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RESISTÊNCIA
DOS MATERIAIS II
AUTOR
Quer saber mais sobre o assunto? Entenda agora em detalhes. Boa leitura e Bons
estudos!!!
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CONHEÇA O
CONTEUDISTA
Ricardo Estanislau Braga
Engenheiro e Mestre em Gestão e Coordenação de Projetos, Especialista em
Engenharia Ambiental e segurança do trabalho, com atuação em diversas áreas na
área industrial, Saneamento, Drenagens e Edificações a mais de 13 anos. Participou
na execução e coordenação de projetos para diversas cidades de Minas Gerais tanto
para o setor público quanto privado. Leciona diversas matérias e orienta TCC em
Instituições de ensino superior de Minas Gerais e do Brasil nos cursos de Graduação.
Trabalhou na Diretoria de Projetos da SUDECAP de Belo Horizonte e atualmente é
Coordenador Técnico de projetos/obras de saneamento e infraestrutura da Agência
Delegatária Peixe Vivo.
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UNIDADE 1
Esta unidade foi elaborada de modo a cumprir os seguintes objetivos:
Ser um texto em que a ordem de apresentação dos assuntos seja
sequencialmente lógica;
Induzir a utilização dos recursos computacionais contemporâneos;
Ser um texto introdutório, sem as preocupações de apresentação exaustiva
das diversas metodologias existentes e de excessivo formalismo matemático;
Ser um texto no qual os conceitos e métodos são apresentados como
instrumentos de análise de projetos e ações.
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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II
Introdução
A origem da resistência dos materiais remonta ao início do século XVII, época em que
Galileu realizou experiências para estudar os efeitos de cargas em hastes e vigas
feitas de vários materiais. No entanto, para a compreensão adequada dos
fenômenos envolvidos, foi necessário estabelecer descrições experimentais precisas
das propriedades mecânicas de materiais. Os métodos para tais descrições foram
consideravelmente melhorados no início do século XVIII. Na época, estudos foram
realizados, principalmente na França, baseados em aplicações da mecânica a corpos
materiais, denominando-se o estudo de Resistência dos Materiais. Atualmente, no
entanto, refere-se a esses estudos como mecânica dos corpos deformáveis ou
simplesmente mecânica dos materiais (HIBBELER, 2004).
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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II
HIPÓTESES SIMPLIFICADORAS
De fato são poucos os materiais que apresentam todos os requisitos acima (um
exemplo é o aço). No entanto, as hipóteses simplificadoras podem ser utilizadas
em materiais que não se incluem nesses requisitos, utilizando os conceitos
definidos na sequência como aproximações de cálculo (um exemplo é o concreto).
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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II
PRINCÍPIO FUNDAMENTAL
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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II
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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II
Cada um dos esforços internos segue uma convenção de sinais para cada lado
da secção.
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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II
ESFORÇOS EXTERNOS
Os esforços ativos podem ser classificados de acordo com a área onde atuam,
podendo ser concentrados ou distribuídos, o modo como atuam, podendo ser
relativos ao tempo ou relativos ao tempo e ao espaço e ainda quanto a sua
origem, podendo ser estáticos, dinâmicos, repetidos ou do material. A Figura 1.5
ilustra uma classificação dos esforços ativos.
ESFORÇOS INTERNOS
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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II
TENSÃO
Uma força típica finita muito pequena ∆F atua sobre essa área ∆A. Essa força,
como todas as demais, pode ser decomposta em componentes de acordo com o
sistema de referência adotado. No caso, são três componentes nas direções dos
eixos x, y e z, sendo respectivamente ∆FX, ∆Fy e ∆Fz. As componentes ∆FX e ∆Fy
são tangenciais à área e a componente ∆Fz é normal. Fazendo-se com que a área
∆A tenda a zero, a força ∆F e suas componente também tenderão a zero.
Entretanto, a relação entre a força e a área tende para um limite finito. Essa
relação é chamada de tensão.
Se a força normal puxa o elemento de área, conforme ilustrado na Figura 1.6, ela
é denominada tensão de tração. Se ela empurra o elemento, é denominada
tensão de compressão.
As forças por unidade de área que atuam no sentido tangencial à área ∆A , são
denominadas tensões de cisalhamento, 𝜏. As componentes da tensão de
cisalhamento são:
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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II
Observe que um dos índices é utilizado para indicar a direção normal à área e o
outro índice indica a direção da força de cisalhamento. A tensão é sempre uma
quantidade vetorial, pois possui intensidade, direção e sentido.
Caso o corpo também seja seccionado por planos paralelos ao plano x-z e y-z,
pode-se então extrair um elemento cúbico do corpo, conforme a Figura 1.7, o
qual terá o volume tendendo à zero.
Esse estado de tensões, ilustrado pela Figura 1.8, é caracterizado pelas três
componentes normais e as seis componentes de cisalhamento, duas em cada seção,
que atuam em cada face do elemento cúbico. Essas componentes definem o estado
de tensões apenas para o elemento cúbico orientado ao longo dos eixos x, y e z.
Caso tivesse sido extraído por planos não paralelos aos planos x-z, x-y e y-z, o estado
de tensões seria definido por meio de um conjunto diferente de componentes.
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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II
DEFORMAÇÃO
Figura 1.9: Corpo sem deformação (a) e corpo deformado (b), deformação normal.
Como a deformação normal média é definida pelo símbolo 𝜀med, então se pode escrever:
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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II
A deformação é uma grandeza adimensional, fato causado por ser a relação entre
dois comprimentos. Apesar disso, é fato comum expressá-la em razão de
unidades de comprimento, como por exemplo mm/mm (milímetro/milímetro).
Sejam agora, dois segmentos de reta AB e AC, com origem no mesmo ponto A e
comprimento tendendo a zero, originalmente perpendiculares entre si,
direcionados ao longo dos eixos t e n. A mudança de ângulo ocorrida entre os
dois segmentos após a aplicação de um carregamento é chamada de deformação
por cisalhamento.
Figura 1.10: Corpo sem deformação (a) e corpo deformado (b), deformação por cisalhamento.
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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II
Da mesma forma que foi utilizada nas definições de tensão, imagine agora o
corpo subdividido em infinitos pequenos pedaços, conforme a Figura 1.11.
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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II
DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇÃO
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MATERIAIS DÚCTEIS
Figura 1.14: Diagrama tensão-deformação do aço, material dúctil com patamar de escoamento.
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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II
MATERIAIS FRÁGEIS
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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II
Após o limite elástico o concreto começa a sofrer dano, inclusive às vezes visível
através de fissuras, sendo que mesmo danificado o material ainda possui uma
sobra de resistência até atingir a tensão máxima 𝜎ₘₐₓ, e então, após, começa a
perder resistência até a total ruptura. Vale ressaltar que a deformação durante
todos esses estágios é muito pequena, sendo praticamente imperceptível,
característica essa do material frágil.
LEI DE HOOKE
Como exposto na seção anterior, a maioria dos materiais possuem uma relação
linear, ou seja, uma relação proporcional ou aproximadamente proporcional
entre a tensão σ e a deformação ε. Esse fato, descoberto por Robert Hooke, em
1676, com o auxílio de molas, é conhecido como lei de Hooke, e é expressa pela
seguinte relação:
𝜎 = E𝜀
𝜏 = G𝗒
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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II
COEFICIENTE DE POISSON
Quando uma carga F é aplicada a uma barra engastada, como por exemplo, na
Figura 1.16, tanto para a tração Figura 1.16a quanto para a compressão Figura
1.16b é possível calcular a deformação longitudinal 𝜀l e a deformação transversal
𝜀t , independente se for tração ou compressão, de acordo com a Equação abaixo,
relacionando-se o deslocamento após a aplicação da força com o comprimento
total da peça na direção analisada.
No início do século XIX, o cientista francês S.D. Poisson percebeu que na faixa de
elasticidade do material, a razão entre as deformações longitudinal e transversal
era constante. Essa constante é denominada de coeficiente de Poisson ν e possui
valor numérico exclusivo para cada material, desde que o material seja
homogêneo e isotrópico. Materiais que podem ser simplificados para
homogêneos e isotrópicos também possuem um valor de coeficiente de Poisson.
Matematicamente, o coeficiente de Poisson é dado por:
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CONCLUINDO
A UNIDADE
O estudo da resistência dos materiais é importante, pois é com ele que
aprendemos a avaliar e calcular um diâmetro de um eixo para trabalhar com
segurança, saber qual o melhor perfil de uma viga pra suportar um telhado de um
galpão ou mesmo para fabricar a base de uma torre, saber quando de força um
cabo suporta e em que condições ele vai suportar essa força.
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DICA DO
PROFESSOR
Procure estudar bastante o conteúdo desta matéria e ficar atento a diversas
notícias veiculadas em mídias sociais, jornalismo, radiotelecomunicação entre
outros, a respeito da mesma. O conhecimento deste tema é de suma importância
na correta aplicação dos métodos e processos nas áreas de atuações,
indispensáveis ao planejamento, projeto e operação das atividades.
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EXERCÍCIOS
DE FIXAÇÃO
Questão 1: (Ifsul) Uma caixa A, de peso igual a 300 N, é suspensa por duas
cordas B e C conforme a figura a seguir. (Dados: sen 30º = 0,5).
a) 150,0 N;
b) 259,8 N;
c) 346,4 N;
d) 600,0 N;
e) 1500,0 N.
SEU GABARITO
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EXERCÍCIOS
DE FIXAÇÃO
Questão 2: (Espcex) Um bloco de massa m = 24 kg é mantido suspenso em
equilíbrio pelas cordas L e Q, inextensíveis e de massas desprezíveis, conforme
figura a seguir. A corda L forma um ângulo de 90° com a parede e a corda Q
forma um ângulo de 37° com o teto. Considerando a aceleração da gravidade
igual a 10m/s², o valor da força de tração que a corda L exerce na parede é de:
(Dados: cos 37° = 0,8 e sen 37° = 0,6)
a) 144 N
b) 180 N
c) 192 N
d) 240 N
e) 320 N
SEU GABARITO
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EXERCÍCIOS
DE FIXAÇÃO
Questão 3: (UERJ) Um homem de massa igual a 80 kg está em repouso e em
equilíbrio sobre uma prancha rígida de 2,0 m de comprimento, cuja massa é
muito menor que a do homem. A prancha está posicionada horizontalmente
sobre dois apoios, A e B, em suas extremidades, e o homem está a 0,2 m da
extremidade apoiada em A.
a) 200;
b) 360;
c) 400;
d) 720;
e) 100.
SEU GABARITO
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EXERCÍCIOS
DE FIXAÇÃO
Questão 4: Determine o módulo da deformação sofrida por uma mola de
constante elástica de 200 N/m, quando sujeita a uma força de 50 N.
Fórmula – Fel = K . X (Fel = Força; K = Constante e X = Deformação)
a) 10,0 m
b) 0,50 m
c) 0,25 m
d) 0,10 m
e) 25 M
SEU GABARITO
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EXERCÍCIOS
DE FIXAÇÃO
Questão 5: Uma mola sofre uma deformação de 10 cm (0,1 m) quando
comprimida por uma força de 200 N. Determine a constante elástica dessa mola.
Fórmula – Fel = K . X (Fel = Força; K = Constante e X = Deformação)
a) 50 N/m;
b) 20 N/m;
c) 2000 N/m;
d) 500 N/m;
e) 2 N/m.
SEU GABARITO
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ANOTAÇÕES
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SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as
sugestões do professor.
Sugestão de artigos, trabalhos acadêmicos e sites interessantes.
https://blog.stoodi.com.br/blog/fisica/resistencia-dos-materiais/
https://www.politecnica.pucrs.br/professores/mregina/ARQUITETURA_-
_Materiais_Tecnicas_e_Estruturas_I/estruturas_i_capitulo_I_introducao.pdf
Playlist Youtube:
Resistência dos Materiais - Aula 01 - Estática das estruturas: definições gerais
https://www.youtube.com/watch?v=ND2qMgUniEk
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SAIBA MAIS
Resistência dos Materiais - Aula 02 - Definição de esforços solicitantes
https://www.youtube.com/watch?v=1XODnxJnd_A
https://www.youtube.com/watch?v=Lvp9Cf5K4aA
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SAIBA MAIS
Introdução à Disciplina Resistência dos Materiais
https://www.youtube.com/watch?v=pA3553rQyQQ
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BEER, F. P. et al. Estática e mecânica dos materiais. Porto Alegre: AMGH, 2013.
BEER, F. P.; JOHNSTON, J. E. R.; Resistencia dos materiais. 3. ed. São Paulo: Pearson
Makron Books. 1995.
BEER, F. P; JOHNSTON JR, E. R.; Resistência dos materiais. São Paulo: Pearson, 1995.
BEER, F. P; JOHNSTON JR, E. R.; DEWOLF, J. T.; MATUZAREK, D. F. Estática e mecânica dos
materiais. AMGH. Porto Alegre: 2013.
GERE, J. M. Mecânica dos materiais. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.
GOMES, J. F. S. Capítulo VII – Deflexão de vigas isostáticas. Porto: FEUP, 2009. HIBBELER, R.
C. Resistência dos materiais. 7. ed. Pearson, 2009.
MARTHA, L. F. Aula 4. In: Introdução à análise de estruturas. Notas de aula. PUC-Rio. 2004.
Disponível em: http://webserver2.tecgraf.puc-rio.br/ftp_pub/lfm/ civ1112-aula04.pdf.
Acesso em: 01 ago. 2023.
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GABARITO
Questão 1 - Gabarito: D
Questão 2 - Gabarito: E
Questão 3 - Gabarito: D
Questão 4 - Gabarito: C
Questão 5 - Gabarito: D
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