Este documento descreve técnicas grupais para tratamento de crianças e adolescentes, incluindo objetivos de identificar sintomas e facilitar a expressão de emoções dolorosas. Ele apresenta várias técnicas como o "Dado dos Sentimentos" para explorar emoções de forma projetiva e o "Saco Mágico" para trabalhar medo, tristeza e raiva depositando sentimentos em papéis dentro de um saco. A técnica "Érica e o Coelhinho de Três Patas" usa uma metáfora para ajudar cri
Este documento descreve técnicas grupais para tratamento de crianças e adolescentes, incluindo objetivos de identificar sintomas e facilitar a expressão de emoções dolorosas. Ele apresenta várias técnicas como o "Dado dos Sentimentos" para explorar emoções de forma projetiva e o "Saco Mágico" para trabalhar medo, tristeza e raiva depositando sentimentos em papéis dentro de um saco. A técnica "Érica e o Coelhinho de Três Patas" usa uma metáfora para ajudar cri
Este documento descreve técnicas grupais para tratamento de crianças e adolescentes, incluindo objetivos de identificar sintomas e facilitar a expressão de emoções dolorosas. Ele apresenta várias técnicas como o "Dado dos Sentimentos" para explorar emoções de forma projetiva e o "Saco Mágico" para trabalhar medo, tristeza e raiva depositando sentimentos em papéis dentro de um saco. A técnica "Érica e o Coelhinho de Três Patas" usa uma metáfora para ajudar cri
Especialista em Psicologia Clinica e Hospitalar. Coordenador do Serviço de Psicologia do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Goiânia. Psicólogo Hospitalar na Instituição Materno Infantil Membro da SOCESP - SP Projeto Trauma Infantil Brincando com o coração AS TÉCNICAS GRUPAIS
• A terapia de grupo é uma das formas de
tratamento de crianças e adolescentes. As Técnicas Grupais foram criadas para buscar integração, utilizam os métodos tradicionais associados novas teorias e buscam trabalhar formas mais efetivas de psicoterapia. AS TÉCNICAS GRUPAIS Os objetivos principais são: - Identificar as crianças com sintomas psíquicos e Stress Pós Traumático para atendê-los individualmente; - Pesquisar o material do sintoma; - Facilitar o acesso à consciência de aspectos do sintoma que estão dissociados; - Facilitar a expressão das emoções dolorosas; AS TÉCNICAS GRUPAIS Instalar recursos e segurança, para que possam enfrentar as experiências dolorosas que viveram; - Organizar os diferentes aspectos do trauma em imagens representativas e flexíveis; - Aprimorar a concentração e o controle mental, para que as crianças não fiquem presas a episódios mentais dolorosos. AS TÉCNICAS GRUPAIS • Facilitar a adaptação das diferentes áreas da vida pessoa e social das crianças. - Terminados os procedimentos recomenda-se trabalhar com as crianças mais afetadas. É importante que os adultos que acompanham as crianças sejam informados sobre os sintomas e o Stress Pós Traumático. As Técnicas que são apresentadas a seguir são adaptações para a realidade do Brasil, do trabalho realizado no México por Ignácio Javeiro e Lucina Artigas em 2001. Presentes nas páginas www.amamecrisis.com.mx ou www.emdrportal.com. DADO DOS SENTIMENTOS • Objetivo - esta técnica é recomendada para grupos grandes, e objetiva explorar e trabalhar emoções e projetivamente ou algum material traumático Material – Dado dos Sentimentos. Técnica - o terapeuta pega o dado e pergunta às crianças: Vocês sabem o que é um dado dos Sentimentos? Antes da resposta afirmativa das crianças fale: - Este dado é uma brincadeira de sentimentos, ajuda a gente a explorar aquilo que sente. Os facilitadores fazem um círculo com as crianças e pega o dado. O facilitador lança o dado no meio do grupo, e fala alguma coisa que sente de acordo com o sentimento que cai depois todas as crianças em ordem também tem que se manifestar a respeito daquele sentimento. Depois uma a uma as crianças vão lançando o dado e repetindo o mesmo exercício, até chegar ao terapeuta. O jogo acaba quando todos os sentimentos que forem expressos. Os facilitadores externos devem anotar cada sentimento expressado pelas crianças. TÉCNICA DO SACO MÁGICO
• Objetivo - esta técnica é recomendada para grupos grandes, e objetiva trabalhar
emoções e conteúdos traumático. Material - pequenos pedaços de papel vermelho, azul e verde e um saco grande de lixo. Técnica - o terapeuta pega um saco de papel (ou lixo) grande e pergunta às crianças: Vocês sabem o que é um saco doido? Antes da resposta afirmativa das crianças fale: - Este saco doido vai solucionar todas as coisas que vocês quiserem. Ou mesmo coisas que ocorrem dentro de vocês, para que não aconteçam novamente, para que desapareçam. Os facilitadores repartem pedacinhos de papéis de várias cores entre as crianças e pergunta de que cores são. As crianças respondem: vermelho, verde, azul. O terapeuta diz: cada criança vai pensar em algo que lhes dê medo e escolher um papel, tristeza e escolher um papel, raiva ou mal-estar e escolher um papel; e quando acabarem levantem as mãos. O terapeuta passa de um pôr um e lhes pergunta o que eles depositam dentro da bolsa. Algumas das respostas podem ser: um monstro, um lagarto, um tigre, um leão, uma cobra. Os sonhos ou fantasias com animais ameaçadores são comuns em crianças que sofrerão uma experiência altamente traumática. Quando todas as crianças depositarem seus papelinhos no saco doido, o terapeuta lhes diz: -”esta muito pesado e que esta difícil caminhar com tanto peso. O terapeuta diz que sabe uma forma de carregar tanto peso. Respirar na região do coração e fazer o PRI” (ESTIMULAÇÃO NO PONTO DO KARATÊ). ÉRICA E O COELHINHO DE TRÊS PATAS • Objetivo – Trabalhar com metáforas analógicas com crianças pequenas. Érica era uma menina feliz, que fazia tudo que uma criança feliz fazia, brincava, ia à escola, tinha amigos, uma família que cuidava muito bem dela. Um dia voltando da escola encontrou no meio da rua um coelhinho de três patas, ainda filhotinho, largado no meio da rua. Ela pensou: - Será que o largaram sós porque ele tinha três patas. – Onde está a mãe dele? “Pergunte se alguém sabe por que largaram ele?” Morrendo de dó ela levou coelhinho para casa. Érica colocou um nome no coelhinho, era Tripé. E ela começou a perceber que embora ele tivesse três pernas ele era feliz. Pois ele fazia tudo que outros coelhinhos faziam, pulava, corria, dava cambalhotas e apenas com três pernas, ele realmente era feliz. Érica ficava às vezes pensando, como o Tripé conseguia ser feliz, pois além de ele ter apenas três pernas, foi abandonado, não tinha mãe, não tinha pai, não tinha uma família. Como um coelhinho assim podia ser feliz? “Pergunte se alguém sabe como ele conseguia ser feliz?” Mas o Tripé parecia que só pensava nas coisas boas que ele tinha. Parece que em vez de ficar pensando que a vida havia sido muito ruim, pensava nas coisas boas que ele tinha, na Érica, nos pulos, nas brincadeiras, ele realmente era feliz. Quando Érica saia na rua com ele, todas as pessoas reparavam que ele só tinha três pernas. Mas parecia que ele nem ligava, continuava pulando, brincando, sorrindo, ele realmente era feliz. O tempo foi passando e Érica foi crescendo, quando alguma coisa ruim acontecia, ela se lembrava do Tripé, pensava no lado bom e continuava a sua vida feliz. Espada Mágica