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GRUPO DE ESTUDO

O CÉREBRO DA CRIANÇA
CAPÍTULO 5: ESTADOS UNIDOS DE MIM
Nº9: ESTRATÉGIA DO CÉREBRO POR INTEIRO
EXAMINAR: PRESTANDO ATENÇÃO AO QUE ACONTECE
POR DENTRO

Fevereiro/2019
O MODELO COGNITIVO
O processo de educação de uma criança não destina-se apenas
a ensiná-la comportamentos habilidosos e corrigir os não
habilidosos. Precisamos ensiná-las que o que elas pensam e
sentem irá influenciar a forma como se comportam.

A Terapia Cognitivo Comportamental – TCC é um dos modelos


psicoterápicos mais pesquisados na atualidade. No que se refere
a crianças, essa abordagem é considerada padrão-ouro das
escolas psicoterápicas.
O MODELO COGNITIVO
O modelo cognitivo está
baseado na seguinte lógica: as Pensamento
emoções e os comportamentos
das pessoas são influenciados
pela percepção que o sujeito
tem dos eventos, mais
especificamente, é a forma
como pensamos sobre o
evento que determina a
maneira como sentimos e nos Comportamento Sentimento

comportamos (Beck, 1964).


Quando ensinamos para as crianças que
elas podem mudar o foco de seus
pensamentos e que isso influenciará em
seus sentimentos e consequentemente
em seus comportamentos, damos a elas
autonomia e desenvolvemos uma
grande habilidade de resolução de
problemas.
Para isso, não é necessário dispender de um
tempo exclusivo. Em eventos cotidianos, com
a tomada de consciência dos pais,
conseguimos que isso se torne natural e
habitual para a família.
Uma dica importante é a de começar com
situações agradáveis para a criança, pois
será mais fácil para ela. Lembre-se que
quando nosso cérebro primitivo está ativado
ele não é capaz de fazer associações lógicas,
ou seja, num momento de muito stress, com
emoções como raiva ou tristeza ativadas,
por exemplo, nem a criança e nem o adulto
conseguirão fazer análises boas do contexto e
da situação.
Peguemos como exemplo uma ida ao
cinema:
No caminho, vá conversando com seu filho e utilize de seus próprios
sentimentos, sensações e pensamentos para ajuda-lo:
(Você) Filho, eu estou muito alegre porque vamos passar esse tempo
juntos e você?
(Filho) Eu também fico muito alegre quando vamos ao cinema!
(Você) Meu coração está batendo forte e não consigo parar de sorrir. O
que você está sentindo?
(Filho) Meu coração também está batendo forte e estou com vontade
de dar pulos de alegria.
(Você) Mas eu pensei aqui agora: e se o filme que a gente quer ver não
estiver mais em cartaz?
(Filho) Eu não quero ver outro filme, eu quero ver esse!
(Você) Vi que você ficou um pouco chateado com essa possibilidade,
não é?
(Filho) Sim, eu quero assistir esse filme!
(Você) Se ele não estiver em cartaz, quais outras coisas legais a gente
pode fazer?
(Filho) Não quero fazer outra coisa, quero ver o filme!
(Você) E se a gente for tomar sorvete?
(Filho) É, acho que isso parece ser legal também, eu quero de
chocolate!
(Você) Viu como você ficou alegre novamente? Bastou você pensar
em algo divertido que o sentimento chato foi embora e a alegria
voltou.
REGULAÇÃO EMOCIONAL
Um diálogo assim só é possível se o adulto estiver calmo.
Se no momento em que a criança fica chateada o adulto
dá uma bronca, não estamos validando a emoção dela e
grandes oportunidades de aprendizado poderão se
perder. Percebam que no diálogo foram explorados as
emoções, as sensações físicas e os pensamentos. Mostrando
isso para as crianças, fica mais fácil para elas identificarem
o que estão sentido e assim podem mudar o foco de seus
pensamentos antes que a emoção fique mais forte. Esse
processo, chamamos de Regulação Emocional.
TAREFA DE CASA
Gostaríamos de propor que você imprima seis silhuetas como
as que estão na página seguinte. Para cada imagem,
identifique uma das 6 emoções básicas: AMOR, ALEGRIA,
RAIVA, NOJO, TRISTEZA e MEDO. Recorde com seu filho
momentos que ele sentiu cada emoção e peça para que ele
identifique as sensações em seu corpo. Vá anotando ao lado
essas sensações e peça para ele colorir as partes do corpo
correspondentes.
TAREFA DE CASA
Depois, pergunte a ele o que passa em sua mente quando está
sentindo uma das 4 emoções desagradáveis de sentir (RAIVA,
NOJO, TRISTEZA e MEDO) e anote no quadro correspondente
(estão nas páginas seguintes). Em seguida, ajude-o a redirecionar
esses pensamentos para outros mais agradáveis a fim de que ele
possa utilizar em momentos do dia a dia que ele sentir que a
emoção desagradável está tomando conta dele.
RAIVA
SITUAÇÃO:

PENSAMENTO QUE ATRAPALHA PENSAMENTOS QUE AJUDAM


NOJO
SITUAÇÃO:

PENSAMENTO QUE ATRAPALHA PENSAMENTOS QUE AJUDAM


TRISTEZA
SITUAÇÃO:

PENSAMENTO QUE ATRAPALHA PENSAMENTOS QUE AJUDAM


MEDO
SITUAÇÃO:

PENSAMENTO QUE ATRAPALHA PENSAMENTOS QUE AJUDAM


Quem somos?
Deivid Sampaio Juliana Ventura
• Psicólogo • Psicóloga
• Especialista em TCC da • Pós graduada em Educação
Infância e Adolescência Especial
• Formação em Biodança • Especialista em
Clínica
Neuropsicologia e TCC da
• Formação em Infância e Adolescência
Neuropsicologia do
Desenvolvimento com ênfase • Formação em Reabilitação
em Treinamento de Pais e Neuropsicológica e Protocolo
Protocolo TRI TRI
• Especializando em TEA - • Especializanda em TEA -
UFMG UFMG
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