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Psicologia do
desenvolvimento II
O jovem adulto
Introdução
Embora uma fase importante da vida , poucos são os estudos que refletem a vida adulta em termos da
Psicologia do desenvolvimento. Os estudos em sua maioria direcionam seus esforços para análises
acerca das representações socias do jovem adulto, o que também é de suma importância.
Segundo o ministério da saúde (2015) adulto e/ou jovem aduto, são aquelas pessoas que tem entre 20
e 59 anos.
A vida adulta é marcada por fortes transformações e alguns autores caracterizam está fase da vida
como a possiblidade de integrar e superar aspectos vivenciados em outros períodos.
A partir de uma análise física e cognitiva da vida adulta observa-se que:
Desenvolvimento Físico e Cognitivo no Jovem Adulto
A condição física atinge o auge, depois declina ligeiramente.
As escolhas de estilo de vida influenciam a saúde.
As capacidades cognitivas e os julgamentos morais assumem maior complexidade.
Escolhas educacionais e profissionais são feitas.
O jovem adulto
Introdução
Nutrição
O ditado "Você é o que come" resume a
importância da nutrição para a saúde física e
mental. O que as pessoas comem afeta sua
aparência, como se sentem e sua
probabilidade de ficarem doentes.
As pessoas que comem muitas frutas e muitos
legumes, os quais aumentam a capacidade
antioxidante do sangue, sua chance de sofrer
de doença cardíaca e de câncer. Na verdade,
seguir uma dieta à base de verduras - aliada à
uma vida ativa, mantendo-se em um peso
saudável e abstendo-se de fumar - pode
reduzir o risco de câncer em até 70%.
Obesidade
A Organização Mundial da Saúde (OMS) chamou a
obesidade de epidemia mundial (WHO, 1998).
O que explica a epidemia de obesidade?
Com o dia-a-dia corrido, alguns especialistas
apontam para a disponibilidade de fast food em
porções muito grandes, para dietas ricas em
gordura, para tecnologias que reduzem o esforço
humano.
Estudos apontam que grande parte dos jovens
adultos ganham peso conforme a idade vai
passando e muitos ainda devido ao casamento,
onde comem mais junto com os parceiros.
Em uma sociedade que valoriza a magreza, o
excesso de peso pode trazer problemas emocionais.
• Tabagismo
A ligação entre fumar e câncer de pulmão está bem
• Uso eestabelecida.
Abuso de Substâncias
A publicidade equipara bebidas alcoólicas, cerveja e vinho à boa vida
e a ser "adulto". Cerca de 60% das pessoas de 21 a 39 anos dizem que
usam álcool, e os adultos mais jovens tendem
a ser os que mais bebem. Quase a metade
(46%) das pessoas de 18 a 25 anos, predominantemente
jovens do sexo masculino. O abuso de substâncias pode
ter riscos à saúde a curto e a longo prazo.
Perspectivas sobre a Cognição Adulta
Coabitação
A coabitação é um estilo de vida em que um casal não-casado envolvido em um
relacionamento sexual vivem juntos, no que às vezes se chama de união consensual ou
informal.
Essas uniões tornaram-se a norma em muitos países, como a Suécia e a Dinamarca, onde
casais que coabitam têm praticamente os mesmos direitos legais que casais casados
(Popenoe e Whitehead, 1999). Um fator que contribui para o aumento na coabitação pode
ser a tendência secular de maturação sexual. Isso, aliado ao maior número de jovens
almejando educação avançada, cria um período mais longo entre a maturidade fisiológica
e a maturidade social. Muitos jovens adultos desejam relacionamentos românticos e
sexuais próximos, mas não estão prontos para o casamento - e podem nunca estar.
Estilos de Vida Conjugais e Não-
Conjugais
Casamento
Na maioria das sociedades, o casamento é considerado a melhor forma de garantir
uma criação ordenada dos filhos. Ele permite uma divisão dos afazeres em uma
unidade de consumo e trabalho. Idealmente, ele oferece intimidade, amizade, afeição,
realização sexual, companheirismo e oportunidade de crescimento emocional.
Fatores no Êxito ou o Fracasso Conjugal
Um dos fatores mais importantes no êxito conjugai é um senso de compromisso. Em
uma amostra nacional de 2.331 pessoas casadas, a dependência entre os parceiros
desempenhava um papel no comprometimento com o casamento, mas o fator mais
forte era um sentimento de obrigação com o cônjuge (Nock, 1995).
O êxito no casamento está intimamente associado com como os parceiros
comunicam- se, tomam decisões e lidam com os conflitos (Brubaker, 1983,1993).
Ter Filhos
Paternidade e Maternidade como Experiência de
Desenvolvimento
Iniciando nossas discussões pelo psicanalista Eric Erikson vemos que em suas
formulações as diferentes fases da vida mesclam entre crises que se superadas
possibilitam um melhor desenvolvimento ( ver página 48 do nosso livro didático).
Erikson vai chamar a fase que vai dos 21 aos 40 anos aproximadamente de
maioridade jovem.
Teorias psicológicas que refletem
a vida adulta – Eric Erikson
Maioridade jovem:
Nesta fase a crise do adulto jovem se configura entre intimidade e solidariedade versus
isolamento. Nesse sentido:
“Especificamente quanto à Idade Adulta Jovem, Erikson (1976) diz que o indivíduo anseia
e dispõe-se a fundir a sua identidade com a de outros, estando preparado para a
intimidade. Tem a capacidade de confiar a filiações e ser fiel a elas, mesmo que isso
implique sacrifícios e compromissos significativos. É agora que se pode desenvolver a
verdadeira genitalidade, a mutualidade com um parceiro amado, com quem se pode e
quer partilhar uma confiança mútua e os ciclos de trabalho, procriação e recreação. O
reverso da intimidade é o distanciamento, a tendência a isolar-se e, se necessário, a
destruir as forças e pessoas que sente como perigosas para si próprio e que parecem
invadir indesejadamente as relações íntimas. Assim, a crise evidenciada nesta fase é a
que opõe a intimidade ao isolamento” ( Agudo, 2008 Apud Picirilli, 2018).
Teorias psicológicas que refletem a
vida adulta – Winnicott
Integração:
Conforme vemos em toda a sua teorização, a ideia de integração para Winnicott
constitui aspecto imprescindível para o desenvolvimento humano. Na vida adulta, o
processo de integração também deve estar presente por sua vez ligado aos
processos culturais e sociais nos quais estamos inseridos.
Podemos resumir as quatro tarefas para a vida adulta, segundo a teoria winnicottiana,
em: 1) permanecermos na linha do amadurecimento, que começou quando éramos
bebês, sem pularmos etapas ou, ao contrário, ficarmos presos em algum ponto do
desenvolvimento emocional. 2) Desenvolvermos um modo de vida democrático; 3)
aceitarmos nossas impotências e imperfeiçoes; 4) sermos capazes, emocionalmente,
de vivenciar o processo de envelhecimento e morte.
Teorias psicológicas que refletem a
vida adulta – Jung
Individuação:
A integração também constitui processo pelo qual Jung
compreende a vida adulta. O processo de individuação se refere
à “uma experiência total de integralidade”, ou seja, à uma
integração entre os aspectos conscientes e inconscientes, ou
entre o ego e os conteúdos relativos ao arquétipo sombra.
Teorias psicológicas que refletem a
vida adulta – Jung
Arquétipos:
O conceito de arquétipo é bastante delicado, mas, para que você entenda, vamos pensar da
seguinte forma: a psicanálise afirma que todos nós temos um inconsciente pessoal, com conteúdos
reprimidos na infância, especialmente. Jung vai além, ele diz que, apesar deste inconsciente
pessoal, todos nós temos um inconsciente coletivo, ligado à ancestralidade, à história da espécie
humana. Neste inconsciente coletivo há “um reservatório de imagens latentes [...]. Quanto maior o
número de experiências, mais numerosas as probabilidades de as imagens latentes tornarem-se
manifestas” E, quando as imagens são manifestas (conscientes), elas favorecem o processo de
individuação, por isso, afirmam os autores, um ambiente que proporcione riqueza vivenciais, com
possibilidades de educação e aprendizado são fundamentais neste processo de integração. O
conteúdo existente no inconsciente coletivo são os arquétipos. Esses arquétipos são universais, ou
seja, todos nós herdamos porque pertencemos à espécie humana, mas é na experiência da vida,
na relação com nossa família, com a sociedade, com o outro, que a manifestação desses
conteúdos se diferencia em cada um de nós. São muitos arquétipos, mas vamos nos atentar a um
deles citado aqui, e que é muito importante para consolidar nossa integração: a sombra.
Teorias psicológicas que refletem a vida
adulta – Jung
Para simplificar, imagine que os conteúdos reprimidos são deslocados para o nosso inconsciente pessoal. Lá,
esses conteúdos ficam “guardados” enquanto a vida segue, até que, de repente, nos vemos em uma situação de
crise, ou numa angústia muito forte, “a sombra aproveitará a oportuna para exercer o seu poder sobre o ego” e
esse conteúdo retorna, de forma violenta e, por vezes, destruidora.
Podemos dizer, em linguagem comum, que o conteúdo “sai” da sombra e “vai” para a superfície, para as nossas
relações pessoais. Poderíamos, metaforicamente, afirmar que a sombra é o outro lado da moeda. Então, para ter
uma moeda inteira, é preciso os dois lados, suas duas faces.
A sombra é fundamental na construção de nossa personalidade, mas, a questão é: como permitir que esses
conteúdos reprimidos se manifestem de forma a possibilitar integração, e não a destruição. Um exemplo cotidiano
é quando olhamos para alguém e dizemos: “fulano é mentiroso!”. Passamos um bom tempo de nossas vidas
projetando no “fulano” o sujeito mentiroso, até que um dia nos damos conta de que “também somos mentirosos”.
Esse é um momento em que integramos o conteúdo de nossa sombra ao nosso ego. Ele se torna consciente e
possibilita outra relação com o mundo e conosco.
Dessa forma, na teoria junguiana, o ego se desenvolve nessa relação com os arquétipos (mas, não somente com
eles) e encontra seu ápice quando o sujeito chega à meia-idade. Essa fase recebe o nome de metanoia. A
metanoia se refere ao processo de questionamento, de revisão de valores, de escolhas, de eclosão dos conteúdos
reprimidos em nossa sombra, de uma necessidade
de conectar-se ao nosso interior, sem desconsiderar o mundo externo, mas diminuindo nossas expectativas em
relação ao que os outros demandam de nós, construindo essa busca por nossa autenticidade, pela liberdade de
poder afirmar-se este sou eu, trazendo à luz aspectos importantes de nossa personalidade.
Teorias psicológicas que refletem a vida
adulta – Jean Paul Sartre
Jean-Paul Sartre foi um filósofo francês muito influente no século XX. Dentre outros aspectos Sartre
teorizou sobre as diferentes fases da vida tendo por base seu conceito de ser-para-si.
Para Sartre , somos livres para escolher o rumo de nossos caminhos e, ao mesmo tempo, responsáveis
por suas consequências. Além disso, o homem busca sentido nas coisas questionando-as e refletindo
sobre a realidade externa e sobre sua subjetividade.
Teorias psicológicas que refletem a vida
adulta – Jean Paul Sartre