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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

A RELAÇÃO ENTRE AS FONTES PRIMÁRIAS E AS SECUNDÁRIAS

Óscar Manuel Magaissa: 708216081

Curso de Licenciatura em Ensino


da História
Disciplina: Introdução ao estudo de
História
Ano de Frequência: 1º ano

Docente: Mestre, Luís D. Alberto

Tete, Novembro, 2021


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organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização (Indicação
1.0
clara do problema)

Introdução  Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
 Articulação e domínio do
discurso académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita cuidada,
Análise e coerência / coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacionais 2.
relevantes na área de estudo
 Exploração dos dados 2.0

Conclusão  Contributos teóricos práticos 2.0

 Paginação, tipo e tamanho


Aspectos gerais Formatação de letra, paragrafo, 1.0
espaçamento entre linhas

Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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1. Introdução

O presente trabalho aborda sobre a relação entre as fontes primárias e as secundarias. A


partir dos exemplos concretos tendo em conta o local em que vivo será demonstrado a
relação entre as fontes primárias e as fontes secundárias.

O conceito de fontes primárias e secundárias é a chave para estudar e escrever


história. Uma fonte é qualquer coisa que forneça informações, desde um manuscrito
onde palavras dizem coisas a roupas que sobreviveram a séculos e fornecem detalhes
sobre moda e química. Como pode-se imaginar, não se pode escrever história sem
fontes, como faria isso (o que é bom na ficção histórica, mas bastante problemático
quando se trata de história séria).

As fontes são geralmente divididas em duas categorias, primárias e secundárias. Essas


definições seriam diferentes para as ciências e as seguintes se aplicam às
humanidades. Neste trabalho apenas descrever-se-á a relação entre essas duas fontes.

O presente trabalho tem como estrutura: Introdução, desenvolvimento, conclusão e


referências Bibliográficas.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Analisar a relação entre as fontes primárias das fontes secundárias.
1.1.2. Objectivos Específicos
 Identificar as fontes primárias das fontes primárias;
 Descrever a relação entre as fontes primárias e as fontes secundárias;
 Demostrar a relação entre as fontes primarias das secundarias a partir de
exemplos concretos.
2. Metodologias

Para a realização deste trabalho recorreu-se ao módulo da disciplina, manuais que falam
sobre as fontes primárias e as secundárias, artigos que falam sobre o tema, links de
material bibliográfico actualizado e a reflexão daquilo que é vivido no quotidiano
relativamente ao tema.

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3. A relação entre as Fontes Primárias e Fontes Secundárias
3.1. Conceito de Fonte

Fonte é a origem da informação.

Em termos de conhecimento histórico é qualquer material que seja utilizado para


corroborar argumentos analíticos e/ou interpretativos. Assim, materiais existentes
que não tenham sido utilizados em trabalhos históricos ou historiográficos,
independentemente de sua antiguidade ou do local de armazenamento, não são
fontes históricas. (CAMARGO, 2013, p. 53).

Pode-se dizer, portanto, que “fonte histórica é todo e qualquer material (geralmente bens
culturais) utilizado pelos historiadores para servir de evidência para os argumentos da
análise ou interpretação (pesquisa) que estejam realizando”.(CAMARGO, 2013, p. 53).

Segundo CAMARGO (2013):

É importante perceber que um documento só vira fonte quando é utilizado para


uma pesquisa. Pode haver documentos muito antigos e que nunca tenham sido,
efectivamente, usados por algum pesquisador, nesse caso será apenas isso: um
documento antigo. A fonte histórica só atinge essa categoria quando manipulada
por um historiador. Por isso as fontes (às vezes a mesma fonte) possuem diferentes
formas de classificação e tratamento, uma vez que dependem do objecto de estudo
ao qual estão vinculadas ou à abordagem que lhe será dada pelo pesquisador.(p.54).

Apesar dos documentos escritos constituírem, ainda, as fontes preferidas dos


historiadores, bens culturais sem intenção prévia de comunicar, ou seja, cultura
material1, vem ocupando um espaço importante como fonte histórica. Assim, um lápis,
uma jarra, uma edificação, uma vestimenta podem, dependendo do objecto de estudo e
da abordagem ou metodologia escolhida pelo historiador, ser fontes históricas.

3.2. A relação entre as Fontes primárias e fontes secundárias

As fontes são geralmente divididas em duas categorias, primárias e secundárias.

As fontes primárias “[ ] são fontes vindos directamente da fontes e não adulterados


[…]. É uma informação que não pode ser mudada, alterada ou disfarçada por opiniões
ou selecções” (BRASILIANO, 2005, p. 6-7).

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Por definição, cultura é tudo o que é produzido pelo homem, contudo, cristalizou-se, coloquialmente, a
noção de cultura vinculada à produção artístico-intelecutal ou aos supostos padrões de comportamento
étnico. Por isso a existência da expressão “cultura material” para definir aqueles bens humanos não-
intelectuais
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Fonte primária é um dado que ainda não teve nenhum tipo de análise sobre ele. Essa
informação pode ser de um documento, registros de empresas, correspondências e etc…

Constituem fonte primária os documentos adquiridos pelo próprio autor da


pesquisa. Esses documentos podem ser encontrados em arquivos públicos,
particulares, anuários estatísticos. São ainda consideradas fontes primárias:
fotografias, gravações de entrevistas, de programas radiofônicos ou provenientes
de televisão, desenhos, pinturas, músicas, objetos de arte. (MEDEIROS, 2000, p.
41).

Segundo GREELANE (2019):

Uma Fonte Primária é um documento que foi escrito ou um objecto que foi criado
no período de tempo em que você está trabalhando. Um item de 'primeira
mão'. Um diário pode ser uma fonte primária se o autor vivenciou os eventos de
que se lembra, enquanto uma carta pode ser uma fonte primária do acto para o qual
foi criado. As fotografias, embora cheias de problemas, podem ser fontes
primárias. O principal é que eles oferecem uma visão directa do que aconteceu,
porque foram criados na época e são recentes e intimamente relacionados. As
fontes primárias podem incluir pinturas, manuscritos, rolos de chancelaria, moedas,
cartas e muito mais. (GREELANE, 2019).

Exemplos: Congressos e conferências, legislação, nomes e marcas comerciais, normas


técnicas, parentes, periódicos, projectos e pesquisas em andamento, relatórios técnicos,
teses e dissertações e traduções.

As fontes secundárias “contem, informações sobre documentos primários e são segundo


um plano definitivo; são, na verdade, os organizadores dos documentos primários e
guiam o leitor para eles”. (CUNHA, 2001, p. 4).

Exemplos: Bases de dados e bancos de dados, bibliografias e índices, biografia,


catálogos de bibliotecas, centros de pesquisas e laboratórios, dicionários e
enciclopédias, dicionários bilingues e multilingues, feiram e exposições, filmes e
vídeos, fontes históricas, livros, manuais etc.

Uma Fonte Secundária pode ser definida de duas maneiras: é qualquer coisa sobre
um evento histórico que foi criado usando fontes primárias e / ou que foi um ou
mais estágios removidos do período de tempo e do evento. Um item de “segunda
mão”. Por exemplo, os livros escolares falam sobre um período de tempo, mas são
todos fontes secundárias, pois foram escritos mais tarde, geralmente por pessoas
que não estavam lá, e discutem as fontes primárias que usaram ao serem
criados. As fontes secundárias freqüentemente citam ou reproduzem fontes
primárias, como um livro usando uma fotografia. O ponto principal é que as
pessoas que criaram essas fontes estão confiando em outro testemunho, e não no
seu próprio. As fontes secundárias podem incluir livros de história, artigos, sites
como este (outros sites podem ser uma fonte primária para “história
contemporânea”.) Nem tudo “antigo” é uma fonte histórica primária: muitas obras
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medievais ou antigas são fontes secundárias baseadas em agora perdeu as fontes
primárias, apesar de ser muito antigo. (GREELANE, 2019).

Essa é a forma de classificação mais clássica das fontes históricas, onde fontes
históricas são aquelas que remetem directamente ao objecto de estudo e, as secundárias,
possuem uma intermediação intelectual entre o pesquisador e seu objecto.

Deve-se entender, aqui, intermediação intelectual como o esforço analítico ou


interpretativo que alguém já tenha feito sobre o mesmo tema ou sobre temas afins. O
produto (geralmente um texto) desse esforço intelectual representa a existência de uma
tentativa prévia de análise ou interpretação. Assim, se um historiador tiver como tema
de estudo o mesmo objecto sobre o qual alguém já tenha anteriormente escrito ou
falado, esse material anterior lhe servirá de fonte secundária. (CAMARGO, 2013, p. 56-
57).

Ainda que, de uma forma geral, o documento de época seja considerado fonte primária e
a produção historiográfica sobre o tema seja considerada fonte secundária, essa divisão
não é estanque. De facto, apenas a existência ou não de uma intermediação
intelectualizada entre objecto e pesquisador permite classificar uma fonte como primária
ou secundária.

Antes de definir se determinada fonte é primária ou secundária, então, é necessário


identificar o objecto de estudo e averiguar se essa fonte se constitui ou não numa
intermediação intelectual entre esse objecto e o pesquisador.

Vejamos alguns exemplos hipotéticos:

a) um livro que trata da Revolução Francesa de 1789, escrito por um autor do final
do século XIX é fonte primária ou secundária? Depende, pois se o pesquisador
estiver estudando “a Revolução Francesa”, então essa obra será, para ele, fonte
secundária (existe intermediação); por outro lado, se o pesquisador tiver como
objecto de estudo “o pensamento histórico no final do século XIX”, essa mesma
obra será, para ele, fonte primária (não existe intermediação nesse caso); b) um
documentário, rodado na década de 1960, sobre a vida de Cleópatra, é fonte
primária ou secundária? Depende, pois se o pesquisador tiver como tema de estudo
“a última dinastia do Egipto antigo”, então ele terá aí uma fonte secundária;
entretanto, se o pesquisador se propõe a estudar “a produção audiovisual dos anos
60: o caso dos documentários”, nesse caso, esse mesmo pesquisador estará se
deparando com uma fonte primária. (CAMARGO, 2013. p. 58-59).

É óbvio que existem fontes que serão exclusivamente primárias. É o caso da cultura
material, pois dificilmente alguém poderá considerar que um lápis, por exemplo, possua
algum tipo de intermediação intelectual, nos termos aqui propostos. Contudo, uma obra
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historiográfica terá sempre a possibilidade de tornar-se, também fonte primária (já que é
vista, geralmente, como fonte secundária), pois, eventualmente, outro pesquisador
poderá dedicar-se ao estudo do pensador que produziu aquele texto historiográfico ou
mesmo o pensamento de sua época e, nessa situação, não existe intermediação.

É importante fazer algumas ressalvas, na medida que algumas fontes ficam no limite e
são de dificílima definição. Os textos jornalísticos são dos casos a serem ressalvados, já
que apesar de serem textos de época e expressarem as circunstâncias do momento
vivido por quem produziu o texto (aqui, o jornalista), possuem, de qualquer forma, um
esforço intelectual de leitura, interpretativa ou analítica, daquela realidade vivida. Nesse
caso, se o pesquisador estiver estudando “o jornalismo”, ou “a imprensa” em
determinada época, então, o texto jornalístico há-de configurar-se como fonte primária,
sem discussões. Mas, se o objecto do pesquisador for outro elemento da época em que o
texto jornalístico foi produzido (um tema, em geral que o próprio jornalista aborda)
pode-se entender que há uma intermediação, colocando-o como fonte secundária. De
como fontes primárias por excelência. (CAMARGO, 2013, p. 60-61).

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4. Conclusão

De acordo com as abordagens referentes a relação entre as fontes primárias e as fontes


secundárias, pode-se entender que as fontes dependem da sua originalidade e sua
proximidade com a fonte de origem. A fonte de origem geralmente é chamada de Fonte
Primária, que é o primeiro grau da informação. Por sua vez a fonte secundária é o
resultado da discussão e o resultado das fontes originais. Por fim encontrasse as fontes
terciarias, que são a junção entre o material inédito com o material já discutido.

Em biblioteconomia, historiografia e outras áreas de pesquisa, uma fonte secundária é


um documento ou gravação que relaciona ou discute informações originalmente
apresentadas em outros lugares. O conceito de fonte secundária se contrasta com o
de fonte primária, que é uma fonte original da informação a ser discutida. Fontes
secundárias envolvem generalizações, análises, sínteses, interpretações, ou avaliações
da informação original. Os termos primária e secundária são relativos, e algumas fontes
podem ser classificadas como primária ou secundária, dependendo em como ela é
utilizada. Um nível mais alto, chamado de fonte terciária, assemelha-se a uma fonte
secundária no qual estão contidas análises, mas tenta oferecer uma perspectiva mais
geral sobre um tópico de forma a torná-lo mais acessível ao leitores leigos.

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5. Referências Bibliográficas

BELLUZO, Célia Regina Baptista.(2003) Novas condutas de Gestão em serviços de


Informação. São Paulo: USP/SIBi. Acesso em: 23/11/21021.

CAMARGO, Fernando da Silva. (2013) Tópicos úteis param principiantes no estudo da


história. 1ª Edição. Pelotas: edição do autor. pp. 53, 56,57,58,59,60,61.

CAVALCANTI, Jéssica. (2016) Fontes de Informação. Disponível em:


https://www.infonormas.com.br/acesso em 23/11/2021.

CUNHA, Murilo Bastos da. (2001) Para saber mais: fontes de informação em ciência e
tecnologia. Brasília: Briquet de Lemos.

https://www.greelane.com/pt/humanidades/ingl%C3%AAs/primary-and-secondary-
sources-their-meaning-in-history/acesso em 23/11/2021.

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