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UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
Centro de Ciências da Saúde - CCS
Curso de Psicologia
ESTÁGIO BÁSICO III
INTRODUÇÃO
Este relatório apresenta os resultados e reflexões acerca das atividades realizadas, pela
autora-estudante Larah Nunes, para a disciplina Estágio Básico III, do curso de Psicologia da
Universidade de Fortaleza (Unifor). Dentre os objetivos desta disciplina estão, observar
adolescentes em grupos e organizações sociais em consonância com aspectos psicossociais da
adolescência e refletir sobre as transformações, desenvolvimento e aprendizagens do adolescente na
escola, estudar sobre a diversidade dos campos e áreas de atuação da Psicologia com adolescentes
em contextos sociais diferentes e observar as características psicossociais da adolescência.
A adolescência é conceituada como uma fase de desenvolvimento do ser humano situada entre
a infância e a idade adulta que, apesar de transitória, é extremamente importante, uma vez que,
neste período, são obtidas as características físicas, psicológicas e sociais do adulto. Além disso, a
avaliação do desenvolvimento na adolescência reveste-se de maior complexidade, pois existe uma
variabilidade individual muito grande.
O jovem torna-se capaz de raciocinar corretamente sobre proposições em que não acredita, ou
ainda não acredita, isto é, pensa e reflete hipoteticamente. Desta forma, adquire a capacidade de
ultrapassar, pelo pensamento, situações vividas e a projetar ideias para o futuro.
Com a pesquisa realizada, o meu objetivo geral foi o estudo do desenvolvimento psicossocial
de adolescentes em diversos contextos, a escolha por esse grupo se justifica pelo desejo de aprender
e pesquisar essa fase de transição entre a infância e a idade adulta e estudar a observação
participante como técnica de investigação e atuação em Psicologia.
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MÉTODO
Este estudo mostra as abordagens acerca das observações em sala de aula tomando como
base a educação de adolescentes na faixa etária de 14 á 16 anos de idade em uma escola local da
cidade de Fortaleza, Colégio Manoel Anacleto. Tal escola possui uma carga horária de 4 horas
diárias, foi realizada a pesquisa em duas turmas composta por 32 alunos em sua maioria mulheres,
com idade média de 15 anos.
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RESULTADOS E DISCUSSÕES
A partir dos textos e orientações em aula, as observações desenvolvidas para essa pesquisa sobre a
fase da adolescência podemos observar como o adolescente reage e como se introduz a essa
transição que é sair da infância ao perceber mudanças na imagem corporal, adotar valores e estilo
de vida, conseguir independência dos pais e estabelecer uma identidade própria.
Como método de uma pesquisa feita por observações, expressa pontos de vista, sentimentos,
memórias e discussões pessoais dos observadores sobre os alunos. Assim, podemos observar uma
nova perspectiva sobre a área dividindo a análise dos temas abordados em categorias: os textos
dados em aula, a perspectiva estudantil , o público-alvo, o comportamento adolescente, os seus
resultados, os desafios e as perspectivas.
Campos (1998) esclarece que delimitar a adolescência não é uma tarefa muito fácil, em razão
dos fatores biológicos específicos, atuantes na faixa etária, se somarem as determinantes sócio -
culturais, advindas do ambiente em que o fenômeno da adolescência ocorre. Ou seja, o adolescente
não apenas está vulnerável aos efeitos das transformações biológicas corporais, mas, também as
mudanças vividas no mundo moderno, do progresso científico, da tecnologia, das comunicações,
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das novas aspirações humanas e rápida evolução social, que se estabelecem em seu dia-a dia e
compõem sua construção como sujeito.
E são esses tópicos que vão ditar parte da identidade do adolescente e a maneira dele reagir
durante a vida e vão indicar se e vai estar apto ou não para a vida adulta. Grande parte desse
processo se dá na escola, pois é onde o jovem encontra um pequeno “mundo” com uma sociedade a
qual ele precisa conviver durante anos e nela enfrentar todas as mudanças sociais, mentais e
corporais que estarão por vir.
Tiba (2005) diz que assim como a infância constitui-se por etapas, a adolescência possui as
suas, tanto no sentido psicossocial do adolescer, como no que se refere às mudanças biológicas,
destacando-se entre elas; a confusão pubertária, o estirão, menarca, mudança de voz e onipotência
juvenil.
De acordo com Berger (2003) além de a adolescência começar em meio as alterações físicas
da puberdade, ela capacita o jovem a transcender do pensamento concreto para o pensar abstrato e
hipotético. Havendo em paralelo, mudanças psicossociais voltadas aos pais, à nova independência
com amigos, nova intimidade com a compreensão de si. Sendo estas transformações precursoras da
vida adulta, no qual o tornar-se adulto, não é uma questão de proporção de intelectualidade, mas
sim, de maturidade social.
Partindo deste tópico , podemos analisar que a identidade é uma forma de autenticidade do
seu próprio eu que acontece de forma progressiva. Quando o adolescente busca esse “eu” e recebe
um retorno de forma positiva ele se sente realizado e também se apropria de valores que irão
ajudá-lo a se posicionar de maneira cívica acerca de situações que surgem na sociedade. Embora
essa busca da identidade possa gerar conflitos acerca de temas que surgem na fase da adolescência
também, tais como: sexualidade, relacionamento com a família, os amigos e a sociedade adulta,
questões sobre a autoimagem, entre outros, já que como dito mais acima, os adolescentes é o grupo
social que mais recebe influência, sendo assim, conflitos que retardem essa formação podem
acontecer a qualquer momento.( Gadelha, 2020, p. 18).
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A formação dessa identidade em questão de tempo (anos) é bastante relativa, cada
indivíduo tem seu tempo de construção desse próprio eu. Com a identidade formada, o adolescente
se sente preparado para se impor acerca de questões na sociedade que irão mexer com fatores
relacionados a etnia, sexualidade, família, entre outros. Ele vai carregar consigo valores que o farão
ter autenticidade suficiente para não se deixar influenciar por situações negativas sobre esses fatores
citados acima, ocorrendo neste momento uma realização pessoal e apropriação de sua própria
identidade.
CONCLUSÃO
Foi possível concluir também que a autocompreensão dos jovens, não se vem apenas em
elementos dos primeiros anos de vida, mas, dos novos
componentes sociais, institucionais e das interelações cotidianas, para definir-se em termos de
identidade, dos quais se destacam como agentes de base para a construção de uma identidade sadia
ou não; as escolas (educadores, colegas e o corpo escolar), família (pais ou cuidadores), amigos e
pessoas mais próximas que acompanhem esta etapa.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS