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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA

TEMA:

PENSAMENTO HISTÓRICO: DA ESCOLA METÓDICA A MICRO-HISTÓRIA

Curso de Licenciatura de ensino da Historia


Disciplina: Evolução do Pensamento Histórico
Ano de Frequência: 2º

Nome: Oscar Manuel Magaissa


Código: 708216081

Tete, Setembro, 2022


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Introdução  Descrição dos
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objectivos
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ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacionais
2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
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Sumário
1.Introdução ........................................................................................................................... 5

2.Objectivos ........................................................................................................................... 6

2.1.Objectivo geral ................................................................................................................. 6

2.2.Objectivos especificos...................................................................................................... 6

3.A escola metódica ............................................................................................................... 6

3.1.Surgimento ....................................................................................................................... 6

3.2.Críticas à escola metódica ................................................................................................ 8

3.2.1.Historicizante e positivista ............................................................................................ 8

3.2.2.Historicizante e narrativista ........................................................................................... 9

3.2.3.A disputa pela hegemonia na Sorbone......................................................................... 10

4.A Micro-História............................................................................................................... 11

5.Conclusão ......................................................................................................................... 13

6.Referencias Bibliograficas ................................................................................................ 14


1.Introdução

O trabalho tem como tema Pensamento Histórico: da Escola Metódica a Micro-história. Com
isto os metódicos se propuseram a elevar o nível de cientificidade, entendida enquanto algo
construído com base no levantamento bibliográfico e na análise crítica das fontes, no intuito
de melhorar a qualidade das produções históricas. O trabalho proposto pelos metódicos se
opunha ao modelo de história produzido pelos seus antecessores Augustin Thierry, François
Guizot, Jules Michelet, Adolphe Thiers, entre outros.

De acordo com Gabriel Monod, a história produzida por esses historiadores poderia ser
chamada de literária por causa de sua forma de escrita; pelo fato de que esses historiadores,
em sua maioria, eram autodidatas, não tendo passado por uma formação acadêmica; e por eles
não retomarem suas obras afim de efetuar correções visando o progresso da ciência.[5]

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2.Objectivos

2.1.Objectivo geral

 Analisar a evolução do pensamento histórico partindo da Escola Metódica a Micro


história.

2.2.Objectivos específicos

 Identificar o ano que a escola metodica foi fundada.


 Descrever a Escola Metódica a Micro história.
 Apresenta as fontes escritas e orais.

3.A escola metódica

A escola metódica é uma tendência histórica da tarde XIX século, ligada à Revisão
Histórica e Gabriel Monod .

A escola histórica, que se diz metódica (ou mais abusivamente positivista ) surge e continua
durante o período da Terceira República na França. Seus princípios principais são
apresentados em dois textos: O manifesto , co-escrito por Gabriel Monod e Gustave
Fagniez para lançar a Revue historique em 1876 e A introdução aos estudos
históricos de Charles-Victor Langlois e Charles Seignobos, que foi a obra de referência de. a
escola metódica.

3.1.Surgimento

No início do século XIX surge a Escola Metódica, positivista, interessada na originalidade de


um povo. Sua história possuía uma verdade histórica objetiva, o historiador limitava-se a
narrar fatos congelados sem a construção de hipóteses. Já no Materialismo Histórico de Marx,
escola que se difundiu de meados do século XIX para o fim do mesmo, compenetrava-se numa
verdade subjetiva onde o objeto de estudo na História era considerado uma “engrenagem”:
analisada, observada, quantificada e mergulhada em outras realidades, havia uma análise
dinâmica dos fatos. No início do século XX, surge a Escola dos Annales que vai esculpir essa
verdade subjetiva do Materialismo Histórico, lançando um novo olhar sobre essa pesquisa
histórica: seus instrumentos, objetos, objetivos. Vão atrás de respostas e de uma compreensão
detalhada deste processo.

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O tempo histórico da Escola Metódica era sugerido com um passado congelado, um tempo
linear, seus eventos únicos e irrepetíveis não agregavam nada ao presente ou futuro, contado
cronologicamente. O materialismo de Marx também acreditava num tempo linear com
rompimentos, aonde o fluxo temporal vai contra o futuro. Já a Escola dos Annales,
revolucionária, acredita na história como um processo dinâmico, ordenado e sistemático de
curta, média e longa duração.

Na escola Metódica o papel do Historiador abarcava as operações sintéticas de agrupamento


de fatos da história escrita e também das operações analíticas através da crítica erudita e
hermenêutica. O historiador do final do século XIX protagoniza os conflitos sociais, abre mão
do fato-evento, pois afiança que a verdade de uma sociedade está na estrutura econômico-
social, num real-abstrato, numa estrutura invisível. Depois dos Paradigmas dos Annales o
historiador segue uma nova doutrina arrimada na interdisciplinaridade, abrindo assim o leque
dos objetos de pesquisa, resultando em uma explicação-compreensão da história.

A pesquisa do Historiador da Escola Metódica é limitada a temas políticos, administrativos,


governamentais, diplomáticos e religiosos, chamada história da nobreza. O que diverge
totalmente no tema da pesquisa do materialismo histórico, o qual fundamentava sua pesquisa
nas relações econômico-sociais, na luta de classes, na produtividade como força que
transforma a história. A Escola dos Annales vem mais uma vez aprimorar o tema abordado
por Marx, seu tema de pesquisa são as estruturas econômico, social e mental, são objetos
imateriais, a história não contada, o cotidiano de um povo.

Como fontes da história a Escola Metódica por ter um compromisso com a história
diplomática, tem como objetos de estudo documentos oficiais, eventos políticos,
administrativos e religiosos. O que diverge do marxismo, onde suas fontes eram os conflitos
sociais, os modos de produção e o movimento dialético. Já a Escola dos Annales por gozar da
interdisciplinaridade usa de todas as fontes escritas e pensáveis com um ponto de vista
sociológico ajuizado a realizar “trocas” entre história e ciências socais.

A metodologia da pesquisa na escola metódica tem como fórmula a reunião dos fatos, sua
restituição cronológica, a crítica necessária para validação da fonte, e limitar-se a contar os
eventos documentados, sem deixar influenciar pela sua opinião. Na metodologia materialista
o historiador precisava atravessar as relações visíveis e fazer sua reintegração, seguir uma
metodologia de conceito, reprodução ideal, baseada nas ciências exatas. A metodologia dos

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Annales permite a compreensão de qualquer período histórico ou de qualquer sociedade, sua
metodologia é justificada em forças visíveis e imutáveis como a geografia e o clima, e forças
intangíveis como as formações sociais e tradições. Sua análise é rigorosa e tem por objetivo
reduzir a área de incompreensão, através de técnicas de quantificação, séries históricas,
comparação, etc.

Realizando uma análise acerca do estudo desenvolvido, observei que todas as escolas
buscavam a História-Ciência, a verdade, apesar de usarem caminhos diferentes, que do meu
ponto de vista foram todos válidos de acordo com as histórias que queriam contar. O principal
objeto de estudo é o homem, como objeto de conhecimento, como intelectual da história. O
historiador tem como papel o de “mediador do diálogo”, onde oferece uma interlocução, um
conforto, uma localização de si no tempo, esse diálogo do passado nos oferece a esperança de
sobreviver à finitude.

3.2.Críticas à escola metódica

3.2.1.Historicizante e positivista

Um dos primeiros a criticar a escola metódica foi François Simiand. Em sua obra Método
Histórico e Ciência Social, de 1903, articula críticas, especialmente, a Langlois e Seignobos.
As críticas levantadas por Simiand versam sobre diversas questões, entre elas, a ideia
de imparcialidade do historiador e a admiração por “ídolos”.[50] Os “ídolos” apontados por
Simiand referem-se ao apreço político, cronológico e individual dos historiadores
metódicos.[51] A crítica ao ídolo político se faz pela dificuldade na definição de regularidades
e leis; o ídolo individual refere-se à valorização de histórias de indivíduos em vez de
instituições e fenômenos sociais; o ídolo cronológico concerne a demasia aos estudos das
origens.[52] Simiand apropriou-se da doutrina dos ídolos de Francis Bacon e adaptou
livremente em sua crítica à escola metódica.[53]

A linha seguida por Simiand provém da escola sociológica fundada por Émile Durkheim, que
considera importante o fenômeno social, as permanências encontradas, em detrimento aos
fatos e acontecimentos.[54] Émile Durkheim fundou, em 1898, a Année Sociologique, uma
revista que publicizava pesquisas a respeito da sociologia francesa, e também, críticas à escola
metódica que denominava de forma pejorativa de historicizante.[55] Durkheim, assim como
Simiand, lançara diversas críticas aos metódicos, por vezes chamando-os de positivistas,
termo utilizado de forma errônea e carregado de concepções e práticas que não se fundem ao
pensamento propriamente dos metódicos.[56] Até mesmo erros de tradução foram responsáveis
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pela difusão de uma ideia positivista sendo atrelada à escola metódica. Por muitas vezes, não
foi entendido o distanciamento que existe para os metódicos entre o documento e fato.[57] Os
metódicos compreendem a construção histórica a partir do documento, mas este não é visto
como uma verdade ingênua. Pelo contrário, o documento passa por diversas análises para que
ao final se chegue ao fato histórico

3.2.2.Historicizante e narrativista

A chamada escola dos Annales se definia como uma nova história, em contestação ao
tradicionalismo historiográfico dos metódicos que tinha como base a Alemanha. Criticavam
a escola metódica, o historicismo alemão e a chamada história política. A crítica e a rejeição
feita pelos Annales à prática historiográfica dos metódicos foi bastante recorrente e, por
muitas vezes, estes historiadores não reconhecem suas aproximações com a escola metódica.
Apesar da construção mitológica de um pensamento historiográfico revolucionário,
especialmente com a segunda e terceira geração dos Annales, a chamada Nova História teve
grande influência do pensamento historiográfico alemão devido ao grande contato que os
fundadores dos Annales tiveram com obras e pesquisas alemães que circulavam
pela França. Tanto Marc Bloch quanto Lucien Febvre são herdeiros da chamada geração de
1870 composta por nomes como Gabriel Monod, Ernest Lavisse, Victor Langlois e Charles
Seignobos, que foram formados sob o signo da cultura germânica. As principais críticas feitas
pelos Annales aos metódicos referem-se a denominada história dos eventos, bibliográfica,
historicizante e a valorização de um método para a obtenção dos fatos.[

Mesmo que Bloch e Febvre criticassem à escola metódica, o tom da crítica era diferente entre
eles. Febvre lançou suas críticas de forma mais enfática em comparação com Bloch.
Criticavam os metódicos por evidenciar os fatos no processo historiográfico, bem como os
grandes acontecimentos e os grandes personagens históricos.[64] Febvre os chamava de
historiadores dos documentos, e apesar das críticas feitas aos metódicos, Febvre reconhece a
importância dos métodos historiográficos produzidos por eles para o progresso
da ciência.[58] Foi com a segunda geração dos Annales que se intensificou as críticas aos
metódicos, especialmente a partir das colocações de Simiand na obra Método Histórico e
Ciência Social, de 1903, que veio a ser novamente publicada pelos Annales em
1960.[65] Fernand Braudel critica a chamada história tradicional, a história-narrativa, que
segundo ele tem como pretensão contar as coisas como exatamente foram, entretanto, seria
uma falaciosa ilusão.[66] A história produzida pelos metódicos foi chamada de história
narrativa pelos Annales por buscar apreender os fatos a partir dos documentos e de forma
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linear construir uma narrativa histórica.[67] Em contraposição a esse forma de se fazer história,
os Annales apresentavam-se como fazendo uma história-problema, em que a investigação
histórica parte de um problema a ser abordado. A diferença fundamental posta entre as duas
escolas seria que a escola metódica partiria das fontes e de sua ordem cronológica, que
determinavam a história, e a escola dos Annales pensava em uma problemática para depois
pensar nas fontes para solucioná-la.[68][69] Os metódicos foram muito criticados por esse
modelo de história narrativa, especialmente quando voltada para história de personagens
políticos, heróis e grandes homens

3.2.3.A disputa pela hegemonia na Sorbone

Na França, a Universidade de Paris-Sorbonne, foi o grande polo intelectual francês,


destacando-se por suas pesquisas. Os metódicos eram professores em Sorbonne, assim como
os fundadores dos Annales. A escola metódica exerceu grande dominação na área de ensino
e investigação histórica nas universidades até os anos de 1940.[70] Existia um conflito interno
no campo da história dentro de Sorbonne. E, devido ao grande poder intelectual que exercia a
escola metódica nas universidades, os fundadores dos Annales foram expor suas ideias e
críticas aos metódicos fora do âmbito universitário na Revista annales d'histoire économique
et sociale. Um fator importante para o sucesso dos Annales está ancorado no prestigio que
contavam Bloch e Febvre dentro das instituições universitárias, especialmente, com o
apadrinhamento de Henri Pirenne. Outras tentativas em relação à organização da produção
historiográfica às voltas das ciências sociais já tinham sido feitas anteriormente, mas não
tiveram o mesmo alcance de notoriedade que os Annales.[71] O prestígio de Bloch e Febvre no
meio acadêmico é denotado por Jacques Revel e André Burguière que afirmam que eles eram
historiadores reconhecidos, publicavam em importantes revistas, inclusive na Revue
Historique.[72]

As mudanças que vieram a ocorrer no mundo também contribuíram para a valorização dos
Annales enquanto inovação historiográfica. O surgimento do totalitarismo na
Alemanha acabou por interromper as atividades historiográficas e a decadência cultural,
demográfica e política da Europa no início do século XX contribui para o interesse em
abandonar o passado e empregar mudanças na concepção histórica.[73] Um dos críticos da
escola dos Annales, Fraçois Dosse afirma que a escola está marcada
pelo ecumenismo epistemológico e por uma estratégia de alianças que favoreceu o seu
sucesso. Com a junção de procedimentos e linguagens das ciências sociais, e, a partir de uma
posição hegemônica na produção histórica francesa, os Annales se destacaram no campo
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historiográfico. Alguns historiadores afirmam que os Annales não foram uma renovação
intelectual, pois não teriam um programa bem definido teoricamente, mas se fundavam em
uma bricolagem conceitual. Na notoriedade dos Annales teria sido mais importante a posição
de poder dentro da Sorbonne, que a robusteza da proposta intelectual inicial

4.A Micro-História

A Micro-História é um gênero da historiografia que reduz a escala de observação de seus


objetos na pesquisa histórica.

Existem várias formas de se escrever história. A ciência História é definida por várias
metodologias que resultam em técnicas de pesquisas diferenciadas. A forma tradicional de se
escrever História fazia uso de uma abordagem narrativa geral, identificando estruturas que se
alteravam em eventos de longa duração. Mas o desenvolvimento da ciência permitiu o
florescimento de novas metodologias que enriqueceram o campo.

Entre 1981 e 1988 surgiu uma coleção, na Itália, organizada pelos historiadores Carlo
Ginzburg e Giovanni Levi e intitulada de Microstorie. A coleção fez muito sucesso
apresentando sua forma inovadora de se abordar o objeto de pesquisa e passou a influenciar
historiadores em várias partes do mundo com as novas metodologias.

Sem deixar de levar em consideração as estruturas estabelecidas pela História Geral, a Micro-
História se foca em objetos bem específicos para apresentar novas realidades. A proposta é
que o historiador desenvolva uma delimitação temática extremamente específica em questão
de temporalidade e de espaço para conseguir observar realidades que não são retratadas pela
História Geral.

A Micro-História oferece grandes serviços à História Geral, já permite revelar fatos e


realidades até então desconhecidas. Assim, a Micro-História aborda o cotidiano de
comunidades determinadas ou apresenta biografias que complementem o contexto geral,
mesmo que os indivíduos destacados fossem figuras anônimas. Na verdade, é isso que permite
esclarecer as realidades conjunturais existentes dentro das estruturas já conhecidas.

A diferença da Micro-História para a História Geral é notória também quando é escrita.


Enquanto esta se desenvolveu como um gênero mais ligado à narrativa histórica, a Micro-
História se dedica a uma profunda exploração das fontes, utilizando os artifícios da narrativa,
mas também da descrição etnográfica.
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Ainda assim, a Micro-História demorou a se tornar conhecida no mundo. Durante muito tempo
permaneceu como um método muito característico e restrito aos italianos.

A relação da Micro-História com a História Social se demonstrou muito frutífera. Uma vez
que esta procura dar voz às camadas mais baixas da sociedade, a Micro-História contribui
fornecendo elementos enriquecedores para permitir que os excluídos da História Geral se
expressem.

A Micro-História forneceu um grande benefício também para a ciência História como um


todo, já que incluiu no trabalho dos historiadores uma gama imensa de fontes de pesquisa até
então desconsideradas. O trabalho do historiador se enriqueceu muito, mostrando-se capaz de
reconstituir com melhores detalhes o cotidiano do passado.

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5.Conclusão

Terminando trabalho concluiu-se que na escola Metódica o papel do Historiador abarcava as


operações sintéticas de agrupamento de fatos da história escrita e também das operações
analíticas através da crítica erudita e hermenêutica. O historiador do final do século XIX
protagoniza os conflitos sociais, abre mão do fato-evento, pois afiança que a verdade de uma
sociedade está na estrutura econômico-social, num real-abstrato, numa estrutura invisível.
Depois dos Paradigmas dos Annales o historiador segue uma nova doutrina arrimada na
interdisciplinaridade, abrindo assim o leque dos objetos de pesquisa, resultando em uma
explicação-compreensão da história.

De acordo com Gabriel Monod, a história produzida por esses historiadores poderia ser
chamada de literária por causa de sua forma de escrita; pelo fato de que esses historiadores,
em sua maioria, eram autodidatas, não tendo passado por uma formação acadêmica; e por eles
não retomarem suas obras afim de efetuar correções visando o progresso da ciência.

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6.Referencias Bibliograficas

BOURGÉ, Guy; MARTIM, Hervé. As escolas históricas. Portugal: PEA, 1983.

REIS, José Carlos. A história entre a filosofia e a ciência. São Paulo: Ática, 1996.
REVEL, Jacques. Jogos de Escala.

VAINFAS, Ronaldo.Os protagonistas anônimos da História: microhistória .

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