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Índice
Capitulo I: Família: Um Projeto de Deus
Introdução
O apóstolo Paulo, afirmou que nos últimos dias o inimigo promoveria uma
destruição em massa na família. Os sentimentos de ternura, amor e respeito,
desapareceriam do lar e com a ausência de tudo aquilo que faz parte da estrutura
familiar, surgiria pais desumanos, egoístas e filhos desobedientes, II Tm 3.1-3.
Como a família é o núcleo de toda a sociedade, ela se torna alvo fácil da destruição
em função da exploração, em outras palavras, cada vez que alguém quer
transformar a opinião do povo passa a introduzir conceitos distorcidos dentro dos
lares. São várias as maneiras de se distorcer a base de uma família, o que gera este
caos em a atual sociedade está inserido e que em tempos passados ocasionou o
julgamento implacável de Deus como nos dias de Noé e posteriormente em
Sodoma, Gomorra e cidades circunvizinhas.
Porém, quando uma família está bem estabelecida e alicerçada na Palavra de Deus,
a contaminação exterior não a atinge. É com profundo pesar que constamos que
muitas famílias cristã tem adotado o mesmo discurso e conceitos mundanos que
tem causado danos irreversíveis. Por exemplo, com relação a cultura do divórcio: a
sociedade parece tomada por uma epidemia de separações conjugais, doença que
deixa marcadas as almas de muitos casais maduros, como as de inúmeros jovens
que experimentam desde cedo a inconstância do amor e a experiência perversa das
rupturas do lar.
Todos os anos, milhares de cristãos decidem, por diversos motivos, terminar seu
casamento. Um estudo realizado pelo Barna Research Group revela que o índice de
divórcio entre os cristãos americanos está realmente um pouco mais elevado do
que entre os que não são cristãos. Entre os adultos que não são cristãos, 24 por
cento estão atualmente ou já estiveram divorciados. Em comparação, 27 por cento
dos crentes que acham que nasceram de novo estão nessa mesma situação. Essa
tendência prejudica o testemunho dos cristãos na sociedade. Há a informação de
que até os ateus estão, com alegria, utilizando o mesmo estudo para anunciar que
quem não crê em Deus tem o índice mais baixo de divórcio.
Tipologia Bíblica 192
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo V
Capitulo I
Certa feita, num grande simpósio de arquitetura nos EUA, dentre muitos profissionais
reuniam-se ali as maiores autoridades e estudiosos da engenharia e arquitetura
mundial discutindo os projetos arquitetônicos da humanidade... Num certo momento
pede a palavra um renomado historiador, que convida todo auditório a lembrar e
elencar os maiores projetos da humanidade construídos até hoje. E assim foram
sendo destacados: As pirâmides do Egito, O Templo de Jerusalém, as Muralhas da
China, Coliseu, Estátua da Liberdade e até as grandes obras brasileiras foram
lembradas, como o Cristo Redentor e a nossa Usina de Itaipu.
Muito bem! disse o bom historiador a toda a platéia, essas são as grandes
maravilhas da humanidade. Mas, vocês sabem qual é o maior projeto de Deus?
Alguns minutos se passaram num total silêncio e infelizmente aqueles
doutores não souberam responder.
O maior projeto de Deus é a Família: Todos esses projetos acima citados e centenas
de outros são belos, mas, nada se compara a família. Pois, o maior projeto de Deus
é a instituição mais valiosa que possuímos, antes mesmo do Estado, da Igreja, a família
tem sua origem em Deus e por isso é a célula mater da sociedade e, isto é comprovado
na santíssima trindade, na pessoa do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. A eterna
comunhão familiar existe no seio de Deus. “Por esta causa, me ponho de joelhos
diante do Pai, de quem tomo o nome toda família tanto no céu como sobre a terra”.
Ef 3.14,15
No projeto original de Deus, sua percepção de que não era bom o homem estar só
levou-o a formar a mulher, com o propósito de que esta viesse a ser sua
companheira, sua ajudadora. Gn 2.18-25. Daí se originou os primeiros filhos. Estava
formado o primeiro núcleo familiar no mundo, dentro dos padrões de Deus.
A família que nasce em Deus é uma família voltada à satisfação do ser: "Não é bom
que o homem esteja só". Gn 2.18. Essa constatação, por si só, evidencia que Deus
estava interessado no bem-estar da sua criatura. Família surgiu para trazer
satisfação, complementação, ajuste, prazer, alegria, plenitude e todos os outros
sentimentos inerentes à própria condição de ser família. Ou seja, família é para ser
bênção segundo a intenção original de Deus.
O Antigo Testamento se inicia quando a primeira família é criada por Deus (Gn 2.26-
27) e quando Deus dialoga com o primeiro casal (Gn 3.9-10) e termina chamando as
famílias para uma reconciliação. Ml 4.6: “E ele converterá o coração dos pais aos
filhos, e o coração dos filhos a seus pais...”.
O Novo Testamento se inicia com a história de uma família que aguarda um filho
que, pelas indicações dos acontecimentos, seria muito importante. Mt 1.18-25. O
filho nasce quando a família está em viagem e o único lugar que encontram para
acolher a criança é uma manjedoura. O Novo Testamento termina com a figura da
esposa e do esposo que se comunicam com a palavra de convite “Vem”. Apoc 22.17.
O termo grego oikos ocorre cerca de 110 vezes no Novo Testamento e significa
“casa”, “família”, “pertences”, “bens”, etc. Lendo e analisando alguns textos dos
Evangelhos, pode-se perceber que Jesus, de uma maneira ou outra, resgatou o
sentido de família. Jesus não falou de uma maneira clara e direta sobre ela, mas fica
claro que a família teve um papel importante na sua formação e para o seu
ministério. Jesus viveu cerca de 30 anos junto com sua família, enfrentando diversos tipos
de situações e experimentando o cotidiano da vida e das relações judaicas.
Nas cartas de Paulo há alusão às relações familiares. Ele destaca a família como
modelo de comportamento ideal para toda a igreja e exorta as comunidades cristãs
como uma família. Rm 12 e 14; I Co 12; Ef 5.21-26; Cl 3.18-21.
Portanto, a família faz parte do plano divino da criação. Deus tem um projeto para
a vida da família. Ao criar a família, Deus providenciou as condições para que o
homem e a mulher não estivessem sozinhos. Ao vínculo entre o homem e a mulher
Deus estabeleceu a comunhão. A garantia de felicidade no lar está em o casal
“buscar constantemente sintonia entre seu projeto fundamental de vida e o projeto
de Deus”. Qualquer constituição familiar que fuja a esse padrão divino é pecado,
pois contraria frontalmente a intenção de Deus, caracterizando-se como
desobediência aos seus ensinamentos. Todo servo de Deus deve primar por uma
família dentro dos padrões divinos.
Capitulo II
"Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os
criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e
sujeita-a; dominai (...). Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom."
(Bíblia Sagrada, Livro do Gênesis, 1:27-28, cerca de 1.500 a.C.)
"Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou
religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. (...) A família é o núcleo
natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado."
(Declaração Universal dos Direitos Humanos - ONU - 1.948, art. XVI, "1" e "3")
(Constituição da República Federativa do Brasil, 1988, art. 226): "O casamento estabelece
comunhão plena de vida (...). O casamento se realiza no momento em que o homem e a
mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal e o juiz
os declara casados." (Código Civil Brasileiro, 2002, arts. 1.511 e 1.514).
Sob o prisma científico, resta, também, comprovado hoje que é no seio da "Família"
que atingimos a plenitude da nossa formação física, moral, cultural e intelectual. É
exatamente por isso que as chamadas Ciências Humanas - assim como também, as
Ciências Sociais e Aplicadas - olham, objectual e cognitivamente, a instituição
"Família" como uma forma de organização elementar dos indivíduos, cujas funções
- proteção psicossocial; socialização; geradora de afeição; proporcionadora de
segurança, aceitação pessoal, satisfação e de sentimento de utilidade; asseguradora
da continuidade das relações sociais; impositora de disciplina, autoridade e do
sentimento do que é correto - são essenciais para o desenvolvimento do ser
humano, do ser social e da sociedade.
A psicologia, neste sentido, afirma que é no seio da "Família" que se constitui o
sujeito e se estabelece os parâmetros comportamentais que vão dominar as relações
sociais (Freud, em "Totem e tabu", 1913). Não é por outra razão que este mesmo
Freud afirmou que, com a morte do pai, o sentimento que veio à tona nele é o de
que, apartir daquele momento da morte, ele estava sendo desenraizado (Carta a
Wilhelm, em 1895).
A sociologia e a antropologia atestam no mesmo sentido a importância vital da
"Família" para a sociedade porque esta é um tipo de instituição social que se
encontra em todos os agrupamentos humanos, mesmo que variem as estruturas e
funcionamento, de tal modo que podemos, sociológica e antropologicamente,
afirmar que a família é ínsita ao conceito de sociedade. É inelutável afirmar que não
existe sociedade sem famílias. A questão maior é indicar que tipo de "Família" é
essa que se tem constituído neste momento pós-moderno.
Todo esse entendimento cultural e científico sobre a "Família" foi incorporado no
nosso Sistema Jurídico, porque, como sabemos, este é consubstanciado nos valores
principiológicos e nos preceitos normativos que a sociedade adota. É a sociedade,
em sua maioria, quem decide sobre eles - os princípios e os preceitos jurídicos. Por
isso que o nosso legislador constitucional e infraconstitucional - assim como o
próprio Direito Internacional - reconhecem a "Família" como instituição mater e
basilar de uma sociedade. Foi o que vimos nos texto da epígrafe do presente ensaio.
Tipologia Bíblica 196
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Capitulo III
A Televisão e a Família
Pesquisa, um tanto antiga, concluía que só em uma semana foram disparados 1.940
tiros nas telas de TVs; houve 886 explosões; 651 brigas; 1.145 cenas de nudez;
233 trombadas de carro e 188 referências a trejeitos homossexuais. Pesquisa
semelhante, nos Estados Unidos, mostrou que um telespectador de 18 anos terá
visto 3.200 cenas de homicídios e 250.000 atos violentos na TV.
Daquele momento em diante, ele passou a ser um homem mudado – mas mudado
para pior; não apenas se tornou assíduo freqüentador desse esporte, mas passou
também a instar com outros a fazerem o mesmo. A lição que Norton destaca é que,
apesar de Alípio ter entrado na arena contra a sua vontade, a exposição ao mal
mostra o que pode acontecer com as melhores pessoas ao sentirem o gostinho pelo
prazer destrutivo. Antes de o perceberem, já estão escravizados a ele.
Se você geralmente passa algumas horas por dia diante da televisão, então isso
provavelmente já aconteceu com você. Embora não seja nenhuma novidade, o conteúdo
moral da televisão tem decaído constante e rapidamente nos últimos anos. A boa
notícia é que nós não temos que cair junto.
Hoje, 98% dos lares brasileiros têm televisão, enquanto 94% têm geladeira. Para se
ter uma idéia, o brasileiro, hoje, é o campeão mundial em tempo gasto na frente da
televisão. Ele assiste em média cinco horas e sete minutos por dia – só as crianças
assistem mais de quatro horas. A única coisa que a criança brasileira faz mais do
que assistir televisão, é dormir.
No século XVII, teve início a Era Industrial; no século XX, tivemos a Era Pós-
industrial, e o início da era da informação, que avança pelo século XXI. Os meios de
comunicação têm uma influência poderosa sobre a mente das pessoas, queiramos
ou não, aceitemos ou não. A Igreja de Cristo, em seu aspecto humano, sofre
diariamente essa tremenda influência. As famílias e as pessoas, individualmente,
são afetadas pelos veículos de comunicação. E o Diabo tem sabido fazer o mais
eficiente uso desses meios para a destruição de vidas. Como diz a Palavra de Deus,
ele tem usado a mídia para roubar, matar e destruir. Jo 10.10a.
O uso da televisão é sem dúvida alguma um tema que durante anos tem sido
motivo de bastante controvérsia no seio da igreja. Os benefícios e malefícios do seu
uso têm gerado calorosos debates, chegando ao extremo inclusive de ser motivo de
disciplina em algumas igrejas, onde seu uso é proibido e verazmente combatido.
Teremos que dar conta, diante de Deus, do tempo que nossos filhos tem
gasto inutilmente diante da TV.
Sabemos que 58% da população brasileira está abaixo de 15 anos, e 3,5 bilhões da
população mundial é formada de crianças. As pessoas que aceitam a Jesus Cristo
como Senhor e Salvador de suas vidas, tem sua distribuição percentual da seguinte
forma:
Satanás conhece também estes dados. Ele nunca vai tocar nas crianças na igreja, na
escola dominical, ou enquanto os pais estão orando com eles. Satanás vai tocá-los
na sala de sua própria casa, quando os pais ligam a televisão para eles. Mas por
que? Se ele destruir as crianças hoje, no futuro não haverá ministros, pastores,
cristãos e nem igreja. A especialidade do inimigo é esta - matar, roubar e destruir.
Jo 10.10. Se os pais não criarem seus filhos, podemos ter certeza de uma coisa:
alguém os criará A criança ainda é o alvo principal de Satanás, pois nela estão
contidas todas as possibilidades do futuro.
Tipologia Bíblica 199
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
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1. Os filhos devem ser ensinados pelos pais tanto a ver programas televisivos
gratificantes e enriquecedores, como a não ver aqueles que os possam degradar na
sua dignidade humana. Se os pais não ensinarem os filhos a ver televisão, quem o
fará?
2. Ensinar aos filhos que não se deve ''ver televisão'', mas sim ver programas de
televisão. Assim podemos revelar a capacidade de seleção e discriminação, que nos
habilitará a ver aquilo que nos convém e a não ver aquilo que não nos convém ver.
Os pais devem perguntar aos seus filhos: ''Que querem ver? '', mas não: ''Querem
ver televisão?''.
3. Para criar um critério de seleção, devemos evitar estar presos à televisão quando
não estamos a ver um determinado programa.
4. Uma boa maneira de pôr em prática as idéias anteriores é não ter à mão o
controle remoto, o ''zapping'', ou o costume de mudar constantemente de canal,
dado que isto é contrario ao critério de seleção que devem criar os filhos para
verem televisão.
5. Os filhos não devem ter um aparelho de televisão no seu quarto. Este costume
incentiva o isolamento e provoca uma dependência da televisão que é contrária à
vida de família. Uma dependência desregrada da televisão impede o jogo dos
filhos, a sua criatividade e o convívio familiar.
7. Não use a televisão como uma ''babá eletrônica'', dado que ela não cuida
verdadeiramente dos seus filhos, especialmente se os deixar ver ''o que está
passando''. Quando os pais trabalham, o critério é especialmente importante.
9. Culpar à televisão é uma saída fácil. Os pais não devem abdicar da luta para que
em casa se veja boa televisão, tendo sempre presente que pertence a eles a grande
responsabilidade de formar os seus filhos.
10. Se for possível, é muito conveniente que os pais vejam televisão com os filhos.
De maneira a poderem conhecer diretamente os efeitos que os programas que
vêem produzem neles.
11. Nem todos os programas são igualmente vantajosos. Os pais devem preferir
que os seus filhos vejam aqueles que têm a ver com o revelar de valores familiares,
amor pela natureza, ocupação positiva dos tempos livres, estudo e
desenvolvimento da cultura do espírito, etc., e não aqueles programas superficiais e
sem fundamento.
12. Não é conveniente que a criança veja um programa que a iluda, tanto com a
cumplicidade dos pais como às escondidas deles. Não convém dar por assente que
todos os programas chamados infantis têm um conteúdo adequado. Os pais devem
orientar os seus filhos nesse sentido, o que nos obriga a informarmo-se
adequadamente a este respeito.
14. Há que ter presente que os filhos devem aprender os valores morais antes de
mais nada no domínio da família e no convívio com os outros, e não com os
personagens e ações da televisão.
15. Os pais de família devem fazer esforços para procurar alternativas à televisão:
desporto, visitas a museus e parques naturais, sessões de teatro, projeções de
vídeos, fomentar conversas familiares, praticar ações solidárias a favor dos outros...
16. A “cultura da imagem’’ deve chegar às crianças por outros meios que não seja
exclusivamente a televisão, quer dizer por fotografias, exposições, mapas, leitura,
etc.”.
18. As famílias, a pouco e pouco, podem criar uma coleção de vídeos com filmes e
documentários de interesse para as crianças.
19. Os anúncios comerciais podem ser tão perigosos como os maus programas de
televisão. Os pais devem estar muito atentos para que a televisão não torne os seus
filhos pessoas superficiais ou consumidores de tudo o que se anuncia. Nunca se
deve fazer caso da publicidade de jogos que incitem à violência, erotismo, à
discriminação ou ao racismo.
20. Ver ou não ver televisão não deve constituir para as crianças uma questão de
prêmio ou castigo.
21. Os pais de família devem iniciar os seus filhos, segundo a sua idade e
desenvolvimento, numa prudente e positiva educação sexual, na qual se evite que
uma imagem distorcida da mulher e do sexo lhes seja transmitida, pouco a pouco,
por meio da televisão.
22. Os pais de família devem lutar para que qualquer programa de televisão
infantil, realizado sem ética, sem respeito pelos valores e pelos direitos das
crianças, seja qualificado como um delito pela legislação nacional. A má televisão
infantil, ou "programação-lixo" tem como origem o desprezo pelas crianças como
pessoas.
23. Os pais não devem deixar que os seus filhos vejam televisão-lixo. Se estes
programas de televisão forem vistos pelos seus filhos, farão com que confundam
realidade e ficção; desorientar-se-ão e ficarão equivocados na compreensão do
valor e do sentido da vida, e irão deformar a sua própria consciência. Transigir com
a má qualidade desses programas de televisão impróprios para crianças, deixando-
os ver, equivale a transigir e tornar-se cúmplice dessas pessoas que distorcem os
valores e os direitos da infância.
24. Os pais de família devem organizar-se para exigir uma boa televisão, em
horários infantis. As atitudes grosseiras, os hábitos e comportamentos anti-sociais,
as linguagens obscenas, a perda do sentido da autoridade, a vulgaridade e a
frivolidade, o direito a condutas menos corretas, qualquer desrespeito à vida
humana, etc., devem ser eliminados, especialmente dos programas que tenham as
crianças como destinatários.
25. Perante uma programação infantil com baixa, discutível e reprovada qualidade,
os pais têm o legítimo direito de pôr em marcha uma crítica construtiva. Assim,
devem incentivar uma boa televisão, destacando os bons programas.
26. Os pais de família e educadores devem fazer compreender aos seus filhos que a
televisão não é imprescindível nem é o único meio para ocuparem seu tempo livre.
27. O exemplo é uma terapia eficaz. Se os pais vêem muita televisão, e televisão de
má qualidade, com que critério vão evitar que os seus filhos vejam os programas
que são negativos para eles?
Portanto, muita coisa poderia mudar na vida da família se alguém, com um leve toque
de mão, desligasse a televisão. A televisão tem domínio sobre os lares, impondo as suas
leis e exigindo o cumprimento das mesmas. Muitas famílias estão sendo destruídas e
estão cada vez mais desunida, os valores estão sendo trocados e invertidos e a maioria
tem se acovardado diante desta situação.
Assim sendo, as crianças recebem pouca ou nenhuma atenção dos pais e os casais
vivem como estranhos dentro de sua própria casa. Em geral, a atenção é reservada para
os programas de televisão, que têm total primazia em todos os horários e em todos os
dias.
Capitulo IV
A Família e as Finanças
O dinheiro é de Deus ou do diabo? Alguém certa vez afirmou: Dizem que dinheiro é coisa do
diabo; mas se alguém quer ver o diabo, ande sem dinheiro. Afinal como defini-lo
corretamente?
O consumismo desenfreado e a
busca incansável pelo dinheiro podem afastar o homem de Deus e tomar o lugar do
que realmente é importante na vida de um cristão. Mt 6.33. O capitalismo empurra
as pessoas para a necessidade de se ter e ostentar uma aparência independente da
condição financeira. Mas antes deste sistema ser imposto, a Bíblia já alertava
quanto a isto: "Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou
pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é
a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves
do céu; não semeiam, não colhem, nem ajuntam celeiros, e, contudo o vosso pai
celestial as alimenta. Não tende vós muito mais valor do que elas?. Mt 6.25,26.
A primeira razão é a “Ignorância”. Muitas pessoas, mesmo com curso superior, são
financeiramente iletradas. Nunca estudaram os princípios bíblicos — e nem mesmo
os seculares — quanto à administração do dinheiro.
Há esperança para essas pessoas também, mas isso requer uma mudança de
coração, ou seja, a capacidade de contentamento. O apóstolo Paulo exorta: “De fato,
grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido
para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir,
estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em
muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e
perdição”. I Tm 6.6-9.
A despeito de seu caminho ser mais difícil, a pobreza pode ser superada. A
mudança pode ocorrer a partir do auxílio de amigos cristãos; o conselho e/ou
assistência de pessoas íntegras; um esforço dedicado somado a uma boa educação e
a bênção e providência de Deus, que podem reverter o quadro. Mas chega de
problemas! Falemos agora sobre as soluções para uma experiência financeira bem-sucedida.
1. Deus é o dono de todas as coisas. Salmo 24.1; 50.12; I Crônicas 29.13,14. Como cristãos,
precisamos compreender que nada trouxemos a este mundo e nada levaremos dele.
Enquanto vivermos na Terra, somos apenas mordomos daquilo que Deus nos
confiou. Fidelidade é o mais importante.
2. Deus e Sua suprema sabedoria devem ter o primeiro lugar em nossa vida. Pv 3:5-9; Mt
6.33.Deus pode ver nossa vida desde o princípio até o fim. Ele sabe o que é melhor
para nós e deseja que prosperemos. Essa não é uma questão simplista do tipo: “O
que Jesus faria?”, mas antes devemos perguntar: “Qual é o Seu conselho para essa
esfera de minha vida?”.
3. Nosso propósito na vida é glorificar a Deus. Mateus 5.16; I Coríntios 10.31. Pessoas
secularizadas buscam a prosperidade para que possam acumular e gastar. Cristãos
buscam prosperar para que possam satisfazer suas necessidades, as necessidades
de outros e ajudar no avanço da causa de Deus. São embaixadores de Deus.
4. Prosperidade é ter aquilo que precisamos quando necessário. Fl 4.19; Is 26.3. Deus
não nos prometeu que, se nos tornássemos cristãos, seríamos ricos segundo os
padrões da sociedade. Mas Ele nos garantiu que se nós O servíssemos, Ele supriria
nossas necessidades, estaria conosco onde estivéssemos e nos daria paz interior.
A beleza dessa diretriz orçamentária é que ela pode ser adaptada às situações
pessoais. Por exemplo, se você precisa de 35% para despesas com a casa, pode
ajustar seu orçamento desde que deduza o percentual de outras categorias. Você
tem apenas 100% para gastar ou se tornará um devedor. Se você adicionar mais
uma categoria para as despesas educacionais, deverá subtrair o percentual
necessário de outras categorias. Essa é a razão pela qual estudantes e pais com
crianças na escola devem ter um estilo de vida bem econômico.
Os estrategistas financeiros geralmente incentivam as pessoas a olharem para sua
vida sob três segmentos: anos de acumulação, anos de preservação e anos de
distribuição. Da perspectiva cristã, podemos referir-nos a esse tripé como anos de
aprendizagem, anos de obtenção e anos de devolução. Quando somos jovens, não
temos preocupação quanto ao fato de nos tornarmos idosos. Entretanto, contrair
uma doença terminal, sofrer um acidente fatal ou experimentar envelhecimento
todos teremos de enfrentar um dia. Para a maioria das pessoas há um tempo na
vida que, em função de uma limitação física ou qualquer outro tipo de restrição,
serão forçados a abandonar seus empregos. Um planejamento e uma provisão
financeira devem ser efetuados para enfrentar esse período. Se nos aposentarmos
sem dívidas e com casa própria, essa quadra da vida será muito mais fácil e
prazerosa. Finalmente, todos sabem que algum dia, quer seja na morte ou na volta
de Jesus, todos deveremos livrar-nos das posses terrenas. Não poderemos levá-las
conosco. I Tm 6.7. Mas Jesus encorajou Seus seguidores a ajuntar tesouros no Céu.
Mt 6.20. Onde está ajuntando o seu tesouro maior?
Tipologia Bíblica 205
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
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ITI Curso Teológico Módulo V
Capítulo V
Não encontramos, aqui, uma mulher frustrada por causa de suas obrigações e
deveres na família, mas alguém que alegremente se empenha em suas atividades
diárias. Não observamos o retrato de alguém impedida no desenvolvimento de
suas habilidades intelectuais, mas uma que rege muito bem cada espaço e esfera de
atividade que cai em suas mãos – e alguém que também está ativamente
procurando as oportunidades de desenvolvimento.
1. Valiosa. V.10
2. Confiável. V.11
3. Benevolente. V.12
4. Operosa, nos trabalhos manuais. V.13
5. Inteligente na busca dos melhores recursos para o lar. V.14
6. Madrugadora. V.15
7. Pronta a delegar. V.15
1. Respeitáveis. I Tm 3.11
2. Não maldizentes. Tito 2.3
3. Temperantes. I Tm 3.11
4. Fiéis em tudo. I Tm 3.11
5. Mestras do bem. Tt 2.3
6. Amam a seus maridos. Tt 2.3-4
7. Amam a seus filhos. Tt 2.3-4
8. Sensatas. Tt 2.3-5
9. Honestas. Tt 2.3-5
10. Boas donas de casa. Tt 2.3-5
11. Bondosas. Tt 2.4-5
12. Submissas. Tt 2.3-5
13. Espírito manso e tranqüilo. I Pe 3.3-4
1. Deus
2. Esposo
3. Filhos
4. Trabalho
A Constituição reconhece, em seu art. 3º, que constitui objetivo da República Federativa do
Brasil promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação. Seu art. 5º, inciso I, determina que homens e
mulheres são iguais em direitos e obrigações, enquanto o art. 7º, inciso XVIII, garante à
mulher gestante trabalhadora, sem prejuízo do emprego e do salário, licença de 120 dias. O
inciso XX desse artigo ainda propõe a proteção do mercado de trabalho da mulher,
mediante incentivos específicos. O art. 226, § 5º, por seu turno, determina que os direitos
e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela
mulher.
Nos termos da Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996, que regula o § 7º do art. 226 da
Constituição Federal, o planejamento familiar é direito de todos, e o Sistema Único de
Saúde deve garantir, em sua rede de serviços, a assistência à concepção e contracepção; o
atendimento pré-natal; a assistência ao parto, ao puerpério e ao neonato; o controle das
doenças sexualmente transmissíveis além do controle e da prevenção do câncer cérvico-
uterino e do câncer de mama. Essa lei ainda proíbe, no seu art. 13, a exigência de atestado
de esterilização ou de teste de gravidez para quaisquer fins, impondo a pena de um a dois
anos de reclusão e multa para quem o fizer.
Davi sempre dizia: "eu não ponho as mãos no ungido do Senhor". Outro exemplo
são os cristãos primitivos que, embora fossem submissos ao governo de Roma, não
o obedecia quando suas leis eram contrárias as leis de Deus. Eles sempre diziam:
"mais importa obedecer a Deus do que aos homens", mas nunca aproveitaram das
falhas do governo para se rebelarem contra as autoridades.
Por que submissão é tão importante? Porque toda autoridade é constituída por
Deus. Como cristãos cremos na soberania de Deus, que Ele é quem põe Rei e tira
Rei, e que toda autoridade é constituída por Ele. Portanto, a rebelião contra
autoridades, em última instância, é a rebelião contra Deus. A Bíblia sempre diz que
a rebelião é como pecado de feitiçaria, procede do inferno. Por isso sempre que o
Novo Testamento fala de submissão, quer seja na esfera da família, da igreja ou da
nação, sempre nos lembra que devemos submeter-nos a essas autoridades
constituídas "como ao Senhor".
1. Civil: Rm 13.1-3.
2. Trabalho: Ef 6.5-6; Tt 2.9-10; 1 Tm 6.1-2.
3. Igreja: I Co 12.28; Hb 13.7,17.
4. Família: Ef 5.22-24; 6.1-4.
Maria que, sendo a bem aventurada e teve a experiência singular de trazer dentro
de si, gerado em suas entranhas, o Senhor Jesus Cristo, também observamos este
princípio aplicado. É interessante perceber que, enquanto Maria estava solteira, o
Senhor falava diretamente a ela, dando-lhe a direção. Entretanto, depois que se
casou, o Espírito Santo revelava a José o caminho a seguir e Maria lhe era
submissa.
A submissão feminina, biblicamente entendida, quer dizer que uma família precisa de
uma liderança: Nenhum organismo social vive sem uma liderança. Nem mesmo
uma família, que precisa de uma liderança para o planejamento do futuro e para a
tomada de decisões. Marido e mulher podem inclusive se especializar na liderança.
O casal pode combinar, por exemplo, que a gestão financeira poderá ficar sob a
responsabilidade daquele que for mais capaz (aquele que sabe gastar menos...).
Uma eventual especialização não altera o papel do homem na vida familiar. Muito
do que há de pior nas famílias advém da omissão masculina. Portanto, numa
situação ideal, em que o casal busca a plenitude do Espírito Santo, a liderança é
masculina. No entanto, vivemos num mundo decaído, presentes o abandono, a
infidelidade, a insanidade, a violência doméstica e a dependência química. Nessas
condições de exceção, a esposa deverá tomar a liderança do casal e da família, para
que a tragédia não seja maior.
Uma esposa abandonada não pode esperar que o marido ausente lidere a família;
esta tarefa tem que ser assumida por ela, se não quiser que a fome campeie e a
desagregação se estabeleça de modo definitivo. Uma esposa sabidamente traída
precisa assumir sua dignidade, não esperando que um marido adúltero diga a ela e
a seus filhos como devem agir. Um marido infiel está moralmente incapacitado
para liderar a família.
Uma esposa física ou emocionalmente agredida por seu marido está desobrigada
de aceitar a violência como decorrência da liderança masculina. A violência de um
homem contra sua esposa é uma demonstração de insanidade, que o desqualifica
como líder. A mulher tem o dever de preservar sua saúde física e emocional,
buscando uma delegacia, se for o caso, para denunciar seu cônjuge.
Uma família em que o marido/pai ficou enfermo mentalmente não deve esperar
que ele assuma seu papel de líder enquanto precisa de recuperação. Ele deve ser
respeitado, amado, querido, mas não pode ter sobre si mais este peso, que o
debilite ainda mais. A esposa precisa assumir a liderança da casa e até do
tratamento do esposo.
Tipologia Bíblica 211
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo V
Mais uma vez, estamos falando num plano espiritual, não natural. No plano
natural, a legislação brasileira não estabelece mais o marido como chefe da família.
Ao fazê-lo, a lei apenas reconheceu o que acontece em muitas comunidades: há
famílias sem maridos e pais, com as mulheres acumulando as duas funções; há
famílias com maridos presentes, mas ausentes nos seus compromissos e deveres.
Num documentário recente, na televisão, ouvi uma mulher dizer: "eu chegava,
punha a conta na mesa; se eu não pegasse, o papel ficaria velho; ele só queria
beber".
Numa família que procura viver sob o Espírito de Deus, o padrão é outro. Nela, o
marido assume o seu papel, amando a sua esposa, amando os seus filhos, sem se
impor com frases do tipo "aqui quem manda sou eu", próprias dos fracos.
Maridos, lamento dizer que a liderança tem um peso e não é sobre a mulher; é
sobre o marido, que deve se comportar com sua esposa como Cristo se comportou
em relação à Igreja. Jesus Cristo, "embora sendo Deus, não considerou que o ser
igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a
ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma
humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz!".
Filipenses 2.6-8. Preciso ler mais algum texto?.
Portanto, a submissão deve ser a mais forte demonstração de amor da mulher para
com o marido. Esta submissão não escraviza. É importante entender o que não é
submissão segundo a Bíblia. Submissão, não é ser empregada doméstica de luxo,
não é ser super-dependente, não é se auto-escravisar, não é se anular como pessoa.
(Pr. Josué Gonçalves).
Mãe, só tem uma, como se costuma dizer. E nem precisa mais. Sua
figura é tão marcante na família que o próprio Senhor se fez carne
através de uma. Em qualquer cultura (e a cristã não é exceção), a
maternidade é encarada quase como um ministério, um sacerdócio.
Por isso mesmo, também é uma missão complexa, e mesmo a mais
consagrada das mulheres precisa do auxílio da Palavra de Deus
para cumpri-la bem. A figura da mãe pode ser sintetizada pelo
exemplo de Ana em I Samuel: uma mulher estéril que se torna fértil a partir de um
encontro terapêutico com Deus e, por isto, entrega este filho para servir ao Senhor.
É o exemplo de uma mulher que experimenta a superação de suas limitações por
ter "derramado a sua alma perante o Senhor".
Uma mulher que ama este filho, mas não de forma possessiva e egoísta. Ela se
dispõe a doá-lo para Deus para que ele possa cumprir a vocação para a qual Deus o
chamou. Ela continua expressando o seu amor, manifesto através da túnica que
tecia para ele ano após ano, e continua se doando sem cobrança nem controle.
Assim, as mães, são chamadas a abrir mão de suas expectativas pessoais para que
os filhos se sintam livres para desenvolver o potencial que Deus lhes deu, em vez
de atender os seus desejos.
3. Obrigações da Mulher como “Profissional”
Aliás, vale lembrar que, desde o início, pela leitura e interpretação das Sagradas
Escrituras, Deus aprova o trabalho da mulher, desde que digno e não provindo da
prostituição ou venda de seu corpo, a colocando como "adjutora" idônea a estar
agregando com o homem conhecimentos e técnicas de gestão do lar, filhos, família,
podendo pois querendo, exercer profissão remunerada.
A cura dos Traumas Emocionais: As mulheres por serem mais sensíveis, desde mais
tenra infância tem recebido ataques do inimigo para serem usadas como figuras de
sensualidade ficando escravizadas suas mentes e sentimentos, por amarras que são
difíceis de serem rompidas. Pelo poder de Cristo não existe enfermidade que não
tenha remédio, Ele é o remédio para toda a humanidade. Ainda que algumas
mulheres tenham sido marcadas na tenra infância até a fase adulta, há uma cura
específica para cada faixa etária, que quando se manifesta este milagre, romperão
numa desenvoltura e mostrarão uma capacidade na sua liderança e viverão
realizadas como pessoa, mulher, mãe e esposa; respondendo no nível sacerdotal
ministrando cura e libertação aos oprimidos e cativos do Diabo, trazendo as
revelações mais profundas. At 10.38.
1. A sensível?
2. A ansiosa?
3. A exagerada?
4. A compulsiva?
5. A perfeccionista?
6. A romântica?
7. A ciumenta?
8. A parceira
9. A independente
10. A econômica
Tipologia Bíblica 215
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo V
11. A autoritária?
12. A obediente? Tt 2.5
13. A fiel. Pv 28.20
14. A discreta. Pv 11.22
15. A paciente. I Co 13.4
16. A cuidadosa? I Tm 5.8
17. A dona de casa? Tt 2.5
18. A sábia?Pv 14.1; 12.4; 31.10-12
19. A ajudadora? Gn 2.18; Pv 31.13-31
Se o esposo se vê dentro da casa como sacerdote, honra, esposa sábia, como amiga,
intimidade sexual, confiança, não praticar o mal, dignidade, com vontade e admiração.
Essa casa estará edificada sobre a Rocha. Os rios vão subir, os ventos vão soprar, mas
a casa não vai cair, pois ela está edificada sobre a Rocha.
Não importa se você está começando a vida conjugal agora ou se você já está
casado há mais tempo, o importante é saber que para um casamento dar certo, o
casal, marido e mulher, precisa aprender a tornar-se consciente das necessidades
um do outro e procurar satisfazê-las.
Suprir necessidades não significa que você deva sofrer e ranger os dentes para
fazer o melhor de algo que detesta. Significa preparar-se para atender as
necessidades que você pessoalmente não tem. Aprendendo a compreender que seu
cônjuge é uma pessoa totalmente diferente, você começa a se especializar em
atender a todas as necessidades emocionais dele (a), se você assim desejar. Deus
criou a mulher para completar o que faltava no homem, e vice-versa. O outro
termo, "idônea", literalmente significa "conforme o seu oposto". Em outras palavras,
a mulher corresponde ao homem, mas também completa o homem. Ela é o que ele
não é, faz o que ele não faz, supre o que ele não tem, e vice-versa. Assim como os
dedos de duas mãos se entrelaçam, homem e mulher juntos "fecham" as respectivas
falhas na vida de cada um.
1. Companheirismo: Mais do que qualquer outra coisa, seu marido precisa de uma
parceira e companheira por toda vida. É o que ele mais deseja para ter a
oportunidade de partilhar com você seus sonhos, frustrações, tristezas e alegrias.
4. Ter suas necessidades supridas: Ele não é precisamente igual a você e nem igual a
qualquer outra pessoa. Ele é um ser único, com necessidades e preferências, com
falhas e fraquezas, virtudes e poderes, ele é o somatório de características que o
fazem diferente e exatamente por isso, pode ser que a maneira como você tenta
agradá-lo, não esteja satisfazendo suas necessidades. Descubra as necessidades
pessoais e singulares de seu marido e tente satisfazê-las.
Para a maioria das mulheres, afeto Quando um homem escolhe uma mulher
significa segurança, proteção, conforto e para ser sua esposa promete permanecer
aprovação. Coisas de vital importância aos fiel a ela por toda a sua vida. Isto significa
seus olhos. Quando o marido demonstra pensar que sua esposa será sua única
afeto por sua esposa, está enviando parceira sexual "até que a morte os
mensagens como: "Eu cuidarei de você e a separe". Ele assume este compromisso
protegerei. Você é importante para mim e porque acredita que sua esposa está
eu desejo que nada de mal lhe aconteça", sexualmente tão interessada nele quanto
"eu me preocupo com os problemas que ele nela. É importante que a mulher
você enfrenta e estou ao seu lado", "Você compreenda o quanto o sexo é especial
fez um bom trabalho, parabéns.". para o homem.
A mulher deseja estar com alguém que, no Pode parecer imaturo ou superficial, mais
seu entender, preocupa-se imensamente os homens apreciam uma esposa atraente.
com ela. Quando percebe esse tipo de Eles não apreciam uma mulher apenas por
atenção, ela se sente bem próxima da suas qualidades interiores. Para eles é
pessoa com quem está falando. Na psique muito importante a maneira como ela é
feminina a conversa mistura-se com fisicamente, e como se apresenta. Lembre-
afeto, o que a leva a se sentir unida à se que a atração física de uma esposa é
outra pessoa. Marido, lembre-se que freqüentemente um ingrediente vital para
parceiros atenciosos conversam de forma o sucesso de um casamento, e qualquer
atenciosa. Não esqueça que pequenos esposa que ignore esta verdade por
gestos, pequenos elogios, cavalheirismo, qualquer razão que seja, certamente
etc, fazem diferença. arrisca-se a enfrentar um desastre.
Capítulo VI
1. Deus
2. Esposa
3. Filhos
4. Trabalho
Há muitos homens que não está levando à vida espiritual a sério, deixando
de cumprir seu papel de guia espiritual de sua família, transferindo esta
responsabilidade a esposa. É preciso se posicionar. Há uma convocação
urgente para os homens abrirem os olhos espirituais e guardarem seus
lares.
Como Sacerdote da Casa: A Bíblia ensina que Jesus Cristo nos comprou com seu
sangue para fazer de nós reis e sacerdotes (Apoc 5.9,10), o que nos faz compreender
a visão do sacerdócio universal do crente. Diferente da idéia pintada pela igreja em
séculos anteriores, não temos duas categorias distintas na igreja: o clero e os leigos.
Todos são sacerdotes e deveriam funcionar como tal. A Bíblia distingue posições de
governo dentro da Igreja Local, mas não limita o sacerdócio a uns poucos cristãos.
Todo crente deve funcionar em seu lugar no Corpo de Cristo, e todos têm a
responsabilidade de ministrar ao Senhor, bem como aos homens, em nome d´Ele.
Esta visão tem sido resgatada em nossos dias, e somos gratos a Deus por isso.
Contudo, mesmo para aqueles cujo coração já se encontra aberto a esta verdade,
ainda vemos muitos com uma dificuldade: a de não enxergarem o sacerdócio do lar
como algo fundamental.
O Sacerdócio Começa em Casa: Antes de ser sacerdote na igreja, o homem tem que ser
sacerdote na sua própria casa: "É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível,
esposo de uma só mulher... e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob
disciplina, com todo o respeito, pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como
governará a Igreja de Deus?", I Tm 3.2,4,5.
Não é porque vai governar a igreja que o bispo tem que ter um bom lar, mas
justamente o contrário. O homem tem que ser o pastor do seu lar; isto é requisito
não só para quem ingressa no ministério de tempo integral, mas é um exemplo de
vida cristã. E se a pessoa não cumpre um requisito básico da vida cristã, então não
tem autoridade para ser um ministro à frente da Igreja.
Portanto, o mandamento de ser sacerdote no lar é para todo cristão. E isto envolve
uma excelente conduta familiar, que depois será cobrada do líder como exemplo
para o restante do rebanho: "Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesse em
ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísse presbíteros,
conforme te prescrevi: alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher,
que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são
insubordinados", Tt 1.5,6.
O homem, além de ser fiel à sua esposa, deve conduzir seus filhos no caminho do
Senhor e numa vida de santidade, o que exigirá dele não só conselhos casuais, mas
todo um acompanhamento, investimento e ministração na vida espiritual de seus
familiares. O posicionamento de um homem de Deus sempre deve envolver sua
casa. Este foi o exemplo dado por Josué: "Mas se vos parece mal servir ao Senhor,
escolhei hoje a quem sirvais, se aos deuses a quem serviram vossos pais, que
estavam dalém do Rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Porém
eu e a minha casa serviremos ao Senhor", Js 24.15.
O plano de Deus não é apenas para o homem sozinho, mas para toda a sua
família. Quando o Senhor decidiu julgar e destruir a humanidade nos dias de
Noé, não proveu salvação para ele sozinho, mas para toda a sua família. Gn 6.18.
Vemos também que Deus prometeu a Abraão que nele seriam abençoadas todas as
famílias da Terra. Gn 12.3. Ao tirar Ló de Sodoma, o anjo do Senhor fez com que ele
saísse com toda a família. Gn 19.12. No Novo Testamento encontramos um anjo
visitando Cornélio e dizendo que deveria chamar a Pedro, "o qual te dirá palavras
Tipologia Bíblica 220
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo V
mediante as quais será salvo, tu e toda a tua casa". At 11.14. E além de todas estas
porções bíblicas, encontramos a clássica declaração do apóstolo Paulo ao carcereiro
de Filipos: "Crê no Senhor Jesus, e serás salvo, tu e toda a tua casa", At 16.31.
Deus tem um plano para toda a família. Não quer dizer que porque um se
converteu, todos irão converter-se por causa deste texto. Não creio que ele seja uma
promessa a todo crente, mas sim que revele uma intenção de Deus quanto às
famílias de uma forma geral.
Vale lembrar que Paulo declarou isto ao carcereiro num momento em que este
homem ia se matar. Paulo não podia vê-lo, pois além de estar dentro de sua cela, a
Bíblia diz que eles estavam no escuro. O apóstolo Paulo teve uma revelação do
Espírito Santo para uma pessoa específica, num momento específico. Não posso
dizer: - "Ei, Deus! Você prometeu que se eu cresse iria salvar todo mundo lá em
casa!". Mas posso muito bem orar pelos meus familiares crendo que há um plano
divino para a família.
Cada familiar meu tem o direito de escolha, se dirão sim ou não a Jesus Cristo, é
responsabilidade pessoal de cada um deles. Mas farei de tudo para convencê-los,
ensina-los, cobri-los de oração intercessória e tudo o mais que for possível. No caso
deste carcereiro filipense, o Senhor mostrou de antemão toda a família salva. Mas
para cada um de nós, mesmo se não diga de antemão o que irá acontecer, Deus já
revelou seu plano em sua Palavra para toda a família. E o sacerdote do lar tem uma
grande responsabilidade de afetar o destino dos seus entes queridos.
No caso da mulher cujo marido não é convertido, entendemos que ela deve
assumir a posição de sacerdotisa sobre os filhos, porém não sobre seu marido.
Parece-nos ter sido exatamente o que aconteceu na casa de Timóteo, discípulo do
apóstolo Paulo. A Bíblia menciona apenas a mãe dele como sendo convertida:
"Chegou também a Derbe e a Listra. Havia ali um discípulo chamado Timóteo,
filho de uma judia crente, mas de pai grego; dele davam bom testemunho os
irmãos em Listra e Icônio", At 16.1,2.
E além da Bíblia nada falar sobre o pai de Timóteo sendo convertido, ainda mostra
que a cadeia de ensino e discipulado foi sendo transmitida por meio da avó e
depois da mãe dele: "Lembrado das tuas lágrimas, estou ansioso por ver-te, para
que eu transborde de alegria pela recordação de tua fé sem fingimento, a mesma
que, primeiramente, habitou em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo
de que também, em ti", I Tm 1.4,5.
No versículo anterior a este, Deus já havia dito: “... e as farás saber aos teus filhos e
aos filhos de teus filhos". Dt 4.9. Precisamos ministrar a Palavra de Deus aos nossos
filhos! Nosso ensino – ou a falta dele – tem o poder de afetar o resto da vida de
nossos filhos; foi Deus mesmo quem declarou isto: "Ensina a criança no caminho
em que deve andar, a ainda quando for velho, não se desviará dele", Pv 22.6.
Não se trata apenas de dar uma boa educação, mas sim a verdadeira educação.
Ensinar-lhes a andar nas veredas da justiça, nos caminhos bíblicos. Isto também é
um mandamento claro e expresso da Nova Aliança: "E vós, pais, não provoqueis
vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor", Efésios 6.4.
Cobertura de Oração: Também vemos na Bíblia que o sacerdote do lar deve cobrir os
seus com oração. A Palavra de Deus nos mostra que Isaque orava a Deus para que
abrisse a madre de Rebeca, sua mulher. E Deus ouviu suas orações. Gn 25.21.
As Escrituras ainda nos falam acerca de Jó, que periodicamente chamava seus
filhos para um culto e sacrificava ao Senhor em favor deles, com medo de terem
pecado contra Deus. Jó 1.5.
O Sacerdócio envolve proteção. Deus nos mostrou isto em sua Palavra desde o
início, com o que ordenou a Adão, no Jardim do Éden: "Tomou, pois, o Senhor
Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e guardar", Gn 2.15.
Note que além de cultivar o jardim, o homem deveria também guarda-lo, protege-
lo. Mas guardar de quem, se nem mesmo Eva ainda havia sido criada? Penso que
Deus já estava indicando a Adão que Satanás, o inimigo de nossas almas, tentaria
destruir o que o Senhor estava colocando nas mãos do homem. Se Adão tivesse
protegido a Eva, em vigilância, bem como ministrando-lhe sobre a importância da
obediência ao Senhor, provavelmente aquilo não teria acontecido. Também nós
precisamos guardar e proteger nossas famílias, e isto envolve oração e vigilância,
bem como a ministração da Palavra de Deus em nossos lares.
Muita gente fala da forma maravilhosa como Deus visitou a casa de Cornélio (Atos 10)
com salvação e enchimento do Espírito Santo. Mas isto não aconteceu de graça. Este
homem orava continuamente a Deus. E onde há uma semeadura de oração, sempre
haverá uma colheita da manifestação do poder de Deus! Se cobrirmos nossa casa de
oração, veremos feitos grandiosos acontecendo em nosso favor, pois o Senhor sempre
age num ambiente de muitas orações.
Quando o casal ora junto, goza de princípios operando em seu favor que orando
sozinho não se experimentaria. "Ainda vos digo mais: Se dois de vós na terra
concordarem acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu
Pai, que está nos céus. Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí
estou eu no meio deles", Mateus 18.19,20.
Ao orar junto, o casal aumenta seu "poder de fogo" contra o inimigo, pois no reino
de Deus, quando dois se unem, o efeito não é de soma, mas de multiplicação. É
sinérgico! Moisés cantou acerca deste princípio ao mencionar o que Deus fizera
acerca do exército de Israel: "Como poderia um só perseguir mil, e dois fazer fugir
dez mil, se a sua Rocha lhos não vendera, e o Senhor não lhos entregara"?, Dt 32.30.
A Bíblia mostra que deve haver sintonia natural e espiritual entre o casal.
Desentendimentos vão roubar deles o poder de unidade nas orações, que por sua
vez serão impedidas: "Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento,
dando honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras
convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações", I
Pedro 3.7.
A "correria" é um dos maiores inimigos deste tempo de oração que o casal deve ter
junto. E cada um deve aprender a "driblar" suas dificuldades e conseguir praticar
este princípio de alguma forma. Não deve haver vergonha ou críticas quanto à
forma de cada um orar. A intimidade no que diz respeito à vida espiritual precisa
ser desenvolvida da mesma forma que a física e emocional.
"Todo o Judá estava em pé diante do Senhor, como também as suas crianças, as suas
mulheres e os seus filhos", II Crônicas 20.13. "No mesmo dia, ofereceram grandes
sacrifícios e se alegraram; pois Deus os alegrara com grande alegria; também as mulheres
e os meninos se alegraram, de modo que o júbilo de Jerusalém se ouviu até de longe",
Números 12.43.
Elcana subia com toda a sua família para adorar ao Senhor. I Sm 1.1-5. Acredito que
pais cristãos devem levar seus filhos à igreja. Mesmo que ela não seja perfeita (e
não é, porque não existe igreja perfeita!), é melhor que eles cresçam num ambiente
que exalta ao Senhor e sua Palavra do que num ambiente mundano que exalta o
pecado e os prazeres da carne.
Cultuar ao Senhor em família não envolve somente o ir à igreja, mas também pode
abranger um culto familiar na própria casa. Foi exatamente isto que aconteceu na
casa de Cornélio. Atos 10.33. A reunião familiar também não precisa acontecer
apenas dentro de casa. Além dos cultos na igreja, podemos nos reunir em algum
outro lugar (e até mesmo com outras famílias) para buscar ao Senhor. Atos 21.5.
"Naquele dia, suscitarei contra Eli tudo quanto tenho falado com respeito à sua casa;
começarei e o cumprirei. Porque já lhe disse que julgarei sua casa para sempre, pela
iniqüidade que ele bem conhecia, porque seus filhos se fizeram execráveis, e ele não os
repreendeu", I Samuel 3.13.
O Senhor trouxe advertências anteriores, mas Eli não deu ouvidos. Deus está
falando de negligência, aqui. Diz que embora conhecesse bem o pecado dos filhos,
Eli não os repreendeu. Toda omissão no sacerdócio do lar sempre trará
conseqüências sérias. Davi teve problemas com vários de seus filhos, e se você
estudar com calma a história dele, perceberá o quanto ele era negligente em relação
a seus filhos. Adonias, assim como Absalão, se exaltou, querendo usurpar o trono.
Mas por trás desta atitude de rebelião, a Bíblia mostra a negligência de Davi como
sacerdote em sua casa: Jamais seu pai o contrariou, dizendo: Por que procedes assim?,
I Rs 1.6.
Se não queremos sérios problemas futuros com nossos filhos, muito menos a
qualidade do relacionamento deles com Deus comprometidos, então precisamos
ser sacerdotes dedicados em ministrar e cobrir suas vidas.
1. O marido deve escutar e dar ouvidos aos conselhos sábios de sua esposa:
1.1. Conselho da esposa de Abraão. Gn 21.12
1.2. Conselho da esposa de Manoá. Jz 13.19-23
Tipologia Bíblica 225
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo V
Quando um parente tentava tirá-lo deste tormento, pedia: 'O único desejo que eu
tenho é ser enterrado ao lado do meu filho'. A depressão e a fraqueza geral foram
seguidas por uma quebra na resistência e a chegada de uma infecção. Na Páscoa,
Amador teve um derrame cerebral e entrou em coma. Morreu na quinta-feira. Foi
sepultado à direita do túmulo de Rodrigo. O inimigo é o maior interessado em destruir o
relacionamento entre pais e filhos.
O primeiro entendimento que os pais devem ter é o de que a missão de ser Pai e
Mãe é para toda vida. Ela não termina quando os filhos saem de casa ou tornam-se
adultos. Em I Timóteo 5, 8 o autor chega a dizer que: “quem se descuida dos seus, e
principalmente dos de sua própria família, é um renegado, pior que um infiel”.
1. Pai herói
2. Pai coruja
3. Pai que é uma mãe
4. Pai bravo
5. Pai amigo
6. Não importa o tipo, a raça ou a crença, pai é sempre pai.
7. Tem pai que Ama. Tem pai que esquece do Amor.
8. Tem pai que não sabe que é Pai. Tem filho que não sabe do Pai.
9. Tem pai que dá Amor. Tem pai que dá Presente.
10. Tem pai que se preocupa com os problemas do Filho,
11. Tem pai que não sabe dos problemas do Filho...
12. Tem pai que Ensina. Tem pai que não tem Tempo.
13. Tem pai que Afaga. Tem pai que só pensa em Negócios.
14. Tem pai que Acaricia. Tem pai que não percebe que o filho precisa de Carinho.
15. Tem pai de todo jeito. E você? Que tipo de pai você é?
15.1. Pai permissivo?
15.2. Pai indiferente?
15.3. Pai cobrador?
Tipologia Bíblica 227
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O pai, como primeira imagem de autoridade que a criança tem na vida, para
educar bem o filho para vir a ser cidadão consciente e responsável, precisa ter
atitudes educativas firmes, mas com um coração amoroso. Agindo assim para com
seu filho, o pai poderá formar um ser humano mais equilibrado e que, certamente,
saberá, quando adulto, agir com harmonia no contato com os outros, contribuindo
com seu comportamento para que a sociedade venha a ser melhor. O pai é, para a
criança, a primeira imagem de autoridade em sua vida e a interiorização dessa
imagem (e das imposições sociais, culturais, morais, religiosas). O tipo de
relacionamento que a criança tiver com seu pai, certamente irá influenciar como ela
enfrentará as regras e os limites normais que encontrará no convívio com as outras
pessoas. Os tipos de relacionamento utilizado por pais são variados, mas há três
mais marcantes, apresentados a seguir.
Primeiro Tipo: Há pai que utiliza no relacionamento com seu filho, o "estilo
autoritário" que era muito utilizado algumas gerações passadas: ele educa de modo
rígido, severo, dogmático, inflexível, rigoroso, repressivo, ríspido, exigente, dá
ordens e direções, valoriza obediência cega às regras e valores estabelecidos,
reprimindo quaisquer outros comportamentos. Quando o filho comete alguma
falta, lhe dá castigos físicos ou outros corretivos disciplinares, como punição.
O filho reconhece e obedece integralmente a autoridade do pai, sem nenhum
questionamento e nesse ambiente de autoritarismo, não tem outra escolha a não ser
agir de modo resignado, obediente, submisso, dependente, silencioso, com medo,
ansioso, frustrado, etc., o que poderá provocar nele inibição da sociabilidade, baixa
auto-estima, frustrações, agressividade reprimida, sentimento de inferioridade, etc.
Certamente esse tipo de pai foi influenciado com a publicação das experiências da
Escola inglesa de Summerhill, que dava liberdade total aos seus alunos e pelas
mudanças na juventude da década de 60, com o comportamento "hippie" e com a
influência da explosão libertária dos jovens universitários franceses ocorrida em 22
de março de 1968, iniciando a Revolução Cultural na França que espalhou as suas
idéias pelo resto do mundo. Em pleno século XXI é encontrado pai que age com esse
"estilo permissivo", por sentir culpa ao pensar em impor quaisquer limites ao filho.
Esse pai acredita na idéia, sem fundamento, que o filho ficará frustrado se lhe
forem estabelecidos limites e regras. Essa idéia é crendice popular, idéia distorcida
e sem fundamento bíblico e científico, já que nenhuma teoria recomenda aos pais
que não ensinem limites às crianças e não exerçam a natural autoridade, educando
os seus filhos. Esse tipo de pai, além de errar na interpretação das teorias
psicológicas, e por ter, ele próprio, ficado frustrado e desiludido com a educação
repressora e punitiva que teve na infância, quer dar ao seu filho uma educação
diferente da que teve e também, porque não quer que seu filho o veja como
autoritário, repressor e inibidor, mas o veja como "bom" pai.
E assim, esse tipo de pai dá liberdade total para o filho ter quaisquer tipos de
comportamentos inadequados, para ter ataques emocionais de raiva, choro, birra,
agressividade verbal (xingamentos, palavrões, etc) ou física (bater em outras pessoas)
tolerando até as grosserias, a falta de respeito do filho e os abusos que ele comete.
Agindo desse modo com o filho, o pai sofrerá as conseqüências de ter criado filho
que é um verdadeiro "tirano" exigente que manda e desmanda sobre os membros
da família, sem ter aprendido regras de convívio, limites, bons comportamentos e
disciplina.
Com esse tipo de convivência e orientação positiva sobre os limites, regras e o que é
permitido ou não, certamente haverá melhores condições de desenvolvimento da
cidadania do filho com obtenção de melhores resultados, e se a maioria dos pais
agirem assim poderá existir uma melhor sociedade humana, com seres humanos
O adolescente passa por períodos em que se sente embaraçado, mas está consciente
das mudanças que lhe ocorrem. O corpo desafia o próprio tempo e torna-se uma
loucura conviver com tal instabilidade. O olhar-se no espelho causa espanto.
Descobre sua sexualidade. Há uma dificuldade em controlar seus impulsos sexuais
que tornam-se cada vez mais intensos. Para desabafar, o adolescente procura seu
grupo, colegas da mesma idade, com os mesmos sonhos, problemas e carências; tal
experiência oferece-lhes senso de realização.
Existe um forte desejo de ser aceito, uma busca de identificação com os demais
através dos costumes, maneira de vestir, linguagem e formas de diversão. Sonhar
acordado torna-se comum e longas horas são gastas, conversando com amigos ao
telefone.
O espírito de independência dos pais e dos valores por eles estabelecidos é muito
comum nesta fase. A família passa para o segundo plano. Ela já não satisfaz seus
anseios, não há mais novidade. Por isso negam-se a acompanhar os pais em
viagens, festas e passeios. Querem ser e agir como adultos. Buscam explicações
racionais para tudo.
Qual será meu estilo de vida? Os adolescentes estão cercados por diferentes
padrões de vida impostos pela sociedade. Conhecem os estilos de vida de seus
pais, irmãos mais velhos, parentes e líderes, mas questionam seus padrões por,
muitas vezes, enxergarem incoerências na vida de tais pessoas. Não quero esse
estilo de vida para mim no futuro. Diante de tantas mudanças e desafios
enfrentados na adolescência, torna-se imprescindível que pais e filhos mostrem
paciência e disposição para ceder. Os filhos devem compreender que os pais são
colocados por Deus como porta-vozes de Sua vontade em suas vidas.
Os pais devem encarar os filhos como seres pensantes e também respeitar suas
opiniões, ponderando-as antes de tomarem decisões contrárias. Compreendendo
tal processo, poderão passar por esse período sem grandes conflitos, curtindo
emoções e momentos, pois cada um deles possui seu encanto.
O Adolescente e as Amizades
Por isso, segundo Maria Tereza Maldonado, é importante que os pais conheçam os
amigos dos filhos e tenham noção clara das características dos grupos que eles
pertencem. O maior risco, na opinião da terapeuta, é que muitos se submetem às
regras do grupo a ponto de fazerem coisas que não ousariam fazer sozinhos, tudo
para serem merecedores dessa inclusão.
Tipologia Bíblica 232
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo V
“Eles são capazes de atos anti-sociais como riscar carros, depredar orelhões, fazer
bagunça nas portas das boates, passar trotes ou cometer pequenos furtos”, alerta.
Quem não se lembra do índio Galdino, o Pataxó covardemente queimado vivo por quatro
jovens de classe média, filhos de funcionários públicos em Brasília? A agressividade,
para a psicóloga Karina Brodski, geralmente tem a ver com o crescimento físico,
que nem sempre acompanha o emocional. Eles não têm noção da força física que
possuem e não entendem que devem usar a inteligência ao invés do corpo e da
ação.
Como são mais imaturos, os adolescentes não têm muita idéia das conseqüências de seus
atos. São mais impulsivos e têm aquele sentimento de invencibilidade, do tipo “nada vai me
acontecer”, explica a psicóloga. Os pais precisam orientar e impor limites desde cedo.
É importante também não passar a mão na cabeça e fingir que nada aconteceu com
o filho. Léa Gonçalves, por exemplo, não pestanejou e castigou seu filho quando
soube que ele passou a tarde inteira aprontando com quatro colegas em sua casa.
“Sem mais nada o que inventar, os cinco tiveram a brilhante idéia de passar trotes
ameaçadores para alguns colegas de turma. Deu a maior confusão porque duas das
‘vítimas’ tinham bina. Fui até chamada pela coordenação do colégio”, lembra a mãe
que proibiu, como punição, que seu filho fosse a uma festa e cortou o acesso à
Internet por uma semana. Para quem está de fora, não é fácil ver alguns
adolescentes querendo quebrar a cabeça pelas esquinas da vida. Aos pais e
educadores, resta impor limites, sanções e, sempre dialogar, com muito afeto.
O Adolescente e a Depressão
Não devemos, nem por brincadeira, julgar as pessoas deprimidas como se elas
estivessem ficando loucas, nem tampouco devemos achar que há motivos para o
deprimido se envergonhar. A depressão afeta pessoas de todas as idades, de todas
as nacionalidades, em todas as fases da vida. Estima-se que cerca de 5% da
população mundial sofra de depressão (incidência) e que cerca de 10% a 25% das
pessoas possam apresentar um episódio depressivo em algum momento de sua
vida (prevalência).
O Adolescente e a Violência
Adolescente e os Desafios dos Pais: Toda família enfrenta dificuldades para educar
seus filhos. A temida adolescência não tem necessariamente que ser uma
experiência ruim para pais e filhos. Há alguns passos que os pais podem dar para
fazer desses anos uma aventura boa para todos. Os pais necessitam de: Joelhos
Calejados; Ouvidos de Elefante; Olhos Perspicazes; Exercite Equilíbrio; Seja Modelo e
Seja Acessível e Gaste tempo com seu filho.
Como Amar o seu Adolescente: Criar os seus filhos nos anos de adolescência pode
ser um desafio e geralmente uma aventura perigosa. O fundamento segura para
um sólido relacionamento com seus adolescentes é o amor incondicional. Só
quando este fundamento é construído você pode ficar seguro sobre a educação que
foi dada. De outra forma educar torna-se algo confuso e bastante frustrante.
Esse amor atua como uma luz que guia, para saber onde você está com seu filho. Amor
incondicional, para o seu adolescente significa:
Se você amar o seu adolescente só quando ele lhe agradar (amor condicional) e
comunicar o seu amor apenas nestes momentos, ele não se sentirá genuinamente
amado. Isso fará com que ele se sinta inseguro, com sua auto-imagem prejudicada,
e de fato o impossibilitará de desenvolver um comportamento mais maduro. Se
você ama o seu adolescente incondicionalmente, ele se sentirá bem com ele mesmo.
Será capaz de controlar sua ansiedade, e por sua vez seu comportamento ao tornar-
se um adulto.
Seu adolescente vai lhe testar. Geralmente isto se dará através do comportamento
impróprio na busca por independência. Não reaja no momento de raiva. Isto não
significa aprovar o mau comportamento. Você precisa expressar os seus
sentimentos honestamente, mas de maneira apropriada, sem ira, gritarias,
linguagem torpe, atacando o adolescente verbalmente, ou ficando fora de si.
Thiago pegou as chaves do carro e virou-se para abrir a porta da casa. Deparou com
uma placa afixada com fita adesiva.
Não tenho maior alegria do que esta a de ouvir que meus filhos andam na verdade. III Jo 4.
– Mãe, foi Pai que colocou isto aqui?”
– Foi. A gente ficou sabendo mais dos problemas de uns amigos antigos. Seu filho mais
velho é viciado em drogas. Agora, a filha de 22 avisou que está grávida e disse-lhes que
nem sabe de quem é. Seu pai ficou muito impressionado. Comentou como devemos dar
graças a Deus pelos filhos que temos. Sentou-se no computador e o resultado está aí.
– Então, não é bronca?
– Não, não é. É elogio, louvor, encorajamento, gratidão…
– Que bom, mãe. Mas poderíamos entender isto um pouquinho como alerta também, não?
– Talvez.
Quando o pai retornou naquela noite, havia uma outra placa ao lado da primeira. Quatro
figuras estilizadas proclamavam Pai, nós te amamos também!—e debaixo estava a
assinatura dos quatro filhos do casal.
Um ano depois, aquelas declarações ainda permanecem no mesmo local—assimiladas
inconscientemente por todos que por ali passam diariamente—símbolo da família ideal,
do relacionamento pacífico almejado tanto pelos pais quanto por seus filhos.
Um pouco adiante, na parede, há uma foto desta família—dois filhos adultos, dois
adolescentes, pai e mãe. As roupas alinhadas e combinadas, a perspectiva simétrica e
os sorrisos descontraídos transmitem harmonia e alegria. Parece uma família ajustada
e unida. E realmente, há momentos em que os de fora olham para eles com certa inveja
e perguntam como foi que eles “conseguiram”. – De joelhos, um dia de cada vez,
responde a mãe.
Isabel lembra as lágrimas derramadas, as noites mal dormidas… Recorda
desentendimentos, angústias, brigas, acusações, mágoas e as conseqüências de atitudes
pecaminosas, algumas duradouras. Mas se regozija porque, aos poucos, eles
descobriram e assimilaram princípios bíblicos que facilitaram o relacionamento e
fizeram com que houvesse—não a perfeição, mas sim—a possibilidade de conciliação,
harmonia e satisfação.
Em alguns países, é muito natural os pais cristãos incentivarem seus filhos a criar
asas e iniciar vida independente quando chegam ao término da adolescência.
Consideram cumprida a sua missão na criação e reassumem a vida a dois com
liberdade para gastar seu dinheiro e servir em outras áreas. No Brasil, entretanto,
esta não é uma prática freqüente. Encontramos muitos lares em que pais e filhos
adultos permanecem juntos por tempo indefinido. Nem sempre o convívio é fácil
ou pacífico. Em tantos lares, até dentro da igreja, pais e jovens se sentem como
verdadeiros reféns de situações que fugiram do seu controle há muito tempo.
Tipologia Bíblica 237
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Família Projeto de Deus
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Quais as normas que devem ser seguidas quando jovens continuam no lar paterno
depois de se tornarem adultos? Afinal, não há na Bíblia qualquer orientação
dirigida especificamente a esta situação. Será possível alguém olhar para a nossa
família e enxergar nela pelo menos um vislumbre da felicidade, intimidade,
fraternidade e união familiar que a Bíblia tanto nos incentiva a imitar? (Sl 133.1; I
Co 1.3,10; Hb 13.1) Sim, é possível aproximar-se deste ideal. Há esperança! Existem
sábios princípios, que são bíblicos, que se aplicam e que, se forem seguidos,
possibilitarão amenizar e evitar muitos dos problemas que têm surgido entre filhos
adultos e seus pais e irmãos quando convivem sob o mesmo teto.
A primeira coisa que devemos estabelecer, antes de mais nada, é que a casa é dos
pais e que quem deve mandar nela são eles. Foram eles que investiram suas
energias, seus recursos e seu tempo no intuito de construir um abrigo confortável e
sossegado para se refugiar das agruras do mundo externo. Nenhum filho tem o
direito de diminuir ou tirar o bem-estar, tranqüilidade ou alegria paterna ou
materna neste local criado por eles.
O lar, portanto, não é uma democracia onde pais e seus filhos crescidos devem ter
voz igual, como alguns sugerem. Quando Paulo instrui Timóteo sobre quais os
homens aptos a liderar a igreja (a “família de Deus”), ele diz que eles têm que ser
pessoas conhecidas por governar bem a sua própria casa e pergunta: Se alguém não
sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus? Ef 2.19; I Tm 3.4,5,12.
Mas isto não significa, de jeito nenhum, que os pais têm mandato divino para
manter controle sobre todos os aspectos da vida dos filhos adultos enquanto eles
moram na mesma casa. O alvo paterno deve ser de progredir da fase de
regulamentação geral (criança pequena) para o estágio de liberdade condicional
(adolescência) até a etapa de independência total de decisão e ação (adulto). Não
pretendemos advogar aqui a tendência dos pais de outros países de desalojar os
filhos. Mas eles devem procurar se relacionar com seus filhos, desde a sua
adolescência, com o amadurecimento e eventual emancipação em mente,
preparando-os de tal modo que a sua partida para o mundo fora do lar nem seja
excessivamente traumática nem por demais libertadora.
Pais, é bom reavaliar a situação nos nossos lares à luz de Efésios 6.4, Pais, não
provoqueis vossos filhos à ira. Como nosso filho (ou nossa filha) descreveria o seu
relacionamento conosco? Sente-se sufocado? Manipulado? Fiscalizado? Vigiado?
Controlado?
Dona Valdete hesitou e depois entrou, decidida, no quarto do neto. Alisou a cabeça dele.
Era tão bonito, parecia um anjo dormindo. Mas era um anjo muito descuidado e precisava de
uma bronca.
–Acorde, Thiago.
–Que é, Vó?
–Acorde e olhe para mim! Thiago se virou e dobrou o travesseiro debaixo da cabeça.
–Que foi? Aconteceu alguma coisa?
–Ainda não, mas vai acontecer se você não parar de ser preguiçoso.
–Que história, Vó! Eu trabalho todo dia.
–É, e sua mãe não?! Ela acaba de me dizer a lista de coisas que tem que ser feitas hoje.
Olhe, sua mãe está com apenas dois meses de operada. Seu pai teve que ir ao trabalho.
–Ela não me falou nada. Como eu vou saber?
–E você perguntou, por acaso? Eu mesma ouvi você avisando ontem que ia aproveitar o
sábado para colocar o sono em dia. Você acha que seus pais vão lhe pedir alguma coisa
depois de uma declaração daquelas? Onde já se viu? Um marmanjo deste tamanho na cama
enquanto a mãe coloca o lixo na rua. Se fosse apenas um volume, ainda vai lá, mas são quinze
sacos bem pesados porque ontem o jardineiro teve aí. Eu a proibi terminantemente! Depois
ela está querendo levar o carro para o mecânico e para o borracheiro. Agora me diga, com
quem foi que o pisca-pisca quebrou? E com quem o pneu furou?
–Comigo, Vó.
–Então! E pode desmanchar essa cara de espantado! Estou achando que Deus me mandou
para cá para dar uma basta nessa exploração! Tem quatro de vocês e ninguém faz nada para
ajudar nesta casa nos sábados. Fica todo mundo na cama até meio-dia e depois cada um tem
seus programas. Se vocês dividissem as tarefas, seus pais poderiam dormir umas horas a
mais também. Bem que eles precisam. E aí, vai sair desta cama, ou não?!
Quando o pai (Neto) chegou algumas horas mais tarde, ficou espantado. Thiago havia saído
para cuidar do carro (com ordens para comprar ração e passar na farmácia e na locadora).
Seu caçula estava dando banho na cachorra enquanto a avó estava preparando o material
para ensinar-lhe como lavar três pares de tênis. O outro filho estava cortando a grama do
quintal. Na cozinha, a filha estava assando o bolo que ela havia prometido para a reunião da
mocidade daquela noite e já sabia que quem iria passar sua blusa a ferro seria ela mesma.
Sr. Neto chamou a esposa de lado e perguntou a ela que “milagre” era aquele.
–Olhe, sua mãe resolveu que nossos filhos são um bando de preguiçosos e acordou a
cambada toda. Mas eu também já recebi uma bronca bem grande. Duvido que você escape!
Mais tarde, Vovó Valdete reuniu a família.
—Como vocês notaram hoje de manhã, apesar de achar vocês a família mais linda do mundo,
estou preocupada com algumas coisas que tenho observado nas três semanas que passei
aqui. Já conversei com seus pais e agora vou falar com vocês novamente. E aí ela continuou
falando, com a Bíblia na mão….
Uma das queixas mais freqüentes dos pais é que os jovens vivem como se a casa
em que moram fosse uma espécie de hotel onde necessidades e caprichos de filhos-
hóspedes têm que ser satisfeitos exatamente por pais-empregados. Para eles, amor
de pai e mãe implica em sacrifício e canseira. Amor de filho, entretanto, tem pouco
a ver com este conceito. Basta dizer “eu te amo” de vez em quando, comprar uns
presentinhos no dia deles e no Natal e pronto.
Vemos que a culpa pelos desentendimentos nesta área é de ambas as partes. É dos
pais que não exigem participação nos gastos e desgastes físicos que a manutenção e
conservação do lar requerem. É dos filhos que não percebem que, por serem
adultos, já podem e devem começar a aliviar os pais das suas tarefas e despesas
com o andamento domiciliar. Paulo ensinou a Timóteo que os filhos e netos devem
aprender a exercer piedade para com a sua própria casa, e a recompensar os seus
progenitores; pois isto é aceitável diante de Deus. I Tm 5.4. Em outra epístola, Paulo
falou da importância de evitar comer pão, de graça, à custa de outros, mas de trabalhar,
em labor e fadiga, de noite e de dia, a fim de não ser pesado a ninguém. Ele continua
afirmando, Se alguém não quer trabalhar, também não coma. II Ts 3.8,10.
No lar ideal, os pais criam os filhos e, em seguida, lutam ao lado deles por um
tempo enquanto se estabilizam na sua emancipação. Depois, tanto os filhos como
os pais devem ser livres. A mãe também tem direito a este estágio de liberdade,
retomando ou desenvolvendo novos talentos e atividades na sua comunidade. As
suas obrigações e tarefas com os cuidados dos seus filhos terminam quando esses
se tornam adultos exceto, quando de comum acordo, pais e filhos decidem
continuar com a convivência ou dependência financeira.
Pode ser no intuito de ajudar o filho ou a filha a se preparar melhor para uma
próxima fase nas suas vidas. Este apoio é voluntário e temporário e pode ser
retirado ou diminuído se os pais notarem que seus filhos estão lhes explorando ou
tirando proveito indevido do sacrifício paterno.
Chega o momento em que os pais vêem que seus mimos estão atrasando o
amadurecimento dos filhos. Agora, quem deve se sacrificar mais, fora e também
dentro do lar (o labor e fadiga, noite e dia acima) é o jovem. Um filho crente se esforça
não apenas para não ser um peso, mas também para aliviar a carga dos pais,
começando a recompensá-los, assumindo tarefas domésticas, compras, consertos…
O seu amor se concretiza—passa de meras palavras para ações visíveis.
Tipologia Bíblica 241
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
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É certo que hoje vivemos uma época em que as mulheres trabalham fora e
ajudam nas despesas de casa, porém há muitos maridos que se aproveitam
dessa participação e transferem suas responsabilidades de provedor do lar
colocando uma grande sobrecarga na esposa causando cansaço, desilusão, e
até desinteresse dela pelo seu companheiro. Um homem de Deus, no
exercício da Mordomia da Família procura por todas as formas dar o
melhor possível à sua mulher e filhos, suprindo suas necessidades
materiais.
1. Silencioso: governa sem que haja qualquer tipo de comunicação; silêncio total.
2. Hipócrita: fala bem da mulher só na frente dos outros, em casa a maltrata.
3. Desequilibrado: ora negligente, ora ditador (vive nos extremos).
4. Bomba Relógio: a família nunca sabe quando vai explodir.
Tipologia Bíblica 242
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Desde que Eva foi criada, muita coisa tem mudado na vida das mulheres, mas as coisas
mais importantes, aquelas que nos trazem felicidade e realização, permanecem
inalteradas por fazerem parte da essência da nossa feminilidade. Se todas as esposas
virem em seus maridos amor, atenção, bondade, fidelidade, proteção, cobertura
espiritual, valorização, intimidade sexual. Essa casa estará edificada sobre a Rocha. Os
rios vão subir, os ventos vão soprar, mas a casa não vai cair, pois ela está edificada
sobre a Rocha. O que toda Esposa espera de seu Esposo?
1. Convivência: O marido deve procurar passar tempo com a esposa, para aprender a
conhecê-la como a pessoa especial que é. Conhecer profundamente todas as
sutilezas e nuances de temperamento, para poder fazer uso desse conhecimento em
benefício da própria esposa. Através da convivência, o esposo poderá descobrir
quais são as necessidades básicas de sua esposa e satisfazê-las dentro do possível.
2. Exemplo: Uma liderança eficaz requer que o líder dê o exemplo, não exigindo dos
seus nada que ele mesmo não esteja disposto a fazer. O marido que já tiver
demonstrado amar a esposa, sabe que poderá contar com ela para fazer por ele o
que tenha feito por ela. Se ele a servir, será servido; se ele a amar, será amado; se
ele coloca os interesses dela antes dos seus, verá que ela fará o mesmo por ele.
Expresse constantemente e audivelmente o amor que sente por ela: Muitas vezes o
marido acha difícil entender a necessidade que a esposa tem de ouvi-lo confirmar
com palavras o sentimento que tem no coração. Expresse, através de ações, o
cuidado que merecem as necessidades dela: Uma massagem no pescoço cansado e
dolorido, uma mãozinha inesperada com alguma tarefa dela, podem falar mais alto
que mil palavras. Mas não se esqueça que as palavras dão aquele toque especial e
indispensável.
Procure demonstrar de maneira prática que ela é o ser humano que ocupa o primeiro
lugar em sua vida: Mostre-lhe que suas opiniões são respeitadas, mesmo quando não
forem aceitas. Nos conflitos, ela deverá poder contar com seu apoio, pois você
deixou até pai e mãe para unir-se a ela. Trate-a com cortesia e com ternura: Ela será
o reflexo do modo como a tratar. Se quiser ter uma rainha por esposa, terá que
tratá-la como tal. Expresse freqüente e generosamente sua apreciação e admiração:
São tantas as coisas que ela faz por você e por sua família, que esta dedicação não
pode ser passada em branco. Se realmente ela representa algo em sua vida, então,
expresse. Jamais use comparações para tentar mudá-la: Especialmente no caso de
compará-la a outras mulheres, isso pode produzir uma terrível mágoa e
sentimentos de falta de valor próprio. Lembre-se de que sua esposa é uma pessoa
especial e diferente das outras pessoas e mulheres. Ela será uma pessoa muito
melhor se, ao invés de criticar seus pontos fracos, você encorajá-la a desenvolver
suas qualidades.
Não a critique na frente de outras pessoas: Se houver algo que ela precisa corrigir,
espere pelo momento certo, quando vocês estiverem a sós, e então, diga-lhe o que
tens para dizer, mas com brandura e amor.
Capítulo VII
De acordo com o art. 1566 do Código Civil, são deveres de ambos os cônjuges, entre outros,
mútua assistência, sustento, guarda e educação dos filhos. O art. 1568 determina que os
cônjuges são obrigados a concorrer, na proporção de seus bens e dos rendimentos do
trabalho, para o sustento da família e a educação dos filhos, qualquer que seja o regime
patrimonial.
6. Advertência
7. Disciplina
Este fato os torna vulneráveis e frágeis para a tarefa de educar, e eles não impõem
as regras necessárias para que os filhos desenvolvam-se com maturidade. Se a
criança disser “não gosto de você”, eles levam tão a sério que se mostram
totalmente ameaçados na relação.
Tipologia Bíblica 247
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
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Outros problemas surgem porque muitos pais se sentem culpados por estar
ausentes a maior parte do dia e, assim, assumem posturas permissivas. Têm
dificuldade de frustrá-los com repreensões, imposições ou castigo físico. Temem
ser considerados “chatos”, e não repreendem suficientemente os filhos. O pior desta
dinâmica é que a criança percebe tal fragilidade e abusa, tornando-se cada vez mais
exigente. Muitas vezes, exige novamente uma exceção ou concessão que lhe foi
dada em determinado dia, e enfrenta os pais com arrogância: “Mas você deixou
naquele dia. Por que não vai deixar hoje? Eu quero!”. A birra das crianças é um
exemplo clássico de disputa de poder em relação aos pais.
É, ao mesmo tempo, o que lhe garante proteção e a confiança de que está sendo
cuidado por alguém que sabe o que é melhor para ele. Portanto, o limite tem
duas funções: a educativa, que dá a noção de respeito ao outro, e a função
psicológica, de segurança, proteção e a noção de quem eu sou. Quando a atmosfera
de confiança é mantida e reconhecida e há afeto na relação, a comunicação eficaz
acontece. A educação que Deus nos dá é assim! Temos liberdade para agir e ser
aquilo que escolhemos, considerando o outro ao nosso redor e ainda
amadurecendo na plena vontade do nosso Pai. Qual é a vontade do Pai? Filhos
maduros, carinhosos, íntegros, responsáveis e, principalmente, que reconheçam o
investimento e o afeto que o Pai nos dedicou, Deuteronômio 6.7.
5. Apanhe tudo o que seu filho deixar espalhado: livros, sapatos e roupas. Faça
tudo por ele e, assim, ele se acostumará a jogar todas as responsabilidades em cima
dos outros. (O certo: não fazer tudo pelo filho; ensiná-lo a ter responsabilidade,
cuidando de suas coisas, desde criança).
6. Deixe-o ler tudo que lhe caia nas mãos. Cuide sempre que as vasilhas, pratos,
talheres e copos sejam esterilizados, mas deixe que sua mente se alimente de lixo;
(O certo: examinar o que o filho ler, não permitindo literatura imoral no lar).
7. Brigue com sua esposa (ou com seu marido) frequentemente na presença dos
filhos; deste modo, eles não ficarão chocados mais tarde, quando o lar se desfizer;
(O certo: jamais brigar com a esposa, muito menos em frente dos filhos).
8. Dê-lhe todo o dinheiro quiser. Não permita que ele trabalhe para ganhar
dinheiro. Porque ele teria que adquirir as coisas com as mesmas dificuldades que
você? (O certo: se puder, dar a mesada aos filhos, orientando-lhes para o valor do
dinheiro, sem gastar além do que recebe).
9. Satisfaça qualquer desejo de comida, bebida e conforto que ele queira. Veja que
todos os seus desejos sensuais sejam gratificados. A inibição de desejo pode dar
origem a uma perniciosa frustração; (O certo: só satisfazer aquilo que é lícito e
conveniente para os filhos).
10. Tome partido dele contra vizinhos, professores e policiais. Todos eles estão de
prevenção contra seu filho. (O certo: se ele errar, nunca ficar de seu lado; ajudá-lo a
corrigir as falhas, com amor e compreensão).
11. E, quando ele estiver seriamente envolvido em dificuldades, desculpe-se a si
mesmo, dizendo: "Nunca consegui fazer nada com ele"; (Procurar ajudar nas
dificuldades, visando a correção e resolução dos problemas).
12. Prepara-se para uma vida de tristezas e sofrimentos. Você está fazendo tudo
para tê-la. (O certo: usando a Palavra de Deus, preparar a família para uma vida de
amor, obediência e dedicação a Deus).
Pontos Positivos
Capítulo VIII
Violência Domestica
Segundo dados mundiais, o risco de uma mulher ser agredida em sua própria casa,
pelo pai de seus filhos, ex-marido ou atual companheiro, é nove vezes maior do
que o de sofrer alguma violência na rua, fora do âmbito familiar. Aquelas que
deveriam ser as paredes protetoras do lar atuam como muros do medo. A vítima
não vê saída, mesmo que tenha a chave da porta. Isso porque, em sua essência, a
violência doméstica é a manifestação da distribuição desigual de poder. Poder
físico, econômico, psicológico, social e, sobretudo, emocional do homem. Aí está o
nó da questão.
Ele espelha o caminho que cada uma percorreu até a delegacia, para expor as
feridas mais íntimas de sua vida. Muitas desistem à última hora e dão meia-volta
antes de entrar. Outras — quase 30% — retornam nos dias seguintes para retirar a
queixa. "Quero que a violência cesse", diz a delegada Martha Rocha, "mas tenho a
humildade de não impor a essa mulher os meus princípios. Não tenho a pretensão
de mudá-la". Segundo dados levantados pela pesquisadora carioca Bárbara Soares,
do Instituto Superior de Estudos da Religião, Iser, 52% das mulheres que sofreram
agressões anteriores preferiram não fazer registro. Ainda assim, foram quase
220.000 os boletins de ocorrência registrados nas Delegacias da Mulher em 1997.
A delegacia está escondida numa área que causa estranhamento, entre armazéns
desativados e prédios surrados que abrigam órgãos policiais. É preciso
determinação e anestesia emocional para chegar até ali, subir os três lances de
escada descascada e alcançar o corredor que deságua na área de atendimento. Para
fazer o relato de suas cicatrizes, a vítima não tem a mínima privacidade, nem
cadeira para sentar. A seu lado, ombro a ombro, outra mulher estará relatando uma
rotina de murros e abusos semelhantes. Nessa primeira saleta não há janelas. Os
depoimentos são dados por cima de um balcão de vinil azul para plantonistas que
ao mesmo tempo precisam atender às chamadas telefônicas, igualmente urgentes.
"O meu ex-noivo, coronel reformado do Exército, está com uma calibre 12, uma
espingarda e uma pistola 45 em casa", inquieta-se uma voz feminina que conseguiu
ligar cedinho. "Ele bateu na minha filha, que teve afundamento no rosto, e a
mantém presa em casa", denuncia outro fiapo de voz. O plantonista ouve, orienta e
dá o endereço da delegacia. Enquanto isso, desconcertada com as interrupções, a
vítima que está tentando contar seus horrores ao vivo, de pé no balcão, se sente um
nada.
Segundo uma teoria desenvolvida pela psiquiatra americana Lenore Walker, que
estuda a cumplicidade da mulher espancada com seu agressor, a violência
doméstica segue três ciclos distintos. A primeira fase é a escalada da tensão, uma
tensão insuportável, que costuma moer emocionalmente a mulher, e durante a qual
ela se anulará ao extremo para tentar apaziguar o parceiro. Como Julia Roberts, no
filme Dormindo com o Inimigo. Jamais dá certo. Segue-se a brutalidade anunciada,
que dura, em média, de duas a 24 horas. Durante a sessão de violência, a mulher
não tem mais o que temer — o pior já está ocorrendo. É a catarse, para os dois.
Passada a explosão, começa a fase da tranqüilidade doentia, em que a vitimização
da mulher se completa: o parceiro faz juras e promessas, e ela, por não ter
condições psicológicas de não acreditar, finge que acredita. Não é raro que uma
mulher submetida a anos de abuso acelere a fase da pancadaria para chegar logo à
fase da lua-de-mel. Somente quando a agredida se sente completamente sem saída,
pode ocorrer-lhe matar o companheiro agressor. Nesse momento, com medo de si
mesmas, muitas procuram ajuda.
"Senhora, pare de falar um pouquinho, senão não entendo nada", pede a policial
Ana Regina Soares, 42 anos, que dá plantão de 24 horas a cada três dias, enquanto
tenta transformar o relato fluvial de uma vítima numa ocorrência policial em cinco
vias. "Você fica sentada aqui dia e noite, escutando situações dramáticas que não
pode resolver com um 38. Só pode colocar no papel. Quando entra uma nova
vítima por essa porta, mudam apenas o nome e o endereço. A gente já sabe o
enredo do samba: agressão, estupro ou ameaça porque o arroz queimou. Naquela
manhã de segunda-feira, ao lado da figura miúda, com olhar de passarinho, que
trazia um bebê no ventre, outro no colo, e deixara os seis filhos maiores em casa
"para buscar meus direitos" (fora espancada pelo marido por se recusar a manter
relações sexuais), estava uma senhora de classe média alta, acompanhada da filha
universitária de 20 anos, vinda de Jacarepaguá. Tinha um braço engessado e o olho
direito macerado. Na véspera, domingo à noite, o marido com quem está casada há
22 anos, executivo de uma grande cervejaria, cobriu-a de socos, chutes, tapas e
pauladas, bateu-lhe o rosto na parede e a arrastou da sala até o quarto. Motivo: o
sumiço de uma carteira.
A próxima da fila é uma figura em desalinho, que mal alcança o topo do balcão,
agarrada a uma sacola em que guarda o que conseguiu pegar antes de fugir do seu
apartamento de Copacabana: um chinelo, um pacote de biscoito água e sal,
algumas peças de roupa. Está fora de casa há quatro dias, amparada por uma
vizinha. Ele sempre aumentava o som da televisão na sala ou no quarto antes de me bater.
Eu apanhei por dezessete anos.
Mas dessa vez me deu terror quando ele botou um lençol na minha garganta para
eu não gritar. Acho que levei muito soco, não lembro bem. Depois ele me atacou
com unhadas que destruíram minhas partes íntimas. Foi horrível..." O investigador
Assis coloca o formulário da ocorrência na caquética Olivetti e começa a batucar.
"Zero sete, barra, zero cinco, barra, 98..." "E o que mais?", pergunta Assis,
protocolarmente. Sempre tem mais. "Ele falou que se eu aparecer vai me matar...
ele é policial militar reformado." A depoente está com a vida à deriva. Existem, no
Brasil, sete casas-abrigo para onde são encaminhados os casos de maior risco. Mas
é difícil avaliar onde mora o perigo, e mais difícil ainda, para a mulher, romper
com tudo e com todos e ir esconder-se da vida.
Nos países mais desenvolvidos, faz-se todo tipo de cruzamento de dados para
determinar o berço em que nasce a violência doméstica. Desde características
individuais do agressor (biológicas, idade, abuso na infância, educação, profissão) até
as familiares (densidade habitacional, renda familiar) e da comunidade (violência do
bairro, índice de criminalidade do país). Disso resultam algumas conclusões
genéricas: 1) quanto mais tempo de casado, maior a chance de haver violência; o
direito ao abuso parece consolidar-se; 2) quando a mulher tem um trabalho
remunerado, a violência física mais bruta despenca substancialmente; a violência
psicológica, porém, permanece a mesma; 3) o agressor costuma estar na idade
máxima de produção (entre 25 e 40 anos) e recorre à violência quando acha que não
está conseguindo cumprir o mandato social de ser o provedor, a autoridade; 4)
alcoolismo, pobreza e desemprego, freqüentemente citados como causa, são
coadjuvantes, não atores principais; 5) a teoria do agressor descontrolado, sob
stress intenso, não se sustenta: quanto mais ele brutaliza a mulher, mais diminui
seu batimento cardíaco; ele focaliza com frieza a agressão. Ademais, se as tensões
no trabalho fossem a causa, por que não começar espancando o patrão?; 6) classe
social não altera o comportamento-padrão da vítima e do agressor.
Estatística
No Brasil a cada 4 (quatro) minutos uma mulher é agredida em seu próprio lar,
por uma pessoa com quem mantém uma relação de afeto.
41% dos homens que espancam suas parceiras também são violentos com as
crianças da casa. Um terço dessas crianças tende a perpetuar a agressividade
quando crescer.
Evidentemente, uma das violências praticadas contra a mulher e que vem com um
alto poder de destruição é a “violência psicológica”. Conceitualmente, a violência
emocional é toda ação ou omissão destinada a produzir dano psicológico ou
sofrimento moral a outra pessoa como sentimentos de ansiedade, insegurança,
frustração, medo, humilhação e perda da auto-estima e acontece quando:
a. A mulher é ofendida moralmente e também sua família;
b. A mulher é ameaçada de ficar sem os filhos;
c. A mulher é acusada de ter amante;
d. A mulher é impedida de trabalhar, estudar, ter amizades ou sair; não recebe
carinho; é rejeitada pelo seu corpo; é ameaçada de espancamento.
Acontecimentos
Sem Fachadas
Só que naquela sala de espera não sobra lugar para fachadas. Quem chega até ali se
esgueira até os bancos de madeira em forma de L e fica quieto. Ninguém olha para
os lados nem puxa conversa. Não precisa. Num canto está a moreninha Cineide,
com um imenso curativo cobrindo o olho estourado por uma seqüência de murros
do ex-marido. É só o pedaço mais visível do seu estado de decomposição interior.
A cabeça lateja, ela tenta disfarçar a tontura. Cineide acaba de ser informada de
que para registrar queixa ela precisa lembrar do nome completo dos pais do ex-
marido agressor. "Deus meu, me ajude. Como é que eu vou saber esses nomes
numa hora dessas? Eu nem os conheci, morreram cedo. Acho que era Ana e
Albertino."
Sentado num canto mais afastado, um evangélico aguarda a vez de apresentar
queixa de adultério contra a esposa. Numa outra ponta, uma senhora de meia-
idade não larga a mão da filha. É a mais encolhida. Na véspera, pressentindo novo
surto de violência em casa, foi até um orelhão chamar a polícia, pelo 190. Quando
voltou, o marido saiu nu do banho e começou a chutar e arrebentar o que via pela
frente. "Quero ver essa polícia chegar! Duvido. Daqui a gente só sai morto, eu e
você." A policia jamais veio. Foi uma noite de terror.
Enquanto aguarda sua vez, a miúda Alaíze procura se convencer de que está
fazendo a coisa certa. "Que coisa horrível, vir até aqui e denunciar a pessoa com
quem vivi a vida toda, que é pai da minha filha, que me conhece melhor que os
meus próprios pais. Mas não posso completar mais um ano apanhando. Acho que
os abusos e o desrespeito começaram quando eu me tornei dependente dele até
para comprar um pente. Eu já tive emprego — fui secretária bilíngüe durante mais
de dez anos —, mas me deixei convencer a parar de trabalhar. Me tornei a office-
girl de luxo do meu marido, sem nenhuma vontade própria. Até para mudar um
sofá de lugar eu tinha de perguntar antes.
Depois vieram as bofetadas. Na hora, não dói, você não pensa em nada, só em ficar
quieta, em não reagir. Os hematomas, os zumbidos na cabeça, as feridas aparecem
depois. É ficar quieta e ganhar aquele murro, ou ele quebra a casa inteira. As
agressões são sempre à noite, e me convenci de que se eu não gritar minha filha
não vai notar nada. Já não vivemos maritalmente, mas o controle continua total. É
doentio. Fui aceitando porque não queria perder o que tenho, não queria piorar as
coisas ainda mais.
De uns tempos para cá, ando com mais medo. Avisei uma vizinha para pedir ajuda
se algum dia me ouvisse gritar. Também coloquei uma escada de pedreiro do lado
de fora da janela do meu quarto e tenho dormido com uma pochete na cintura. Mas
isso é jeito de dormir? Na pochete eu guardo os documentos da minha filha e os
meus. Também escondo 50 reais para poder pegar um táxi, numa emergência. Nem
sei como vim até aqui — me sinto como se eu estivesse engatinhando. Estou com
medo de fazer a denúncia, mas não quero que minha filha tenha medo de ser
mulher quando crescer."
Alaíze sai da delegacia mais insegura do que entrou. Uma folha de papel que
recebeu da policial lhe queima as mãos: trata-se da intimação que deverá entregar
ao marido, com data marcada para seu comparecimento perante um juiz. Por que a
intimação não é enviada pelo Correio? Por que não é entregue por um policial? Por
que tem de ser logo por ela, que já gastou toda sua coragem indo até a delegacia?
"Falta de meios", denuncia a própria coordenadora das 124 Deams de São Paulo,
Maria Inês Valente. Quem lida com violência doméstica sabe que há agressores que
obrigam as companheiras a literalmente engolir as intimações. Alaíze também sabe.
Por isso talvez não a entregue.
Tipologia Bíblica 259
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo V
Última Parada
Em todo o Brasil existem apenas sete refúgios públicos e seguros para mulheres
que atingem o grau máximo do medo e correm perigo de vida em casa. Em São
Paulo, Porto Alegre, Campinas, Rio, Brasília, Fortaleza e Belo Horizonte. São
espaços em que a integridade física da mulher, e a de seus filhos menores, estará
resguardada pelo poder público por um máximo de noventa ou 120 dias, e onde ela
tentará reestruturar-se emocionalmente. Cavalo de batalha das organizações
feministas, as Casas Abrigo representam um grande avanço no envolvimento do
Estado com as conseqüências da violência doméstica. Apenas o Canadá tem
instrumentos semelhantes.
A Casa Abrigo do Rio de Janeiro é uma das mais bem estruturadas. Tem psicóloga,
agente de saúde, educadoras sociais, professoras para as crianças de até 6 anos e
segurança. É provável que nenhuma das 71 mulheres e 133 crianças que ali
aportaram entre janeiro e abril deste ano tenha recebido tanta atenção em toda a
sua vida. Ainda assim, o rompimento da mulher agredida com seu mundo é
duríssimo, e nem todas agüentam.
Quinze dias? Esperar 'só um pouquinho'? Como é que alguém pode dizer um
absurdo desses? Entrei em pânico, peguei um ônibus e fui direto ao Conselho
Estadual dos Direitos da Mulher, Cedim, que me deu o endereço sigiloso dessa
casa do subúrbio do Rio. Aceitei me esconder porque meu marido poderia me
matar se descobrisse que o denunciei, ou eu poderia matá-lo, de medo. Foi como
sair de uma vida inteira, não apenas de uma casa. Saí fugida, apavorada de que ele
chegasse enquanto eu pegava duas calcinhas, um jeans, chinelo, escova e creme
dental.
Consegui achar o Abrigo por milagre, no meio da noite. Vim sozinha. Não me senti
no direito de arrastar meus filhos menores, pois só eu sei por que estou aqui. Acho
que fiz bem. Aqui é duro. Quando acordo, percebo que não estou na minha cama,
que este não é meu travesseiro, que não sei onde estou. Sinto apenas que estou
onde jamais deveria estar. É uma dor muito grande. Eu tinha uma casa, uma
família, e hoje divido o quarto com mulheres feridas e desesperadas. Minha vizinha
de beliche não está agüentando, todo dia ela diz que vai sair daqui.
É fácil cair na depressão, ela vai te consumindo. Não gosto de ver novelas, como as
outras daqui — afinal, o clima da minha vida não está para novela, com gente se
beijando e eu nesta depressão. Dói mais ainda. Quero fazer coisas normais, coisas
comuns, como ir a um supermercado. Quero de volta essa vida que tem aí fora.
Para mim, voltar à lucidez está sendo difícil. Não sei mais quem sou. Mas sei que
estou viva.
Capitulo IX
Durante muitos anos pairou em minha mente uma dúvida que me assombrava. Eu
me indagava se não faltava algum ponto vital no ensino bíblico a respeito do
casamento. Já ouvi muitas palestras, li muitos livros e artigos que falavam sobre os
alicerces adequados para a construção de um casamento sólido; ensinei em muitos
seminários sobre liderança, submissão, papel do marido e da esposa, como resolver
conflitos, etc.
No entanto, para mim parecia que o elemento que seria a base para todos os outros
ainda estava faltando. Descobri que esse elemento é a graça.
Casamento é a união de dois indivíduos imperfeitos. Cada um traz para o
relacionamento uma série de hábitos, fracassos, preconceitos e idiossincrasias.
Não importa a quantidade de boas intenções, não importa a qualidade da paixão e
do romantismo, o fato é que existem forças que minam o casamento ameaçando
enfraquecê-lo e até destruí-lo.
O compromisso diz: Eu ficarei com você até que a morte nos separe. A graça diz:
Eu o aceito e o tratarei com dignidade mesmo se você falhar comigo. Graça é a
qualidade espiritual que proporciona a base para todos os relacionamentos
saudáveis.
"Graça é demonstrar bondade a quem não merece. Seria mais ou menos o quadro
de uma rainha, com todas as suas roupas finas e caríssimas jóias, abaixando-se para
ajudar um mendigo imundo, malcheiroso, cheio de feridas e, para completar,
criminoso. Falamos muito sobre o amor de Deus. Graça, no entanto, é a forma de
expressão do amor para enfrentar a imperfeição, o fracasso ou o pecado".
A graça diz: No nosso casamento, você está livre de minhas regras, exigências e leis.
Existe certa manipulação entre cônjuges. Cada um tenta estabelecer o controle do
relacionamento aspirando egoisticamente seu próprio ganho. Às vezes a pessoa
tenta manipular a outra crendo realmente que sabe o que é melhor para ela. No
entanto, pouco a pouco isso torna a relação restrita e destrutiva.
A graça diz: Eu o aceito como alguém igual a mim. "Sois juntamente herdeiros da mesma
graça de vida". I Pe 3.7. Quando o Espírito da graça reina no casamento, estamos
livres da obsessão de "ser o senhor sobre o outro". Tornamo-nos cônjuges genuínos
na nossa busca de Deus pela vida. Não temos necessidade de hierarquias
socialmente impostas. Ambos seguros, vivendo sob a liderança do Senhor, não se
sentindo ameaçado pelo outro.
Capitulo X
1. Amor
2. Perdão
3. Diálogo
4. Tolerância
5. Solidariedade
6. Cumplicidade
7. Respeito
8. Alegria
9. Bom Humor
10. Sinceridade
11. Base sólida
12. Segurança
13. Carinho
14. harmonia
15. Equilíbrio
16. Justiça
17. Pureza
18. Sonhos
19. Projetos
20. Longaminidade
21. Nobres sentimentos
22. Luz
23. Verdade
24. Princípios cristãos
25. Amor a esposa
26. Amor ao esposo
27. Amor aos filhos
28. Perseverança
29. Espírito de equipe
30. Simplicidade
31. Paz
32. Oração
33. Culto doméstico
34. Ordem
35. Santidade
36. Bons costumes
37. Flexibilidade
38. A graça de Deus
39. Capacidade de superação
40. Jesus
QUESTIONARIO
Bibliografia
Pr. Kemp
Revista Veja
Helio Coutinho
Luciano Subirá
G. Edward Reid
Iara Vasconcellos
Antonio de Andrade
Pr. José Antônio Corrêa
Sanders, J.O. Liderança
Luís Eduardo Machado
Elizabeth Zekveld Portela
AD “Autores Desconhecidos”
Dusikek, N.G. Liderança cristã
Enciclopédia Britannica, 1969, p. 298
Uziel Santana – Advogado e Professor
Psiquiatria. Barcelona: Toray, 1970, p.31
Lahaye, T. Temperamentos transformados
Revista Palavra Viva: O Lar Segundo Deus
Ministério Cristo Vai Voltar – Cleando Viana
Autor desconhecido. Extraído do livro Ela Precisa Ele Deseja - Willard F. Harley, Jr
Allport, Gordon W. Personalidade. São Paulo: Herder, 1969, p. 191. Horney, Karen. Novos Rumos da
Psicanálise. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1966, p. 169-189. Spoerri, TH. Compendio de
Livro do Ano Barsa. Anuário Ilustrado dos Principais Acontecimentos de 1968. Rio de Janeiro/São Paulo: