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Introdução

Estudar por conta própria não é tarefa simples. No entanto, a prática pode dar certo quando bem
organizada. Por meio de mapas mentais, resumos e controle do tempo, é possível achar um
método de estudo eficaz, que dê conta das várias matérias. Aprender melhor e mais rápido é o
objectivo principal das técnicas e tipos de estudo.

Os estudos podem ser classificados em observacionais ou experimentais. Os níveis de evidência


destes estudos estão hierarquizados de acordo com os seus graus de confiança que está
relacionado à qualidade metodológica dos mesmos.

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1. Tipos de estudos
Conseguir equilibrar as tarefas diárias, trabalho e estudos é missão difícil, mas necessária!
Afinal, o resultado é a manutenção da qualidade de vida e a conquista de uma boa formação. Ou
seja, um óptimo combo para enfrentar o dia-a-dia e garantir possibilidades futuras.

Porém, manter uma rotina de estudos eficiente depende dos horários disponíveis, da assimilação
e facilidade com a matéria, além de exigir muito esforço do aluno. Para ajudar, há métodos de
estudo com estratégias variadas. Eles focam no entendimento, na lógica e na plasticidade.
Abaixo estão descritos os tipos de estudos.

Estudo intercalado
O estudo intercalado nada mais é do que a distribuição das matérias em um momento próximo de
estudo. Pense, por exemplo, que em 3 dias você pode estudar matérias de humanas, exactas e
biológicas. Tudo isso sem se cansar e garantindo pleno entendimento!

Para tanto, basta separar uma quantidade proporcional de horas para cada assunto. A ideia,
porém, é não passar muito tempo em apenas uma área de estudo. Então, separe os temas de
acordo com os seus momentos livres e intercale as matérias.

A partir dessa divisão, o aluno é ―obrigado‖ a voltar no assunto anterior cada vez que for
continuar a matéria, evitando a procrastinação e forçando a memória para relembrar os tópicos
estudados. Com o estudo intercalado, a matéria não se acumula e não há desespero na véspera da
prova. São muitas vantagens em um só método!

Auto-explicação
A auto-explicação é uma variação do resumo. Porém, com esse método a ideia é ler o texto e
explicá-lo para você mesmo em voz alta.

Para isso, é sempre bom relacionar outras informações e matérias que possam ter ligação com a
leitura. Um exemplo é estudar história e relembrar os períodos anteriores e os principais

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acontecimentos do momento descrito — ou estudar biologia e relembrar a definição de cada
conceito e de cada nome citado.

Com a auto-explicação, o aluno trabalha a memória e o raciocínio, construindo uma linha de


pensamento que capta tanto o tema lido quanto os assuntos conectados.

Auto-interrogação
Com a mesma base, a auto-interrogação parte da leitura e da relação entre o tema actual e os
assuntos prévios — ou anteriormente estudados. Basta ler o artigo escolhido e, a partir disso,
elaborar perguntas que comprovem o seu entendimento.

Tais perguntas podem ser elaboradas com base no assunto ou em conceitos vistos na leitura. Um
exemplo é ler sobre um tipo de vanguarda literária e, depois, perguntar para você mesmo quais
são os principais autores da época, as obras renomadas e tentar lembrar exemplos de obras que
podem servir de exemplo.

É importante que as perguntas e as respostas sejam ditas em voz alta, para melhor fixação. Além
disso, essa técnica é direccionada para estudantes que estão cursando o ensino médio ou superior,
pois possuem bagagem maior de informações para respostas mais completas e perguntas bem
elaboradas.

Outra dica é pensar em tipos diferentes de perguntas para o mesmo tema, com abordagens que
podem ser cobradas em provas de fim de semestre ou em testes para bolsas de estudo e
vestibulares.

Estudo mnemónico
Sabe aquelas frases engraçadas para decorar a tabela dos elementos químicos? Ou o trocadilho
para fórmulas de física?

Esse método se chama mnemónico e pode ser usado em, praticamente, qualquer área — mas é
mais comum em disciplinas das exactas e biológicas, ou em assuntos de humanas que permitam
associação. Para isso, basta:

 Pensar em siglas em que cada letra lembre uma palavra ou um conceito;

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 Montar frases que possam ser associadas a uma ordem;

 Pensar em sentenças em que cada inicial faça referência a assuntos dentro de um tema em
comum, como Ana Tinha Calça Grande, para Adenina, Timina, Guanina e Citosina.

Além disso, palavras-chaves que retomam assuntos mais complexos também entram no método
mnemónico. Vale ressaltar que essa técnica é mais bem direccionada para fixação em curto prazo
— e é uma boa pedida para revisões em final de semestre.

Resumos e destaques
Claro que não há como ignorar métodos de estudo mais tradicionais. Afinal, a eficácia é
comprovada se o aluno apresenta familiaridade e compatibilidade com a estratégia. Entre essas
formas, fazer resumos e destacar partes importantes do texto são óptimas opções para aumentar o
repertório e focar nas partes principais de cada tema.

Porém, evite grifar em excesso ou fazer um resumo muito grande. O ideal é pontuar apenas os
trechos mais importantes do texto e, para o resumo, explicar de maneira sucinta a ordem dos
acontecimentos, a definição de conceitos e os elementos-chave, que podem ser cobrados
posteriormente.

Além disso, vale usar canetas coloridas, marcadores chamativos e itens que ajudam na
visualização, tanto no resumo quanto no trecho destacado.

Estudos observacionais
Os estudos observacionais permitem que a natureza determine o seu curso: o investigador mede,
mas não intervém na pesquisa. Esses estudos podem ser descritivos e analíticos. Um estudo
descritivo limita-se a descrever a ocorrência de uma doença em uma população, sendo,
frequentemente, o primeiro passo de uma investigação epidemiológica. Os principais estudos
descritivos incluem série de casos (descrição de uma série de pacientes) ou relatos de caso
(descrições de pacientes individuais), são especialmente úteis em situações de detecção de
epidemias, descrição de características de novas doenças, formulação de hipóteses sobre
possíveis causas para doenças, descrição de resultados de terapias propostas para doenças raras e
de efeitos adversos raros em doenças comuns.

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Método Robinson (EPL2R)
O método Robinson tem cinco passos fundamentais: explorar, perguntar, ler, rememorar e
repassar. Desenvolvido pelo psicólogo americano Francis Pleasant Robinson, em 1946, o
processo EPL2R é baseado nos princípios básicos do aprendizado.

O primeiro momento é de exploração do material de estudo, com leitura superficial de tópicos,


sumários e títulos. Esse contacto com o assunto deve resultar em dúvidas sobre a matéria,
indagações que levam os alunos ao segundo procedimento, que é fazer perguntas sobre temas
que chamam a atenção.

Com as perguntas formuladas, ocorre a primeira leitura aprofundada, objectivando responder


cada questão surgida anteriormente. Depois de encontrar a solução para as perguntas, a leitura
completa finalmente ocorre. Esse é o momento em que os candidatos lêem o material sem pensar
em aplicações do conteúdo, ou seja, apenas uma leitura tradicional.

Por fim, é a vez de repassar. Após aprender e organizar o conhecimento, a etapa final é uma
espécie de aula para si mesmo – e que pode ser feita na companhia de amigos – explicando os
conceitos mais importantes em voz alta.

Releitura
A primeira leitura de qualquer texto tende a ser dinâmica, por isso costuma não se prestar ao total
entendimento dos conceitos. Quando se trata de informações complexas, essa forma de ler não é,
nem de longe, suficiente para a construção dos conhecimentos.

Portanto, ler mais de uma vez é um método de estudo fundamental para o pleno entendimento
dos enunciados. Então, em vez de parar na primeira leitura, repita-a quantas vezes forem
necessárias à sua completa compreensão.

Faça sucessivas leituras, até conseguir se lembrar do que está escrito sem ter de consultar o
material. A quantidade de repetições varia de acordo com cada estudante, por isso é importante
persistir.

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Conclusão
Aprender melhor e mais rápido é o objectivo principal das técnicas de estudo. Desenvolvidos por
especialistas ou bem avaliados em rankings educacionais, alguns dos métodos já são populares
entre alunos que estão estudando. Eles podem ser facilmente aplicáveis na rotina de estudos.

Produtividade, foco e equilíbrio são mais do que só palavras mágicas. Essas ideias fazem toda a
diferença nos estudos e servem de impulso para técnicas e métodos de estudo. Baseado na
combinação de trabalho e relaxamento, o método define que períodos de esforço devem ser
recompensados com momentos de distracção.

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Bibliografia
Fletcher RH, Fletcher SW. Epidemiologia clínica – elementos essenciais. 4. ed. Porto Alegre:
Artmed Editora, 2006.

Oliveira DAL. Práticas clínicas baseadas em evidências. Módulo pedagógico. São Paulo: UNA-
SUS/UNIFESP; 2010.

Bonita R, Beaglehole R, Kjellstrom T. Epidemiologia Básica. 2ª ed. São Paulo: Grupo Editorial
Nacional; 2010.

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Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 3

1. Tipos de estudos .......................................................................................................................... 4

Estudo intercalado ........................................................................................................................... 4

Auto-explicação .............................................................................................................................. 4

Auto-interrogação ........................................................................................................................... 5

Estudo mnemónico.......................................................................................................................... 5

Resumos e destaques....................................................................................................................... 6

Estudos observacionais ................................................................................................................... 6

Método Robinson (EPL2R) ............................................................................................................ 7

Releitura .......................................................................................................................................... 7

Conclusão........................................................................................................................................ 8

Bibliografia ..................................................................................................................................... 9

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