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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Sala 1

Tema:
Origem da Ética social e Principais Soluções da Liberdade

Nome: Lezito Hortêncio Armando;


Código: 708206782

Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa


Disciplina: Ética Social
3º Ano 1º Trabalho
Docente: Dr. Carlitos Victorino Mugawanha

Quelimane, Maio, 2022


Folha de Feedback
Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
Máxima
Tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
Organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5

Descrição dos objectivos 1.0

Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
Articulação e domínio do
discurso académico
(expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
Discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacionais
2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
Gerais parágrafo, espaçamento
entre linhas

Normas APA 6ª Rigor e coerência das


Referências 4.0
edição em citações/referências
citações e
Bibliográficas bibliográficas
bibliografia

Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor


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Índice
1. Introdução.............................................................................................................3
1.1. Objectivos...........................................................................................................3
1.1.1. Geral:...............................................................................................................3
1.1.2. Específicos.......................................................................................................3
1.2. Metodologia do Trabalho.................................................................................3
1.3. Estrutura do Trabalho......................................................................................3
2. O Nascimento da Ética.........................................................................................4
2.1. Etimologia da Palavra Ética.............................................................................5
2.2. Conceito Ética Social.........................................................................................6
2.3. Valor Científico da Ética Social.......................................................................7
2.4. O Facto Ético.....................................................................................................7
2.5. As Leis Humanas...............................................................................................8
2.6. O Direito Humano e a Ética Social..................................................................8
2.7. Características da Moral (Ético)......................................................................9
2.8. Normas da Ética..............................................................................................10
2.9. As Concepções da Ética..................................................................................10
2.9.1. Relação Vontade e Liberdade do Homem na Sociedade..........................11
2.9.2. Vontade Liberdade.......................................................................................11
2.9.3. Principais Soluções da Liberdade...............................................................11
3. Conclusão............................................................................................................13
4. Bibliografia.........................................................................................................14
1. Introdução
A Ética Social abarca duas dimensões de estudo. A primeira é da própria ética que se
relaciona com os hábitos e costumes e, a segunda, constitui a parte social do homem.
Implica dizer que o estudo da ética social como ciência tem sua especificidade que tenta
abarcar os dois elementos (O ético e o Social) deste modo ajuda a distinguir-se das outras
éticas tais como; a Ética Filosófica e Ética Profissional,  Ética militar e das outras
ciências que se assemelham no seu objecto do estudo. Para melhor compreender o estudo da
Ética social vamos apresentar as características principais do moral ético.
As características da moral ético são aspectos principais que moldam a agir
humano apesar de alguns destes não serem conhecidos pelo próprio homem,  podem
ser manifestados sem que este ponha em conta.  O nosso agir,  o nosso comportamento, o
costumes considerados Bom ou Mau fazem parte extrínseco do homem e,  outros elementos
da manifestação podem ser intrínsecos é o caso da consciência,  inteligência,  entre outros.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral:
 Compreender a origem da ética social e principais soluções da liberdade.
1.1.2. Específicos
 Descrever as características da ética social;
 Identificar os valores científicos da ética social;
 Apontar a relação vontade e liberdade do homem na sociedade.
1.2. Metodologia do Trabalho
O trabalho em alusão teve como metodologia as fontes bibliográficas que consistiu
na recolha, selecção, leitura e fichamento das obras e documentos normativos que abordam
a temática Origem da Ética Social e Principais Soluções da Liberdade.
1.3. Estrutura do Trabalho
O presente trabalho de pesquisa apresenta a seguinte estrutura: capa, feedback,
índice, conteúdo, conclusão e bibliografia.

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2. O Nascimento da Ética
Ética não se constitui num conjunto de pequenas regras, mas em princípios que
só podem ser compreendidos no seio de uma comunidade, na complexidade de suas
relações, de suas aspirações, etc. A história revela que as discussões sobre a ética remontam
o chamado período clássico. O berço da civilização ocidental, isto é, do modo ocidental de
compreender a realidade que cerca o homem, é a Grécia. Foram os gregos que cunharam
(moldaram) os termos, os conceitos e as palavras nos seus significados, aos quais fazem
referência os estudos do mundo ocidental, Morin (1989).
A concepção que os gregos desenvolvem em relação ao seu estudo para com os
planetas e sua realidade física é projectada na realidade humana. Em outras palavras, o que o
grego chama de Kosmos3 significa para ele não apenas universo, mas ordem, beleza,
harmonia, o qual corresponde ou nosso cosmo que também é chamado de universo e, assim,
como o observador encontrava tal equilíbrio para a ordem das estrelas, considerava o grego
que na órbita das relações humana deveria haver uma harmonia.
 A ética nasce como uma orientação (despertamento) de ordem interna ao homem e tem
preocupação com a harmonia das relações humanas;
Por assim dizer, a cultura grega da investigação não se manteve apenas no plano da
preocupação física, porém continuou seu aprofundamento na esfera mais intimamente
humana, a saber, moral, afectiva, enfim, mais interior ao homem.
 A ética guarda relação com plano moral, afectivo e relacional, embora destes não
dependa, Morin (1989).
É precisamente neste plano mais interior ao homem que reside à ética como
uma base para a ciência dos valores e das acções tendo sempre em vista algo que é comum e
justo. Isto porque para a ética, não obstante as variadas interpretações que pode comportar
pelos estudiosos, colocará sempre em jogo a realização de uma vida melhor, a vida feliz.
Por outro lado, se for considerado que a ética desenvolve-se no seio da sociedade e a
ela se dirige torna-se aceitável também a tese de que a ética deva manter um diálogo com o
meio social. Deste modo, a ética também se apresenta como um diálogo entre convicções
íntimas4 acerca da vida, da honestidade, da virtude, da não omissão ao mesmo tempo em
que analisa e considera a realidade exterior que configura situações singulares (imprevistas
ou incomuns).
Foi com renomado filósofo chamado Sócrates que a preocupação moral instala-se de
modo mais evidente, a partir da ênfase ao debate ético-político a que dá início o referido
filósofo. É importante considerar que se trata do século V a.C., ou seja, no momento em que

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se inicia um modelo de organização política que hoje é chamada de democracia, na qual, há
uma atenção voltada para o homem enquanto cidadão, isto é, habitante de uma cidade como
espaço comum de condutas diversas que precisam se harmonizar.
Naturalmente que o início das interpretações gregas da realidade remonta o
século XI a.C. (1200 anos antes de Cristo), o que significa que muitos dos termos podem se
perder ou sofrer alterações em seus significados ao longo do tempo. Daí a importância de se
resgatar o primeiro significado certamente mais autêntico, que se pode ter perdido no
distanciamento dos anos (Idem).
2.1. Etimologia da Palavra Ética
A etimologia do termo ethos (ética) apresenta duas interpretações:
a) Na primeira é entendida como costume. É o sentido prático da palavra. Esta
maneira de compreender o termo pode ser perigosa para a sociedade na medida em
que o costume pode ser negativo ou nocivo e, portanto, não seria aconselhável que o
costume dirigisse as acções humanas ou animasse suas regras, pura e simplesmente.
b) Na segunda e mais fiel é definida como morada. Neste sentido a compreensão se dirige à
busca de uma referência de onde partem princípios seguros efundamentais5, para vida e para
o âmbito das suas relações, quer de um homem para com o outro, ou quer do homem para
consigo mesmo, Teles e Henriques (1989).
Onde é a habitação (morada) primordial do homem? É aquela em que desenvolve
suas relações para além das diferenças em busca da conservação daquilo que lhe é comum e
não pode ser subtraído sem que haja um prejuízo irreparável. A vida é um exemplo, e hoje a
preocupação com a protecção com a vida vai até os limites da experiência intra-uterina, de
modo que uma gestante, pode pedir em juízo, uma pensão para o filho que está gerando a
um pai que lhe tem negado amparo.
Deste modo, quando alguém tenta tirar a própria vida e o poder público está
presente, seja o bombeiro, o policial ou mesmo o cidadão comum tenta impedi-lo de fazê-lo.
Curioso é notar que o próprio poder público através de representantes actua para garantir a
vida na esfera privada impedindo uma escolha individual.
Desenvolver a concepção da ética como morada é afirmar que não se pode se
construir um código para a prática de acções, qualquer que seja a conduta esperada, na
ausência de uma origem anterior às próprias acções. Não se podem fazer verdadeiras
escolhas, que fundem um costume digno de crédito, sem um horizonte e uma base própria
sobre os quais estabelecê-las.

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Ética é uma palavra de origem grega, com duas origens possíveis. A primeira é a
palavra grega éthos, com e curto, podendo ser traduzida por costume, a segunda também se
escreve éthos, porém com e longo, que significa propriedade do carácter. A primeira serviu
de base para a tradução latina Moral, e a segunda, de alguma forma, orienta a utilização
actual que damos a palavra Ética, (Moore, 1975: 4).
2.2. Conceito Ética Social
As palavras éthos e mos (grega e latina, respectivamente)  pode se definir a ética
como ciência que trata do emprego que o homem deve fazer de sua liberdade, para
conseguir o seu fim último. Este conceito nos remete a ideia de uma teoria normativa
relacionada com a conduta e os costumes humanos dentro da sociedade. Concebe-se
também a Ética Social como Filosofia Moral pelo facto de ter como objecto de reflexão o
comportamento humano, hábitos e costumes sociais. Das acepções apresentadas subjaz uma
ideia que nos permite concluir que de facto, a “Ética Social procura estudar a origem e a
natureza da lei moral vivida em cada sociedade, ou valor de bem e mal da conduta do agir
do homem na sociedade”, Souza, (2004).
Apesar da Ética estar relacionada com conduta e costumes, encontra-se em co
relação com a Moral que completa, procurando estabelecer regras que são assumidas pela
pessoa na sociedade.  Nesta óptica de ideia, a Moral passa a ser uma reflexão Teológica,
estudo do Transcendente (Divino) que vai estabelecer a balança equitativa do bem-estar
social do Homem na Sociedade, através dos seus actos comportamentais aceite dentro do
seu meio social. Pode completar a ideia acima, na medida em que percebe-se que a Ética
social procura dar conta da importância da dimensão do agir social do homem e propor uma 
nova compreensão do ambiente de relacionamento no lugar onde convivemos, mudando o
nosso comportamento, a nossa maneira de ser e contribuindo para uma boa relação Social.
Relacionam-se também aos hábitos
e costumes dependentes e interdependentes do comportamento entre os indivíduos e
quanto social e proveniente ou habitante dum certo grupo de pessoas. Portanto, estabelece-se
aqui uma estreita relação do Agir do homem com a Sociedade, levando o estudo da ética a
cada realidade contextual da comunidade. Podemos dizer a partir do suporte acima que,
quando a sociedade é conduzida pelos homens de bem, os valores sociais são pela ordem
do bem.  Isto porque existe a classificação e responsabilidade nos actos, há busca do bem
para as pessoas, pela ética positiva,  engrandecendo os costumes versados na paz, no amor
e na união,  exercitados pelos bons hábitos. Sendo assim,  então, estaremos perante a Ética
Social.

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2.3. Valor Científico da Ética Social
O estudo da ética não se relaciona com o belo/ Estética (Arte) mas sim procura
avaliar se os hábitos e os costumes vividos por certo individuam dentro da sociedade são
Bons ou Maus. Não são os costumes, nem hábitos por si só mas os hábitos manifestados
pelos indivíduos. É nesta vertente em que alguns analistas não elevam a
cientificadas da Ética Social, porque cada sociedade tem os seus hábitos, seus costumes.
Admite-se também que a Ética Social tem uma linguagem exótica, descritiva. A utilização
da linguagem “é”que avalia o comportamento analítico,  levando anão cientificidade
universal das suas reflexões. Ex; A Moça é Bonita / não é Bonita. A Ética Social apenas
estabelece regras,  maneiras de se comportar enquanto as outras ciências têm várias
maneiras e podem evoluir e variar as suas visões universais de crítica em relação a certos
pontos de estudos, através de experiências e definir certas teorias, Souza, (2004).
2.4. O Facto Ético
Entende-se como facto ético a avaliação do Bom e do Mau, o que constitui um facto
de experiência e, é a partir desta que a ética se desenvolve. Pode ser também considerado
como capacidade inata de julgar moralmente o que é Bom e mau. O facto ético está presente
em todos indivíduos. Nenhuma pessoa pode escapar, todas as pessoas participam a realidade
que deve ser aceite por todos, caso contrário algo deve estar faltando. A Ética social não é
uma abstracção, ela baseia-se na realidade, num facto e na vida real do Homem “
Experiências comum da vida Humana dentro duma sociedade ”e para estudar estas
realidades é preciso o facto ético que é obrigatoriamente um “Dever” ou existência de algo
“Tem Que”, Souza (2004).
Os factos éticos que podem ser experimentais ou observados, sãos Ponto de vista
ético (Comportamento):  Temos o caso dos actos que cada um deve fazer; que cada um não
deve fazer; aquilo que depende da minha vontade (se é positivo ou negativo). No ponto de
vista ético comportamental distinguimos os aspectos da liberdade individual sem julgamento
do outrem. Relações da ética e outras ciências humanas:  Pretende-se verificar com o facto
ético as relações que existem com as outras ciências, tais como;
 Antropologias (social, Cultural e filosófica) pelo facto destas ciências estudarem os
costumes e suas origem, como se expandimos
hábitos ecostumes e a ética poder verificar os relacionamentos dos costumes Bom e
Maus dentro das sociedades.
 A Psicologia que também procura relacionar-se com ética na medida em que procura
estudar o homem no seu comportamento Bom e Mau, sobretudo no agir Social.

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 Relaciona-se também com outras ciências - Sociologia, Etnologia, política, etc. Ciências
estas que, estudam a vida política social do homem e a ética vão determinar o que deve
ser  e como deve ser. Ética e Metafísica: É um facto ético porque procura fazer perceber
de que cada conduta humana tem, pode ter ou pode ser  Bom ou Mau, além
do pensamento moral que se recai a Teologia, verifica-se que a conduta pode ter sua
influencia exterior. Neste facto ético, procura-se analisar o comportamento Bom e Mau
como se deve fazer e aplicar um julgamento absoluto.
2.5. As Leis Humanas
Se o pressuposto principal do estudo da ética social centra-se na distinção dos
hábitos e costumes Bons e Maus relaciona-os ao agir do homem dentro da sociedade, de
certa maneira leva-nos a perceber que existem universalmente Bom e Maus hábitos ou
costumes, denominados por leis humanas categórica ou por Lei do imperativo categórico.
Neste entender,  a Ética Social trata das obrigatoriedade mais profunda ou interior da
pessoa como social. Não pode a ética ser considerada como uma lei exterior mais sim uma
lei interior do Homem ou uma crítica interior, uma consciência que ou de julgar se o
comportamento a assumir pelo homem na sociedade é Bom ou Mau, Morin (1989).
A Lei pode ser entendida como sendo a formação exterior da obrigação humana e,
esta lei pode mudar segundo as necessidades das pessoas porque trata-se da formação aceite
por todos. Enquanto a Lei como tal,  pode alterar mediante a força da sociedade, as leis
Humanas que constituem a Lei do imperativo categórico que sustenta o agir Humano não
muda prevalece, pois associam-se ao facto ético. Para percebermos a diferença sobre a Ética
social e a Lei, no que tange as Leis humanas, podemos partir da distinção entre o Crime e o
Pecado no facto ético. O juiz ao julgar deve tomar em conta a Lei não a ética, isto para
distinguir o Crime do Pecado. Perceber-se-á o Crime  como algo ou infracção
cometida perante uma lei já estabelecida dentro duma sociedade e o Pecado como algo
cometido contra a lei fundamental da moral e verdadeira, mas não se deve escrever como
lei. É acto ético percebido pela Ética Social.
2.6. O Direito Humano e a Ética Social
Cada um de nós é portador de uma dignidade que não se vende, não se transfere e
não se abdica, este é o seu direito - Direito de viver, um direito Bom. Esta dignidade que
constitui direito humano, leva-nos a amar, filhos, Pai, membros da família, povo, raça e
nação. A Declaração Universal dos Direitos do Homem afirma esta dignidade em variados
aspectos, como base da liberdade, da justiça e da paz. Como membro da sociedade, a pessoa
tem a obrigação de contribuir para o Bem comum  ou o bem de todos. O simples factos de

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contribuir para o bem comum estamos a agir mediante um valor ético social, cumpridos com
os deveres de cidadão ou de sócio, a pessoa conserva a liberdade para atender a seus
interesses particulares e do outrem, Souza (2004).
Se do trabalho vive o homem então, este, constitui seu direito e,  passa
automaticamente a ser um bem do ser humano, quer dizer que, é por meio dele que o ser
humano, homem e mulher, completa o seu comportamento na maneira de agir e se realiza
como pessoa e como membro de uma comunidade e na família. Isso significa que o valor do
trabalho humano não é o seu género mas o facto de aquele que o executa ser uma pessoa
social. Alguns estudos recentes sustentam que o meio laboral molda o indivíduo e outros
analistas defendem que os cargos do trabalho mudam a conduta do indivíduo, não pelas lei e
regulamentos impostos mas sim, como um facto ético que ajuda a complementar o homem
na sociedade, nos nossos hábitos, em virtudes, na aceitação de certos costumes. Ficam assim
reguladas as relações do trabalho com as pessoas e os grupos intermediários ou
comunidades.
Quer dizer, se o individuo é pertença duma organização,  tem seu direito como
colaborador e ao mesmo tempo um compromisso com a sociedade. Assim pode-se
compreender a solidariedade/ Socialização entre as pessoas membros da sociedade,
assumindo certos valores éticos aceite nesta sociedade. Este princípio é fundamental para o
destino comum da humanidade. Isso nos envolve nas relações humanas fundamentais, não
só no nível pessoal, mas nos níveis pessoa-pessoa, ser humano-meio ambiente, nas relações
com os mais diversos grupos comunitários e organizações sociais, com os diferentes níveis e
instâncias de poder, Souza (2004).
2.7. Características da Moral (Ético)
As características da moral ético são aspectos principais que moldam a agir
humano apesar de alguns destes não serem conhecidos pelo próprio homem,  podem
ser manifestados sem que este ponha em conta.  O nosso agir,  o nosso comportamento, o
costumes considerados Bom ou Mau fazem parte extrínseco do homem e,  outros elementos
da manifestação pode ser intrínseca é o caso da consciência,  inteligência,  etc.
Das características da moral éticos mais usuais são:
 Ética irredutivelmente deferente dos outros aspectos confundíveis coma Leis: é
utilizada sobretudo pelas correntes utilitaristas. A ética não se deve realizar ao mandato
de alguém;

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 Ética relativo a Liberdade: O Bem é em relação aos actos livres humanos, aqui
podemos notar a liberdade, os valores morais a apresentarem-se no agir para a liberdade
do indivíduo.
 O acto moral é Pessoal: O ético é um aspecto humano. A moralidade encontra-se no
indivíduo não no seu acto a exercer certa algo.
 O acto é humano: A linguagem comum leva-nos a usar os adjectivos “Bom e Mau. Ao
empregarmos os tais adjectivos significa que moralmente é
humano ou desumano e universal.  O acto humano é co-extensivo quando abrange
todos os seres humanos e indivíduos, ou quando o valor moral humano estende-se a
todos (Família, grupo social); O mundo moral estende-se a todos seres e todos também
partilham o que lhes fazem seres humanos, Ayres e Botelho (2000).
2.8. Normas da Ética
 A atribuição de valor moral aos actos humanos é feita mediante a sua confrontação
com as normas. Se se julga que se deve reagir à conduta humana,  esta deve confrontar-
se a realidade da norma, podendo ser de forma implícita ou explicitamente. Neste caso
denominamos confrontação implícita, quando a confrontação é indirecta, isto é, ouvir de
alguém ou falar de costas. A confrontação é explicita quanto a confrontação é direita.
Falar de cara ou de frente do individuo.
 Ética Incondicional: É absoluto e irrecusável em si. Si é Bom deve-se fazer. A
inconsciência moral é categórico (o Bom tem uma categoria) não é hipotético nem
distintivo. A obrigação não diz  faz aquilo nem isso. Isso aparece claramente nas coisas
onde o valor moral aparece como obrigatório, como dever.
 Ética Transcendente: Estes caracteres incondicionais que encontramos no ético
aparecem revestidos de valores morais que fazem com que sejam transcendentes.
Significa que nada é superior ao valor moral – Deus, Ayres e Botelho (2000).
2.9. As Concepções da Ética
No facto ético há um aspecto de ciência e outra como arte.  Augusto Conte afirma
que a verdadeira ciência é a ciência natural que é baseada nas ciências experimentais,
dá exemplo da Biologia, Física,  Matemática, etc. Mas para ele, a Ética Social é uma
ciência no sentido amplo. Considera uma ciência pois, é um conjunto sistemático de
conhecimentos seguros das coisas e da sua origem ou causa. A Ética para ele estuda a
propósito da vida humana como fim a quem serve a vida humana? Qual é a causa? Sendo
assim, é uma ciência ampla. A Ética estuda também os princípios e as leis que governam o
uso dos meios para este fim. Tenta estabelecer conclusões com a certeza demonstrativa e a

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conclusão deve ser fundamentada.  A Ética Social possui um centro sólido,  um núcleo de
verdades seguras, Ayres e Botelho (2000).
2.9.1. Relação Vontade e Liberdade do Homem na Sociedade
Não se pode falar da liberdade sem que antes se faça a reflexão sobre a vontade Humana. Na
análise sobre o acto humano voluntário sempre se faz no intuito de que este tenha exercido
perante a sua liberdade, caso contrario será pela coerção de alguém que detenha um Poder
ou que a tenha ameaçado para a pratica desta acção. Portanto,  a essência principal nos
reflexos de assumir a responsabilidade dos actos ético, centra-se no princípio de que o
homem é dotado de vontade e, que os actos executados conscientemente são resultante da
sua liberdade, quer seja de escolha deste ou aquele acto, hábito ou costume, ou ainda, de se
expressar perante algo, Andrade & Morato (2004).
2.9.2. Vontade Liberdade
  Provém da autonomia individual associada a responsabilidade pelos actos éticos
independentes. Em vontade humana não pode-se deduzir que existem Boas Vontades e más
vontades, pois cada indivíduo na sociedade tem seus apetites dependendo dos hábitos e
costumes vividos.  No entanto,  as vontades definem a conduta no acto livre de agir, pois,
estes resultam de processos mentais que se manifestam no exterior da pessoa e da
capacidade avaliativa do indivíduo que vai pensar, vai agir em relação ao impulso social,
Andrade & Morato (2004).
Portanto, podemos dizer que a arte de agir exige reflexão, e admite-se que todos
actos humanos ou pessoais constituem um comportamento que se manifesta num seio social
que pode ter suas implicações positivas ou negativa (Boas/Más). Sustenta a afirmação o
seguinte: Só posso dizer que o fulano é bom ou Mau depois de conviver tempo com este,
mas há que admitir que toda pessoa é boas as circunstâncias, os costumes e hábitos (Meio
Social) podem influenciar a sua conduta de livre de agir (Idem).

2.9.3. Principais Soluções da Liberdade


De acordo com Salvador (s/d) as principais soluções da liberdade são:
a) Determinista: as correntes filosóficas negam que o homem seja livre. Não é
livre por razões intrínsecas da natureza do homem e extrínsecas do próprio
homem;
b) Determinismo Extrínseco Metodológico: nega que o homem seja livre por
razões de mitos, costumes, hábitos, factos ou tudo que faz parte dos mitos;

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c) Determinismo Extrínseco Teológico: defende que o homem não esta livre por
razões teológicas (Deus) ou devido o problema de Omnipotência, Omnisciência e
Omnipresença;
d) Determinismo Intrínseco Fisiológico: Lambros vê nos movimentos da vontade
simples reacção e, estas reacções estão determinadas por combinações químicas e
os tecidos humanos;
e) Determinismo Intrínseco Sociológico: (Marcos) defende que o agir humano é
determinado pelas pressões que a sociedade humana exerce sobre o individuo e
pelas suas estruturas sobre o individuo;
f) Determinismo Intrínseco Psicológico: (Leibnitzi/Freud) defendem que a acção
da vontade do homem é determinada pelo intelecto e pelos seus conhecimentos.
Em relação a liberdade dizem que os instintos é que comandam o homem a
liberdade de agir;
g) Determinismo Intrínseco Metafísico: (S.Pinoza/Schopenhauer), consideram a
vontade humana um momento e um modo da vontade suprema e da substância
Divina;
h) Determinismo Intrínseco Político: (Maquivel/Hobbis), a vontade humana
depende da vontade do soberano ou das classes governantes.
Para Salvador (s/d) as soluções deterministas sobre a liberdade do agir do Homem
dão enfâse as forças que se encontram fora dele. Sendo assim, estas forças não dão liberdade
ao homem. Quando admite-se o determinismo Teológico incentiva-se a predeterminação
que é a capacidade de Deus saber tudo sobre as decisões livres do homem sem impedir a sua
liberdade. A predestinação considera Deus como a causa para a escolha dos actos livres.
O Determinismo duro, não admite a liberdade do homem pois olha para aquilo que
ocorre no mundo relacionando-o com a casualidade física. Admite que a escolha livre não é
livre, mas sim ignorância, porque o individuo não sabe as causas que lhe levam a esta
escolha. (Idem)
O Determinismo Meigo, diz que o homem esta livre da compulsão-coerção e decisão
da escolha do seu agir vem do interior e atraído pelo meio.
O Auto - Determinismo, diz que nada acontece sem causa necessária ou livre, estas
causas são as que determinam a liberdade da acção do individuo, Salvador (s/d).

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3. Conclusão
Depois de uma pesquisa tão árdua em torno do tema, conclui-se que a
relação vontade e liberdade do homem na sociedade
não se pode falar da liberdade sem que antes se faça a reflexão sobre a vontade Humana. Na
análise sobre o acto humano voluntário sempre se faz no intuito de que este tenha exercido
perante a sua liberdade, caso contrario será pela coerção de alguém que detenha um Poder
ou que a tenha ameaçado para a pratica desta acção.
Portanto,  a essência principal nos reflexos de assumir a responsabilidade dos actos
ético, centra-se no princípio de que o homem é dotado de vontade e, que os actos executados
conscientemente são resultante da sua liberdade, quer seja de escolha deste ou aquele acto,
hábito ou costume, ou ainda, de se expressar perante algo.
Os antropólogos que também se debruçam no estudo dos povos e seus costumes,
defendem que o homem é um ser dotado de vontade. O que equivale a dizer Homem livre,
homem dedicado. Esta concepção antropológica procura atribuir qualidade que se
encontram em todo o Homem “vontade é a base do Homem” e “ a vontade do homem deve
ser livre”.
 O querer ou vontade é forma de inclinação, é uma maneira de ser e estar, tendência
de apetites. Qualquer inclinação para o Bem, neste caso, ao relacionarmos com a ética social
constata-se que o Bem é o objecto, algo que sustenta, que provoca, que estimula a inclinação
do agir do homem dentro da sociedade, um agir perante a liberdade do seu conhecimento e
consciência.

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4. Bibliografia
Andrade & Morato, (2004). Para uma Dimensão Ética da Prática Psicológica em
Instituições. Estud. psicol. (Natal) [online].
Ayres & Botelho (2000). Diálogos entre Ética e a Psicoterapia. Rio de Janeiro.
Morin, E, (1989). Introdução ao Pensamento Ético. Edição Paulista, Lisboa.
Salvador, M. A (s/d). Ética Social. Moçambique - Beira, Universidade Católica de
Moçambique, IED Instituto de Educação a Distancia, 3º Ano, Modulo Único, 24 Unidades.
Souza, R, T, (2004). Ética como Fundamento: Uma Introdução à Ética Contemporânea.
São Leopoldo, Nova Harmonia.
Teles e Henriques, (1989). Introdução a Ética Filosofia. Porto Editora, Lisboa.

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