido
– Luto crónico

É difícil determinar critérios de reações anormais perante o luto.


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O Luto Patológico
› Diferentes designações na literatura
– Luto patológico, luto anormal, luto não resolvido, luto complicado, luto
crónico, luto retardado ou luto exagerado.

› Intensificação, inibição, adiamento ou prolongamento das respostas


decorrentes do luto em si.

› Critérios para um luto patológico


– Ansiedade extrema face ao falecido
– Não aceitação da situação de perda
– Incapacidade de reinvestir na vida, em si próprio e/ou nos outros

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O Luto Patológico
› Reações típicas do luto patológico
– Luto crónico, em que o pesar continua durante vários anos
– Reação marcada por uma expressão emocional insuficiente
aquando da perda que, posteriormente, reaparece com
bastante intensidade
– Reação exagerada que leva o enlutado oprimido a um
comportamento desadaptado
– Reações mascaradas, caracterizadas por sintomas físicos,
psiquiátricos ou comportamentos acting out, que não são
associados pelo indivíduo à perda
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O Luto Patológico
› De todas as perdas sofridas, a morte de figura parental é a mais
traumática e dolorosa.

› Possíveis reações patológicas associadas:


– Desenvolvimento de doenças crónicas
– Baixa autoestima
– Distúrbios significativos ao nível do desempenho escolar
Dificuldades no relacionamento interpessoal

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O Luto Patológico
› Fatores que contribuem para a complicação do processo de luto
– Circunstâncias traumáticas da perda;
– Morte de crianças;
– Morte inesperada (acidente, suicídio ou homicídio);
– Múltiplas perdas;
– Baixa autoestima;
– Personalidade;
– Relação dependente;
– Historial de depressão;
– Problemas sociais;
– Etc.
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O Luto Patológico
› Fatores preditores de um luto complicado
– Classe social baixa
– Emprego limitado ou nenhum da figura de vinculação que resta
– Raiva elevada
– Ansiedade elevada
– Autorrecriminação elevada
– Falta de relacionamentos atuais
– Pedir ajuda

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O Luto Patológico
› Aspetos a ter em conta na avaliação do luto patológico
– Avaliar se houve perdas anteriores
– Não conseguir falar da perda sem demonstrar sentimentos de luto
intensos e recentes
– Factos aparentemente insignificantes podem desencadear
expressões de luto intenso (ex: filmes, luto de outras pessoas, etc.)
– Pessoas enlutadas que não permitem que ninguém mexa em nada
da pessoa que faleceu, preservando, passado muito tempo, o
contexto intacto
– Presença de sintomas iguais à pessoa que faleceu
– Não comparência a rituais fúnebres
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O Luto Patológico
› Aspetos a ter em conta na avaliação do luto patológico (cont.)
– Modificação radical de todo o ambiente (e.g. excluindo do
relacionamento pessoas que façam lembrar a pessoa falecida,
mudanças de cidade, etc.)
– Depressão com baixa autoestima ou, pelo contrário, grande euforia
– Compulsão para imitar comportamentos da pessoa falecida
(principalmente se o paciente não tiver consciência disso e se os
comportamentos não eram apreciados pela pessoa)
– Fobia da morte ou de doenças relacionadas com o tipo de morte da
pessoa falecida

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O Luto em Contexto Escolar


› Impacto nas atividades escolares

– Dificuldades em retomar e acompanhar as atividades escolares

– Dificuldades em manter o desempenho anterior à perda


durante o primeiro ano após a perda

– Problemas de atenção e concentração

– Retenção e absentismo escolar

– Escola como meio para ultrapassar a situação de luto

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O Luto em Contexto Escolar


› Comportamento positivo da comunidade escolar em relação ao aluno
enlutado

– Apoio prático por parte de professores e colegas

– Encorajamento pautado no senso comum

› Não fiques assim! Tens de ser forte! Também já passei por isso! Isso
vai passar!

– Adiamento ou alargamento do prazo das avaliações

– Explicações ou ajuda nos trabalhos escolares por parte dos colegas

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O Luto em Contexto Escolar


› Comportamento negativo da comunidade escolar em relação ao
aluno enlutado
– Indiferença da comunidade escolar em relação aos seus
dramas
– Dificuldades no relacionamento com os colegas
› Programas de reintegração nos grupos de amigos
› Problemas na interação com os colegas
› Problemas em manter os relacionamentos habituais, devido
às constantes variações de humor, apatia e tendência para
desgostar as pessoas, expressando a sua raiva
indiscriminadamente. ELDA SÁ | ELDA.MALHEIRO.SA@GMAIL.COM

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Casos Particulares de Luto

Relacionada com
acontecimentos de vida
Nos adultos
críticos (morte, divórcio,
desemprego, reforma)

Perda
Discussão com o melhor
amigo, ser ridicularizadas à
frente dos seus amigos, falta
de atenção dos pais após o
Nas crianças nascimento de um irmão
mais novo, morte do
empregado da escola, morte
de um animal de estimação,
de um herói da TV, etc.

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Casos Particulares de Luto


Qualquer criança/adolescente pode experienciar luto na sequência de
uma separação, divórcio ou doença grave

Algumas crianças ou adolescentes vivem no meio de guerras civis ou


sobreviveram a desastres, outros foram abusados ou rejeitados

Outros ainda passaram pelo fenómeno do bullying, foram indesejados


ou, simplesmente, foram ignorados pelo mundo envolvente

Estas perdas afetam a criança/adolescente e influenciam a pessoa


adulta em que ela se tornará

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Casos Particulares de Luto


› Há imensas perdas que todas as crianças e adolescentes têm de enfrentar
– A sua universalidade não deixa perceber o impacto que estas têm na/o
criança/adolescente

› A transição do ensino básico para o ensino secundário é algo que todas as


crianças enfrentam
– Para crianças mais sensíveis ou ansiosas, esta pode ser uma fase de grande
desafio

› A morte perinatal pode ser uma perda invisível para as crianças e para os
adolescentes em casa
– Não ver o irmão perdido pode tornar a morte menos real (sobretudo se a
sua perda não é reconhecida pelos pais também em luto)

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Casos Particulares de Luto


› Uma compreensão inadequada da perda, associada a pensamentos
mágicos (na infância), pode levar à crença de uma culpa pessoal pela
perda, ou levar à censura da perda sobre a letalidade dos pais.

› Esta crença pode aumentar a ansiedade da criança/adolescente e a


vulnerabilidade pessoal, resultando numa preocupação com a sua
própria segurança e bem-estar.

› Com este tipo de morte, a família faz o luto mais pelo que ela podia ter
tido do que pelo que ela perdeu.

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Casos Particulares de Luto


› Muitas vezes, a/o criança/adolescente não tem ninguém a quem se
dirigir, ninguém para a7o ajudar nas suas experiências

› Nem sempre a ajuda profissional sob a forma de aconselhamento ou


apoio psicoterapêutico é oferecida ou julgada importante

› Para ajudarmos um(a) criança/adolescente a ultrapassar essa dor, é


necessário que aceitemos a ideia de que ela/ele sofre com a perda

› Respeitando a seriedade deste assunto para a/o criança/adolescente e


percebendo que também para ela/ele se trata de um momento
doloroso, podemos ajudá-la/o a lidar adequadamente com o luto
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Preparação para a Morte


› As crianças aprendem o que é a perda desde muito cedo
– TV / Cinema - https://www.youtube.com/watch?v=jxFgp6aLF2M
– Histórias infantis

› A preparação para a morte, geralmente, acontece muito antes da


pessoa ter de enfrentar a morte do ente querido.

› No caso específico das crianças, os animais de estimação podem ser


uma parte importante deste processo de aprendizagem.

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Preparação para a Morte


› A perda de um animal de estimação pode ser extremamente
perturbadora

› Para algumas(uns) crianças/adolescentes é difícil admitir que a


perda do seu animal de estimação lhes custou mais do que a
morte de um parente

› Se falarmos destes acontecimentos à/ao criança/adolescente e


a/o ajudarmos a lidar com estas “mortes mais pequenas”, ela/ele
saberá lidar melhor com o sofrimento se alguma vez enfrentar a
perda de alguém
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Preparação para a Morte


› Alguns pais que, como resultado de uma doença ou de outra condição,
sabem que vão morrer, enquanto os seus filhos são ainda
crianças/adolescentes, podem ter a oportunidade de os ajudar a lidar
com a futura perda.

› As/os crianças/adolescentes que têm alguma espécie de aviso que a


morte (até a sua!) está próxima, sofrem menos do que aqueles que não
sabem de nada.

› A oportunidade de pensar com os seus pais acerca de como será a vida


sem eles, pode ajudar as crianças/adolescentes após a morte dos
mesmos.
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Preparação para a Morte


› As/os crianças/adolescentes precisam de informação clara e
verdadeira e da oportunidade de chorar, pensar e falar sobre
estes assuntos com os adultos.
› Dizer a uma criança que o seu pai/mãe vai de férias, vai dormir
fora ou foi embora, simplesmente torna a criança ansiosa quanto
às férias, ao dormir fora ou com a possibilidade das pessoas se
irem embora.
› Para os adolescentes, também pode significar que não podem
confiar nos adultos.

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Preparação para a Morte


› As crianças precisam de ser ajudadas a entender o significado da
morte.

› A antecipação da perda devido a uma doença física pode ser tão


perturbadora para as famílias quanto a morte efetiva de um dos
seus membros  Luto antecipatório

› Uma mistura de sentimentos e transições (incerteza face à data


vs. esperança de um “milagre”) associada à perda antecipada
implica todas as dimensões familiares ao longo do tempo.
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Preparação para a Morte


› Luto Antecipatório
– A experiência de antecipação da perda envolve uma gama de
respostas emocionais antecipadas  ansiedade de separação,
solidão existencial, tristeza, desapontamento, raiva, ressentimento,
culpa, exaustão, desespero…
– Influencia poderosamente a dinâmica da família, à medida que esta
se tenta adaptar à perda antecipada.
– A vivência da perda ameaçada numa família varia em função do tipo
de doença, das exigências psicossociais da doença ao longo do
tempo e do grau de incerteza do prognóstico.
– O luto começa antes do falecimento, quando este se considera
inevitável.
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Preparação para a Morte


› Luto Antecipatório (cont.)
– Este luto antecipatório ajuda a preparar o luto posterior
› Facilita o desapego emotivo antes de ocorrer a morte
› Oportunidade para tomar consciência da separação
eminente e do seu significado
› Alivia o possível choque
› Oportunidade para viver as relações de um modo mais
autêntico e transparente;
› Ajuda a libertar os próprios estados de ânimo e a programar
o tempo que falta para a morte.
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Intervenção Psicológica no Luto

Intervenção no luto
Intervenção no luto normal
patológico

Identificar os obstáculos que


Facilitar tarefas dificultam a resolução das
tarefas

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Intervenção no Luto Patológico


› Obstáculos frequentes
– Conflito de separação
– Não aceitação da presença do luto complicado

› Deve fazer-se entender que algumas tarefas devem ser


cumpridas mesmo que incluam o sofrimento.

› Necessárias entre 8 a 10 sessões individuais  Exploração de


sentimentos que ainda não foram vivenciados.

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Intervenção no Luto Patológico


› Não deve ser prolongada no tempo.

› Periodicidade bissemanal  foco na vivência dos


sentimentos negativos.

› A intervenção deverá iniciar-se uma semana do após o


falecimento, sendo que pode decorrer em ambiente
formal ou informal, incluindo a própria casa (se o luto
não for patológico).

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Intervenção no Luto Patológico

Situações de risco para as/os


crianças/adolescentes

• Famílias numerosas e dependentes da pessoa falecida


• Relações afetivamente ambivalentes
• Problemas financeiros decorrentes da morte
• Falta de apoio social
• Situações traumáticas de morte

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Intervenção no Luto Patológico

Objetivos da Intervenção

• Desenvolver um processo de luto saudável


• Completar o processo de “deixar ir” o ente querido
• Reinvestir na vida com alegria
• Resolver o luto e reinvestir em relações com os pares
• Reestabelecer o nível de funcionamento anterior ao luto
• Resolver sentimentos de culpa, depressão ou raiva
associados à perda

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Intervenção no Luto Patológico

Tarefas Básicas da Intervenção Psicológica

• Ajudar a pessoa a dar-se conta da perda


• Ajudar a pessoa a identificar e expressar sentimentos
• Ajudá-la a viver sem a pessoa que faleceu
• Facilitar o reposicionamento emocional da pessoa que faleceu
• Fornecer tempo para o luto
• Interpretar o comportamento normal
• Oferecer apoio continuado e não só pontual na fase aguda do
luto
• Examinar defesas e estilos de lidar com o problema
• Identificar sintomas patológicos para a terapia

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Intervenção no Luto Patológico

Estratégias que podem ser utilizadas

• Linguagem evocativa
• Utilização de símbolos
• Role-playing
• Reestruturação cognitiva
• Livro de memórias
• Escrita
• Desenho
• Imaginação guiada

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Intervenção no Luto Patológico


› Construir ativamente uma relação de confiança com a/o
criança/adolescente

› Proporcionar um contexto seguro, no qual a/o


criança/adolescente possa identificar, expressar e lidar com os
sentimentos relacionados com a perda

› Pedir à/ao criança/adolescente para contar a história da perda e


identificar os sentimentos relacionados com a perda

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MDC - Elda Sá

Intervenção no Luto Patológico


› Pedir à/ao criança/adolescente para escrever uma carta (ou fazer
um desenho à pessoa querida) no/a qual descreve os seus
sentimentos

› Usar técnicas que facilitem a compreensão da/o


criança/adolescente acerca do processo do luto
– Técnica mútua de contar histórias
– Técnica de “Antes e Depois” (desenho/carta dela própria antes
e depois da perda)
– Composição de músicas ou discussão de dilemas

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Intervenção no Luto Patológico


› Técnicas específicas para intervenção com crianças:
– Ajudar a criança a expressar os seus estados emocionais
acerca da perda (usando bonecas, fantoches, Oficina de
Contos)
– Ler uma história acerca do luto, na qual uma personagem diz
adeus e depois discutir a história com a criança (“É urgente
ajudar!”)
– Ajudar a criança e os pais a compreenderem as fases do
processo de luto e ajudar os pais a responderem às questões
que a criança possa levantar

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Intervenção no Luto Patológico


› Ajudar a/o criança/adolescente a encontrar respostas para as
suas questões, podendo começar-se por ajudá-la/o a fazer uma
lista de questões acerca de uma perda específica

› Ajudar a/o criança/adolescente a identificar, classificar e


expressar os seus sentimentos relacionados com o luto e a fazer
um registo diário dos sentimentos e pensamentos relacionados
com a perda

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Intervenção no Luto Patológico


› Utilizar algumas estratégias dos modelos experienciais, das
tarefas inacabadas (pedir desculpa, tirar dúvidas)
– Diálogo da cadeira vazia
– Escrever uma carta e colocar na campa da pessoa falecida
– Deitar algo ao mar
– Etc.

› Ajudar a/o criança/adolescente a fazer uma lista acerca das


coisas boas da pessoa e como poderá recordá-las

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MDC - Elda Sá

Intervenção no Luto Patológico


› Pedir à/ao criança/adolescente para trazer para a sessão
desenho/pinturas ou objetos relacionados com o luto e falar
acerca deles

› Ajudar a/o criança/adolescente, através de perspetivas


experienciais, a gerir as suas emoções
– Sentir a raiva, aparentar estar com raiva, a intencionalizar e a
exagerar o sentimento e a sensação de raiva no corpo, a agir
com raiva, a expressar a raiva, a gerir a raiva (“Vamos vencer os
sentimentos maus” / “Eu quero, posso e mando!”)

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Intervenção no Luto Patológico


› Favorecer a visita acompanhada da(o) criança/adolescente à
sepultura da pessoa falecida, proporcionando um momento de
despedida, de expressão de sentimentos, de depósito na campa
de algo que ela/ele sinta (a saudade, p. ex.)
› Ajudar a/o criança/adolescente a fazer um álbum de memórias
acerca da pessoa querida, no qual se destacam as memórias
positivas
› Pode também fazer-se um role-play, no qual se coloca a/o
criança/adolescente a falar ao telefone com a pessoa, tendo
esta/este a possibilidade de pedir desculpa à pessoa por algo
acerca do qual se sinta culpada(o)
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Leitura de Referência
› Bowlby, J. (1990). Formação e Rompimento dos Laços Afectivos.
São Paulo: Martins Fontes;
› Chisholm, J. (1996). The evolutionary ecology of attachment
organization. Human Nature, 7, 1-38;
› Kovács, M. J. et al. (2002). Morte e Desenvolvimento Humano. São
Paulo: Editora Casa do Psicólogo: São Paulo.
› Eraso, I. C. (1999). Vivir e Morrir Conscientemente. Bilbao: Editorial
Desclée de Brower;
› Segal, J. & Simkins, J. (1996). Helping Children With Ill or Disabled
Parents – A Guide for Parents and Professionals. London: Jessica
Kingsley Publishers, Ltd;
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Leitura de Referência
Mallon, B. (1998). Helping Children to Manage Loss – Positive
Strategies for Renewal and Growth. London: Jessica Kingsley
Publishers;
Marcelli, D. (2002). Os estados depressivos na adolescência. Lisboa:
Climepsi Editores;
Parkes, C.M. (1998). Luto: Estudos sobre a perda na vida adulta. São
Paulo: Summus Editorial;
Rebelo, J. (2004). Desatar o nó do luto. Lisboa: Editorial Notícias;
Sanders, C. (1999). Grief. The Mourning After: Dealing with Adult
Bereavement (2nd ed.). New York: Jonh Wiley & Sons, Inc.;
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MDC - Elda Sá

Leitura de Referência
Walsh, F. & McGoldrick, M. (1998). A Family Systems Perspective on
Loss, Recovery and Resilience. In P. Sutcliffe, G. Tufnell & U. Cornish
(Eds.), Working with the Dying and the Bereaved. London: MacMillan
Press Ltd;
Walsh, F. & McGoldrick, M. (1998). Morte na Família: sobrevivendo às
Perdas. Porto Alegre: Artmed;
Worden, J. (1991). Grief Counseling and Grief Therapy. A Handbook
for the Mental Health Practitioner (2nd ed.). London: Routledge;
Worden, J.W. (1998). Terapia do Luto: um manual para o profissional
de saúde mental. (2ª edição). Porto Alegre: Artes Médicas.

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AGRADEÇO A
VOSSA ATENÇÃO!
ATÉ BREVE!
"Quando olhares o céu
de noite, eu estarei a
habitar uma delas, e
de lá estarei a sorrir;
então será, para ti,
como se todas as
estrelas sorrissem!
Desta forma, tu, e
somente tu, terás
estrelas que sabem
sorrir!"
O Principezinho,
Saint-Exupéry.
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