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Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
domínio do discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área de
estudo
Exploração dos
2.0
dados
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria
Índice
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................1
Objectivos..................................................................................................................................1
METODOLOGIA......................................................................................................................1
CONCLUSÃO...........................................................................................................................8
Referencias Bibliográficas.........................................................................................................9
INTRODUÇÃO
Objectivos
Objectivos gerais:
Apresentar a problemática da definição referencial do conceito da literatura
Objectivo específico
Descrever a influência da ficção, estética e arte na definição do conceito de literatura
Explicar a função da literatura ao longo da história.
METODOLOGIA
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Marconi e Lakatos (2011), Metodologia científica, 6ª edição, Atlas editora
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1. Definição referencial do conceito de literatura
A busca de uma definição para a literatura faz parte das preocupações de vários teóricos e
críticos. Adentra-se os seguintes autores que se dedicaram ao assunto: Tolstoi, com O que é
arte? (Paris : Perrin, 1898); Jakobson, com “O que é poesia?” (Questions de poétique. Paris :
Seuil, 1973), Charles Du Bois, com O que é literatura ? (Paris : Plon, 1945) e também Jean-
Paul Sartre, com O que é literatura? (Paris : Gallimard, 1948). Em virtude da impossibilidade
de se solucionar o enigma, Barthes teria concluído: “Literatura é aquilo que se ensina, e ponto
final”. Isto porque diferentes épocas e culturas vêem diferentemente a literatura, e objecções
são levantadas em relação às definições até então elaboradas.
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com a obra de Kant, a estética começou a configurar-se como disciplina filosófica
independente.
Ciência da criação artística, do belo, ou filosofia da arte, a estética tem como temas principais
a génese da criação artística e da obra poética, a análise da linguagem artística, a
conceituação dos valores estéticos, as relações entre forma e conteúdo, a função da arte na
vida humana e a influência da técnica na expressão artística. Os primeiros teóricos da estética
foram os gregos, mas como "ciência do belo" a palavra aparece pela primeira vez no título da
obra do filósofo alemão Baumgarten, a esthetica (1750-1758). A partir dessa obra, o conceito
de estética restringiu-se progressivamente até chegar a referir-se à reflexão e à pesquisa sobre
os problemas da criação e da percepção estética.
É na segunda metade do século XVIII que Voltaire caracteriza a literatura como forma
particular de conhecimento que implica valores estéticos e uma particular relação com as
letras. Na mesma linha de análise, não esqueçamos Diderot e a sua definição de literatura
como arte e como o conjunto das manifestações dessa arte, os textos impregnados de valores
estéticos. Diderot documenta“ dois novo se importantes significados com que o lexema“
literatura” será crescentemente utilizado a partir da segunda metade do século XVIII:
específicos fenómeno estético, especifica forma de produção, de expressão e de comunicação
artísticas (...) e corpus de objectos – os textos literários – resultante daquela particular
actividade de criação estética” (SILVA, 2007: 6). Digamos então, à partida, que o fenómeno
literário se traduz em duas dimensões: por um lado, a actividade de criação ou produção
literária; por outro, o texto, o corpus textual de determinada colectividade, de determinado
grupo, de determinada época
O objecto da estética, segundo Hegel, é o belo artístico, criado pelo homem. A raiz da arte
está na necessidade que tem o homem de objectivar seu espírito, transformando o mundo e se
transformando. Não se trata de imitar a natureza, mas de transformá-la, a fim de que, pela
arte, possa o homem exprimir a consciência que tem de si mesmo
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como tudo o que se encontra em letra de forma. (...) Como Edwin Greenlaw já sustentou,
’nada que se relacione com a história da civilização é estranho ao nosso campo’; ’não
estamos limitados às belles-lettres, ou mesmo aos testemunhos impressos ou manuscritos, no
nosso esforço de compreender um período ou uma civilização’, e ’devemos encarar o nosso
trabalho à luz da sua possível contribuição para a história da cultura’. De acordo com a teoria
de Greenlawe com a prática de muitos investigadores, o estudo da literatura tornou-se não
apenas intimamente ligado à história da civilização, mas verdadeiramente identificado com
ela. Tal estudo é literário apenas na medida em que se ocupa da palavra impressa ou escrita,
que é necessariamente a fonte primária da maior parte da história. (...) Outro método de
definir a literatura é limitá-la aos ’grandes livros’, aos livros que, seja qual for o seu tema,
sejam ’notáveis pela sua forma ou expressão literária’. Aqui o critério ou é a própria valia
estética, em si mesma considerada, ou o da valia estética combinada com uma distinção
intelectual geral. (...) O termo ’literatura’ afigura-se mais adequado quando limitado à arte da
literatura (isto é, à literatura imaginativa) ” (WELLEK e WARREN, s.d.: 21-23). Como
vimos, o lexema é, pois, fortemente polissémico.
Na mesma linha, afirma Aguiar e Silva: as “transformações, próprias de um sistema aberto
como o sistema literário, no qual ocorre um constante e complexo fluxo de entradas e saídas
em relação à esfera da não literatura, são originadas por alterações do sistema de normas
aceites pela comunidade literária – escritores, leitores, críticos, teorizadores, professores, etc.
– sob a acção de mudanças operadas historicamente nas estruturas sociais e culturais”
(SILVA, 2007: 37). Jonathan Culler afirma que a literatura “não é senão aquilo que uma dada
sociedade trata como literatura: isto é, o conjunto de textos que os árbitros da cultura–os
professores, os escritores, os críticos, os académicos–reconhecem como pertencendo à
literatura.
A literatura é chamada de ficção, isto é, imaginação de algo que não existe particularizado na
realidade, mas no espírito de seu criador. O objecto da criação poética não pode, portanto, ser
submetido à verificação extratextual.
A literatura cria o seu próprio universo, semanticamente autónomo em relação ao mundo em
que vive o autor, com seus seres ficcionais, seu ambiente imaginário, seu código ideológico,
sua própria verdade: pessoas metamorfoseadas em animais, animais que falam a linguagem
humana, tapetes voadores, cidades fantásticas, amores incríveis, situações paradoxais,
sentimentos contraditórios, etc.
Mesmo a literatura mais realista é fruto de imaginação, pois o carácter ficcional é uma
prerrogativa indeclinável da obra literária. Se o facto narrado pudesse ser documentado, se
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houvesse perfeita correspondência entre os elementos do texto e do extratexto, teríamos então
não arte, mas história, crónica, biografia.
A obra literária, devido à potência especial da linguagem poética, cria uma actualidade
própria, um heterocosmo contextualmente fechado. Essa realidade nova, criada pela ficção
poética, não deixa de ter, porém, uma relação significativa com o real objectivo. Ninguém
pode criar a partir do nada: as estruturas linguísticas, sociais e ideológicas fornecem ao artista
o material sobre o qual ele constrói o seu mundo de imaginação.
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significado, constituem a presença simbólica de uma realidade misteriosa e invisível. O
mundo é um gigantesco poema, uma vasta rede de hieróglifos, e o poeta decifra este enigma,
penetra na realidade invisível e, através da palavra simbólica, revela a face oculta das coisas.
Schelling afirma que a "natureza é um poema de sinais secretos e misteriosos" e von Arnim
refere-se à poesia como a forma de conhecimento da realidade íntima do universo: o poeta é o
vidente que alcança e interpreta o desconhecido, reencontrando a unidade primordial que se
reflecte analogicamente nas coisas. "As obras poéticas, acentua von Arnim, não são
verdadeiras daquela verdade. Através sobretudo de Rimbaud e de Lautréamont, a herança
romântica da poesia como vidência é retomada pelo surrealismo, que concebe o poema como
revelação das profundezas vertiginosas do eu e dos segredos da supra-realidade, como
instrumento de perquisição psicológica e cósmica. A escrita automática representa a
mensagem através da qual o mistério cósmico – o "acaso objectivo" (le hasard objectif), na
terminologia do movimento surrealista – se desnuda ao homem; e a intuição poética, segundo
Breton, fornece o fio que ensina o caminho da gnose, isto é, o conhecimento da realidade
supra-sensível, "invisivelmente visível num eterno mistério".
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"uma construção formal baseada em elementos do mundo real", o conhecimento
proporcionado por essa obra tem de iluminar aspectos da realidade que a permite.
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CONCLUSÃO
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Referencias Bibliográficas
DANZIGER,Marlies K. e JOHNSON, W. Stacy, Introdução ao Estudo Crítico da
Literatura, São Paulo, Cultrix, 1974
SILVA, V. M. de Aguiar e. Teoria de Literatura. Coimbra, Almedina, 8ª Edição,
1990;
TODOROV. Tzvetan. Os Géneros do Discurso. Lisboa, Edições 70, 1978;
WELLEK, René; WARREN, Austin. Teoria da literatura e metodologia dos estudos
literários. São Paulo: Martins Fontes, 2003.