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Introdução

O comportamento desviante na adolescência é problema de todas sociedades, ou seja, é um


problema comum. Devemos afirmar que é uma questão que continua a suscita muitas
investigações.
CAPÍTULO I: FORMULAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA

1.1 Formulação do Problema

Esta pesquisa científica trata de identificar e caracterizar os factores


determinantes do comportamento desviante dos adolescentes do bairro Calemba 2, cuja
problemática verifica-se em muitas realidades sociodemográficas tendo suscitado vários
estudos. O comportamento desviante tem uma conceitualização relativa por depender da
sociedade e da época em que ocorre porém para a investigação que pretendemos realizar
defini-lo-emos como apresenta BRZOZOWSKI e CAPONI (2013), definindo desvio de
comportamento como qualquer conduta que destoe do que é socialmente desejável,
portanto é qualquer comportamento que é contrário às normas dominantes da sociedade.
Como referimos, esta investigação centra-se em indivíduos que estão na adolescência
pois é uma fase do desenvolvimento humano mais complexa por não ser considerada
por alguns autores como fase natural do desenvolvimento humano (BOCK, et. al., 1999)
por variação de seus limites cronológicos bem como por ser uma fase marcada por
diversas transformações do ponto de vista biopsicossocial. No entanto parece que o
indivíduo durante esta fase apresenta-se vulnerável perante às situações da vida que se
impõe apresentando assim comportamento desviante sendo isto obrigatório, próprio do
seu desenvolvimento. BENAVENTE (2002)

Estamos em presença de um fenómeno cuja explicação etiológica é objecto de


análise de várias ciências sociais e humanas (BENAVENTE, 2002), como as teorias
biológicas, sociais bem como psicológicas. Entretanto, não obstante existirem causas
biológicas dos desvios, porém limitar-nos-emos numa perspectiva psicossocial, pois
pretendemos estudar o indivíduo na relação consigo mesmo e com seu meio ambiente,
partindo do princípio de que ele é um ser cujo comportamento resulta de mecanismos
psicológicos bem como sociais.

A problemática do comportamento desviante na adolescência é comum e


complexo, tem pois envolvido várias causas psicossociais. Podemos verificar nos meios
socioeconómicos desfavoráveis e em meios urbanos com condições socioeconómicas
privilegiadas, em famílias desestruturadas e estruturadas. LUZES (2010)
No município do Kilamba Kiaxi na localidade do Calemba 2, encontramos estas
realidades mas com maior número de famílias consideradas socioeconomicamente
desfavoráveis em relação as famílias privilegiadas economicamente. Não obstante, é
verdade que a família e outros grupos sociais desempenham um papel fundamental na
prevenção do comportamento desviante. Será que a desestruturação intra-familiar,
educação deficitária, a violência dentro do lar e o consumo de bebidas alcoólicas por
parte dos pais não estariam na origem dos comportamentos desviantes dos
adolescentes?

A adolescência é um período de muitas mudanças e curiosidades e de


construção da personalidade e identidade. Por que é na adolescência onde o
comportamento desviante é verificado com maior incidência? A forma como os
adolescentes vão construindo seu mundo interno através das relações sociais, familiares
e culturais suas vivências pode determinar o comportamento desviante?

Mediantes estas questões cientificamente válidas, formulamos o problema


central que nos defrontamos e pretendemos resolver:

- Quais são os factores reais e objectivos, determinantes no desenvolvimento


do comportamento desviante em adolescentes do bairro Calemba 2, município do
Kilamba Kiaxi, em Luanda?

1.2 Justificativa

Tendo em conta que a fase da adolescência é um período que ocorre muitas


transformações principalmente a forma do adolescente ver o mundo, bem como uma
fase marcada por enormes curiosidades, um fenómeno presente (quase) em todas as
culturas, urge a necessidade de investigar os factores que estariam na base do
comportamento desviante apresentado por adolescentes do bairro Calemba 2, no
município do Kilamba Kiaxi em Luanda, como o consumo excessivo de bebidas
alcoólicas, tabaco e liambas, os assaltos nas ruas e em residências, a desobediência aos
pais, gravidez precoce, confronto entre grupos rivais, vandalismo e outros
comportamentos anti-sociais recorrentes que efectivamente motivou o interesse pela
nossa investigação. Segundo os dados da policia
Se olharmos o comportamento desviante em adolescentes como um fenómeno
que coloca em comprometimento o futuro de uma família consequentemente uma
sociedade e em grande escala uma nação, certamente trará a grande preocupação e
pertinência tanto nas famílias, entidades competentes quanto especialistas e sobre tudo o
despertar de nosso interesse científico em abordá-lo para compreender e dar respostas
ou possíveis soluções.

Muitos dos pais e educadores se deparam com esta realidade no convívio com os
adolescentes e estão a procurar uma fórmula adequada de educação dos jovens
adolescentes. Esta investigação poderá ajudar na compreensão deste fenómeno e
proporcionar directrizes para que os pais, educadores e a sociedade em geral encontrem
uma melhor forma de lidar com os adolescentes no sentido de colmatar ou diminuir
significativamente o comportamento desviante nestes adolescentes. por identificar os
seus factores associados ao CD.

1.3 Elaboração das Hipóteses

A elaboração das hipóteses surgiu através de observação empírica ou simples, da


nossa impressão (conhecimento intuitivo) bem como a partir de teorias já existentes,
que passamos a apresentar:

1. Ausência de modelos de papéis apropriados e de imposição de regras ou a


forte presença e influência de modelos de papéis inadequados determinam o
desenvolvimento do comportamento desviante.

2. Ausência de hábitos de estudo e ocupação académico-profissional por parte


dos adolescentes estão na base do comportamento desviante. O abandono escolar
forçado e a falta de ocupação estão na base do comportamento desviante.

3. O abandono familiar, e as dificuldades socioeconómicas estão na origem dos


comportamentos desviantes.

4. Famílias monoparentais e alargadas e inexistência de supervisão parental


estão na origem dos desvios de comportamentos.
5. Educação deficitária e aprendizagem inadequada estão na base do
comportamento desviante.

1.4 Formulação dos Objectivos

1.4.1 Objectivo Geral

Compreender os factores que estão na base do comportamento desviante em


adolescentes no bairro Calemba 2, município do Kilamba Kiaxi.

1.4.2 Objectivos Específicos

Identificar as causas do comportamento desviante dos adolescentes no bairro


Calemba 2, município do Kilamba Kiaxi em Luanda.

Descrever as condições determinantes para o desenvolvimento do


comportamento desviante em adolescentes dos no bairro Calemba 2, município do
Kilamba Kiaxi.
CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Conceito

Segundo o dicionário de psicologia (MESQUITA e DUARTE, 1996) o termo


Comportamento designa a actividade global ou conjunto dos actos de um indivíduo
perante uma situação ou conjunto de estímulos, ou seja, é a resposta que um organismo
dá, ou a sua reacção, perante a situação que a suscita.

Para CONRAD e SCHNEIDER (cit. in BRZOZOWSKI e CAPONI, 2013) os


desvios consistem em categorias de julgamentos sociais negativos que são construídos e
aplicados socialmente, geralmente de alguns grupos de uma comunidade para outros. O
desvio é um fenómeno universal, e a noção de que toda sociedade tem normas sociais já
pressupõe a existência do desvio. Grupos sociais criam regras e impõem suas definições
para os outros membros por meio do julgamento e da aprovação social; por isso, o
desvio é contextual, e a definição e a aprovação do desvio envolvem relações de poder.

BRZOZOWSKI e CAPONI (2013), Consideram desvio de comportamento


como qualquer conduta que destoe do que é socialmente desejável, mas que nem sempre
representa uma entidade nosológica. Muitos desses desvios, porém, são considerados
actualmente transtornos mentais (ou então seus sintomas), o que caracteriza um
processo de medicalização desse tipo de conduta.

A adolescência corresponde a um período tradicionalmente considerado


ambíguo, na medida em que se situa em tempos diferentes nos dois sexos em tempos
diferentes consoante o contexto sócio-geográfico, embora com um denominador comum
do tipo somático-fisiológico, que é a maturação biológica. BORGES (1987)

Porém o conceito de adolescência adoptado por nós é o seguinte: é um período


entre a infância e a idade adulta, caracterizada por alterações no desenvolvimento
biológico, psicológico e social, que geralmente inicia e termina num período
compreendido entre 11 e 19 ou 20 anos de idade. PAPALIA E FELDMAN (2013)
2.2 Perspectivas Teóricas da Adolescência

2.2.1 Teoria do desenvolvimento cognitivo da Adolescência de Jean


Piaget

Na perspectiva de Piaget a adolescência é o período das operações formais (11


ou12 em diante). Neste período, ocorre a passagem do pensamento concreto para o
pensamento formal, abstracto, isto é, o adolescente realiza as operações no plano das
ideias, sem necessitar de manipulação ou referências concretas, como no período
anterior. É capaz de lidar cora conceitos como liberdade, justiça etc. O adolescente
domina, progressivamente, a capacidade de abstrair e generalizar, cria teorias sobre o
mundo, principalmente sobre aspectos que gostaria de reformular. Isso é possível graças
à capacidade de reflexão espontânea que, cada vez mais descolada do real, é capaz de
tirar conclusões de puras hipóteses. BOCK, et.al. (1999)

Do ponto de vista de suas relações sociais, também ocorre o processo de


caracterizar-se, inicialmente, por uma fase de interiorização, em que, aparentemente, é
anti-social. Ele se afasta da família, não aceita conselhos dos adultos; mas, na realidade,
o alvo de sua reflexão é a sociedade, sempre analisada como passível de ser reformada e
transformada. Posteriormente, atinge o equilíbrio entre pensamento e realidade, quando
compreende a importância da reflexão para a sua ação sobre o mundo real. Por exemplo,
no início do período, o adolescente que tem dificuldades na disciplina de Matemática
pode propor sua retirada do currículo e, posteriormente, pode propor soluções mais
viáveis e adequadas, que considerem as exigências sociais. BOCK, et.al., (1999)

2.2.2 Teoria Psicanalítica da Adolescência

Na teoria psicanalítica, o estádio genital da puberdade caracteriza-se pela


subordinação das pulsões parciais e pela intensificação da pulsão sexual na busca do
objecto, com possibilidade de fixação e regressão a estádios anteriores. Não se trata de
um aumento quantitativo da libido, como inicialmente preconizava Anna Freud, mas
também de mudanças a nível qualitativo. Como esta autora referiu, são de novo postas
em relevo as funções do Eu face aos impulsos sexuais do adolescente. ANNA FREUD
(cit. in BORGES, 1987)
O aparentemente esquecido conflito edipiano ressurge em termos de ferida
narcísica; para se reorganizar face às interacções com os outros o adolescente afasta-se
dos pais. Vive então, segundo Anna Freud, «o luto» como forma de aceitar a perda de
objectos na infância. BORGES (1987)

A infância deverá ser substituída pela realidade factual e objectiva. Para se


adaptar, e ainda segundo Anna Freud, o adolescente utiliza defesas como a deslocação
libidinal (transferir o libido para o adulto), a inversão (transformar o amor em ódio) e a
regressão que consiste em voltar aos fantasmas pré-edipianos. BORGES (1987)

2.2.3 Teoria Psicossocial da Adolescência de Erik Erikson

Na teoria psicossocial de Erikson, a adolescência sua principal tarefa é


confrontar a crise de identidade versus confusão de identidade, ou confusão de
identidade versus confusão de papel, de modo a tornar-se um adulto singular com uma
percepção coerente do self e com um papel valorizado na sociedade. O conceito da crise
de identidade baseou-se em parte na experiência pessoal de Erikson. A identidade,
segundo Erikson, forma-se quando os adolescentes resolvem três questões importantes:
a escolha de uma ocupação, a adoção de valores sob os quais viver e o desenvolvimento
de uma identidade sexual satisfatória. PAPALIA e FELDMAN (2013)

Durante a terceira infância, as crianças adquirem as habilidades necessárias para


obter sucesso em suas respectivas culturas. Quando adolescentes, elas precisam
encontrar maneiras de usar essas habilidades. Quando os jovens têm problemas para
fixar-se em uma identidade ocupacional – ou quando suas oportunidades são
artificialmente limitadas –, eles correm risco de apresentar comportamento com
consequências negativas sérias, tal como actividades criminosas. PAPALIA E
FELDMAN (2013)

De acordo com Erikson, a moratória psicossocial, um período de adiamento que


a adolescência proporciona, permite que os adolescentes busquem compromissos aos
quais possam ser fiéis. Os adolescentes que resolvem essa crise de identidade
satisfatoriamente desenvolvem a virtude da fidelidade: lealdade constante, fé ou um
sentimento de integração com uma pessoa amada ou com amigos e companheiros.
Fidelidade também pode ser uma identificação com um conjunto de valores, uma
ideologia, uma religião, um movimento político, uma busca criativa ou um grupo
étnico. PAPALIA E FELDMAN (2013)

2.3- Adolescência uma fase de vulnerabilidade ao comportamento


desviante

A fase da adolescência é uma fase peculiar no desenvolvimento do indivíduo,


sendo que apresenta várias transformações. Estas mudanças são biológicas, sociais e
psicológicas. Estas mesmas mudanças e transformações expressam o desejo do
adolescente em ganhar liberdade, autonomia e identificação pelos pares em detrimento
da influência familiar, como apresenta a APA (cit. in BAZON et al., 2016):

«Neste período, a pessoa passa por mudanças intensas e significativas,


relacionadas ao amadurecimento biológico, psicológico e sexual,
concomitantes a transformações também intensas nas relações sociais,
no tocante a exigências e expectativas a que é submetida, bem como
em termos de ganho de liberdade, razão pela qual a influência
exercida pela família cede espaço àquelas dos pares e às do ambiente
escolar».

Adolescência é uma fase de vulnerabilidade ao comportamento desviante pois, a


mudança biopsicossocial existente leva ao indivíduo ao desvio como afirmam BAZON
et al. (2016) nestas «mudanças biopsicosociais, a manifestação de comportamentos anti-
sociais não é incomum».

Os desvios na adolescência é muito comum, tanto que parecem ter uma relação
natural ou inerente à própria adolescência, como apresenta BENAVENTE (2002) que
«a relação entre a adolescência e transgressão pode ser considerada como obrigatória,
sendo esta última, necessária para o desenvolvimento, para o crescimento e para o
processo de aquisição de novas formas de socialização». Portanto o comportamento
desviante nos adolescentes é uma forma de expressar a autonomia e adaptação. Assim
sendo, para AGUILAR, SROUFE, EGELAND e CARLSON (cit. in BENAVENTE,
2002) «O comportamento anti-social circunscrito à adolescência pode ser considerado
estatisticamente normativo e interpretado como tentativa de expressar autonomia».

De acordo com BLUMSTEIN e COHEN, citados por CAPALDI e


STOOLMILLER (cit. in BENAVENTE, 2002) os comportamentos desviantes atingem
um pico entre os 15 e os 17 anos, havendo um posterior declínio na sua ocorrência, com
a entrada na idade adulta. Estes autores e outros mostram que o comportamento
desviante é transitório, tendo uma considerável diminuição na entrada da vida adulta.

Fizemos menção de outros estudiosos que consideram o comportamento


desviante ou delinquente como um fenómeno de transição para vida adulta. Estes
LAUFER e LAUFER citados por PERELBERG, (cit. in BENAVENTE, 2002) afirmam
que «as passagens ao acto por adolescentes e jovens adultos são, inclusivamente,
consideradas como características dos processos de tratamento analítico».

Em contra partida a fase da adolescência é especial, de muita energia, rica e


única em todo ciclo do desenvolvimento humano, oferecendo oportunidades para o
desenvolvimento de competências cognitivas, sociais e até física, FELDMAN e
PAPALIA (2013). Segundo YOUNGBLADE (cit. in PAPALIA E FELDMAN, 2013)
Os jovens que têm relações de apoio com os pais, a escola e a comunidade tendem a
desenvolver-se de forma positiva e saudável.

2.4 Explicação Biopsicossocial do Comportamento Desviante na


Adolescência

2.4.1- Factor Biológico do Comportamento Desviante em Adolescentes

O comportamento desviante é um fenómeno que é analisado no plano


biopsicossocial. O comportamento desviante na adolescência pode ser causado por
factores biológicos. Os factores biológicos são aqueles mecanismos cerebrais e que
incidem no comportamento, deixando o indivíduo propenso ao comportamento
desviante segundo STEINBERG (cit. in PAPALIA e FELDMAN 2013)

Há não muito tempo, a maioria dos cientistas acreditava que o cérebro do


adolescente estava totalmente maduro na época da puberdade. Agora, estudos de
imageamento revelam que o cérebro do adolescente ainda é uma obra em andamento.
Mudanças dramáticas nas estruturas cerebrais envolvidas nas emoções, no julgamento,
organização do comportamento e autocontrole ocorrem entre a puberdade e o início da
vida adulta. PAPALIA e FELDMAN (2013)

Segundo STEINBERG existem duas redes cerebrais que na sua interação estão
relacionadas ao comportamento desviante que são: (1) uma rede socioemocional que é
sensível a estímulos sociais e emocionais, tal como a influência dos pares, e (2) uma
rede de controlo cognitivo que regula as respostas a estímulos; a rede socioemocional
torna-se mais activa na puberdade, enquanto a rede de controlo cognitivo amadurece
mais gradualmente até o início da idade adulta. Esses achados podem explicar a
tendência dos adolescentes a explosões emocionais e a comportamento de risco e por
que o comportamento de risco frequentemente ocorre em grupos. (PAPALIA e
FELDMAN 2013, p. 393)

Os adolescentes processam informações sobre emoções diferentes dos adultos.


Alguns estudos registaram a actividade cerebral de adolescentes enquanto eles
identificavam emoções expressadas por rostos em uma tela de computador.
Adolescentes dos 11 aos 13 anos tendiam a usar a amígdala, uma estrutura em forma de
amêndoa localizada no lobo temporal e que está fortemente envolvida nas reacções
emocionais e instintivas. Os adolescentes dos 14 aos 17 anos apresentavam padrões
mais adultos, usando os lobos frontais, responsáveis por planejamento, raciocínio,
julgamento, modulação emocional e controle dos impulsos e que portanto permitem
julgamentos mais precisos e razoáveis; Esta diferença poderia explicar as escolhas
insensatas dos adolescentes, como abuso de substância e sexo inseguro. O
desenvolvimento ainda imaturo do cérebro pode permitir que os sentimentos se
sobreponham à razão e pode impedir que alguns adolescentes dêem ouvidos a
advertências que parecem lógicas e convincentes aos adultos. BAIRD E YURGELUN-
TOD (cit. in PAPALIA e FELDMAN, 2013)

2.4.2- Factores Psicológicos do Comportamento Desviante

Na dimensão psicológica apresentaremos três teorias que explicam as causas do


comportamento desviante, nomeadamente a teoria comportamental, a teoria
psicanalítica e a teoria psicossocial. De acordo com LUZES (2010) a teoria
comportamental do comportamento desviante (delinquente) é analisado a partir de dois
conceitos-chave, que são o condicionamento e os comportamentos modelos. Nesta
perspectiva a personalidade anti-social se constitui nesses dois processos.

Segundo FIORELLI e MANGINI (cit. in LUZES, 2010) afirmam:

«O condicionamento deriva da exposição a situações similares a


infância, que ensinaram o indivíduo a obter vantagens a partir de
comportamentos de agressão. A criança descobre que, provocando dor
física ou psicológica na mãe, no pai, em irmãos, conquista o objecto
de seus desejos».

Nesta perspectiva o comportamento desviante se forma num processo de


aprendizagem, o indivíduo aprende a agir em desconformidade com as normas. LUZES
(2010).

«O condicionamento constitui factor marcante: o indivíduo,


continuamente submetido a experiência em que a violência constitui o
diferencial, com o tempo integra-a ao seu esquema de comportamento;
o cérebro desenvolve padrões de respostas para estímulos violentos e
o indivíduo comporta-se de maneira não apenas destinada a responder
a tais estímulos, mas também a provocá-los». FIORELLI e MANGINI
(cit. in LUZES, 2010)

Ainda na teoria comportamental, o indivíduo pode constituir uma personalidade


com um repertório de comportamentos desviantes na medida em que observa modelos
de comportamento. LUZES (2010).

«A imitação de modelos acontece nas situações em que o pai, mãe ou


alguma pessoa significativa causava dor em outras pessoas e
conseguia benefícios com essa estratégia perversa. A criança observa
e replica o comportamento; mais tarde, condiciona-se a praticá-lo».
Fiorelli e Mangini (cit. in LUZES, 2010)

O condicionamento e a imitação de modelos de comportamento se reforçam para


formar uma personalidade anti-social, a conduta delituosa (comportamento desviante)
acaba por se tornar um hábito, com tendência a se manifestar com o tempo. FIORELLI
e MANGINI (cit. in LUZES, 2010)

Segundo STEFFEN (cit. in, LUZES, 2010) a teoria psicanalítica considera a


conduta desviante do indivíduo como uma desorganização psíquica que favorece a
passagem do desvio na falha do aparato psíquico do sistema interno de contenção do
comportamento.

Na teoria psicanalítica o comportamento desviante é resultado do desequilíbrio a


nível da estrutura psíquica do indivíduo, pois “se dá quando os sistemas de contenção da
libido (ego e superego) não estão suficientemente fortalecidos, fazendo com que o
sujeito busque satisfação imediata de suas pulsões, LUZES (2010). Segundo MARTINS
apud LUZES (2010) a base de toda a situação neurótico-delinquente é um impulso,
devido à carência das funções de adaptação do ego.
A fase da adolescência é o período onde exactamente inicia os desvios pois é
onde a estrutura psíquica do indivíduo está fragilizada, sofrendo fortes e constante
transformações. LUZES (2010)

O adolescente tem uma estrutura psíquica que não consegue conter a passagem
do acto delituoso portanto o comportamento desviante como esclarece STEFFEN citado
por LUZES (2010):

«Tomando como modelo de um aparato psíquico que tende à descarga


e que através da complexização vai conter a satisfação pulsional
directa, imediata, […] proponho pensar no modelo de transgressão que
ocorre pela falha da organização psíquica interna que favorece a
passagem ao acto [delituoso], em um aparato psíquico que não
consegue estabelecer contenção».

O comportamento adolescente é imediatista e naturalmente transgressor pois é


incapaz de encontrar em si mesmo limites impostos pela presença do outro visando à
satisfação de demandas internas. LUZES (2010)

É nesta fase que a influência parental é de extrema importância para estruturação


da personalidade do adolescente. Pais drogados, ébrios, ausentes ou agressivos são
exemplos desta relação conturbada que pode gerar sérios danos à formação de
personalidade do sujeito, já que é na relação familiar que primeiro se dá o recalque do
indivíduo de que fala a teoria freudiana. LUZES (2010)

2.4.3- Factores Psicossociais do Comportamento Desviante

Tendo em conta a extensão das causas do comportamento desviante, este


fenómeno não é apenas circunscrito nas disfunções internas do indivíduo, mas também
nos factores externos. LUZES (2010)

Segundo BENAVENTE (2002), as causas sociais do comportamento desviante


são através do colapso das estruturas de autoridade e controlo social e devido o
problema no processo de construção de identidade social dos adolescentes. Nesta
perspectiva, FERREIRRA (cit. in BENAVENETE, 2002) são analisados a partir de dois
modelos: o do controlo social e o de identidade/subcultura.

De acordo com LUZES (2010), as personalidades delinquentes se formam com


mais frequência entre os economicamente desprivilegiados e nos meios urbanos. A
pobreza tem «alguma influência sobres os comportamentos desviantes na medida em
que frustra o exercício das funções parentais e aumenta as adversidades na família».
RUTTER (cit. in BENAVENTE, 2002)

Ainda COSTA (cit. in BENAVENTE, 2002) afirma o seguinte:

«[…] o aparecimento da delinquência juvenil, em maior número entre


populações desfavorecidas e etnicamente minoritárias como resultado
do enfraquecimento institucional, dos factores tradicionais de
socialização, do deficiente processo de integração e do aumento do
desemprego».

Nos meios urbanos cabe ressaltar as diferenças étnicas e a concentração


populacional são ingredientes ideais para a explosão do sub-culturalismo, provocando
sobre o indivíduo, especialmente o adolescente, forte sentimento de perda de identidade.
LUZES (2010)

As teorias da aprendizagem social também defendem o ambiente como causa


dos desvios conforme afirma VENTURA (cit. in BENAVENTE, 2002):

«[…] a influência do grupo sobre os jovens, mostrando que a


conformidade jovem/grupo, condiciona determinados
comportamentos, tais como: roubo, consumo de substâncias,
abandono escolar, etc., de acordo com processos de aprendizagem
como a imitação ou a modelagem».

A partir de processos de aprendizagem social, o individuo nas carências


familiares ou pelo menos mais sólidas, integra-se ao grupo, assumindo seus valores e
hábitos. LUZES (2010). Ainda sobre isto afirma MATOS (cit. in BENAVENTE, 2002):

«[…]é também importante considerar o grau de inserção grupal do


delinquente, que muitas vezes apresenta um comportamento
perfeitamente adequado às leis do grupo em que se integra, podendo
existir conduta delinquente sem haver alteração psíquica na forma de
doença mental».
CAPÍTULO III: MARCO METODOLÓGICO E TÉCNICAS DE
INVESTIGAÇÃO

3.1 Tipo de estudo

No presente estudo científico procurámos investigar o que está na base do CD


em adolescentes do bairro Calemba 2 em Luanda com o objectivo de compreender os
fenómenos ou variáveis que estão relacionadas ao surgimento do CD. Para o efeito,
utilizámos a pesquisa do tipo Descritivo porque esta, «procura determinar a natureza e
grau de condições existente». (ZASSALA 2013 p. 42)

Procuramos observar, identificar, caracterizar e registar as variáveis em estudo,


conforme apresenta NKUANSAMBU (2018) que «na pesquisa descritiva, o
pesquisador tem a preocupação de observar, registar, analisar e correlacionar factos e
fenómenos sem nenhuma interferência da realidade».

É, também ex-post facto, pois estudamos situações em que as relações entre


variáveis já ocorreram, onde «a variável independente não sofre manipulação
experimental». (ZASSALA 2013 p.45)

Quanto à abordagem da pesquisa realizada, tem como enfoque quali-


quantitativo na medida em que analisa os factores de comportamento desviante em
diferentes níveis sociais e suas características bem como identifica e quantifica os
factores do comportamento desviante em adolescentes. Contudo a pesquisa é descritiva.

3.2 Local de estudo e sua caracterização

O local de estudo é o bairro Calemba 2, município do Kilamba Kiaxi, na


província de Luanda. Kilamba Kiaxi é um dos municípios que constitui a província de
Luanda. Segundo as projecções populacionais de 2018, elaboradas pelo Instituto
Nacional de Estatística (INE), o município conta com uma população aproximada de
750.000 habitantes e área territorial de 64,1 km 2. Quanto aos limites geográficos do
município, a norte limita-se com o distrito urbano do Rangel e com o município do
Cazenga, a sul com o município de Talatona, a leste o município de Viana e a oeste o
distrito urbano da Maianga. (WWW.WIKIPÉDIA, EDIÇÃO, 26 DE JUNHO DE 2020)
A localidade do Calemba 2 é um bairro localizado nas periferias de Luanda, está
situado a sudoeste Uengemaca, a noroeste pelo distrito urbano de Camama, a norte pelo
Golf, a leste a localidade do Bita e a nordeste a localidade do Grafanil.
(MAPCARTA.COM)

A população do bairro Calemba 2, integra as condições necessárias para a nossa


investigação, sendo na sua maioria, aquilo que podemos chamar de economicamente
desprivilegiados com famílias de baixa renda, situação que concorre como um factor de
risco de desvio de comportamento em adolescentes de famílias afectadas. Em termos de
instituições públicas, conta com apenas uma esquadra policial. No Calemba 2, verifica-
se vários pontos de venda e consumo de bebidas alcoólicas e de outras substâncias.
(Nossa fonte)

3.3 População e Amostra

A população em estudo abrange um universo de vários indivíduos constituído


por adolescentes, tendo seleccionado 15 amostras de adolescentes com comportamento
desviante e com idades compreendidas entre 16 a 20 anos de idade do bairro Calemba 2,
município do Kilamba Kiaxi em Luanda.

A tabela a seguir especifica os dados da população em estudo nomeadamente os


dados sociodemograficos como apresenta a tabela abaixo:

População em estudo

Nº de Género Nível de escolaridade Proveni Ocupação Com quem


participan Idade ência vive
tes M F 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª Ld Ug Sim NãoPa Pais Outro
16 Anos 4 - 1 - 2 1 - - 4 - - 4 4 -
17 Anos 2 - - - - 1 - - 2 - - 2 - 2
15 18 Anos 1 - - - - 1 - - 1 - - 1 1 -
19 Anos 1 3 - - - 3 - - 3 1 - 4 2 2
20 Anos 4 - - - - 1 - 2 4 - - 4 4 -
Total 12 3 1 0 2 7 0 2 14 1 0 15 11 4
3.4 Critério de inclusão

Foram incluídos no estudo os seguintes indivíduos:


- Adolescentes com comportamento desviante (entre os 16 a 20 anos de idade)
do bairro Calemba 2, município do Kilamba Kiaxi em Luanda.

3.5 Critério de exclusão

Foram excluídos indivíduos que não estejam na adolescência, adolescentes que


não tenham comportamento desviante e que não fazem parte da população do bairro
Calemba 2, município do Kilamba Kiaxi em Luanda.

3.6 Técnicas e instrumentos de recolha de dados

Para a realização deste trabalho de investigação científica utilizámos três


técnicas de recolha de dados que são:
A entrevista, o questionário e a observação.
Quanto aos instrumentos utilizados são: a escala de Likert incorporado no
questionário, tabela de distribuição dos adolescentes ( segundo a idade, género) (CITA
TAMBÉM OS INRTUMENTOS, SEM TE ESQUECERES DE OS JUSTIFICAR).
As técnicas e instrumentos usados para recolha de dados foram a entrevista
semi-estruturada, o questionário e observação directa intensiva.

3.6.1- Caracterização da Entrevista

Segundo MARCONI e LAKATOS (2003) «a entrevista é um encontro entre


duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado
assunto, mediante uma conversação de natureza profissional».

A entrevista utilizada neste trabalho é a entrevista de carácter semi-estruturado


(Apêndice C). Com a entrevista semi-estruturada serviu-nos para dois objectivos: (1)
serviu-nos para saber dos participantes se tinham a noção de comportamento desviante e
(2) para identificar o tipo de comportamento desviante.

Quanto à sua aplicabilidade antecedeu as outras técnicas e instrumentos de


recolha de dados pela razão de fornecer dados através da oralidade, pois no nosso
entender, durante a sua aplicação ela pode proporcionar uma relação de confiança entre
o entrevistado e o entrevistador facilitando a fluência dos dados. Assim sendo, a escolha
desta técnica (entrevista semi-estruturada) deveu-se para alargar a possibilidade e a
facilidade da auto-descrição verbal do adolescente, para ultrapassar as dificuldades de
acesso e indisponibilidade no relato da informação do entrevistado como afirma
ZASSALA (2013 p. 108) que «geralmente o questionário e a entrevista só podem obter
material que a pessoa possa relatar e esteja disposta a fazê-la».

A nossa entrevista semi-estruturada tem como núcleo sete (7) perguntas


principais, que nos ajudam alcançar os nossos objectivos acima mencionados, pois era
imprescindível que nós soubéssemos o nível de conhecimento dos participantes sobre o
conceito de comportamento desviante e também que eles soubessem basicamente o
mesmo, ou seja, que se reencontrassem e percebessem a designação da sua própria
conduta para responder as questões não apenas da entrevista bem como do questionário
sem tabus ou auto limitações e com algum fundamento necessário. (Apêndice C)

3.6.2- Caracterização do Questionário

O questionário aplicado aos adolescentes participantes é constituído por quatro


(4) grupos de perguntas, sendo que o Iº grupo é sobre informações sociodemográficas, o
IIº grupo trata do funcionamento familiar e rotina familiar, o IIIº grupo tem que ver com
o funcionamento escolar e ocupacional e o IVº grupo trata sobre o estilo de vida dos
adolescentes. O questionário foi construído pensando na proposta da escala de tipo
Likert.

Depois do fornecimento dos dados sociodemográficos, no IIº grupo do


questionário, os participantes responderam as questões com opções que vão de «muito
bom» até «muito mau» e outras perguntas com opções de respostas múltiplas (Apêndice
B). É importante compreender o funcionamento familiar na medida em que a nossa
fundamentação teórica, apresenta a família como um factor importante no
desenvolvimento ou não de CD na adolescência e sobre tudo para a verificação
(confirmação ou refutação) das hipóteses levantadas (1, 3, 4 e 5) que dizem respeito ao
funcionamento da família.

No IIIº grupo do questionário, os participantes responderam questões relativas


ao funcionamento escolar e ocupacional, quatro (4) perguntas com opções de respostas
múltiplas com objectivo de verificar a hipótese número 2 e as outras relacionadas.

Finalmente ao IVº grupo, que trata sobre o estilo de vida do adolescente contem
duas (2) perguntas, igualmente com opções de respostas múltiplas com o objectivo de
verificar a hipótese número 5 e aquelas relacionadas à variável «família».

3.6 3- Caracterização da Observação

A observação é uma técnica de colecta de dados para conseguir informações e


utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste
apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou fenómenos que se desejam
estudar. MARCONI e LAKATOS (2003)

Utilizámos a observação directa intensiva, aquela que é utilizada em simultâneo


com a entrevista e o questionário pois é realizada através de duas técnicas: observação e
entrevista. MARCONI e LAKATOS (2003)

A razão da escolha desta técnica deve-se pelo facto de que esta técnica nos
fornece dados relativos ao indivíduo em questão como a linguagem não verbal
(expressão facial, postura, conduta, aparência física, atitude para a realização da tarefa),
expressão oral bem como coerência entre linguagem verbal e não verbal.

3.7 Procedimentos éticos

No procedimento de recolha de dados, foi dirigida uma solicitação de


autorização para recolha de dados (OFÍCIO Nº 197/GD/ISCISA/021) às autoridades
administrativas do município do Kilamba Kiaxi e o termo de consentimento livre e
esclarecido (apêndice A) aos participantes da investigação formalizando a sua aceitação
com garantia de privacidade e ao anonimato, dando-lhes a liberdade de aceitar ou não
sem nenhum prejuízo bem como foram devidamente esclarecidos por parte dos
responsáveis pela investigação, os objectivos da mesma.

3.8 Procedimento de recolha de dados qualitativos e quantitativos

Os dados foram recolhidos por meio de entrevista, questionário, e observação


directa. Cada adolescente participante foi-lhe dado individualmente um exemplar do
questionário (Apêndice B) para responder as perguntas antecedido pela entrevista inicial
e seguido pela observação directa intensiva. Para a recolha de dados qualitativos
utilizou-se a entrevista e a observação enquanto o questionário para dados quantitativos.

3.9 Apresentação, Análise e Discussão dos resultados

A análise e discussão de dados foram feitas a partir de computação, no programa


Microsoft Office Word e Excel no qual os resultados foram apresentados sob a forma de
tabelas.
CAPÍTULO IV: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS
RESULTADOS DA INVESTIGAÇÃO

4.1 Procedimento para análise de dados quantitativos e qualitativo

Para a análise e discussão de dados quantitativos, os resultados são apresentados


estatisticamente sob a forma de tabelas de distribuição segundo a idade, género,
tipologia de comportamento desviante (CD), funcionamento familiar, funcionamento
escolar e ocupacional bem como o estilo de vida dos adolescentes, por este meio,
apresentaremos a frequência e a percentagem das variáveis.

4.2. Procedimento de Tabulação

O procedimento de tabulação foi que os dados brutos

4.3. Caracterização de Probabilidade e Estatística


TABELA nº 1 – Distribuição dos Adolescentes segundo a Idade

REEVER AS PERCENTAGENS

Idade Frequência (f) Percentagem (%)

16 Anos 4 30,76 %
17 Anos 2 15,38 %
18 Anos 1 7,69 %
19 Anos 4 15,38 %
20 Anos 4 30,76 %
Total 15 100%
Fonte: nossa (questionário com o foco para identificar os factores que estão na base do comportamento
desviante).

Interpretação: os dados colectados através do questionário abrange apenas 15


indivíduos adolescentes com idade compreendida entre 16 a 20 anos. Sendo 16 idade
mais baixa corresponde a 30,76% e 20 anos a idade mais alta corresponde igualmente a
30,76%.

Discussão: nestas idades podemos verificar as diferentes fases da adolescência


nomeadamente a fase intermédia (14 a 17) e a fase final (18 a 20). Segundo
BLUMSTEIN e COHEN, citados por CAPALDI e STOOLMILLER (cit. in
BENAVENTE, 2002) o comportamento desviante na adolescência atinge um pico entre
os 15 e os 17 anos, havendo um posterior declínio na sua ocorrência, com a entrada na
idade adulta.
Tabela nº 2 – Distribuição dos Adolescentes segundo o Género
REEVER AS PERCENTAGENS

Género Frequência (f) Percentagem (%)


Masculino 12 92,31%
Feminino 3 7,69 %
Total 13 100%
Fonte: nossa (questionário com o foco para identificar os factores que estão na base do comportamento
desviante).

Interpretação: os dados das amostras apresentadas regista-se uma participação de


adolescentes do sexo feminino de 1 indivíduo, que em termos de percentagem
representa 7,69%.

Discussão:

Tabela nº 3 - Distribuição dos Adolescentes quanto a tipologia de Comportamento


Desviante (CD)

Tipos de CD Frequência (f) Percentagem (%)

1. Consumo excessivo de
substâncias psicoativas
2. Roubo/assalto
3. Brigas de
grupos/violência
4. Abandono escolar
Total 13 100%
Fonte: nossa (questionário com o foco para identificar os factores que estão na base do comportamento
desviante).

Interpretação: Nesta tabela, apresentamos cinco tipos ou categorias de CD que se


verificou no nosso estudo que vão desde os comportamentos autodestrutivos (consumo
de substancias psicoativas e o abandono escolar) até aos comportamentos adictivos
(roubo, assalto e brigas de grupo ou violência)

Discussão:

Tabela nº 4 – Distribuição dos Adolescente quanto ao Funcionamento Familiar

Funcionamento Frequência (f) Percentagem (%)


Familiar
Ambiente familiar
Estrutura familiar
Condições económicas da
família
Dificuldades familiares
Total 100%
Fonte: nossa (questionário com o foco para identificar os factores que estão na base do comportamento
desviante).

Interpretação:

Discussão:
Tabela nº 5 – Distribuição dos adolescentes quanto Funcionamento escolar e
ocupacional

Funcionamento Frequência (f) Percentagem (%)


escolar / ocupacional

Actividades
escolares/ocupação
Frequência escolar
Tempos livres
Total 100%
Fonte: nossa (questionário com o foco para identificar os factores que estão na base do comportamento
desviante).

Interpretação:

Discussão:
Tabela nº 6 – Distribuição dos Adolescentes quanto ao estilo de vida

Estilo de Vida Frequência (f) Percentagem (%)


Actividades
escolares/ocupação
Frequência escolar
Tempos livres
Total 100%
Fonte: nossa (questionário com o foco para identificar os factores que estão na base do comportamento
desviante).

Interpretação:
Discussão:
CAPÍTULO V: CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS

EXEMPLO De TABELAS Para Apresentação e Análise dos


Resultados

II. Funcionamento Familiar


Orde Categorias Número Total Pecentagem (%)
m
a Muito mau 5
b Mau 9
c Normal 1
d Bom 2
e Muito bom 1
Total Percentual 100%
PONT 1: Ambiente Familiar

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