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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Contribuições da psicologia na aprendizagem da criança


Arlete Ramadane João: 708230582

Curso: Licenciatura em ensino de


Biologia
Disciplina: Psicologia de
Aprendizagem
Ano de Frequência: 1º

Nampula, Setembro de 2023

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(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
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tamanho de letra,
Aspectos gerais Formatação paragrafo, 1.0
espaçamento entre
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 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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ÍNDICE
Introdução..........................................................................................................................5

1. Contribuições da psicologia na aprendizagem da criança.............................................6

1.1. Conceitos da psicologia..............................................................................................6

1.2. Objecto de estudo da psicologia.................................................................................6

1.3. A diversidade dos objectos de estudo da psicologia..................................................6

1.4. Razões da dificuldade de definição do objecto..........................................................7

2. Importância da Psicologia no Processo de Ensino e Aprendizagem.............................7

2.1. Conceito de aprendizagem.........................................................................................7

2.2. Psicologia de Aprendizagem......................................................................................7

3. Implicações das concessões teóricas de Walton, Piaget, Vygostky e Skinner na


prática pedagógica.............................................................................................................8

3.1. Aprendizagem por equilibração (Jean Piaget)............................................................8

3.2. Aprendizagem como acção interpessoal (Vygostky).................................................9

3.3. Condicionamento Operante ou Instrumental (Skinner)............................................10

3.3.1. Aplicabilidade da Teoria.......................................................................................10

Conclusão........................................................................................................................11

Bibliografia......................................................................................................................12

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Introdução
A aprendizagem é o processo através do qual a criança se apropria ativamente do
conteúdo da experiência humana, daquilo que o seu grupo social conhece. Para que a
criança aprenda, ela necessitará interagir com outros seres humanos, especialmente com
os adultos e com outras crianças mais experientes. Nas inúmeras interações em que
envolve desde o nascimento, a criança vai gradativamente ampliando suas formas de
lidar com o mundo e vai construindo significados para as suas ações e para as
experiências que vivem. Com o uso da linguagem, esses significados ganham maior
abrangência, dando origem a conceitos, ou seja, significados partilhados por grande
parte do grupo social.

A Psicologia da Aprendizagem estuda o complexo processo pelo qual as formas de


pensar e os conhecimentos existentes numa sociedade são apropriados pela criança. Para
que se possa entender esse processo é necessário reconhecer a natureza social da
aprendizagem.

Reconhece-se, dessa maneira, que as pessoas, em especial as crianças, aprendem através


de ações partilhadas mediadas pela linguagem e pela instrução. A interação entre
adultos e crianças, e entre crianças, portanto, é fundamental na aprendizagem. A
Psicologia da Aprendizagem, aplicada à educação e ao ensino, busca mostrar como,
através da interação entre professor e alunos, é possível a aquisição do saber e da cultura
acumulados.

Objectivo geral:

 Descrever o papel da contribuição da psicologia na aprendizagem da criança.

Objectivos específicos

1. Conceitualizar psicologia, seu objecto de estudo e sua importância na


aprendizagem;
2. Debruçar sobres as teorias da aprendizagem;
3. Abordar sobre as implicações das concessões teóricas de Walton, Piaget
Vygostky e Skinner na prática pedagógica.

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A metodologia utilizada neste trabalho baseou-se em minuciosa pesquisa bibliográfica,
na qual se buscou confrontar a opinião de diversos autores a respeito do tema a ser
retratado, reforçando as ideias originais. E, por último, importa referir que todas as
referências usadas na produção deste trabalho, encontram-se na bibliografia.

1. Contribuições da psicologia na aprendizagem da criança


1.1. Conceitos da psicologia
De acordo com Davidoff (2001), o termo Psicologia é de origem greco-latino, e
etimologicamente pode traduzir-se no seguinte: psiychè = alma; logia=logos=estudo ou
ciência. Assim, a palavra Psicologia significa estudo da alma ou ciência da alma,
ciência que estuda as ideias, sentimentos, e determinações cujo conjunto constitui o
espírito humano. Esta definição permaneceu até aos meados do séc. XIX devido ao seu
desenvolvimento `condicionado´ com a Filosofia.

Actualmente a psicologia é definida como a ciência que se concentra no comportamento


e nos processos mentais – de todos os animais.

Ciência: enquanto a ciência oferece procedimentos disciplinados e racionais para a


condução de investigações válidas e a construção de um corpo de informações coerentes
e coesas. O Comportamento: abrange tudo o que pessoas e animais fazem: conduta,
emoção, formas de comunicação, processos de desenvolvimento.

1.2. Objecto de estudo da psicologia

O objecto de estudo da Psicologia é o comportamento dos seres vivos especificamente


homens e animais, isto é, a Psicologia estuda a resposta ou conjunto de respostas
observáveis de um individuo ou de um grupo, a uma situação ou estímulo.
Processos mentais – incluem formas de cognição ou formas de conhecimento, de entre
elas: perceber, participar, lembrar, raciocinar, ou resolver problemas. Sonhar, fantasiar,
desejar, ter esperança são também processos mentais. (Adelino, 1993, p.23).

O objecto ou assunto de estudo de uma determinada ciência é a realidade ou o aspecto


da realidade que ela se propõe a estudar, descrever ou explicar. Para compreender o
objecto de estudo da Psicologia é preciso compreender a diversidade de objectos
definidos por várias correntes psicológicas;
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1.3. A diversidade dos objectos de estudo da psicologia

a) Behaviorismo ou comportamentalismo: segundo estes teóricos o objecto de


estudo da Psicologia é o comportamento;
b) Psicanálise: para esta escola o objecto de estudo da psicologia é o inconsciente.
c) Outros psicólogos: o objecto de estudo da psicologia é a consciência ou ainda a
personalidade humana.

1.4. Razões da dificuldade de definição do objecto


a) Por ser uma área de conhecimento científico que se constituiu recentemente
(final do séc. XIX) não obstante a sua existência dentro do da filosofia como
preocupação humana;
b) Outro motivo que dificulta a definição do objecto de estudo da Psicologia é o
facto do cientista – o pesquisador confundir-se com o objecto a ser pesquisado –
a concepção do Homem `contamina` inevitavelmente a sua pesquisa;

Em terceiro, dificuldades justificam-se pelo facto de os fenómenos psicológicos serem


tão diversos, que não podem ser acessíveis ao mesmo nível de observação, não podem
ser sujeitos aos mesmos padrões de descrição, medida, controle e interpretação.

2. Importância da Psicologia no Processo de Ensino e Aprendizagem.


2.1. Conceito de aprendizagem

Por aprendizagem entende-se como “uma construção pessoal, resultante de um processo


experiencial, interior à pessoa e que se traduz numa modificação de comportamento
relativamente estável” (Alarcão & Tavares, 2002, p.86).

Como processo, quer dizer que a acção de aprender se realiza em tempo mais ou menos
longo. Por construção pessoal, entende-se que aprende-se verdadeiramente se o que se
pretende aprender não passa através da experiência pessoal de quem aprende, numa
procura de equilíbrio entre o adquirido e o que falta adquirir, através dos mecanismos de
assimilação e acomodação.

2.2. Psicologia de Aprendizagem

Alarcão & Tavares, (2002, p.86), definem a Psicologia de Aprendizagem como uma
ciência que estuda a maneira como a pessoa aprende, as condições necessárias para
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aprender, o que aprende e o que faz com o que aprende. A Psicologia da Aprendizagem
trata de aspectos psicológicos do processo de educação, mas propriamente as leis,
regularidades; tenta explicar os mecanismos psicológicos que estão por detrás do
processo educativo. Objecto da Psicologia Pedagógica: aspectos psicológicos do PEA
ou a própria aprendizagem.

Por ser uma ciência multiperspectiva e se aplicar em todas as áreas da vida humana, tais
como no Ensino, na Saúde, na Família, no Comércio, no Desporto, etc., a Psicologia
possui uma vasta importância.

No ensino permite ao professor conhecer as particularidades individuais dos alunos para


melhor planificar e administrar as aulas, identificar e resolver os problemas de
aprendizagem segundo o desenvolvimento. Ela destina-se a professores e estudantes de
cursos de magistério necessitados de saber “o que faz a mente dos alunos com a matéria
que está sendo ensinada” e de relacionar os fenómenos da mente com os do conjunto da
personalidade do educando. Estuda os fins da educação, os métodos, procedimentos e
formas de organização, (Borges, 1987, p.89).

3. Implicações das concessões teóricas de Walton, Piaget, Vygostky e Skinner


na prática pedagógica
3.1. Aprendizagem por equilibração (Jean Piaget)

Uma das principais contribuições de Jean Piaget constitui em demonstrar a existência de


estruturas cognitivas, que são adquiridas durante o desenvolvimento ontogenético, e a
sua interpretação da aprendizagem é feita nessa perspectiva de concepção geral do
desenvolvimento.

De acordo com Oliveira (1994, p.79), “a aprendizagem, para Piaget, é um processo


normal, harmónico e progressivo, de exploração, descoberta e organização mental, em
busca de equilibração da personalidade”. O modelo da equilibração constitui a
formulação teórica realizada, no sentido de tentar demonstrar como ocorrem mudanças
no desenvolvimento do indivíduo, propiciando-lhe a aprendizagem (a mudança ou
aquisição de estruturas cognitivas).

No processo de aprendizagem podem ser destacadas duas fases:


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a) De Assimilação: esta fase já poderá produzir um fenómeno de aprendizagem,
sob a forma de transferência de reação, como ocorre no processo de
condicionamento, em que a reação a um excitante incondicionado passa a ser
produzida por um excitante novo.
b) De acomodação: corresponde ao processo de a aprendizagem sob a forma, mais
geral, de modificação do esquema de reação propriamente dito, sob o efeito de
êxito. Portanto, graças a experiência, que se torna anterior diante de uma
situação posterior, é conseguida a satisfação da necessidade.

De acordo com Piaget, o papel da escola é integrar e enriquecer o desenvolvimento


normal da criança e, nessa medida, o currículo deve acompanhar o ritmo normal do seu
desenvolvimento.

3.2. Aprendizagem como acção interpessoal (Vygostky)

Segundo Manhiça (1996, p.56), para Vygotsky, a aprendizagem sempre inclui relações
entre as pessoas. Não há como apreender o mundo se não tivermos o outro, aquele que
nos fornece os significados que permitem pensar o mundo a nossa volta.
A aprendizagem da criança inicia-se muito antes da sua entrada na escola, isto porque
desde o primeiro dia de vida, ela já está exposta aos elementos da cultura e à presença
do outro, que se torna o mediador entre ela e a cultura.

O bom ensino, segundo Vygotsky é aquele que se adianta ao desenvolvimento, ou seja,


se volta para as funções psicológicas emergentes, potenciais, e pode ser facilmente
estimulado pelo contacto com os colegas que já aprenderam determinado conteúdo.

Portanto, o que caracteriza fundamentalmente o ensino seria gerar essa área potencial de
desenvolvimento, que posteriormente seria internalizada pela criança. A aprendizagem
não é em si mesmo desenvolvimento, mas activa o processo evolutivo, desperta os
processos internos do indivíduo, liga o desenvolvimento da pessoa a sua relação com o
meio ambiente sócio-cultural em que vive e a sua situação de organismo que não se
desenvolve plenamente sem o suporte de outros indivíduos da sua espécie, (Manhiça,
1996).

A partir destas concepções, Vygotsky construiu o conceito de zona de


desenvolvimento proximal, referindo-se as potencialidades da criança que podem ser
desenvolvidas a partir do ensino sistemático. A zona potencial ou zona de
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desenvolvimento proximal representa a diferença entre a capacidade da criança de
resolver problemas por si próprias e a capacidade de resolvê-los com ajuda de alguém.

3.3. Condicionamento Operante ou Instrumental (Skinner)

Abrunhosa e Leitão (1986), afirmam que Skinner considera na sua abordagem a teoria
do condicionamento clássico, uma teoria plausível da aprendizagem, mas dá um passo
em frente através da defesa de que nem toda aprendizagem pode ser explicada na base
do estímulo identificável. Na sua perspectiva, existem outras formas de aprendizagem
que ocorrem independentemente de qualquer estímulo identificável.
Nas suas abordagens, Skinner enfatiza o reforço como elemento básico para a
aprendizagem e identificou quatro tipos:
a) Reforço Positivo ou recompensa: as reacções que são recompensadas têm tendência a
ser repetidas.
b) Reforço Negativo: as reacções que libertam o organismo de uma situação penosa têm
tendência a ser repetidas.

3.3.1. Aplicabilidade da Teoria

As implicações do condicionamento operante estão relacionadas com o reforço. Sem o


reforço na escola, os alunos alcançarão menos do que o seu potencial permite. Os
professores podem reforçar os alunos através de boa preparação das aulas e tornando-as
interessantes, reconhecendo o esforço do aluno, sendo amigáveis, e proporcionando aos
alunos a atenção que a situação justifica. A presença dos alunos na aula ou na escola é
uma resposta da sua parte, e passa pelos professores verem se essa resposta recebe o
reforço que merece, (Borges, 1987).

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Conclusão
Pode – se perceber que o papel do professor no processo de ensino e aprendizagem da
criança é fundamental. Ele procura estruturar condições para ocorrência de interações
professor-alunos-objeto de estudo, que levem à apropriação do conhecimento. De
maneira geral, portanto, essa visão de aprendizagem reconhece tanto a natureza social
da aquisição do conhecimento como o papel preponderante que nela tem o adulto. Estas
considerações, em conjunto, têm sérias implicações para a educação: procede-se, na
aprendizagem, do social para o individual, através de sucessivos estágios de
internalização, com o auxílio de adultos ou de companheiros mais experientes.

No processo pedagógico, o educador é o primeiro elemento e tem a tarefa de


desenvolver a personalidade do educando tendo em conta as particularidades
psicológicas e fisiológicas do educando, os procedimentos ou métodos a usar. O
educador é orientador (mediador) da aprendizagem, aquele que dirige o processo.

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Bibliografia

Abrunhosa, M. A. & Leitão, M. (1982). Introdução à Psicologia. Vol 2, Porto, Edições


ASA.

Adelino, Cardoso (1993). Rumos da Psicologia, Lisboa – Portugal, Editora Rumos.

Borges, M.I.P.B. (1987). Introdução à Psicologia do Desenvolvimento. Porto, Edições


Jornal de Psicologia.
Davidoff, Linda L. (2001). Introdução à Psicologia. São Paulo: Markron Books Ltda.

Manhiça, Carlos. (1996). Manual de Psicologia da Aprendizagem. Maputo: MINED.

Oliveira, M. K. de. Vygotsky, (1994). Aprendizado e Desenvolvimento, Um Processo


Sócio-Histórico. São Paulo, Editora Scipione.
Tavares, J. E Alarcão, L. (1990). Psicologia de Desenvolvimento e de Aprendizagem.
Coimbra, Livraria Almedina.

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