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Movimento Institucionalista:

história e primeiros conceitos.

“Sejamos realistas. Tentemos o impossível.”


X X
c.

Marcadores temporais:
 1945 – 1956 – O mundo dividido: Efeito Stalingrado.
 1952 – 1ª geração da Psicoterapia Institucional.
 1945 – Psicossociologia.
 1954 – 1962 – Lutas anticoloniais (Bandung substitui Billancourt).
 1963 – “A Entrada na Vida” – Lapassade.

 Freinet
F.
 GTE (Grupo de Técnicas Educativas) GET
Oury

 1955 – 1960 – O salto do acrobata. GPI Louran


 1953 – Clínica La Borde (J. Oury e Guattari)
 1960 – Análise Institucional como a 2ª geração da Psicoterapia
Institucional.
Marcadores temporais:
 1963 – Grupos sujeitos, grupos sujeitados, transversalidade e
outra forma de pensar o Inconsciente.
 INC – História – Desejo – Política e Subjetividade.

 1968 – A análise institucional sai às ruas.


 AI Socioanalítica / AI Esquizoanalítica

 1969 – Guattari encontra Deleuze.


 1972 – O Anti-Édipo – o livro coisa e a Esquizoanálise:
 “Todo desejo é produtivo e toda produção é desejo”.

•1970 – Movimento feminista.


•1977 – GIP e movimento Gay.
Revoluções •1972 – Médicos Sem Fronteira.
•1974 – Movimento ecológico.
Moleculares •1975 – Rede Internacional de alternativa à Psiquiatria.
•1978 – Lei Basaglia.
Acontecimento

analisador

1968
Analistas institucionais:

Socioanalistas

Esquizoanalistas
Questões Comuns:
 Problematiza o que parece natural aos olhos da
maioria.
 Interesse por TRANSFORMAÇÕES nos campos
da saúde, saúde mental, educação, direito, ..
 Recusa a reduzir a abordagem de qualquer
questão ao que sobre ela afirma a Psicologia.
 Livre incursão por vários espaços do SABER:
ciências sociais, história, filosofia, ..
 Referência constante às relações de PODER.
 Repetida alusão a movimentos libertários.
(Rodrigues, 2006, p.515)
Institucionalismo:
 Conjunto de escolas.
 Leque de tendências.

“Se propõe a propiciar, apoiar e deflagrar


nas comunidades, nos coletivos e conjunto
de pessoas processos de auto-análise e
auto-gestão”.
(Baremblitt, 2002, p.14)
Desencaminhando a ..

(Psicologia)
Instituição a ser desnaturalizada

AI não se refere a teorias e técnicas


psico-lógicas, isto é, submetidas à lógica
PSI.
Logo, coloca-se em análise a instituição Psicologia
Origem 1
Psicoterapia Institucional

 A divisão do mundo ocidental (Política).


 França como epicentro das tensões (Cultural).
 A reconstrução pós-guerra e as novas tecnologias
organizacionais (Ciência).
 Tosquelles vai para a França e encontra Saint Alban.
 Psicoterapia Institucional (1952) – artigo de Daumezon
e Koechlin: a instituição tem que ser curada, através de
práticas democráticas e nos pequenos grupos.
 A heterogeneidade entra nas instituições totais –
EFEITOS DA DIFERENÇA.
Origem 2
Psicossociologia
A Psicologia dos pequenos grupos

 Missões aos EUA.


 Mayo, Moreno, Kurt Lewin e Rogers.
 Práticas adaptativas (EUA) X Práticas libertárias
(França).

 A luta anticolonial na Argélia – o mal-estar no mundo socialista


 Tristes Trópicos e O Pensamento Selvagem (Lévi-Strauss) e a
História da Loucura (Foucault). São os “Loucos anos 60”
 Revistas Arguments (Morin) e Socialismo e Barbárie (Castoriadis)
Vertente 1
Socioanalítica
 Pedagogia terapêutica X Pedagogia autogestionária
– socioanalítica.
 Lapassade “entra na vida” e na cena.

 Pedagogia institucional – estabelecimento e organização


 A liberdade e a autogestão nos processos de ensino-aprendizagem
 Lapassade encontra René Lourau

“No que tange ao surgimento da A.I, Lourau nos fala de um salto mortal de
Lapassade, ao compreender que era necessário superar a sedução da
psicologia dos pequenos grupos, desmascarando a dimensão
institucional, quer dizer, toda a política reprimida pela ideologia das boas
relações sociais”. (RODRIGUES, 2006, p.524)

 O instituido e o instituinte (Castoriadis). PARAMOS AQUI 43


Vertente 2
Esquizoanalítica
 Guattari e Jean Oury fundam La Borde (1953).

 Introduzem o termo “análise institucional” (1960).

 Prática militante, politicamente engajada.

 Grupos sujeitos e grupos sujeitados, transversalidade.

 Revolução no “mundo do inconsciente”.

Obs. Vale a penar ler a página 526


Ressaca pós 68:
 Caminhos diferentes: além aderir ao Potencial Humano, Lapassade
enquadra-se na bucrocracia acadêmica; enquanto Lourau mantém-se crítico
a ela e aprodunda às discussões sobre a “implicação” e a importância do
diário de pesquisa.

 Por outro caminho:


 Guattari colabora na fundação das rádios livres;
 Publica, com Deleuze, Mil Platôs (1980) e;
 As 3 ecologias (1989): articulação ético-política entre os registros do meio ambiente, relações
sociais e subjetividade: o que chamou de “Ecosofia”.
 “O que é a Filosofia” (1991): último livro de Deleuze e Guattari juntos.

 Expande-se os movimentos alternativos à Psiquiatria: Lang, Cooper,


Szasz (anti), Lacanismo (pelo discurso) e Basaglia (pelas práticas
institucionais).
No Brasil
 Sotaque francês (Belo Horizonte), portenho (Rio de Janeiro) e
italiano (São Paulo).
 AI no contexto da Ditadura Militar.
 Primeiros passos em Belo Horizonte.
 Célio Garcia (UFMG) e Lapassade (1972): “O Setor”.
 Chaim Samuel Katz (RJ), publica “Psicanálise e Instituição”
(1977).
 Psicanálise e AI: Bleger, Pichon, Rodrigué e Baremblit
(IBRAPSI).
 Osvaldo Saidón (Práticas Grupais).
 1978 – Basaglia no Brasil no I Simpósio Internacional de
Psicanálise, Grupos e Instituições”.
 Fundação da ABRAPSO (1980).
A Luta Antimanicomial (MTSM)

“As correntes anti-institucionais são institucionalistas”.


(Lapassade, 1973)
“É necessário que quando eu partir, o palco não fique vazio”
(Basaglia, 1979).

A fundação do MTSM (1978).


II Congresso Nacional de Trabalhadores em Saúde Mental, em Bauru
(1987).
Ainda neste ano a implantação do CAPS Luiz da Rocha Cerqueira/SP
em plena Avenida Paulista.
A fundação da Casa (SP) – hospital dia.
Novos nomes: Peter Pál Pélbart, Naffah Neto, Suely Rolnik.
Ainda sobre o Brasil:

 A importância de Lapassade ( MG e RJ).

 Bleger.

 Grupo Plataforma (Rodrigué; Baremblitt;


Pichon-Riviére).

 Basaglia e Rotelli.
Reconhecendo alguns nomes

 Heliana C. Rodrigues
 Cecília Coimbra
 Regina Benevides
 Eduardo Passos
 Suely Rolnik
Nosso
 Peter Pál Pélbart companheiro
 Luís Orlando de viagem

 Alfredo Naffat Neto


 Gregório Baremblitt
Biografia de Gregorio F. Baremblitt

Da formação em Psiquiatria à militância junto ao movimento Instituinte Internacional, Gregorio Franklin


Baremblitt vem traçando um longo e fecundo percurso como médico, psiquiatra, psicoterapeuta, professor,
pesquisador, analista e interventor institucional, esquizoanalista, esquizodramatista e escritor em diversos países
de América Latina e Europa. Esse percurso teve início há 40 anos, na Faculdade de Medicina da Universidade de
Buenos Aires, da qual é livre docente, e foi-se tornando mais rico e complexo a cada momento em que o médico
buscou o cruzamento da medicina com outras áreas. Movido pela inquietação daqueles que não se contentam com
o conforto garantido pelo reconhecimento dado aos especialistas consagrados, Gregorio F. Baremblitt buscou
sempre expandir a sua atuação até as fronteiras da medicina com a Política, a Sociologia, a Filosofia, a Arte e
também com os saberes populares. Esse olhar generoso e ao mesmo tempo rigoroso sobre os saberes e fazeres do
mundo contemporâneo tem rendido não apenas uma ampla produção intelectual, mas também diversas ações nos
planos de coletivos diversos: em 1970, Gregorio foi membro fundador do grupo psicanalítico Argentino
denominado Plataforma, primeira organização no mundo separada da Associação Psicanalítica Internacional, por
motivos políticos. Ao se estabelecer no Brasil em 1977, fundou, no Rio de Janeiro e em São Paulo, o Instituto
Brasleiro de Psicanálise, Grupos e Instituições (Ibrapsi), e o Instituo Félix Guattari de Belo Horizonte (1997),
atual Fundação Gregorio Baremblitt de Minas Gerais. Sua atuação no campo da saúde mental inspirou outros
profissionais a criarem a Fundação Gregório Baremblitt, em Uberaba (MG), uma das primeiras entidades do país a
instituir formas de tratamento mental em sintonia com os ideiais da Luta Antimanicomial. Gregorio é autor de
numerosos livros e artigos científicos e organizador de seis congressos internacionais em sua área de atuação .
OBRAS DO AUTOR
"Psicoanálisis y Esquizoanálisis (un ensayo de comparación crítica)". Buenos Aires: Ed. Madres de Plaza de Mayo, 2004.

"Introdução à Esquizoanálise". Belo Horizonte: Ed. Instituto Félix Guattari, 1998.

"Compêndio de Análise Institucional e outras correntes". 5ª Edição. Belo Horizonte: Ed. Instituto Félix Guattari, 1997.

"Lacantroças". São Paulo: Ed. Hucitec. Traduzido para o espanhol.

"Cinco Licões sobre a transferência". São Paulo: E. Hucitec, 1991.

"Saber, Poder, Quehacer e Deseo". Buenos Aires: Ed. Nueva Visão, 1988.

"Ato Psicanalítico, Ato Político". Belo Horizonte: Ed. Segrac, 1987.

"O Inconsciente Institucional", em colaboração com outros autores. Petrópolis: Ed. Vozes, 1984. (Traduzido para o espanhol).

"Grupos, Teoria e técnica", em colaboração com outros autores. Rio de Janeiro: Ed. Graal-Ibrapsi, 1982.

"La cura". México: Ed. Universidade Autônoma do México, 1980.

"Progressos e retrocessos em Psiquiatria e Psicanálise". Rio de Janeiro: Ed. Global


Ground, 1978.

"La interpretacion de los Sueños: Una Técnica Olvidada", em colaboração com outros autores. Buenos Aires: Ed. Helguero, 1976.

"El Concepto de Realidad em Psicoanálisis", em colaboração com outros autores. Buenos Aires: Ed. Socioanálisis, 1974.

"Psicanálisis: Teoria y Practica", em colaboração com M.Matrajt. Buenos Aires: Ed. Centro Editor Latinoamericano, 1972.

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