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UNIVERSIDADE FEDERAL DO DELTA DO PARNAÍBA

CURSO DE PSICOLOGIA
BACHARELADO EM PSICOLOGIA – FORMAÇÃO DE PSICÓLOGO
DISCIPLINA: PSICOGERONTOLOGIA
PROFESSOR: LUDGLEYDSON
DISCENTE: THAYNÁ DE SOUZA ROCHA

DESENVOLVIMENTO FÍSICO COGNITIVO E PSICOSSOCIAL NA VIDA


ADULTA TARDIA

Parnaíba-PI

Outubro 2022

Nas palavras de Mc Donald (2014), o envelhecimento é resultado das


interações do indivíduo ao longo da vida somado aos fatores ambientais, salientando
que ninguém apresenta o mesmo tipo de interação com o meio, sendo um processo
particular de cada organismo. Paralelamente ao envelhecimento, surgem várias
mudanças fisiológicas que são responsáveis por impactar não só o desempenho das
funções internas, mas nossa aparência externa. Contudo, as alterações
provenientes do envelhecimento não significam a existência de inatividade,
pressupondo a adoção de hábitos saudáveis a fim de evitar doenças e prolongar
uma vida ativa.

A expansiva visibilidade de idosos ativos e saudáveis é constitui um


fator de extrema importância para o combate às visões deturpadas e
preconceituosas que são apresentadas acerca dos idosos, bem como o
fenômeno que se conhece como idadismo, que consiste em nutrir preconceito
e discriminação pppor um indivíduo por causa da idade. Esse processo
também pode ser inidentificado como oriundo do envelhecimento
populacional, o qual teve um crescimento vertiginoso, sobretudo nos países
em desenvolvimento, onde residem 62% dos idosos no mundo. Estima-se que
daqui a 10 anos pessoas com 65 anos existirão em maior número se
comparada a crianças de 5 anos ou menos, isso está diretamente relacionado
a fatores como declínio da fertilidade, crescimento econômico, melhor
nutrição e estilos de vida mais saudáveis.

Faz-se mister pontuar que a própria população de idosos também está


envelhecendo, de acordo com Kinsell e He, 2009 (apud Papalia e Feldman,
2013, p.573) a faixa etária que mais cresce é a de idosos com 80 anos ou
mais, ocupando 19% da população mundial. No que diz respeito ao
envelhecimento, pode-se estabelecer duas categorias distintas. Acerca disso
Busse, 1987, JC, Horn e Meer (apud Papaglia e Feldman, 2013, p. 573)
pontuam que o envelhecimento primário é um processo gradual, inevitável e
inerente a todo ser humano que começa cedo na vida e continua ao longo dos
anos, já o envelhecimento secundário resulta de doenças, abusos e maus
hábitos que em geral podem ser controlados. O aumento da expectativa de
vida da população idosa deve-se principalmente as atuais conquistas médico-
tecnológicas da medicina moderna que tem permitido a prevenção e cura de
doenças que antes eram consideradas fatais, reduzindo assim o índice de
mortalidade.

O processo de envelhecimento causa transformações na vida dos


idosos, com impactos que podem variar e implicar no estilo e funcionamento
social deste idoso. Ademais, os cientistas sociais especialistas em
envelhecimento também se referem a três grupos de adultos mais velhos:
idoso jovem (entre 65 e 74 anos)o idoso idoso (74 e 84 anos) e o idoso mais
velho, pessoas de 84 anos em diante. Há ainda uma classificação mais
importante chamada de “idade funcional” que se refere a capacidade de uma
pessoa interagir com um ambiente físico e social em comparação com outros
da mesma idade cronológica. É possível que uma pessoa de 90 anos seja
funcionalmente mais jovem que uma de 65.

No que concerne ao declínio do funcionamento físico associado ao


envelhecimento, existem algumas teorias que pertencem a duas principais
categorias, sendo elas: Teoria da programação genética (a qual sustenta que
o corpo da pessoa envelhece de acordo com o relógio evolutivo inato dos
genes) e Teoria das taxas variáveis (que considera envelhecer como
resultado de processos randômicos que variam de pessoa para pessoa, uma
dessas teorias é a teoria do desgaste a qual afirma que o corpo envelhece a
parir dose danos ao sistema do nível molecular).

É sabido que condições adversas também podem potenciar o


desenvolvimento senil para um quadro grave mais suscétivil a doenças
características do envelhecimento. Algumas mudanças ocorrem com o
envelhecimento no cérebro de pessoas saudáveis, geralmente bem sutis,
variando de pessoa pra outra. Na vida adulta tardia, o cérebro diminui de
volume, especialmente no córtex pré-frontal que controla as funções
executivas. Contudo, nem todas as mudanças no cérebro são destrutivas,
pois cérebros mais velhos podem criar novas células nervosas a partir de
células tronco. Também há alterações na qualidade do sono na vida adulta
tardia, no desempenho sexual. Alguns idosos também apresentam problemas
mentais ou comportamentais, que podem ser revertidos com um tratamento,
não obstante existe o mal de Alzheimer que é irreversível, esse consiste
numa doença hereditária que pode haver seus danos reduzidos a partir de
cuidados como exercício, alimentação e outras características do estilo de
vida, terapias comportamentais e medicamentos podem ser grandes aliados
no combate à velocidade da deterioração.

De acordo com Papaglia e Feldman (2013), Eriksson afirmava que a


sabedoria consiste em aceitar a vida que viveu sem maiores arrependimentos
ou ficar preso as possibilidades passada, ver as coisas e reavaliar a vida de
uma perspectiva madura sem prisões ao passado, o enfrentamento ou coping
ê um pensamento que tem por objetivo diminuir o estresse causado por
condições prejudiciais, ameaçadoras ou difíceis, incluindo qualquer coisa que
o indivíduo faça para se adaptar ao estresse.

George Vaillant falava das defesas adaptativas e mudar a erceção


sobre realidades que as essoas são incapazes de modificar. Já o modelo de
adatação cognitiva consiste em os indivíduos escolherem voluntariamente
estratégias de enfrentamento com base em suas perspectivas acerca da
situação. De maneira geral, pessoas mais felizes também são mais
saudáveis, a religião, por exemplo constitui uma importante ferramenta de
enfrentamento, possibilitando que algumas pessoas possam envelhecer com
mais sucesso que outras, o engajamento constante em atividades sociais
produtivas também é um fator preponderante no que diz respeito a um
envelhecimento bem sucedido.

No que se refere à produtividade, os trabalhadores de mais idade são


muitas vezes mais eficientes que os mais jovens, embora sejam um pouco
mais lentos, são mais cuidadosos e apresentam um melhor desempenho,Não
obstante a esse fato, em nações industrializadas, a maior parte dos idosos,
opta por permanecer em casa, caso haja apoio de outras pessoas para ajudá-
lo.ro

Nos Estados Unidos, a Lei de Discriminação de Idade no Emprego


(Age Discrimination in Employment Act, ADEA), que se aplica a empresas
com 20 ou mais funcionários, protege os trabalhadores de 40 anos de que
lhes seja negado emprego, de serem despedidos, de receberem remuneração
menor ou de serem forçados a se aposentar por causa da idade. Todavia,
muitos empregadores exercem pressões sutis sobre os funcionários idosos
(Landy, 1994 apud Papaglia e Feudman, 2013) e assim os casos de
discriminação etária podem ser muito difíceis de provar.

Como as mulheres vivem mais, idosas do sexo feminino estão mais


propensas a viverem sozinhas e em condições socioeconômicas menos
favoráveis, pois idosos que moram sozinhos têm uma tendencia maior a
serem mais pobres se comparados a idosos que vivem com seu cônjuge.
Mesmo que haja a opção de viver com os filhos, muitos idosos se mostram
relutantes com receio de acarretar incômodos ou trabalho para os próprios
filhos.

A internação é rara em países em desenvolvimento, as mais propensas


a ficar nessas instituições não-familiares são mulheres idosas, ao lado de
idosos que vivem sozinhos ou não têm engajamento em atividades sociais. As
interações sociais estão associadas a boa saúde e o isolamento constitui um
fator de risco para a mortalidade.

REFERÊNCIAS
PAPALIA, Diane E.; FELDMAN, Ruth D. Desenvolvimento humano. Artmed Editora, 2013.

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