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NEUROATIVAMENTE

A importância das habilidades visuoconstrutivas

A visuoconstrução é um domínio cognitivo que se define pela

capacidade de organizar e manipular informações espaciais, para criar

um design ou copiar um modelo. Este é um domínio complexo que

integra processos como a visuoperceção, a análise visuoespacial, as

capacidades motoras finas, a atenção e as funções executivas.

A adequada execução de tarefas cotidianas como escrever,

desenhar, recortar, escovar os dentes e manejar partes depende

diretamente das denominadas habilidades visuoconstrutivas de acordo

com Abrisqueta (2006). Os distúrbios visuoconstrutivas (também

conhecidos como apraxia construtiva) caracterizam-se pela dificuldade

de os sujeitos traduzirem informações adquiridas a partir da percepção

visual em ações motoras assertivas, sendo tal quadro provavelmente

relacionado a falhas na comunicação entre processos visuais e

sinestésicos (Bertolucci, 2003). Neste sentido, mesmo o paciente

possuindo acuidade visual normal e habilidade motora preservada, este

pode expressar significativas dificuldades para copiar formas e

desenhar objetos, sendo estes agravos refletidos no dia a dia nas


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dificuldades em manipular instrumentos necessários para a realização

das atividades da vida diária (Mattei e Mattei, 2005).

Apesar das conceituações apresentadas, não é possível

compreender as habilidades construtivas isoladamente. Estas se

apresentam como funções complexas e diretamente relacionadas a

outros componentes neuropsicológicos, principalmente, as capacidades

visuoperceptivas, visuoespaciais, bem como integrantes das

denominadas funções executivas. Nos âmbitos visuoperceptivo e

visuoespacial, Benton e Tranel (2010) destacam a necessidade de

preservação das capacidades de discriminação visual, diferenciação

figura fundo, síntese visual, reconhecimento, percepção de

profundidade, cores, distância, localização espacial e julgamento de

direção para uma adequada execução construtiva.

Em paralelo, as funções executivas, conjunto de habilidades

necessárias para a resolução de problemas e tomada de decisões,

também se configuram como agentes elementares para uma adequada

prática construtiva, Malloy e Diniz (2010). Dentre estas habilidades, a

capacidade de planejamento dos passos necessários para a execução

das tarefas e o monitoramento das ações quando em execução


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apresentam-se como etapas imprescindíveis no ato motor, Abrisqueta

(2006).

Orientações Gerais

 Leia com muita atenção as instruções das atividades e as faça

com calma.

 Recomenda-se realizar uma avaliação inicial.

 Durante as sessões, podem ser aplicados de 2 a 4 exercícios,

juntamente com outra habilidade cognitiva.

 Como tema de casa, 2 atividades podem ser resolvidas em

casa, complementando com outra habilidade cognitiva, como

a atenção, por exemplo..

 Parabenize sempre que o participante acertar, pois

reforçamos, dessa forma, a sensação de êxito e,

consequentemente, a motivação para as intervenções.


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Sobre o Autor

Marcos Costa é especializado Psicologia Infantil pela Unyleya.

Especialista em Neuropsicologia pela Uniasselvi, com Ênfase em


Neuropsicologia Infantil.

Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental pela Unyleya.

É especialista em Gerontologia pela Universidade Gama Filho.

Participou ativamente do Grupo de Pesquisa em Neuroplasticidade e


Reabilitação da PUCRS em Porto Alegre

Publicou artigos na área da Estimulação Cognitiva e escreveu um


capítulo do Livro Geriatria e Gerontologia Clínica lançado pela PUCRS,
em 2020.

Bacharel em Educação Física e Fisioterapia pela

Universidade Federal do Rio Grande do sul.

Almejando ainda mais conhecimento, hoje é graduando do curso de


Psicologia na Instituição FADERGS – Faculdades do Rio Grande do
Sul.

Também, é proprietário de uma clínica de terapias integradas em Porto


Alegre/RS.
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Referências

Abrisqueta-Gomez, Jaqueline; Santos, Flávia Heloísa. Reabilitação

neurospicológica. São Paulo, Artes médicas: 2006.

Bertolucci PF. Distúrbios vísuoespaciais e vísuoconstrutivos. In

Neuropsicologia: das bases anatômicas à reabilitação, vol. 1, São Paulo

,2003: Clínica Neurológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de

Medicina da Universidade de São Paulo.

Mattei TA, Mattei JA. A cognição espacial e seus distúrbios: o papel do

Córtex Parietal Posterior. Ver Neurociencias 2005; 13(2): 093-099.

Benton, A; Tranel, D. Visoperceptual, visuospatial, and visuoconstructive

disorders. IN: MALLOY-DINIZ L. F. et al. Avaliação neuropsicológica.

Porto Alegre: Artmed, 2010, pg 116.

MALLOY-DINIZ L. F. et al. Avaliação neuropsicológica. Porto Alegre:

Artmed, 2010. p. 76-85.


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Atividade Visuoconstrução

Esta atividade inclui 20 cartões, mais a tabela para construção do

modelo.

Imprima todas as páginas com os cartões, juntamente com a tabela.

Os cartões e a tabela podem ser impressos em papel 180gr. para ficar

com aspecto de cartão, ou podem ser plastificados.

Caso a tabela não seja plastificada, você poderá utilizar uma folha

plástica para envolver a tabela. Dessa forma, você aplica a atividade e,

logo em seguida, poderá apagar a tinta da caneta Hidrocor.

Como aplicar: A estratégia é livre. Basicamente, você poderá pedir

para o participante escolher um dos cartões e reproduzir como modelo.

Também, pode ser aplicado em grupo, onde cada participante retira um

cartão e reproduz o modelo. O terapeuta terá a função de mediador,

facilitador da atividade.
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