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DIRETORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO- DRE JUÍNA

Autora: Psicóloga Josi Martendal


SUMÁRIO

Sumário
Prefácio.......................................................................................................................................3
Qual o verdadeiro propósito da educação?...........................................................................4
Como acalmar a criança?........................................................................................................5
Cantinho do pensamento.........................................................................................................6
Limites.........................................................................................................................................7
Frases que seu filho precisa escutar de você.......................................................................8
Frases que nunca devem ser ditas.........................................................................................9
Birras.........................................................................................................................................10
Volta as aulas...........................................................................................................................11
Crenças.....................................................................................................................................12
Desenvolvimento de senso de capacidade e auto estima.................................................13
Criando adolescentes resilientes..........................................................................................14
Os pais devem estar alinhados na educação do filho........................................................15
05 passos para trabalhar seu tom de voz............................................................................16
Efeitos da negligência afetiva................................................................................................17
Bater não educa......................................................................................................................18
Disciplina positiva....................................................................................................................18
Bônus........................................................................................................................................19
Prefácio

Após alguns meses de atendimento psicológico no local em que trabalho:


centro de reabilitação, senti a necessidade de produzir um manual prático e
funcional que englobe as dúvidas mais recorrentes e que auxilie os pais na
educação de seus filhos, em uma linguagem de fácil compreensão e riquíssima
em aprendizado. Coloco aqui minha opinião embasada em artigos científicos e
neurociência, nada de achismos! 
 Partindo da ideia que todos estamos em constante evolução, acertando e
errando, te incentivo a ler o manual e a continuar buscando outras fontes de
conhecimento, ao contrário do que muitos pensam, educar não é intuitivo.
Sou mãe de um menino de 6 anos, portanto pude praticar e aplicar com
meu filho várias dicas que aqui menciono, todas elaboradas e propostas com
muito amor e carinho para que você também consiga desfrutar o melhor que a
maternidade e paternidade possui! 
Peço que indique e compartilhe com seus amigos e familiares, a
educação familiar é a base de um futuro sólido e promissor!! 
Qual o verdadeiro propósito da educação?

- ENSINAR
- INSTRUIR
- DIRECIONAR
- ORIENTAR
- GUIAR
- TREINAR
- RESPEITAR
- MODELAR
E muitas vezes é confundido com:
- Bater,castigar, humilhar, maltratar,amedrontar, criticar,diminuir.
Uma criança que se tornará um adulto emocionalmente saudável precisa ter
certeza que é amada, que tem valor em sua família, se sentir capaz e útil, ter
certeza que suas emoções, pensamentos e sentimentos importam.
Uma criança que é respeitada aprende a respeitar, e uma criança que é
agredida aprende a agredir. Quebre o ciclo da violência contra a criança. Não é
porque seus pais fizeram dessa forma, que você também precisa fazer, não
gaste energia os julgando e sim fazendo diferente.
QUEBRE O CICLO, ESSA MUDANÇA PRECISA COMEÇAR EM VOCÊ.
Torne-se o tipo de adulto que deseja que seu filho seja.
Como acalmar a criança?

Quando seu filho fica com raiva, explode ou chora diante das frustrações
que sente, ele precisa da sua ajuda para se acalmar. Essa necessidade é
chamada de co-regulação, consiste em: o adulto se regular, se manter
equilibrado para poder ajudar a criança a se regular, pois ela não consegue
fazer isso sozinha.
Claro que as vezes seu filho não vai querer ser abraçado nos momentos
de raiva, então não force. Mas se pudermos ficar calmos, termos empatia com
as razões da frustração em vez de julgarmos o comportamento, então a co-
regulação fica muito mais fácil de acontecer.
Quando seguramos nosso filho, há uma mudança física. O sistema
nervoso deles espelhará o nosso, e por isso, é tão importante lembrarmos que
somos o adulto dessa relação.
Cantinho do pensamento

Tenho certeza que você pai, mãe ou responsável, já ouviu sobre, ou


aplica o cantinho do pensamento, mas já parou para pensar se realmente
funciona e qual o sentido dele? Se questione porque afastar a criança quando
ele mais precisa de você?
Crianças pequenas ainda não possuem a capacidade de analisar,
planejar ou prever as consequências de suas atitudes. Essa é uma habilidade
que é desenvolvida com o tempo, com a maturidade e desenvolvimento do seu
cérebro e principalmente pela qualidade das interações que tem com seus pais
ou cuidadores.
Então não espere que seu filho pequeno aprenda a pensar ou tomar
melhores decisões quando estiver sentado sozinho em um canto. Ele precisa
de sua calma, de sua presença empática para ensinar, orientar, guiá-lo no
processo de aprendizado.
Ajudar uma criança a regular as próprias emoções é o ponto mais
importante do nosso papel como pais e isso só podemos fazer quando nos
mantermos regulados primeiro. Pais autorregulados ajudam seus filhos a se
regularem, crianças mais calmas aprendem a lidar com o que sentem e,
portanto, aprendem a focar em soluções e tomar melhores decisões da
próxima vez.
Tudo isso é um processo e um treino diário de longo prazo. Não se
preocupe, você está no caminho! Não espere resultados mágicos, estamos
falando de seres humanos e, portanto, somos regidos pela nossa biologia.
Aprendemos e nos desenvolvemos de acordo com o tempo e com o ambiente
em que vivemos. Não adianta esperar das crianças, comportamentos que elas
ainda não podem ter.
Limites

Você não precisa falar NÃO, para tudo e nem falar NÃO para o que pode
ser um sim, mas quando você precisa colocar limites e eles são necessários,
mantenha sua opinião, seja consistente e firme.
As crianças precisam de amor e também precisam de limites. Elas não
podem tudo. Precisam aprender as regras da família e da sociedade, a
respeitar o próximo, precisam conhecer seus limites e principalmente aprender
que precisam se esforçar para aprender e conseguir o que desejam.
Muitos pais anseiam por manter seus filhos felizes o tempo todo, desejam
dar aos seus filhos tudo aquilo que não receberam e durante a perseguição
deste objetivo, com frequência se deparam em um paradoxo: quanto mais
esforço fazem, menos alcançam o objetivo de ver seus filhos felizes.
Crianças que tem todos os seus desejos atendidos, (vale ressaltar que
desejos são diferentes de necessidades e necessidades devem ser atendidas
sim) imediatamente são as que mais sofrem pelo que não possuem ou pelo
que gostariam de ter, pois se tornam intolerantes e incapazes de lidar com
qualquer frustração que surge no caminho.
A frustração faz parte da vida e da infância também. Mas com seu apoio
será importante deixar seu filho sentir que é capaz de sobreviver a uma
frustração. Acolha as emoções difíceis nessa hora, mesmo quando sua
resposta for não, mesmo quando precisar manter os limites. Portanto frustre
seus filhos, e desenvolva a resiliência deles.
Ex: ´´ Filho, eu sei que você está triste porque queria tomar sorvete antes
do almoço, mas o almoço vem primeiro, combinado?
Nessa fala se percebe o acolhimento, você demonstra que se importa
com o que ela está sentindo. Entenda que crianças se frustram muito mesmo, e
isso faz parte. Use respeito, acolhimento e empatia para auxiliar nessa hora,
desenvolva a prática de fazer combinados, isso pode te ajudar.
Frases que seu filho precisa escutar de você

Devemos normalizar frases como essas, são elas que irão fortalecer a
auto estima de seufilho! Cuide da qualidade das suas palavras e atitudes.
Desenvolva o hábito de repetir frases como essas.
- Você é muito importante para nossa família, meu amor!
- Te amo, não importa o que aconteça!
- Conte comigo sempre que precisar!
- Eu confio em você!
- Você é especial, você é amado!
- Você é valioso! (essa utilizo todos os dias rsrs)
- Você é gentil e muito querido!
- Você é capaz!
- Você pode fazer coisas difíceis!

Seus filhos acreditam no que você diz sobre eles: se é dito


frequentemente que a criança é terrível, mal-educada, chata, burra, entre
outros, qual a motivação que ela terá para ser diferente? se seus próprios pais
repetem isso frequentemente em forma de rótulo, a criança acolherá o que é
dito como verdade.
Pense na gravação de um CD, como exemplo prático, é como se os pais
estivessem gravando todos os dias memórias boas e ruins.
Frases que nunca devem ser ditas

- Não está satisfeito, pegue suas coisas e vá embora´´


- Os incomodados que se mudem!
- Você nunca vai ser ninguém!
- Você é a ovelha negra dessa família!
- Você não faz nada direito!
- Não fez mais que a obrigação!
- Seu irmão faz melhor do que você!
Nosso lar deve ser um refúgio de amor, confiança e segurança e não um
fardo pesado de se carregar ou o último lugar do mundo onde nossos filhos
desejam estar. Reveja suas falas, repensem suas atitudes, antes de querer
mudar seu filho, mude você primeiro. Você pode estar mesmo que sem querer
ou perceber preparando seu filho para se distanciar de você a médio e longo
prazo.
Uma criança suporta tudo dos pais porque depende deles para viver,
mas a pergunta que você precisa se fazer é: A FORMA QUE EU TRATO MEU
FILHO HOJE, QUANDO ELE CRESCER, VAI DESEJAR MANTER UM
RELACIONAMENTO SAUDÁVERL COMIGO OU IRÁ SE AFASTAR?
Birras

Por volta dos 2 anos o córtex pré-frontal da criança já desenvolveu


capacidade suficiente para insistir com seus objetivos, é por volta dessa idade
que começam as birras, quando por exemplo, seu filho vê um carrinho e insiste
muito para comprar. Vocês já devem ter percebido que não adianta distrai-lo,
então decidem entre o sim e o não.
O detalhe é que o cérebro de uma criança ao ouvir um NÃO, se vê
envolto em uma ´´ tempestade´´, existe uma explicação neurológica para isso ,
ainda que a criança tenha força mental suficiente para insistir com suas
vontades, ela ainda não tem a capacidade de acalmar suas frustrações porque
os neurônios que a ajudam a persistir em suas ações são diferentes dos que
freiam ou inibem seus comportamentos.
E os neurônios ´´ inibidores´´ não se desenvolvem até os 04 anos
aproximadamente. Então se para um adulto já é desafiador acalmar uma
emoção difícil, para uma criança pequena será bem mais. Por isso a criança
chora, esperneia, se joga no chão, chuta, porque essa é uma forma que o
cérebro encontra para descarregar a energia acumulada em seus neurônios,
ajudando a criança a se acalmar.
No entanto muitos pais acham que isso é manipulação e na verdade a
criança age asso, para descarregar a tensão que acumulou em seu corpo e se
acalmar. Ajude-a trazendo sua calma em vez de aumentar a tempestade.Você
utiliza frases como ´´ Se não vier agora, vou te deixar aí sozinho, tchau estou
indo ´´, achando que assim está educando seu filho?
A ameaça de abandono pode até fazer a criança atender as suas
expectativas na hora e, afinal de contas qual o problema? Nossos pais também
fizeram assim conosco e aqui estamos ´´ somos pessoas de bem ´´ etc. Esse
texto te pareceu familiar?
E se eu te disser que existe outra forma de se comunicar, essas frases
podem funcionar na hora, porque a criança reage assim: ´´ Não, mamãe, por
favor não me deixe aqui ´´. A questão é que esse tipo de atitude, gera um
grande estresse e ansiedade nas crianças fazendo com que elas mudem seu
comportamento por medo de abandono. O medo ativa uma região do cérebro
chamada amigdala, a qual libera hormônios que permanecem por horas no
corpo da criança, atrapalhando sua cognição e desenvolvimento.
Com o passar do tempo, começam a apresentar sintomas de ansiedade,
choros aparentemente sem motivo, vários medos, sempre buscando nossa
presença, medo da separação entre outros.
Não utilize o medo para manipular o comportamento infantil, nem tudo
que funciona na hora, a longo prazo será útil, e emocionalmente saudável.Ao
invés de ameaças, tente, se conectar com a criança, faça combinando, acolha,
pegue no colo, valide suas emoções. O maior presente que você pode dar ao
seu filho é a sua presença emocional, o seu real desejo em estar perto.
Volta as aulas

Para alguns pais um terror, para alguns um alívio, independente do


sentimento, podem surgir dúvidas sobre qual a melhor forma e atitudes a
serem tomadas nesse momento, diante do contexto de pandemia e aulas
online.Por isso preparei algumas dicas que podem te auxiliar!!
- Segurança emocional: os pais precisam entender que crianças
menores tem a necessidade de sentirem segurança, tanto a física quanto a
emocional, ela tem que ter certeza que pode confiar no adulto, processo que é
construído, então quando fazer tratos com a criança sempre cumpra.
- Validação de emoção:é muito bom quando somos ouvidos pela pessoa
que gostamos, com as crianças não é diferente, crie ou aumente o espaço que
a ela possui para sentir e demonstrar seus sentimentos. Seela tem medo de se
separar dos pais, quando for acolhida de uma forma sincera e verdadeira esse
medo tende a passar mais rápido.
-Objeto de segurança: caso a criança tenha um objeto preferido, pode
ser um ursinho ou boneca, ou qualquer outro objeto que ela tenha apego,
permita que ela leve à escola por alguns dias, se ela não tiver criem um junto,
como por exemplo, passar seu perfume num papel para que ela possa levar e
sentir o cheiro quando quiser.
- Não saia escondido: não deixe a criança chorando na sala, comunique
a ela, tire alguns minutos para abraça-la, diga o quanto a ama, se despeça e
reafirme que irá voltar. Sair escondido irá ativar todos os alarmes internos da
criança, com medo de ser abandonada na escola.
Crenças

Crenças são estados mentais em que se assume que algo é verdadeiro


ou provável, ao longo das gerações elas vão sendo passadas, pelos nossos
avôs, pais, e muitas vezes não paramos para analisar o real sentido e se aquilo
que nos é ensinado é realmente verdadeiro. Ao longo dos atendimentos que
fiz, escurei várias crenças do tipo: ´´Se eu não ameaçar ou castigar, meu filho
vai achar que pode fazer o que quiser ´´ ou ´´ Se eu não bater nele, como ele
vai aprender ´´. Se identificou com alguma?
E se eu disser pra você que podemos e devemos tentar fazer diferente.
Parainiciar, devemos verificar e ressignificar nossas crenças e lembrando que
respeito é uma via de mão dupla, respeito não se pede, se inspira respeitando
primeiro.
Os erros são grandes oportunidades de aprendizado e não motivos para
castigo. Nenhuma criança nasce sabendo, ela precisa ser guiada pelos pais.
Ameaças e castigos convidam a criança a nutrir um desejo de se vingar, de ter
raiva dos pais. Uma criança que é tratada com respeito, firmeza, empatia, se
sente amada, segura e, portanto, colabora muito mais com seus pais, antes de
querer corrigir seu filho se conecte com ele antes.
Fale sobre como se sente, escute, foque em soluções, ensinar a eles a
tomar boas decisões dia após dia é mais importante que cobrar obediência
cega.
Desenvolvimento de senso de capacidade e auto estima

Procure estimular a aprovação interna e não o vício em aprovação externa.


Ex: O que você achou do seu desenho? O que você achou do sapato que
escolheu? Você gostou?
Foco no esforço
Ex: Você se esforçou e foi muito bem nas provas! Parabéns! Você deve estar
muito orgulhoso de si mesmo!
Incentive e estimule frases como:
Ex: Uau, você encontrou uma solução sozinho.
Criando adolescentes resilientes

Seu filho já não é mais um bebê, está crescendo e já pode tomar suas
próprias decisões. O tempo passou rápido demais e de repente você se deu
conta seu filho pequeno cresceu. Permita que seus filhos desenvolvam
resiliência, a força necessária para encarar as dificuldades da vida. Não queira
protegê-los de tudo e de todos, não teremos mais controle nessa fase e é
preciso compreender isso.
Se você deseja aumentar sua influência sobre seu filho adolescente, você
vai precisar aprender a reduzir seu comportamento controlador, pois somente
assim será possível ter um relacionamento mais próximo, de mais conexão.
Por isso, é importante, construir um relacionamento forte e de confiança
na primeira infância, pois na adolescência isso fará toda a diferença. Ao longo
dos atendimentos desenvolvi algumas dicas que podem te ajudar nessa fase.
1- Escute e pergunte: os dois melhores criadores de relacionamento,
e se interesse pela resposta. Seja curioso em vez de autoritário.
Adolescentes frequentemente reclamam que não conseguem se abrir
com os pais, o que dificulta muito o processo de educação baseado em
comunicação.
2- Tenha coragem de dar mais liberdade, lembre-se de você
também já foi um adolescente. Como você se sentia quando seus pais
queriam controlar tudo. Dê um voto de confiança
3- Implemente consequências. Ex; se não respeitar o combinado do
horário de retornar para casa, não irá sair na próxima vez. E cumpra com
o que disser, a constância é sua aliada.
4- Pratique resolução dos problemas, foque em solução em vez de
focar no problema, tudo que focamos se expande.
5- Deixe seu filho lidar com as consequências de suas escolhas,
eles já possuem desenvolvimento neural suficiente para compreender
isso, acerto e erros são necessários para a aprendizagem.
6- Se mostre compreensivo, mostre sua humanidade, sua empatia, o
que é bem diferente de permitir que o adolescente faça tudo que deseja,
empático sim, ingênuo não.
7- Seja o exemplo que seu filhoprecisa, palavrasconvencem, mas
o exemplo arrasta. Se deseja ser respeitado, seja o primeiro a respeitar,
se deseja ser ouvido seja o primeiro a ouvir.
Essa posição de ser pais de adolescentes, compreendo que é um local
que pode se tornar muito desafiador, mas lembre-se estamos criando filhos
para voarem alto e não para ficar acomodados no ninho. Caso necessite de
ajuda, procure um profissional, faça psicoterapia. Vamos juntos.
Os pais devem estar alinhados na educação do filho

Não é raro, escutar de mães, reclamações do pai da criança, que não


participa da criação dos filhos, que elas sentem falta dessa presença paterna
que muitas vezes ele se faz provedor, mas não é orientador ou afetuoso.
Diante disso, eu te digo, a mudança precisa começar em você, falamos muito
sobre o mundo, que todos tem que mudar, o vizinho tem que mudar, o marido
tem que mudar, e a verdade é que é muito mais fácil começar a mudança em
mim.
Não temos que convencer ninguém, temos que inspirar a pessoa a
mudar, sempre de uma forma muito afetuosa, você mãe que quer melhorar na
educação do seu filho mas não vê o mesmo no seu conjugue, então faça você,
quando ele perceber que seu filho está te escutando e não escutando ele, isso
trará um reflexão interna, as mudanças são um processo e cada indivíduo tem
o seu tempo. Ele terá Inspiração na sua mudança, não adianta só falar,
continue fazendo as pessoas mudam se inspirando em nós.
Evite entrar em brigas, você e seu conjugue são parceiros, não estão em
uma competição, não precisam ganhar nada, o que importa é o bem estar de
todos os membros, não ‘ésó querer ter razão, se precisarem conversar sobre a
educação dos filhos conversem em um local reservado, vocês podem ter
discordâncias sim , mas no particular, na frente do filho é o mesmo discurso. A
criança precisa sentir que vocês estão conectados e estáveis para que ela se
sinta segura e protegida. Lembre-se é mais fácil investir em criar uma criança
emocionalmente saudável do que ´´ concertar´´ um adulto traumatizado.
05 passos para trabalhar seu tom de voz

Gritar, se descontrolar, ou xingar, não vai convidar o seu filho a escutar o


que você diz, ele pode escutar a sua voz, mas não o que você diz. Mas se
pode mudar essa realidade!
Passo 1: Quando sentir que a raiva está chegando, pare, respire e espere para
falar ou agir até que possa usar um tom de voz calmo.
Passo 2: Lembre-se como se sente quando alguém grita com você. Você sente
vontade de colaborar ou de gritar de volta?
Passo 3: Coloque lembretes no carro, na geladeira, no espelho ´´ usar um tom
de voz calmo! Aprender a falar baixo é um treino.
Passo 4: Se perder a paciência e gritar, pare, peça desculpas. Isso não o torna
fraco, mas sim humano, e seu filho verá que todos são passíveis de erro,
ninguém é perfeito e ele também não precisa ser.
Passo 5: Tenha paciência com o seu processo de aprendizado, perdoe-se e
recomece quantas vezes forem necessárias.
Efeitos da negligência afetiva

Observe a imagem acima, trata-se da imagem de dois cérebros de duas


crianças com 03 anos, porém sua massa encefálica está diferente. Sabe
porquê?
Em um estudo feito por Bruce Perry, chefe do hospital psiquiatra infantil
compartilhou essas imagens no artigo científico sobre: como a negligência na
infância afeta o desenvolvimento cognitivo. Os efeitos de sucessivas
humilhações, abandonos, abuso emocional, ameaças, maus tratos afetam o
cérebro. O da direita se desenvolveu normalmente, já o da esquerda não. O
pesquisador ainda explica que crianças e adultos que sofreram negligência
emocional podem achar difícil formar relacionamentos saudáveis ao longo de
sua vida.
Eles podem acabar com problemas de apego, em situações que se
tornam extremamente dependentes de outra pessoa, ou ir para outro extremo,
que é o isolamento social. Outros estudos também indicam problemas de
memórias, problemas com emoções. Perry concluiu em seu artigo ´´ o
desenvolvimento saudável dos sistemas neurais que permitem um ótimo
funcionamento social e emocional depende do cuidado amoroso e atencioso na
infância e das oportunidades de formar e manter uma diversidade de
relacionamentos com outras crianças e adultos´´. Diante disso, precisamos
mudar, melhorar, nos aperfeiçoamos, pois podemos ser melhores com nossos
filhos.
Bater não educa

Tem uma frase bem interessante que nos faz repensar sobre a forma que
tentamos educar os filhos e que utilizo bastante, ela diz assim: ´´ De onde
tiramos a terrível ideia de que para fazer com que uma criança se comporte
melhor, primeiro precisamos fazê-la sentir-se pior? ´´ ( JaneNelsen ) e parando
para refletir realmente não faz sentido.
Bater gera, vergonha, culpa, medo e dor nas crianças, afeta a autoestima
e segurança. A intenção é ser temido ou respeitado? Necessitamos evoluir, ser
críticos e entender que pessoas precisam ser tratadas com respeito, sempre.
Como exigir respeito, sem respeitar.
Educar é dedicar tempo, vai além de levar na escola, comprar roupa, dar
banho, dar comida. É se dedicar para desenvolver habilidades de vida, praticar
empatia, responsabilidades, senso de capacidade. Colocar limites SIM, porém
de forma respeitosa. É mostrar pro seu filho que erros são oportunidades de
aprendizado e não motivos para castigo.
Devemos garantir que os filhos tenham um espaço seguro, para
desenvolver sua criatividade. Educar é encorajar seu filho a persistir pelo que
deseja, passar através de exemplos, os valores básicos da vida. Dedicar tempo
de qualidade, sem telas, apenas vocês se conectando emocionalmente. Dá
trabalho? com certeza, assim como tudo na vida que vale a pena.
Dedicar esforço é um ato de amor, compreender que cada palavra, cada
atitude durante a infância estará construindo o adulto de amanhã. Lógico que a
permissividade extrema pode ser tão nociva quanto os castigos, temos que
encontrar o equilíbrio das nossas emoções.

Disciplina positiva

Nós pais temos que aprender a andar no caminho do meio, nem no


autoritarismo e nem na permissividade. Ordem e liberdade ao mesmo tempo.
Firmeza e gentileza. Firme porque respeitaremos nossos valores, nossos
limites e nossa autoridade como pais e gentil porque respeitaremos aquela
criança que ainda está se desenvolvendo e conhecendo o mundo.
É preciso sair dos extremos entre o autoritarismo e a permissividade, pais
estão sempre oscilando, uma hora são muito rígidos, entãodepois se
arrependem e ficam muito bonzinhos. Veja abaixo alguns exemplos que podem
te ajudar a desenvolver e compreender o raciocínio.
Autoritarismo (muito firme)
1) Faz agora o que estou mandando!
2) Se não fazer isso em um minuto vai ficar de castigo.
3) Não quero saber de desculpas, vai agora fazer o que eu mandei.
Permissivo (muito gentil)
1) Não sei porque não faz o que eu peço, estou triste.
2) Tudo bem, pode assistir mais tv.
3) Você consegue tomar banho sozinho, mas deixa que eu te ajudo.
GENTIL E FIRME ao mesmo tempo (forma ideal)
1) Eu te amo e a resposta é não.
2) Eu sei que é difícil para de brincar agora, mas já deu o horário que
tínhamos combinado.
3) Eu te entendo que gostaria de dormir mais tarde, mas é hora de ir pra
cama.
4) Quando terminar sua tarefa da escola pode assistir o desenho.

Bônus
Como agir quando o pai tem preferência por um dos filhos? os pais podem
sim ter mais afinidade com um dos filhos, não está no nosso controle, não é o
mesmo que preferência, temos que prestar atenção nisso, para não deixar os
outros filhos sem a devida atenção e afeto.
Acho que traumatizei meu filho com o tanto que já gritei com ele?o que já
passou não conseguimos alterar, em vez de gastar energia se culpando,
comece a partir de agora prestar atenção no que você pode melhorar, para
fazer escolhas mais racionais e menos ações no automático/impulsivo.
Crianças estão em desenvolvimento, quanto mais rápido você mudar a rota
melhor.

Como fazer uma boa higiene do sono

1- A higiene do sono começa pela manhã, então ao acordar abra todas as


janelas. A luz natural pela manhã irá ativar uma área cerebral chamada
hipotálamo, regulando todo o ciclo do sono, então aproveite dela entre 20 e 30
minutos. Lembrando que o sol da tarde não trará o mesmo benefício.
2- Não ingerir café depois das 15:00hrs, a cafeína tem meia vida de 6
horas.
3- A cama é somente para atividade sexual e dormir, não foi feita para
estudar, nem comer. Pratique todos os dias o hábito de arrumá-la, seu cérebro
tem que compreender que aquele ambiente é só para dormir. Soneca depois
do almoço auxilia apenas se não ultrapassar mais que 30 minutos.
4- Leitura antes de dormir pode ser útil, nada técnico para não aumentar a
noradrenalina no seu cérebro e fazer com o que sono vá embora.
5- Tela de celular, se for possível evitar será ótimo, se não, reduza o brilho
no mínimo.
6- Ao começar a escurecer, evite luz artificial, se tiver que deixar luz acesa,
de preferência à luz quente (amarela), ela começa a reduzir o seu sistema de
alerta.
7- Evite refeições gordurosas, volumosas, lanches, prejudicará a qualidade
do seu sono.
8- Após as 18:00 horas diminua a ingestão de líquidos. Existem células ao
redor da bexiga, que são disparadas por extensão mecânica e enviam ao
cérebro um sinal para acordar.
9- Procure acordar sempre no mesmo horário, incluindo fim de semana, é
importante manter o ciclo circadiano em uma rotina.
10- 03 horasantes de dormir, diminua o estudo, trabalho, tarefas, se ficar
resolvendo problemas o nível de cortisol (hormônio do estresse) irá aumentar,
fazendo com que a melatonina (hormônio do sono) reduza.

Obs.: todas as informações aqui incluídas, são sugestões, lembrando que a


responsabilidade do tratamento e melhora também é do paciente. Reforço que
a vida social é importante, mas sempre dormir tarde e acordar cedo, não
respeitar seu sono tem consequências, como problemas de concentração,
memória, aumento de ansiedade, entre outros.

Horas indicadas para dormir de acordo com a idade


0 a 3 meses de vida: 14 horas de sono
4 a 11 meses: 12 a 15 horas de sonos
1 a 2 anos: 11 a 14 horas
3 a 5 anos: 10 a 13 horas
6 a 13 anos: 9 a 11 horas
14 aos 17 anos: 8 a 10 horas
18 aos 25 anos: 7 a 9 horas
26 ao 64: 7 a 9 horas
65 pra cima: 8 horas de sono com mudanças no ciclo.

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