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Factos Éticos
Código: 708194670
Ano: 3º
Nampula
Maio
2022
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Factos Éticos
Código: 708194670
Ano: 3º
Nampula
Maio
2022
3
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
Índice 0.5
Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução Descrição dos
1.0
objectivos
Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
Exploração dos dados 2.5
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
4
Índice
Introdução .................................................................................................................................. 6
Conclusão................................................................................................................................. 13
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Introdução
Dentro de uma sociedade, o foco geralmente é mais sobre o que pode ser considerado um
comportamento apropriado para as pessoas como um todo. As pessoas percebem as coisas de
maneira diferente, no entanto, e várias culturas compartilham crenças frequentemente
opostas; como tal, o que é considerado “certo” para um grupo pode não ser necessariamente e
universalmente consistente – e definir a ética social como um absoluto é muitas vezes muito
difícil.
Ética social, Macroética ou ainda Socioétnica é um termo cunhado no final do século 20 para
distinguir a ética em grande escala da ética individual, ou microética e é um tipo de ética
aplicada. A ética social lida com questões de grande escala, muitas vezes em relação a
princípios éticos ou regras normativas para orientar a acção. Microética é um termo
introduzido por Paul Komesaroff em 1995 e elaborado em uma série de trabalhos
subsequentes. O conceito, que se baseia especialmente no trabalho dos filósofos Edmund
Husserl e Emmanuel Levinas, é baseado no reconhecimento de que a maioria das decisões
éticas na vida quotidiana não são tomadas com base em argumento racional explícito ou
cálculo, mas sim ocorrem em um fluxo contínuo de relacionamentos e diálogos.
Frequentemente, os processos de julgamentos microéticos são intuitivos e podem até passar
despercebidos no momento. É o acúmulo de momentos microéticos infinitesimais que
compõe as grandes paisagens éticas em que vivemos.
Infelizmente há uma grande ausência de eticidade nos vários sectores da sociedade hodierna
gerando, assim, grande preocupação por saber que a ética é de fundamental importância em
todos os âmbitos sociais. Logo, a sua presença faz-se necessária diante da necessidade dos
indivíduos para um comportamento aceitável na vida social.
Admite-se que a ética esteja consagrada no bojo da família, da escola e da comunidade por
ser a base de uma sociedade mais justa e igualitária e que, portanto, carece de um olhar
humano mais aprofundado, pois ela é uma forma racional humana de viver em harmonia com
outros humanos.
A reflexão ética traz à luz a discussão sobre a liberdade de escolha. A ética interroga sobre a
legitimidade de práticas e valores consagrados pela tradição e pelo costume. Abrange tanto a
crítica das relações entre os grupos, dos grupos nas instituições e perante elas, quanto a
dimensão das acções pessoais.” (PCNs, p. 29-30. 2001)
A reprodução de valores impostos pela sociedade está sempre sendo feita com as orientações
do que é certo ou errado. Actualmente, é comum assistir-se a noticiários de comportamentos
reprováveis pela sociedade.
O significado da ética social: A ética é uma regra aplicada para restringir o relacionamento
com os outros, para que uma boa comunicação possa ser estabelecida e familiar. O mesmo
ocorre com as regras de ética social adoptadas por uma ordem social como resultado de
criações humanas criadas com o objectivo de manter boas relações e harmonia com a
comunidade.
A ética social é aplicável em uma comunidade e, às vezes, tem vida própria. A característica
que aparece depende da cultura e costumes aplicáveis em áreas onde a comunidade ou a
residência da comunidade. Então, a cultura ainda é influenciada mais pela mentalidade da
comunidade local, bem como pela localização e condições geográficas em que as
comunidades vivem.
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Ética e cidadania
Entende-se que a ética dedica-se aos estudos dos valores morais e os princípios do
comportamento humano perante a sociedade, garantindo o bem – estar social do cidadão. Não
poderia haver cidadania se a ética deixasse de ser cumprida. O cidadão ético é aquele que
sabe buscar os seus direitos e os seus benefícios sociais em conformidade da lei.
A ética deve ser compreendida como crítica reflexiva e responsável pela conduta humana em
todos os sectores sociais. “Ela é histórica e construída socialmente, tendo como base
referencial as relações humanas colectivas” (SOUZA).
A ética situa-se no campo dos princípios morais e dos valores que orientam os homens em
suas acções, tomando como referência outros indivíduos de determinada sociedade. Sendo
um produto histórico social, a ética ilumina a consciência humana à medida que “[… sustenta
e dirige as acções do homem, norteando a conduta individual e social […] e define o que é a
virtude, o bem ou o mal, o certo ou o errado, permitindo ou proibindo, para cada cultura e
sociedade.” (SOUZA, 1995, p. 187)
Contudo, está nitidamente percebível que a ética é algo que se constrói ao longo da vida.
Certas normas que, anteriormente, eram exigidas, actualmente passaram a ser cumpridas pelo
reconhecimento de sua importância, como o exemplo do professor Cortella: quando o uso do
cinto de segurança passou a ser de obrigatoriedade, alguns motoristas, para atropelar a lei,
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usavam camisas do Vasco, por apresentarem uma tarja preta e coincidir com o cinto, para
confundir os agentes de trânsito. Hoje ao entrar no veículo, a primeira coisa que se faz é
colocá-lo sem, no entanto, se precaver de multa mas da própria segurança. Portanto, conclui-
se que a ética vai se construindo a partir da conscientização no dia-a-dia.
A ética diz respeito ao código de princípios e valores morais que norteiam o comportamento
de uma pessoa ou mesmo de um grupo.
É comum ver cenas onde a falta de ética é constante, como por exemplo, o caso que está
ocorrer de finais de Dezembro de 2021 até então, onde o conselho de Ministro oprovou, na
sua generalidade o aumento de 100% do salários aos seus deputados
uma agente da operação Lei Seca multou um juiz por excesso de velocidade e acabou sendo
obrigada a pagar uma indenização no valor de R$ 5 mil ao juiz João Carlos de Souza Correa ,
como podemos ver a falta de ética do juiz em usar de forma inapropriada sua colocação
profissional para não ter a necessidade de pagar a multa.
Há várias pessoas que não se importam com a ética, apenas se preocupam com si mesmas e
em uma forma de conquistar algo, e neste processo muitos passam por cima de uma boa
conduta. O simples fato de sonegar um imposto é visto como um ato antiético pela sociedade
atual, mas passa como se não fosse, pois afinal tem-se a ideia de que se tal entidade faz isso,
não tem problema se fizermos também – este processo pode ser definido como a
naturalização de princípios antiéticos.
Muitas vezes somos tentados a decidir entre duas situações, onde geralmente uma nos
favorece menos, porém é correto, e outras podem nos beneficiar de alguma forma, seja
socialmente, financeiramente, mas não é o correto, e é nesses momentos em que somos
tentados a agir de forma antiética.
Portanto, a ética define padrões sobre o que julgamos ser certo ou errado, bom ou mau, justo
ou injusto, legal ou ilegal na conduta humana e na tomada de decisões em todas as etapas e
relacionamentos da nossa vida. A ética procura prezar aos princípios individuais de cada
pessoa, na qual cada grupo tem seus próprios valores, crenças e culturas. No entanto, ela
compõe uma maneira dos quais esses grupos e indivíduos demonstram suas próprias ações.
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Uma das principais razões pela qual os seres humanos se envolvem em comportamentos
antiéticos é a sua natureza essencialmente competitiva e a busca predominante pela vantagem
sobre algo ou alguém.
Mas precisamos recordar que os princípios éticos nascem de um sentimento social com a
agregação do respeito, da honestidade e da solidariedade aos seus semelhantes. O progresso
humano se dá a partir da valorização do trabalho, da fraternidade e principalmente da
liberdade. Dessa forma a ética vai interferindo, orientando e conduzindo o homem ao
cumprimento de sua função social e, consequentemente, de sua cidadania. O comportamento
do indivíduo em sociedade deve ser ajustado buscando sempre um desempenho virtuoso em
prol do bem comum.
Quais são os fatos na ética? Não há "fatos" morais na forma como entendemos os fatos.
Conhecemos os fatos do mundo porque eles podem ser detectados empiricamente. Podemos
tocar, cheirar, ouvir, provar ou vê-los, seja através de nossos sentidos directamente, ou
através da extensão mecânica de nossos sentidos. Este é o mundo do "é". Mas os filósofos
reconhecem que a "isness" não implica o "dever". Em outras palavras, só porque algo existe,
isso não significa que deveria ser assim. É por isso que um cientista, que conhece muito o
mundo material, não é necessariamente um bom guia ético. É a diferença entre conhecimento
e sabedoria.
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Fatos éticos são muito parecidos com fatos sobre uma equipe organizada. Você não pode
fazer qualquer reivindicação que você deseja sobre a equipa e estar certo. Suas opiniões
devem ser governadas por algo real. Da mesma forma, a ética está enraizada na realidade da
natureza humana, mas você não pode encontrar fatos sobre moralidade da mesma forma que
você pode sobre objectos materiais. A ética é uma forma de sentir, pensar, escolher e agir.
Como a moralidade está em movimento, ela não pode ser capturada por regras que são
completamente corrigidas em tempo e lugar.
Os fatos morais, também, são baseados na realidade. Essa realidade não é material, mas
relacional. Assim, enquanto há fatos éticos, esses fatos assumem sua existência quando
colocados no contexto das relações humanas. A moral, então, existe no reino que não é nem o
relativismo nem o dogmatismo. O Centro para o Estudo de Ética nas Profissões explica:
"Sem princípios orientadores, estudos de caso são difíceis de avaliar e analisar; sem contexto,
os códigos de ética são incompreensíveis. "Os princípios e valores éticos assumem sua
realidade no contexto das situações da vida.
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Conclusão
Após reflectir-se sobre o tema, percebeu-se a grandeza de sua importância e o imensurável
valor de sua conduta inserido nas acções humanas no dia-a-dia. Qualquer sociedade não pode
abster-se de um conjunto de normas e regras que normalize entre o convívio e induza ao
respeito entre seus participantes. A real existência de uma regra, qualquer e independente de
sua natureza da competência de quem tenha a elaborado, não garantem por si só que todos os
objectivos sejam alcançados de forma esperada. Portanto para quem desobedecer a estas
regras que foram direccionadas a serem seguidas correctamente, passa-se o individuo por
uma penalidade pelo não cumprimento desta regra, em algumas sociedades essas penalidades
variam de exposição pública, espancamento, prisão, e até mesmo a morte.
Evidenciando que toda a sociedade tem suas próprias regras estipuladas a serem seguidas, e
que a partir delas são criadas as punições, que podem coibir a transgressão dos valores éticos,
no entanto não significa sua extinção, nem mesmo representa o melhor caminho a ser
tomado.
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Bibliografia
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de filosofia. São
Paulo: Moderna, 2000.
NALINI, José Renato. Ética geral e profissional. São Paulo: revista dos tribunais,2001.