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Resumo
A ciência da aprendizagem contribuiu consideravelmente para a nossa
compreensão de estratégias eficazes de ensino e aprendizagem. No entanto,
poucos professores fora do campo estão a par desta disciplina científica. Nesta
revisão tutorial, nos concentramos em seis estratégias cognitivas específicas que
têm embasamento robusto de décadas de pesquisa: prática espaçada,
intercalação, prática de lembrar, elaboração, exemplos concretos e codificação
dupla. Descrevemos a pesquisa básica por trás de cada estratégia de pesquisa
aplicada relevante, apresentamos exemplos de implementação já existentes e
outros sugeridos, e fazemos recomendações para futuras pesquisas que ampliem o
alcance dessas estratégias.
Tabela 1: Seis estratégias para aprendizagem efetiva, cada uma ilustrada com um exemplo de
implementação advindo das bases biológicas do comportamento
Intercalação Alternar entre tópicos Depois de estudar o sistema nervoso periférico por alguns
enquanto estuda minutos, os alunos podem passar para o sistema nervoso
simpático e depois para o sistema parassimpático; da próxima
vez, os alunos podem estudar os três em uma ordem diferente,
observando que tipo de novas conexões eles podem fazer entre
os temas
Prática de Trazer informações Ao aprender sobre comunicação neural, os alunos podem praticar
lembrar aprendidas à mente a escrever como neurônios trabalham juntos no cérebro para enviar
partir da memória de mensagens (de dendritos, para soma, axônio, para botões
longo prazo terminais)
Exemplos Ao estudar conceitos Os alunos podem imaginar o seguinte exemplo para explicar o
concretos abstratos, ilustrá-los sistema nervoso periférico: um alarme de incêndio dispara. O
com exemplos sistema nervoso simpático permite que as pessoas saiam
rapidamente do prédio; o sistema parassimpático faz o corpo
voltar ao normal quando o alarme de incêndio desligar
Codificação Combinando palavras Os alunos podem desenhar dois neurônios e explicar como se dá
dupla com imagens a comunicação entre eles via fenda sináptica
3
Prática espaçada extensão do quanto a força de
armazenamento é aumentada depende da
Os benefícios da prática espaçada (ou força de evocação, e o relacionamento é
distribuída) ao aprendizado são sem dúvida negativo: quanto maior for a força real de
uma das contribuições mais importantes que evocação, menores serão os ganhos na
a psicologia cognitiva fez para a educação força de armazenamento. Assim, as
2(Kang, 2016). O efeito é simples: a mesma
informações aprendidas espremidas num
quantidade de estudo sobre uma dada curto tempo serão rapidamente esquecidas
informação repetida espaçadamente ao devido à alta força de recuperação e baixa
longo do tempo levará a uma maior retenção capacidade de armazenamento (Bjork &
dessa informação a longo prazo do que se a Bjork, 2011), enquanto que a aprendizagem
mesma informação for estudada no mesmo espaçada aumenta a força de
tempo, mas em uma única sessão de armazenamento por permitir que a força de
estudo. Os benefícios da prática distribuída evocação diminua antes de se reestudar. Os
foram demonstrados pela primeira vez professores podem introduzir espaçamento
empiricamente no século 19. Como parte de aos seus alunos em duas formas amplas.
uma extensa investigação sobre sua própria Uma envolve a criação de oportunidades
memória, Ebbinghaus (1885 /1913) descobriu para revisitar as informações ao longo do
que, quando espaçou repetições por 3 dias, semestre, ou mesmo em futuros semestres.
quase podia reduzir pela metade o número Isso envolve algum planejamento inicial e
de repetições necessárias para reaprender pode ser difícil de se fazer, dadas as
uma série de 12 sílabas em um dia (Capítulo limitações de tempo e a necessidade de
8). Assim, concluiu que “uma distribuição cobrir um currículo definido. No entanto, o
adequada de [repetições] ao longo de um espaçamento pode ser alcançado sem
espaço de tempo é decididamente mais grandes custos se os professores reservarem
vantajoso do que comprimir todos eles em alguns minutos por aula para revisar
uma única vez” (Seção 34). Para aqueles que informações de lições anteriores. O segundo
querem ler mais sobre a contribuição de método envolve atribuir o ônus de espaçar
Ebbinghaus para a pesquisa da memória, aos próprios alunos. Claro, isso funcionaria
Roediger (1985) fornece um excelente melhor com alunos mais velhos - ensino
resumo. Desde então, centenas de estudos médio e superior. Como o espaçamento
examinaram os efeitos do espaçamento requer planejamento antecipado, é crucial
tanto no laboratório quanto na sala de aula que o professor ajude os alunos a planejar
(Kang, 2016). A prática espaçada parece ser seus estudos. Por exemplo, os professores
particularmente útil em grandes intervalos de podem sugerir que os alunos programem
retenção: na meta-análise de Cepeda, sessões de estudo em dias que se alternam
Pashler, Vul, Wixted & Rohrer (2006), todos com os dias em que aquela matéria é
os estudos com um intervalo de retenção ensinada (por exemplo, cronograma de
superior a um mês mostraram um claro sessões de revisão para terça e quinta-feira
benefício da prática distribuída. A “nova enquanto a turma se reúne segunda e
teoria do desuso” (Bjork & Bjork, 1992) nos quarta-feira; veja a Fig. 1 para um horário
dá uma explicação mecanicista para os semanal mais completo de prática
benefícios do espaçamento ao aprendizado. espaçada). É importante notar que o efeito
Esta teoria postula que as memórias têm de espaçamento se refere a informações
força de evocação e força de repetidas várias vezes, em vez da ideia de
armazenamento. Enquanto a força de estudar diferentes materiais em uma sessão
evocação é pensada como útil para medir a longa, em contraposição ao espaçamento
facilidade com que uma memória pode ser em sessões curtas de estudo ao longo do
recuperada em um dado momento, a força tempo. Entretanto, para professores e
de armazenamento (que não pode ser particularmente para os estudantes que
medida diretamente) representa até que planejam um cronograma, a diferença sutil
ponto uma memória é realmente incorporada entre as duas situações (espaçamento de
na mente. Enquanto se estuda, tanto a força oportunidades de reestudo, versus
de evocação quanto a de armazenamento espaçamento de estudo de diferentes
recebem um impulso extra. Contudo, a informações ao longo do tempo) pode ser
Figura 1: Horário de prática de estudo espaçado de uma semana. Este cronograma é projetado para
representar um horário típico de um estudante do ensino médio. O horário inclui quatro sessões de estudo
de uma hora, uma sessão de estudo mais longa no final de semana e um dia de descanso. Observe que
cada assunto é estudado um dia depois que é coberto na escola, para criar espaçamento entre as aulas e
as sessões de estudo. Nota de direitos autorais: esta imagem foi produzida pelos autores.
Figura 2: Prática de estudo em bloco e prática de estudo intercalada com operações de frações. Na versão
em bloco, os alunos respondem a quatro problemas de multiplicação consecutivamente. Na versão
intercalada, os alunos respondem a um problema de multiplicação seguido por uma divisão e, em seguida,
um problema de adição, antes de retornar para multiplicação. Para um experimento com uma configuração
similar, veja Patel et al. (2016). Nota de direitos autorais: esta imagem foi produzida pelos autores. B
Ilustração de intercalação e espaçamento. Cada cor representa um tópico de dever de casa diferente.
Intercalar envolve a alternância entre tópicos, em vez de estudar em bloco. O espaçamento envolve a
distribuição do estudo ao longo do tempo, em vez de estudar tudo de uma vez. Intercalação inerentemente
envolve espaçamento com outras tarefas que irão naturalmente "preencher" os espaços entre as sessões
intercaladas. Nota de direitos autorais: esta imagem foi produzida pelos autores, adaptado de Rohrer
(2012).
Quando eles escrevem sobre intercalação, "espaçamento" (veja a Fig. 2b para uma
frequentemente estendem o termo para representação visual da diferença entre
conotar um currículo que envolve o retorno a intercalação e espaçamento). No entanto,
certos tópicos várias vezes ao longo do ano psicólogos cognitivos ainda não examinaram
(por exemplo, Kirby, 2014; ver “Learning os efeitos da estruturação do currículo dessa
Scientists” (2016a) para uma coleção de maneira, e questões abertas permanecem:
posts de vários outros professores). A circular repetidamente de volta para os
“intercalação” de tópicos em todo o currículo tópicos anteriores em todo o semestre
produz um efeito que é mais parecido com o atrapalha a aprendizagem de novas
que os psicólogos cognitivos chamam de informações? Quais são as técnicas eficazes
8
para intercalar informações antigas e novas novas situações (por exemplo, Butler, 2010;
dentro de uma classe? E como se determina Dirkx, Kester & Kirschner, 2014; McDaniel et
o equilíbrio entre informações velhas e al. 2013; Smith, Blunt, Whiffen & Karpicke,
novas?
2016); mas veja Tran, Rohrer & Pashler (2015)
e Wooldridge, Bugg, McDaniel & Liu (2014),
para estudos de práticas de lembrar que
Prática de lembrar mostraram transferência limitada ou que não
promoveram aumento em comparação com
Embora as provas sejam mais usadas em o reestudo). Efeitos da prática de lembrar na
ambientes educacionais como avaliação, um aprendizagem de ordem superior podem ser
benefício menos conhecido dos testes é que mais sensíveis a fatores de codificação do
eles realmente ajudam a memorizar a que a aprendizagem de fatos, como, por
informação testada. Se nós pensarmos em exemplo, a forma como o material é
nossas memórias como bibliotecas de apresentado durante o estudo (Eglington &
informação, então pode parecer Kang, 2016). Além disso, a prática de lembrar
surpreendente que a recuperação (que pode ser mais benéfica para a aprendizagem
acontece quando fazemos um teste) melhore de ordem superior se incluir mais base de
a memória; no entanto, sabemos após um conhecimentos (Fiechter & Benjamin, 2017;
século de pesquisa que a lembrança do mas ver Smith, Blunt et al., 2016) e
conhecimento na verdade fortalece-o (ver direcionar-se a questões aplicadas (Son &
Karpicke, Lehman & Aue, 2014). Mostrou-se Rivas, 2016).
Figura 3: Mapa conceitual que ilustra o processo e os benefícios resultantes da prática de lembrar. A
prática de lembrar envolve o processo de retirada de informações aprendidas da memória de longo prazo
para a memória de trabalho, o que requer esforço. Isso produz benefícios diretos através da consolidação
de informações aprendidas, facilitando a memorização posterior e causando melhorias na memória, na
transferência e nas inferências. A prática de recuperação também produz benefícios indiretos de feedback
para alunos e professores, o que, por sua vez, pode levar a práticas de estudo e ensino mais eficazes, com
foco em informações que não foram recuperadas com precisão. Nota de direitos autorais: esta figura
apareceu originalmente em um post de blog da primeira e terceira autoras (http://
www.learningscientists.org/blog/2016/4/1-1).
10
No entanto, a lembrança levou a um melhor novas informações. Testes frequentes
desempenho mais tardio de memória em também podem servir para diminuir a
comparação com o controle de reestudo. No divagação mental - isto é, pensamentos que
entanto, se o sucesso da lembrança for não estão relacionados com o material que
extremamente baixo, é improvável que os alunos devem estar estudando (Szpunar,
melhore a memória (por exemplo, Karpicke, Khan & Schacter, 2013).
que valham poucos pontos pode servir para Outro mecanismo pelo qual a elaboração
diminuir a ansiedade de testes (Khanna, pode conferir benefício para a aprendizagem
2015), e recentemente foi mostrado que é através da melhoria da organização
diminuem o prejuízo causado pelo estresse (Bellezza, Cheesman & Reddy, 1977;
na aprendizagem (Smith, Floerke, & Thomas, Mandler, 1979). Por esse ponto de vista, a
2016). Esta é uma linha particularmente elaboração envolve tornar as informações
12
mais integradas e organizadas com relativamente fortes em termos de eficácia
estruturas de conhecimento existentes. (Dunlosky et al., 2013; Pashler et al., 2007).
Conectando e integrando a informação a ser Esta técnica é chamada de interrogatório
aprendida com outros conceitos na memória, elaborativo, e envolve que os alunos
os alunos podem aumentar a extensão de questionem os materiais que estão
como as ideias são organizadas em suas estudando (Pressley, McDaniel, Turnure,
mentes, e esta organização aumentada Wood & Ahmad, 1987). Mais
presumivelmente facilita a reconstrução do especificamente, os alunos que usam essa
passado no momento da lembrança.
técnica se perguntariam "como" e "por que"
sobre os conceitos que são estudados (ver a
Elaboração é um termo tão amplo e pode
Fig. 4 para um exemplo sobre a física do
incluir muitas técnicas tão diferentes que é
voo). Então, essencialmente, os estudantes
difícil afirmar que elaboração sempre ajudará
tentariam responder a essas perguntas - seja
a aprendizagem. Há, no entanto, uma técnica
consultando seus materiais ou,
específica sob o guarda-chuva de
eventualmente, apenas suas memórias
elaboração para a qual há evidências
(McDaniel & Donnelly, 1996).
Figura 4: Ilustração de perguntas do tipo “como” e “por que” (ou seja, perguntas de interrogatório
elaborativo) que os alunos podem fazer enquanto estudam a física do voo. Para ajudar a descobrir como a
física explica o voo, os alunos podem se fazer as seguintes perguntas: “Como um avião decola?”; “Por que
um avião precisa de um motor? ”; “Como a força ascendente (que o faz subir) funciona?”; “Por que as asas
têm uma superfície superior curvada e uma superfície inferior plana?”; e "Por que há uma corrente
descendente atrás das asas?" Nota de direitos autorais: a imagem do avião foi baixada do Pixabay.com e é
grátis para usar, modificar e compartilhar.
Figura 5: Três exemplos de problemas de física que seriam categorizados de maneira diferente por novatos
e especialistas. Os problemas em (a) e (c) são semelhantes aparentemente, então os novatos os
agrupariam em uma categoria. Especialistas, no entanto, reconhecerão que os problemas em (b) e (c)
relacionam-se com o princípio de conservação de energia, e assim agrupariam esses dois problemas em
uma categoria. Nota de direitos autorais: a figura foi produzida pelos autores, baseado em figuras de Chi et
al. (1981).
va; o único post num blog que discutia consistentes com conhecimento prévio
exemplos concretos que fomos capazes de (Reed, 2008)?
3N. de T. Um paralelo pode ser feito entre este conceito da psicologia cognitiva e o conceito de
aprendizagem associativa explorado há muitos anos pelos neurocientistas (Bocchio et al., 2017 – Neuron
94:731-743; Aschauer & Rumpel, 2018 – Curr Top Behav Neurosci 37:177-211)
16
poder transmitir informações mais segue a noção de que um texto
sucintamente, as imagens também são mais acompanhado por informação visual
memoráveis do que as palavras (Paivio & complementar melhora o aprendizado. Paivio
Csapo, 1969, 1973). Na literatura de (1971, 1986) propôs a teoria de codificação
memória, isto é referido como o efeito de dupla como uma explicação mecanicista
superioridade da imagem. A teoria da para a integração de “códigos” de múltiplas
codificação dupla foi desenvolvida em parte informações para processar informações.
para explicar esse efeito. Codificação dupla
Figura 6: Exemplo de como melhorar a aprendizagem através do uso de uma imagem. Os alunos podem
ver esta representação visual da comunicação neural com as palavras fornecidas, ou eles mesmos
poderiam desenhar uma representação visual semelhante. Nota de direitos autorais: esta figura foi
produzida pelos autores.
Nesta teoria, um código corresponde a uma propriedades emocionais (Clark & Paivio,
representação modal ou de outra forma 1991; Paivio, 2013). Clark & Paivio (1991)
distinta de um conceito - por exemplo, fornecem uma revisão completa da teoria de
"imagens mentais para ‘livro’" têm codificação dupla e sua relação com a
propriedades visuais, táteis e outras educação, enquanto Paivio (2007) apresenta
propriedades perceptivas semelhantes um tratado abrangente sobre essa teoria. Em
àquelas evocadas pelos objetos de geral, a teoria de codificação dupla sugere
referência nos quais as imagens estão que fornecer várias representações da
baseadas” (Clark & Paivio, 1991, p. 152). mesma informação aumenta a aprendizagem
Aylwin (1990) fornece um exemplo claro de e memória, e aquela informação que mais
como a palavra “cachorro” pode evocar prontamente evoca representações
representações verbais, visuais e enativas4 adicionais (através de processos de imagens
(ver na Fig. 7 um exemplo semelhante para a automáticos) recebe um benefício
palavra “GARFO”, baseada em Aylwin, 1990 similar.Paivio & Csapo (1973) sugerem que
(Fig. 2) e Madan & Singhal, 2012A (Fig. 3)). códigos de linguagem verbal e de imagens
Códigos também podem corresponder a têm efeitos independentes e aditivos na
5 N. de T. “Meshing”, no original.
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