Você está na página 1de 22

Introdução:

O Jovem Adulto
Desenvolvimento Físico e Cognitivo no Jovem Adulto
• A condição física atinge o augze, depois declina ligeiramente. •
As escolhas de estilo de vida influenciam a saúde.
• As capacidades cognitivas e os julgamentos morais assumem maior
complexidade.
ALESSANDRA PEREIRA SALBEGO
• Escolhas educacionais e profissionais são feitas.
BRUNA ANTONIACCI PELARIN
CATIELE TERTULIANA DA SILVA RODRIGUES
KAREN MOTOKI DA SILVA
Desenvolvimento Psicossocial no Jovem Adulto
• Os traços e os estilos de personalidade tornam-se relativamente estáveis,
mas as mudanças de
• personalidade podem ser influenciadas pelos estágios e pelos fatos de vida. •
Toma-se decisões sobre os relacionamentos íntimos e os estilos pessoais de
vida.
• A maioria das pessoas casa-se e tem filhos.
15 de setembro de 2016
Aspectos do Desenvolvimento Físico
e da Saúde
• Os adultos jovens geralmente acham suas capacidades
físicas e boa saúde algo normal. Mas é
na idade adulta jovem que se assenta a
base para o
funcionamento físico de todo o restante da
vida. O
que os jovens adultos comem, o quanto são
fisicamente ativos, se fumam, bebem ou
utilizam
drogas - todos esses fatores contribuem
muito para a saúde e para o bem-estar no
presente e no futuro.
• Adultos jovens geralmente estão no auge
da força, da energia e da resistência.
Também estão no auge do
funcionamento sensório e motor. A acuidade visual é
máxima aproximadamente dos 20 aos 40 anos; e o
paladar, o olfato e a sensibilidade à dor e à
temperatura geralmente permanecem inalterados até
pelo menos os 45 anos. Entretanto, uma gradual
perda auditiva, que geralmente começa durante a
adolescência, torna-se mais evidente após os 25
anos,

especialmente para sons mais agudos.


Desenvolvimento Psicossocial no Jovem
Adulto

“Todo adulto precisa de ajuda, de


afeto, de proteção... em muitos
aspectos diferentes, mas em muitos
outros semelhantes às necessidades
da criança.”
Erich Fromm, The Sane Society, 1955
Influências Comportamentais sobre
a Saúde e sobre a Boa Forma
Nutrição
• O ditado "Você é o que come" resume a
importância da nutrição para a saúde física
e
mental. O que as pessoas comem afeta sua
aparência, como se sentem e sua
probabilidade
de ficarem doentes.
• As pessoas que comem muitas frutas e
muitos
legumes, os quais aumentam a
capacidade
antioxidante do sangue, sua chance de sofrer de
doença cardíaca e de câncer. Na verdade, seguir
uma dieta à base de verduras - aliada à uma vida
ativa, mantendo-se em um peso saudável e
abstendo-se de fumar - pode reduzir o risco de
câncer em até 70%.

Obesidade
• A Organização Mundial da Saúde (OMS) chamou a
obesidade de epidemia mundial (WHO, 1998). • O que
explica a epidemia de obesidade? • Com o dia-a-dia
corrido, alguns especialistas apontam para a
disponibilidade de fast food em porções muito
grandes, para dietas ricas em gordura, para
tecnologias que reduzem o esforço humano. •
Estudos apontam que grande parte dos jovens
adultos ganham peso conforme a idade vai
passando e muitos ainda devido ao
casamento, onde comem mais junto com os
parceiros.
• Em uma sociedade que valoriza a magreza, o
excesso de peso pode trazer problemas
emocionais.

• Gordinho (a) ou magrinho (a), o importante é manter


a saúde em dia!
• Atividade Física
• Adultos que são fisicamente ativos colhem muitos
benefícios. Além de ajudar a manter
• o peso corporal ideal, a atividade física forma
músculos, fortalece o coração e os pulmões, diminui a
pressão arterial, protege contra doenças cardíacas,
derrame, diabete, câncer e osteoporose ,alivia a
ansiedade e a depressão e prolonga a vida.

• Tabagismo
A ligação entre fumar e câncer de pulmão está bem
estabelecida.
• Uso e Abuso de Substâncias
A publicidade equipara bebidas alcoólicas, cerveja e vinho à
boa vida e a ser "adulto". Cerca de 60% das pessoas de 21 a 39 anos
dizem que usam álcool, e os adultos mais jovens tendem
a ser os que mais bebem. Quase a metade
(46%) das pessoas de 18 a 25 anos, predominantemente
jovens do sexo masculino. O abuso de substâncias pode
ter riscos à saúde a curto e a longo prazo.

Perspectivas sobre a Cognição Adulta


• O bom senso nos diz que os adultos não
pensam da mesma forma que crianças ou
adolescentes. Eles mantêm diferentes
tipos de conversa, compreendem conteúdo
mais complexo e utilizam sua experiência,
mais ampla, para resolver problemas
práticos.

Como a educação superior e o trabalho afetam o desenvolvimento cognitivo?

• Para jovens em transição da adolescência para a idade adulta, a exposição a


um novo ambiente educacional ou profissional, às vezes afastado do lar de
infância, oferece uma chance de aperfeiçoar habilidades, de questionar
pressupostos antigos e de experimentar novos modos de observar o mundo.
Para um número crescente de alunos de idade não-tradicional, a faculdade ou o
local de trabalho podem reacender a curiosidade intelectual, melhorar as
oportunidades de emprego e aperfeiçoar as habilidades profissionais. A
faculdade pode ser uma época de descoberta intelectual e de desenvolvimento
pessoal.

Trabalho e Idade
• Em geral, o desempenho aumenta com a idade, pelo menos até a meia
idade, e alguns indivíduos continuam aumentando sua produtividade em
idade. As diferenças de idade podem depender de como o desempenho é
medido e das demandas de um tipo específico de trabalho. Uma função
que exige respostas rápidas tende a ser melhor desempenhada por uma
pessoa jovem; uma função que depende de precisão, ritmo constante e
julgamento maduro pode ser melhor realizada por uma pessoa mais velha
(Forteza e Prieto, 1994; Warr, 1994). Um fator fundamental pode ser a
experiência em vez da idade: quando pessoas mais velhas têm melhor
desempenho, talvez seja porque estão em uma função ou tenham feito um
trabalho semelhante há mais tempo (Warr, 1994).
• Pesquisas apontam que
pessoas
com autoestima tem melhor
desempenho
no trabalho.

DESENVOLVIMENTO NO JOVEM
ADULTO
• Levinson (1974, 1978) considera que a vida adulta é marcada por
períodos de estabilidade e transição. Aos períodos de transição
sucedem-se momentos de integração, mudança na forma de ele se ver
a si próprio, o mundo e os outros. Nestes períodos de transição na
vida da pessoa, os papéis (casamento, nascimento de filhos, divórcio,
viuvez, etc.) que o indivíduo assume têm grande importância.

• McClusky (1986) afirma que a mudança na vida adulta é marcada por


períodos críticos:
o
Estes períodos são caracteristicamente produto de experiências
decisivamente importantes para as pessoas envolvidas durante as
quais podem ocorrer mudanças marcantes nos papéis sociais e no
sentido das relações interpessoais. Entrada no mundo do trabalho,
progressão na carreira, transferência de trabalho, desemprego podem
representar uma categoria destes acontecimentos. Casamento, o
nascimento de uma criança, a morte de um dos conjugues (…)
ilustram uma outra categoria.
Os Alicerces dos Relacionamentos Íntimos
• O início da idade adulta é tipicamente uma época
de profundas mudanças nos relacionamentos
pessoais no qual as pessoas estabelecem,
renegociam ou consolidam laços baseados na
amizade, na sexualidade e no amor. Ao
assumirem a responsabilidade por si mesmos e
ao exercitarem o direito de tomar suas próprias
decisões, os jovens adultos precisam redefinir
seus relacionamentos com os pais (Mitchell,
Wister e Burch, 1989). Amizades ou "paixões"
adolescentes podem tornar-se vínculos vitalícios
ou desaparecer, para serem substituídas por
novos relacionamentos, muitas vezes, com
pessoas que conheceram na faculdade ou no
trabalho.
• Segundo Erikson, desenvolver relacionamentos íntimos é a tarefa crucial desse
período. Na sociedade altamente móvel de hoje, as amizades podem vir e ir,
assim como amantes e parceiros sexuais. Ainda assim, os relacionamentos
continuam sendo fundamentais enquanto os jovens adultos decidem se casar,
formar parcerias sem se casar, formar parcerias homossexuais, viver sozinhos,
ter ou não ter filhos.

Amizade
• As amizades durante a idade adulta inicial e plena tendem a se
centrar nas atividades de trabalho e de criação dos filhos e no
compartilhamento de segredos e conselhos (Hartup e Stevens, 1999).
As amizades geralmente se baseiam em interesses e valores mútuos e
desenvolvem-se entre pessoas da mesma geração ou na mesma
etapa de vida familiar, que validam as crenças e o comportamento uma
das outras (Dykstra, 1995).
• Jovens solteiros dependem mais das amizades para preencher suas
necessidades sociais do que jovens casados ou pais jovens (Carbery e
Buhrmester, 1998), mas são os recém-casados que possuem o maior
número de amigos.

Sexualidade: Questões e
Atitudes
• Geralmente, nesta idade as pessoas
já têm
uma vida sexual ativa.
• E surpreendente a mudança nas
atitudes em
relação ao sexo pré-conjugal entre
jovens
adultos nos Estados Unidos a partir
da década
de 1960. Entre 1965 e 1994, a desaprovação
do sexo antes do casamento caiu de 63% para
30% entre os homens e de 80% para 44%
entre as mulheres (Scott, 1998).
• Em alguns outros aspectos, contudo, a
mudança nas atitudes e no comportamento
sexual não é tão drástica. Nem os homens
nem as mulheres parecem ser tão promíscuos
quanto às vezes se pensa.
Estilos de Vida Conjugais e Não
Conjugais
• Vida de Solteiro
• O número de jovens adultos que ainda não se casaram aumentou
drasticamente. Em1998, quase 35% das pessoas de 25 a 34 anos,
incluindo mais do que 53% dos afroamericanos dessa idade, nunca se
casaram (U.S. Bureau of the Census, 1993b, 1996a, 1998). Algumas
pessoas
permanecem solteiras
porque não
encontraram o parceiro
certo. Alguns jovens
adultos ficam solteiros
por opção. Mais mulheres
hoje se sustentam,
e existe menos pressão social para se casar.

E stilos de Vida Conjugais e Não


Conjugais
• Relacionamentos Homossexuais Masculinos e Femininos • Adultos têm maior
probabilidade do que adolescentes de se identificarem como homossexuais.
Devido à forte desaprovação da sociedade à homossexualidade, assumir a
homossexualidade o processo de revelar abertamente a orientação homossexual –
costuma ser lento e doloroso.

• Coabitação
• A coabitação é um estilo de vida em que um casal não-casado envolvido em um
relacionamento sexual vivem juntos, no que às vezes se chama de união
consensual ou informal.
• Essas uniões tornaram-se a norma em muitos países, como a Suécia e a
Dinamarca, onde casais que coabitam têm praticamente os mesmos direitos legais
que casais casados (Popenoe e Whitehead, 1999). Um fator que contribui para o
aumento na coabitação pode ser a tendência secular de maturação sexual. Isso,
aliado ao maior número de jovens almejando educação avançada, cria um período
mais longo entre a maturidade fisiológica e a maturidade social. Muitos jovens
adultos desejam relacionamentos românticos e sexuais próximos, mas não estão
prontos para o casamento - e podem nunca estar.

Estilos de Vida Conjugais e Não


Conjugais
• Casamento
• Na maioria das sociedades, o casamento é considerado a melhor forma de
garantir uma criação ordenada dos filhos. Ele permite uma divisão dos
afazeres em uma unidade de consumo e trabalho. Idealmente, ele oferece
intimidade, amizade, afeição, realização sexual, companheirismo e
oportunidade de crescimento emocional.
• Fatores no Êxito ou o Fracasso Conjugal
• Um dos fatores mais importantes no êxito conjugai é um senso de
compromisso. Em uma amostra nacional de 2.331 pessoas casadas, a
dependência entre os parceiros desempenhava um papel no
comprometimento com o casamento, mas o fator mais forte era um
sentimento de obrigação com o cônjuge (Nock, 1995).
• O êxito no casamento está intimamente associado com como os parceiros
comunicam- se, tomam decisões e lidam com os conflitos (Brubaker,
1983,1993).
Ter Filhos
Paternidade e Maternidade como
Experiência de Desenvolvimento
• O primeiro bebê marca uma transição importante na vida dos pais.
Essa nova pessoa totalmente dependente muda as pessoas e muda
os relacionaMentos. Com o desenvolvimento das crianças, os pais
também se desenvolvem.
• Os casais de hoje tendem a ter menos filhos do que nas gerações
anteriores e a tê-los mais tarde na vida. Os bebês podem beneficiar-se
com a facilidade que os pais mais velhos têm para criar os filhos e com
sua disposição em investir mais tempo nisso.
• Embora ter filhos possa inegavelmente satisfazer numerosas
necessidades, a pesquisa sugere que poucas pessoas pensam
seriamente nos aspectos envolvidos
quando decidem tornar -se pais.
Conclusão
• O desenvolvimento de um jovem adulto é
influenciado por muitos acontecimentos vivenciados
desde a infância até à adolescência. No começo da
fase do jovem adulto importantes decisões são
tomadas, principalmente sociais e emocionais.
Para Levinson e Erikson aos 22 anos o ser humano
adquire maior autonomia em relação aos seus pais
e entra numa fase de estabilidade, através de um
relacionamento afectivo, perspectivado no seu
próprio núcleo familiar.
• Por volta dos 28 anos de idade o jovem
adulto
entra na fase de transição onde analisa o
seu
padrão de vida fazendo escolhas pessoais
e
profissionais. Aos 33 anos é atingido um
novo
período de estabilidade, o jovem adulto focaliza
a sua atenção no desenvolvimento das suas
capacidades profissionais aplicando a sua
experiência.
Conclusão
• A transição da juventude para a fase adulta
estava condicionada a saída da escola,
ingresso no mercado de trabalho,
casamento, nascimento dos filhos, compra
da casa própria, etc. Atualmente ainda
seguimos este modelo tradicional, no entanto
a sequência dos fatos não se dá desta forma
linear, pois às vezes antes de ingressar no
mercado de trabalho ou concluir seus
estudos o jovem já assumiu a paternidade
ou maternidade. Assim como nas demais
fases da nossa vida, enquanto adultos somos
desafiados constantemente a encarar as
modificações impostas pelas experiências
vivenciadas, nossas escolhas, sucessos e
frustrações, acenando com momentos da vida que
oportunizarão novas aprendizagens.

Referências
ATKISON, Rita L. Introdução à psicologia de Hilgard. 13ª ed.
Porto Alegre: Artmed, 2002.
DAVIDOFF, Linda L. Introdução à Psicologia. 3ª Ed. São
Paulo: Makron Books, 2001.
FOTES, Flavio D, Desenvolvimento da Personalidade, Ed.
Bertrand Brasil, 2001
MOSQUERA, Juan José Mouriño; STOBÄUS, Claus Dieter.
Vida Adulta: Visão Existencial e Subsídios para Teorização.
Educação, Porto Alegre, n. 5, p. 94 112, 1982.
PAPALIA, Diane E. Desenvolvimento Humano. 10ª ed. Porto
Alegre: Artmed, 2009.

Você também pode gostar