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“Avaliação Neuropsicológica”
Manual do Formando
Módulo II
Formadora
Manuela Páris
manelaparis_19@live.com.pt
facebook.com/mparisneuropsic
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Índice
I. Objetivos ............................................................................................. 4
a. Orientação ....................................................................................... 11
b. Raciocínio ........................................................................................ 11
c. Atenção ........................................................................................... 12
d. Memória .......................................................................................... 15
f. Linguagem...................................................................................... 20
h. Gnosias ........................................................................................... 25
V. Bibliografia ........................................................................................ 29
2
Abreviaturas
AP – Avaliação Psicológica
AN – Avaliação Neuropsicológica
3
I. Objetivos
4
II. Avaliação Psicológica vs Avaliação Neuropsicológica
Avaliar/conduzir uma avaliação com fins profissionais não é tarefa fácil. Passo
a citar os propósitos de uma avaliação, de acordo com Meyert e seus colaboradores
(2001), citado por Maaloy-Diniz, Fuentes, Matos e Abreu (2018, pág.3):
Avaliação Psicológica
Algumas questões breves sobre a Avaliação Neuropsicológica (AP):
o Uma das áreas mais antigas da ciência psicológica;
o Surge diretamente associada ao desenvolvimento de métodos
científicos objetivos para a quantificação e mensuração dos
5
fenómenos psicológicos, principalmente aplicados à educação e
seleção de pessoas;
o Engloba um processo dinâmico e sistemático de conhecimento a
respeito do funcionamento psicológico das pessoas, adquirido a
partir de perguntas específicas, de maneira a orientar ações e
decisões futuras;
o Deve ter sempre por base métodos, técnicas e teorias psicológicas
com validade científica;
o Deve ajudar a descrever o funcionamento atual do indivíduo,
incluindo habilidades cognitivas, gravidade da perturbação e
capacidade para desenvolver uma vida independente;
o Ajuda no diagnóstico diferencial de perturbações emocionais,
comportamentais e cognitivas;
o Vários contextos de aplicabilidade: clínico, escolar, hospitalar,
organizacional, jurídico e desportivo (Anastacia & Urbina, 2000;
Meyer et al., 2001).
Avaliação Neuropsicológica
6
sistemas cerebrais desempenham nas atividades psicológicas e humanas (Maia,
Correia & Leite, 2009).
7
(Junqué & Barroso, 2005; Mumenthaler & Mattle, 2004; Bartolomé, Fernández & Ajamil, 2001;
Harvey, 2012)
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construção de um guia para a orientação dos pontos onde se deve investir na
estimulação ou, então, construir estratégias de substituição.
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paralisia cerebral;
alterações/síndromas genéticas;
défice cognitivo ligeiro;
stress/depressão/ansiedade (com consequência a nível da memória);
esclerose múltipla;
distúrbios tóxicos;
atraso mental;
em casos de diagnóstico diferencial (e. g. distinguir entre uma PHDA e uma
Perturbação Bipolar, na infância e adolescência);
… (Maia, Correia & Leite, 2009; Fuentes, Malloy-Diniz, Camargo & Cosenza,
2014; Harvey, 2012).
o O Papel do Neuropsicólogo
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III. Domínios a Avaliar
a. Orientação
Um dos primeiros aspetos a contemplar num processo de avaliação
neuropsicológica é a orientação do paciente. A orientação é um elemento básico da
atividade mental. Pequenos problemas ao nível da consciência são suficientes para
comprometer a orientação de um paciente quer no tempo quer no espaço. A
capacidade de orientação pressupõe a interação de várias outras capacidades
cognitivas, tais como atenção, perceção e memória e está sujeita à vulnerabilidade
dos efeitos de disfunção ou lesão cerebral. Pode-se subdividir a capacidade de
orientação em autopsíquica e alopsíquica:
b. Raciocínio
O raciocínio é um conceito complexo que pode ser integrado no conjunto das
funções executivas, as quais serão abordadas posteriormente. Esta componente
cognitiva é amplamente estudada nos testes psicotécnicos. Dentro da globalidade
do raciocínio podemos encontrar diferentes tipologias tais como: raciocínio
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abstrato, analógico, indutivo, dedutivo, percetivo e espacial. Uma das provas de
avaliação mais utilizadas na avaliação desta dimensão são as Matrizes Progressivas
de Raven (Raven, 2001).
c. Atenção
É vista como um fenómeno complexo que compartilha limites com (quase)
todas as outras funções cognitivas, nomeadamente capacidades percetivas (visuais,
táteis, tec,), memória, afeto e níveis de consciência. A sua avaliação é obrigatória
em qualquer processo de AN devendo, até, preceder todas as outras áreas a
investigar.
É necessário ter em conta o local onde decorre a avaliação, pois este deve
conter o mínimo de distratores possível.
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A atenção é um dos fenómenos mais estudos pela (neuro)psicologia e foi um
dos últimos processos a adquirir o estatuto de função cerebral superior e base de
muitos outros processos cognitivos. Atualmente, aceita-se a ideia de que a atenção
envolve um conjunto de redes de áreas neuronais que levam a cabo operações
específicas de processamento de informação. As principais áreas a destacar são:
1) rede atencional anterior – anatomicamente localizada em áreas frontais do
cérebro e relacionada essencialmente com a seleção de objetivos;
2) rede atencional posterior – associada à orientação visuoespacial da
atenção e constituída anatomicamente pelas áreas do tálamo, colículos superiores e
córtex parietal posterior (Idiazábal-Alecha et al., 2018).
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selecionar um objeto num determinado espaço, alterar o estímulo a ser
processado e inibir outros estímulos concorrentes (Perry, Watson &
Hodges, 2000).
- Algumas notas:
frequentemente, uma lentificação de processamento é indicativa da
presença de défices atencionais;
esta lentificação de processamento pode ser observada em várias situações:
lesões do sistema nervoso central, TCE’s mais graves, demências
subcorticais, perturbações do humor – depressão.
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1) Indivíduos que apresentam Normalmente ocorre devido à
tempo médio de reação elevado desatenção ou à lentificação excessiva,
(lentificação) com poucos erros que leva o paciente a emitir a resposta
por ação. após o desaparecimento do estímulo.
2) Indivíduos com respostas Pode ocorrer devido à impulsividade,
rápidas, mas que apresentam levando o paciente a responder na
número elevado de erros por ausência do estímulo-alvo ou, então, na
impulsividade. presença de um estímulo distrator.
(Malloy-Diniz, Fuentes, Mattos &Abreu, 2018).
d. Memória
A memória pode ser definida como uma aptidão que permite ao indivíduo
lembrar-se e permite-lhe também reconhecer-se num presente que é o produto da
sua história e a raiz do seu futuro. Não é unitária pois é mediada por processos que
são conduzidos por circuitos neuronais diferentes.
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- codificação: processamento de uma informação a ser armazenada;
Memória de Trabalho:
Também chamada por alguns autores de memória sensorial, é o termo
utilizado para definir um(s) sistema(s) que envolve a manutenção e a manipulação
temporária de informação (Baddley, 2002) com capacidade limitada, normalmente
segundos ou frações de segundos, não tendo a capacidade de formar traços
mnésicos. Também se pode considerar a Memória de Trabalho como a interface
entre a memória, a perceção e a atenção (Baddley, 1998). De acordo com Fuster
(2002), a área cerebral relacionada com este processo é o córtex pré-frontal
dorsolateral. Como exemplo da informação manipulada neste subsistema temos a
repetição imediata de um número de telefone.
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memória de trabalho e à qual é necessário atribuir um sentido de forma a
possibilitar a sua retenção a longo prazo. É nesta instância que a informação adquire
pela primeira vez um significado independentemente do tempo de duração da
retenção.
A transferência de informação da memória a curto prazo para a memória a
longo prazo acontece tendo por base a repetição da informação que entrou na
memória a curto prazo, uma vez que enquanto se repete a informação, ela se
mantém ativa na primeira para que possa ser transferida para a segunda. Feldman
(2001) fala em estratégias mnemónicas – quando a informação repetida várias vezes
é elaborada, o material é organizado de forma mais eficaz o que vai permitir que
seja transferido de forma mais correta para a memória a longo prazo.
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e. Funções Executivas
As Funções Executivas (FE’s) são vistas como um conjunto de capacidades que
permitem ao indivíduo direcionar os seus comportamentos aos seus objetivos.
Malloy-Diniz, de Paula Fuentes, Sedó & Leit (2014), definem estas funções
como “conjunto de processos mentais que, de forma integrada, permitem que o
indivíduo direcione comportamentos a metas, avalie a eficiência e adequação desses
comportamentos, abandone estratégias ineficazes em prol de outras mais eficientes e,
assim, resolva problemas imediatos, de médio e de longo prazo” (cit in Malloy-Diniz,
Fuentes, Mattos & Abreu, 2018).
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Área Manifestação comportamental/cognitiva
Outras causas:
Perturbações do neurodesenvolvimento (McTeague, Goodkind & Etkin,
2016).
- Avaliação:
Não deve ser restringida ao uso de testes neuropsicológicos, embora estes
sejam um ponto de partida para perceber qual o grau de comprometimento do
indivíduo nas diferentes modalidades das funções executivas. As entrevistas, a
observação comportamental e as escalas de avaliação dão informações acerca da
extensão dos défices e sobre o impacto dos comprometimentos no dia-a-dia do
sujeito. Tendo em conta a falta de insight que está muitas vezes presente nestes
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doentes, é relevante obter informação dos familiares ou outras pessoas que vivam
com eles (Malloy-Diniz, Fuentes, Mattos & Abreu, 2018).
f. Linguagem
A linguagem é uma faculdade cognitiva cuja função é traduzir os estímulos
que recebemos do meio ou dos eventos nos quais participamos, em símbolos ou
conceitos internos, a partir dos quais nos podemos expressar sob a forma de
conceitos, significados ou sentimentos de forma a que os outros nos percebam.
Tem um papel importantíssimo na adaptação do indivíduo ao meio ambiente. No
campo de atuação da neuropsicologia, a avaliação da linguagem tem sempre que
ter em conta os componentes linguísticos, cognitivos e sociais:
→ Componente cognitivo:
“Diz respeito à transformação dos múltiplos inputs do ambiente em
conhecimento, à organização, ao armazenamento e à recuperação.
→ Componente linguístico:
Diz respeito aos aspetos fonológicos e sintáticos, organizados mediante
regras, e aos aspetos semânticos e pragmáticos; relaciona-se com o conteúdo
lexical e dos discursos.
→ Componente social:
A linguagens é usada segundo regras sociais (pragmática). O modo como as
intenções comunicativas – atos de fala – são expressas e percebidas também
depende de constructos culturais” (Malloy-Diniz, Fuentes, Mattos & Abreu, 2018,
pág. 60).
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De um modo geral, a organização neuroanatómica da linguagem, na maioria
das pessoas, está concentrada no hemisfério esquerdo, especialmente nas áreas
frontais, no polo expressivo e, nas áreas temporais (polo recetivo). Contudo, e
embora seja por estas razões que o hemisfério esquerdo é considerado o hemisfério
dominante, também o hemisfério direito tem a sua importância na linguagem, na
medida em que concentra as seguintes componentes: prosódia, compreensão de
metáforas (abstração) e aspetos emocionais do discurso (Castro-Caldas, 2000;
Habib, 2000; Leal & Martins, 2005).
1
Perturbação da linguagem adquirida, causada por lesão cerebral nas estruturas responsáveis pelo
processamento da linguagem. Caracteriza-se por alterações em diferentes modalidades: compreensão
auditiva, expressão oral, leitura e escrita. Pode apresentar diferentes graus de severidade, variando desde
uma ligeira alteração da linguagem, como é o caso da anomia (dificuldade em evocar ou emitir nomes),
até uma mudança severa, onde se verifica uma perda da capacidade de emitir qualquer sinal linguístico.
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está integrada no grupo de perturbações neurológicas da fala e corresponde à incapacidade no controlo
das estruturas envolvidas na produção desta. Pode ocorrer devido a lesões em qualquer um dos diferentes
níveis do SNC (córtex cerebral, gânglios basais, cerebelo, tronco cerebral e medula espinal) envolvidos na
integração das atividades motoras da fala e lesões nos nervos periféricos ou ainda alterações que
interrompam a transmissão de impulsos nervosos.
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Tipo Discurso Compreensão Repetição Nomeação
não fluente
Broca normal pobre pobre
(agramatismo)
Wernicke não fluente pobre pobre pobre
g. Praxias e Visuoconstrução
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Praxia é a capacidade de realizar movimentos ou gestos intencionais, precisos,
coordenados e organizados com o objetivo de alcançar um fim ou resultado
específico (Malloy-Diniz, Fuentes, Mattos & Abreu, 2010).
Nota importante:
- “pacientes com perturbações cognitivas graves, problemas de memória,
motivacionais ou atencionais podem apresentar dificuldades na execução de atos
motores hábeis, em compreender, na recordação, na cooperação ou na manutenção
atencional, ainda assim, seus défices não são considerados apráxicos” (Heilman,
Watson & Gonzalez Rothi,1997, citado por (Malloy-Diniz, Fuentes, Mattos & Abreu,
2018).
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Acrescento a existência de três domínios de ação mais suscetíveis à
sintomatologia das apraxias:
- imitação de gestos;
- execução de gestos com significado sob comando;
- uso de ferramentas e objetos (Goldenberg, 2009)
Apraxia agrupar num todo coerente. É fácil perceber isto em consulta usando
Construtiva desenhos: não conseguem construir um desenho onde duas figuras
geométricas estejam incorporadas, mas conseguem reproduzi-las de forma
isolada.
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assobie). No entanto, o paciente consegue executar estes movimentos em
atos automáticos, como na mastigação.
h. Gnosias
Gnosia deriva do grego e significa conhecimento. Neste sentido, uma agnosia
aponta para falta de conhecimento. Mais concretamente, uma agnosia é uma
alteração da perceção, ou seja, da capacidade de reconhecer e interpretar o
significado de estímulos de determinada modalidade sensorial, embora as vias
sensitivas estejam preservadas.
- Agnosias Visuais
Alteração da capacidade de reconhecimento visual, apesar de a visão estar
intacta.
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- Agnosia Visual para Objetos
- Prosopagnosia
- Agnosias Táteis
Alteração da capacidade de reconhecimento tátil, apesar de não haver nenhum
problema com os órgãos dos sentidos responsáveis pelo tato.
- Astereognosia
- Agrafestesia
- Agnosia Digital
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Diminuição da capacidade de reconhecer ou selecionar dedos
específicos das próprias mãos ou das mãos do examinador. Por
exemplo, o paciente tem dificuldade em tocar na sua orelha direita
com o polegar esquerdo.
- Agnosias Auditivas
Incapacidade de reconhecer estímulos auditivos, embora a audição esteja
intacta.
- Amusia
Nota Conclusiva
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IV. Sugestão de Vídeos e Livros
https://www.youtube.com/watch?v=-GsVhbmecJA (AFASIAS)
https://www.youtube.com/watch?v=_0ljVeiflTY (AFASIAS)
https://www.youtube.com/watch?v=tNwfjEzyf9Y (AFASIAS)
https://www.youtube.com/watch?v=5LK9a-Pq5ow (DISARTRIA)
https://www.youtube.com/watch?v=QQONTie72eM (DISARTRIA)
https://www.youtube.com/watch?v=OkUGmvQ_Snc (FALSAS MEMÓRIAS)
https://www.youtube.com/watch?v=zm1OjHmLlYA (AGNOSIAS & APRAXIAS)
https://www.youtube.com/watch?v=raUUqbUQRpw (NEUROPSICOLOGIA)
Livros Recomendados:
o Neuropsicologia, teoria e prática. De Fuentes, Malloy-Diniz, Camargo
& Cosenza, 2014. Artmed.
28
V. Bibliografia
Baddley, A. (2002). Is Working Memory Still Working? European Psychologist, 7(2), 85-97.
Bartolomé, M.V.P., Fernandez, V.L., & Ajamil, C.E. (2001). Neuropsicología: Libro de trabajo
(2ª ed). Amarú Ediciones.
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29
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Malloy-Diniz, L.F., Fuentes, D., Mattos, P., & Abreu, N. (2018). Avaliação neuropsicológica
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