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ESTUDO DO VERBO
Nome do Estudante: Francelina Americo Utumali
Nr. do Estudante: 708236889
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
máxima
Subtotal
tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução Descrição dos
1.0
objectivos
Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Verbo é a classe de palavra que, do ponto de vista semântico, expressa acção, estado,
mudança de estado ou um fenómeno. Verbo aponta, também, do ponto de vista sintáctico, a
organização das orações. Além de, morfologicamente, ou seja, do ponto de vista morfológico,
possuir flexões que indicam pessoa, número, tempo, modo, voz, aspecto e género. (S/d).
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
Compreender sobre estudo do Verbo
1.1.2. Objectivos específicos
Conceituar o termo Verbo;
Identificar as formas de classificação dos verbos;
Descrever as formas de classificação dos verbos;
Distinguir os verbos transitivos dos intransitivos.
1.2. Metodologia
Para a elaboração do presente trabalho para além dos conhecimentos práticos que possuímos,
baseamo-nos na pesquisa bibliográfica, onde trouxe-se interpretações sólidas e fundamentadas
por diferentes autores de destaque que debruçaram sobre o tema em alusão e também
recorremos a pesquisa documental, para recolher informações em diversos relatórios,
monografias e teses de doutoramento.
O trabalho está organizado em quatro partes, nomeadamente a introdução, onde de forma
objectiva apresentaremos o que pretendemos investigar, a parte de apresentação responsável
pela definição, e descrição do tema; a conclusão, onde de forma mais sintética traremos as
ideias essenciais da nossa investigação e referências bibliográficas, para alistamento das
obras usadas na produção do trabalho.
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2. DEFINIÇÃO DO TERMO VERBO
O verbo é uma palavra que pode variar em número, pessoa, modo, tempo e voz, indicando
acções, processos, estados, mudanças de estado, manifestação de fenômenos da natureza.
O verbo é, segundo Celso Cunha e Lindley Cintra (1999, p. 377), “uma palavra de
forma invariável que exprime o que se passa, isto é, um acontecimento representado no
tempo”.
Mário Vilela (1999) diz-nos que o verbo é uma categoria gramatical que
representa os modos da realidade objectiva no seu enquadramento temporal. Isto
significa que o verbo é uma palavra que exprime o que se passa, anunciando uma acção
ou exprimindo a qualidade, o estado ou a existência de uma pessoa, animal ou coisa.
Por exemplo:
O verbo também se caracteriza por constituir o centro da frase, uma vez que todas as restantes
palavras se agrupam em seu redor, podendo mesmo, por si só, constituir uma
frase completa, como é o caso de, por exemplo, “Escutai!”. Para além da significação de
verbo, as gramáticas oferecem-nos a noção de que o verbo é a palavra mais variável da língua
portuguesa, pois varia, como referimos anteriormente, em modo, tempo, voz, número e
pessoa.
Para uma contextualização teórica do problema pensamos tornar-se necessário definir alguns
conceitos relacionados com o verbo, tal como número, pessoa, modo, tempo, aspecto e voz.
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singular quando possui por sujeito uma só pessoa ou coisa, dizemos que está no plural quando
se refere a mais de uma pessoa ou coisa.
Exemplo:
2.1.2. O Modo
O modo é definido por Lindley Cintra e Celso Cunha como “as diferentes formas que
toma o verbo para indicar a atitude (...) da pessoa que fala em relação ao facto que
enuncia.” (1999, p. 378).
O tempo indica o momento em que se realiza o facto expresso pelo verbo. Em português
existem três tempos a que Celso Cunha e Lindley Cintra chamam de tempos naturais e são
eles o tempo presente, o tempo pretérito ou passado e o tempo futuro. O presente é indivisível,
ao passo que o pretérito e o futuro subdividem-se no modo indicativo e no conjuntivo.
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Fonte: Nova Gramática do Português Contemporâneo (1999, p. 379).
2.1.4. O Aspecto
Relativamente ao aspecto, este denomina uma categoria gramatical que expressa o ponto de
vista do qual o locutor encara a acção expressa pelo verbo. O locutor pode considerá-la como
concluída ou não concluída, dependendo se a observação é feita no seu término ou na sua
duração. Assim, o aspecto diferencia-se das categorias do tempo, do modo e da voz, pois
apresenta a acção expressa pelo verbo no seu início, no seu desenvolvimento ou na sua
conclusão, encontrando-se intimamente relacionado com a categoria de tempo.
Lígia Arruda (2000) refere que o aspecto alude para uma classe gramatical que patenteia a
visão pela qual o locutor considera o facto referido pelo verbo e que, por isso, pode o locutor
considerá-la como concluída ou não concluída. Neste último caso observar-se-á a duração ou
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repetição do facto expresso pelo verbo. Podem, deste modo, distinguir-se dois aspectos
primordiais: o aspecto perfectivo, classificado como forma verbal perfeita ou mais-que-
perfeita e o aspecto imperfectivo. O primeiro, o perfectivo, exprime uma acção concluída: Já
fui ao teatro. E o segundo, o imperfectivo, exprime uma acção inacabada: Elas têm ido ao
teatro.
Dentro destes aspectos fundamentais, podemos distinguir as seguintes oposições:
Ainda relativo ao aspecto, são também de natureza aspectual as oposições entre a forma
simples, por exemplo, Eu escrevo e a perífrase durativa Eu estou escrevendo. Assim, e de um
modo lato, podemos constatar que as perífrases construídas com o particípio expressam o
aspecto terminado; e as construídas com o infinitivo ou com o gerúndio indicam o aspecto não
finalizado.
Para sintetizar estes dois últimos pontos julgamos que é importante referir que para indicar o
tempo existe, na língua portuguesa, duas categorias linguísticas que são o tempo e o aspecto.
A diferença entre os dois reside no facto de o tempo situar o acontecimento em relação ao
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momento da fala, da enunciação, ou seja, no presente, no pretérito ou no futuro. O aspecto
remete para os conceitos de duração, de começo, de desenvolvimento e de fim das acções.
2.1.5. A Voz
Em relação à voz, existem na língua portuguesa três vozes: a voz activa, a voz passiva e a voz
reflexiva.
No primeiro caso, na activa, o facto expresso pelo verbo é praticado pelo sujeito: A Andreia
comeu um gelado; no segundo, o facto expresso pelo verbo é sofrido pelo sujeito O gelado foi
comido pela Andreia; no terceiro caso, na voz reflexiva, o facto expresso pelo verbo é
representado como praticado e sofrido pelo sujeito A Andreia penteou-se.
Quanto à voz passiva importa mencionar que o particípio concorda em género e em número
com o sujeito: O jardim foi regado; Os jardins foram regados. É também importante referir
que além do verbo ser, existem outros verbos auxiliares que, em combinação com o particípio,
podem formar a voz passiva, como é o caso dos verbos que exprimem estado (estar, andar,
etc.), mudança de estado (ficar) e movimento (ir, vir).
3. Classificação do Verbo
Na Gramática da Língua Portuguesa (Mário Vilela, 1999) o autor explica que o verbo flexiona
apenas em regular, irregular e defectivo. Por considerarmos a primeira mais completa é nela
que nos iremos basear para fazer um resumo da questão.
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3.1. Verbos Regulares
Cunha e Cintra (1985, p. 377) organizam os verbos regulares em três grupos: o dos derivados
do presente do indicativo, o dos derivados do perfeito do indicativo e o dos derivados do
infinitivo. Essa divisão baseia-se no pressuposto de que o verbo em português “apresenta três
tempos primitivos, sendo os outros deles derivados”, mais especificamente a primeira pessoa
do presente do indicativo; a segunda pessoa do singular do pretérito perfeito e o infinitivo não
flexionado, ou uma forma do pretérito imperfeito.
cantamo
nós vendemos partimos
pomos s
(vós) cantais vendeis partis
pondes eles, elas, vocês
cantam vendem partem põem
Bechara, (1999, p. 225-6) de que irregular é o verbo que, “em algumas formas, apresenta
variação no radical ou na flexão”. Não há dúvida de que essa definição é mais adequada do
que aquela segundo a qual o verbo irregular “se afasta do respectivo paradigma, apresentando
flexões não consideradas modelares na respectiva conjugação”.
[...] a maior parte das irregularidades que se observam nos verbos portugueses se
radicam nos perfeitos simples, que levam o acento no radical em vez de na
terminação e derivam directamente dos perfeitos fortes latinos. Noutras ocasiões, a
irregularidade que afecta a primeira pessoa do singular do presente do indicativo
passa a todo o presente do conjuntivo, tempos intimamente ligado com ele. [...]
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São irregulares no presente do indicativo e, em decorrência, no presente do subjuntivo e nos
imperativos afirmativo e negativo. do verbo crer (Cunha & Cintra, 1985).
Cunha; Cintra (1985 p. 431) lembra que, nos verbos impessoais (de uso restrito à 3ª pessoa do
singular) e unipessoais (de uso restrito à 3ª pessoa do singular e do plural), “é a própria ideia
expressa pelo verbo que não pode aplicar-se a determinadas pessoas”.
Está claro que essa classificação não é morfológica, mas sintáctico-semântica, como observa
Borba (1996: 65), quando trata dos verbos que indicam vozes de animais:
Verbo defectivo é o mesmo que imperfeito, defeituoso. Portanto, os verbos defectivos são os
que não apresentam todas as formas verbais na conjugação.
4. FUNÇÃO DO VERBO
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Tendo em conta a sua significação, um verbo, quanto à sua função, pode ser principal ou
auxiliar.
O principal é aquele verbo que tem significação plena e que é nuclear de uma oração: Vou ao
cinema; Dancei uma valsa. O verbo auxiliar, como o próprio nome indica, serve para auxiliar
as formas nominais de um verbo principal, juntando-se a ele e formando locuções que
anunciam matizes significativas especiais: Tenho feito ginástica; Hão-de vir mais pesos. Os
verbos auxiliares mais comuns na língua portuguesa são os verbos ter, haver, ser e estar, dos
quais falaremos de seguida mais detalhadamente.
As locuções verbais são formadas pela junção de um verbo auxiliar a um verbo principal.
Nestas locuções conjuga-se apenas o auxiliar, já que o verbo principal aparece numa das
formas nominais, ou seja, surge sempre no particípio, no gerúndio ou no infinitivo impessoal.
Em português, como referimos anteriormente, os verbos ter, haver, ser e estar são os verbos
auxiliares de uso mais frequente, mas devido à não uniformidade da norma linguística para
determinação dos limites dos verbos auxiliares, o rol dos verbos auxiliares costuma alterar de
gramática para gramática.
Os verbos auxiliares ter e haver aplicam-se com o particípio do verbo principal e denotam um
facto acabado, repetido ou contínuo, formando os tempos compostos na voz activa: Tenho
feito ginástica; Haviam comprado pesos. Contudo, se o infinitivo do verbo principal for
antecedido da preposição de, exprime, respectivamente, a obrigatoriedade ou o forte propósito
de praticar o facto: Tenho de fazer ginástica; Havemos de comprar pesos.
Quanto ao verbo auxiliar ser, este emprega-se com o particípio do verbo principal para formar
os tempos da voz passiva da acção: Ginástica foi feita por mim; Pesos foram comprados por
nós.
O auxiliar estar usa-se com o particípio do verbo principal, formando os tempos da voz
passiva de estado: Está arrependido do que disse. Porém, se for utilizado juntamente com o
gerúndio ou com o infinitivo do verbo principal antecedido da preposição a, indica uma acção
continuada, ou seja, com certa duração: Estava fazendo ginástica; Estava a fazer ginástica. Se
o infinitivo do verbo principal for antecedido da preposição para, exprime a iminência de um
feito ou o intuito de praticar a acção declarada pelo verbo principal: Os pesos estão para
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chegar; Ao tempo que os pesos estão para chegar. O infinitivo do verbo principal pode
também aparecer antecedido da preposição por, indicando uma acção que deveria ter sido
praticada mas que ainda não o foi: A redacção está por acabar.
4.2. Conjugações
Verbos transitivos são os verbos que precisam de complemento para transmitir uma
informação que faça sentido. Os verbos intransitivos são os que não precisam de
complemento, porque já transmitem a informação necessária para fazer sentido.
Os verbos intransitivos são aqueles que não precisam de complemento algum, pois sozinhos
já são suficientes para dar sentido à oração.
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1. Não são seguidos de complemento;
2. 0 Sentido do verbo está todo concentrado na forma ver vai.
Os verbos transitivos são aqueles que precisam de um complemento para que a oração em que
ele está faça sentido completo. Esse complemento é chamado de objecto, que pode ser directo
ou indirecto.
Os verbos transitivos directos são aqueles que precisam de um objecto directo para completar
o sentido da oração, não sendo necessário o uso de preposição. O objecto directo indica qual
elemento sofre a acção verbal, respondendo as perguntas “o que?” e “quem?”.
Verbos transitivos directos são os verbos transitivos cujo complemento não exige a
presença de preposição. Exemplo: Comprei o livro.
Verbos transitivos indirectos são os verbos transitivos cujo complemento exige a presença
de preposição. Exemplo: Gostei do livro.
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O verbo gostar é transitivo indirecto, porque o complemento “do livro” é essencial para o
completar e, nesse complemento, há a preposição de (de + o = do).
O verbo dar é transitivo directo e indirecto, porque há dois complementos essenciais para o
completar.
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CONCLUSÃO
No que concerne aos verbos auxiliares que compõe estes tempos compostos podemos concluir
que, apesar de a morfologia ser idêntica (verbo auxiliar no presente mais o particípio passado,
que se constrói da mesma maneira para as duas línguas), os verbos auxiliares utilizados são
distintos, apesar de apresentarem o mesmo valor temporal.
Verbos transitivos são os verbos que precisam de complemento para transmitir uma
informação que faça sentido. Os verbos intransitivos são os que não precisam de
complemento, porque já transmitem a informação necessária para fazer sentido.
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Referências bibliográficas
Arruda, Lígia (2000) Gramática de Português para Estrangeiros. Porto: Porto Editora.
Bechara, E. (1999). Moderna gramática portuguesa. (37. Ed). rev. e ampl. Rio de Janeiro:
Lucerna.
Cunha e Cintra, L. (1985). Nova gramática do português contemporâneo. (2. Ed). Rio de
Janeiro: Nova Fronteira
Cunha, Celso; Cintra, Lindley (1999) Nova Gramática Português Contemporâneo. (15ª
edição), Lisboa: Edições João Sá da Costa, Lda.
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