Você está na página 1de 2

JOVEM ADULTO

ESSY, Elvenir/ Pedagogia/ UNIFRA; ROSA, Alessandra S./ Pedagogia/ UNIFRA; SILVA,
Francine Mendonça da/ Pedagogia/ UNIFRA; WERLE, Jaqueline/ Pedagogia/ UNIFRA;
ORIENTADOR:BERTOLDO, Janice Vidal / Pedagogia/ UNIFRA.

Palavras-Chave:
Ciclo Vital; Jovem Adulto; Educar e Cuidar.

O período da vida humana denominado de Jovem Adulto é a fase que vai aproximadamente
dos vinte aos quarenta anos de idade. Essa etapa da vida é permeada por acontecimentos e
realizações. Os jovens adultos estão no auge de sua força, energia e resistência, mas
continua a se desenvolver em todas as suas dimensões e fazem escolhas importantes para
sua saúde, sua felicidade e seu sucesso. Essa pesquisa tem o objetivo de definir e situar o
jovem adulto no ciclo vital do desenvolvimento humano, descrevendo suas principais
características físicas, cognitivas e psicossociais, levantar informações sobre as principais
questões que envolvem a identidade do jovem adulto, explicar o que significa cuidar e educar
nessa fase do ciclo vital e principais ações de cuidado e educação e identificar as
problemáticas dessa fase. O método de procedimento da pesquisa foi o levantamento
bibliográfico que consiste na leitura de livros bibliográficos para levantamento e análise do que
já foi produzido sobre determinado assunto, para recolher informações prévias.
As características do Jovem Adulto, segundo Rosa (1982), estão subdivididas em Físicas: é o
auge da saúde física do ser humano, a agilidade assim como a parte motora estão em pleno
desenvolvimento e no ponto alto de seu vigor. Os reflexos tendem a ficar mais lentos;
Psicossociais: momento no qual ocorre o reajuste das definições sobre o trabalho, a
manutenção da casa e da família, há uma busca pelo seu espaço, pelo reconhecimento das
suas ações. É focado no crescimento profissional, na busca da autonomia; e Cognitivo: onde
aos 20 anos o cérebro atinge a idade adulta, o declínio começa aos 27 anos. As habilidades
cognitivas assumem maior complexidade, é o auge da atividade intelectual. A cognição
desenvolve;se para além das operações formais.
Nessa fase, eles tomam decisões que irão afetar o resto de suas vidas; aprendem a ser
independentes e assumirem responsabilidades fazendo suas próprias escolhas, entendem
seus deveres e suas obrigações. A maioria das pessoas deixa a casa dos pais, fazem carteira
de habilitação, vestibular, cursos de graduação ou profissionalizante, solidificam;se
profissionalmente, casam;se ou estabelecem outros relacionamentos importantes, tem e criam
seus filhos.
Papalia e Olds (2000) salientam que em uma sociedade que valoriza o corpo esbelto, ter
excesso de peso pode levar a problemas emocionais, além dos problemas de saúde e, por
esse motivo, há uma maior preocupação com os hábitos saudáveis, alimentação adequada e
prática de exercícios.
Nesta fase da vida, a educação, exige mais atenção e compreensão, da docência, para
entender as necessidades educacionais e culturais. A educação não deve ser apresentada
como um saber já pronto, mas como uma construção em conjunto, adquirindo novo saber
realmente libertador e significativo.
O professor educador deve estar motivado, para resgatar a dimensão educativa. Ser educador
é trabalhar com ética, com responsabilidade, ter um projeto de vida permanente, que exige
constante atualização, por isso é importante a formação continuada, com uma visão crítica e
reflexiva.
Freire (1998) é contra o método tradicional por achar que restringe o aluno, pois na verdade o
indivíduo tem que estar consciente dos problemas do seu cotidiano, para que ele possa
entender sua realidade social, pois assim já dizia "que a leitura do mundo precede sempre a
leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele" (1998, p. 20).
O processo da saída da casa dos pais significa o inicio da autonomia e a marca de que as
responsabilidades da vida adulta estão cada vez mais presentes no convívio do ser humano.
A transição da adolescência para a fase adulta se identifica no afastamento do jovem com a
sua família, o que poderá ocasionar uma crise nessa etapa da vida, mas que será facilmente
adequada se a estrutura familiar adequar;se ao novo sistema social que se apresenta nos dias
atuais.
Nessa fase do desenvolvimento humano é bem visível a questão das conquistas e de
frustrações, a vida social está em seu ponto alto, estabelece metas e padrões que muitas são
típicos do comportamento e que serão definidos como eixo norteador de toda a caminhada
pela vida de um ser humano. Muitos adultos na sociedade moderna têm um receio íntimo de
fracassar e serem substituídos. A andragogia aponta a necessidade de dar oportunidade de
desenvolver autoconfiança e novas aptidões estimulando o indivíduo, na aprendizagem de
forma que oriente o mesmo a buscar desenvolver seus papéis sociais. Modificar sua
"perspectiva de tempo" em relação à aplicação de conhecimento; para os adultos o maior
interesse é de conhecimento de aplicação mais imediata e, em consequência, a sua
aprendizagem deve deixar de ser centralizada no conteúdo para centralizar;se no problema e,
portanto, na melhoria da qualidade de vida.

REFERÊNCIAS:

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 36. ed. São
Paulo: Cortez. 1998.

PAPALIA, Diane; OL’DS, Sally. Desenvolvimento Humano. 7.ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul. 2000

ROSA, Merval. Psicologia da idade adulta. Petrópolis, RJ: Vozes. 1982.

Você também pode gostar