Você está na página 1de 52

REABILITAÇAO COGNITIVA

E ENVELHECIMENTO
ENVELHECER?
É o processo de desgaste do corpo (ou das células),
depois de atingida a idade adulta.
As causas do envelhecimento ainda não são
totalmente conhecidas; teorias propõem que
acúmulo de danos (por exemplo, mutações no
DNA) possa causar aumento de falhas no
organismo. Outras teorias propõem que o
envelhecimento possa ser programado
geneticamente.
Indivíduo com
Por que envelhecemos?
Em virtude das múltiplas divisões celulares que a célula individual registra ao longo do
tempo, para esse efeito, o telómero (extensão final do DNA que serve para a sua proteção
) vai diminuindo até que chega a um limite crítico de comprimento, chamado de limite de
Hayflick, ponto em que a célula perde a capacidade de se dividir, levando a uma
consequente diminuição do número de células do organismo, das funções dos tecidos,
órgãos, do próprio organismo e o aparecimento das chamadas doenças da velhice.

Uma enzima endógena (telomerase) encarrega-se da manutenção dos telómeros. A cada


divisão da célula acrescenta a parte do telómero que se perde em virtude da divisão, de
modo que o telómero não diminui e a célula pode-se dividir sempre que precisa.

Ela realiza essa função unicamente em células germinativas e em alguns tipos de células
cancerosas, fazendo com que estas sejam permanentemente jovens independentemente
do organismo envelhecer. As células somáticas têm o gene da telomerase mas não a
produzem.
Atualmente a ciência já consegue ativar a telómerase e criar células com potencial
imortal. Revistas científicas como a Science (1998) já trouxeram artigos sobre este assunto
. O envelhecimento pode ser entendido
como a consequência da passagem do
tempo ou como o processo cronológico
pelo qual um indivíduo se torna mais
velho. Esta tradicional definição tem sido
desafiada pela sua simplicidade. No caso
dos seres vivos relaciona-se com a
diminuição da reserva funcional, com a
diminuição da resistência às agressões e
com o aumento do risco de morte.
A velhice chegou a vida acabou??
IMPORTANTE
 Geriatria: É o r amo d a medic ina que se
dedica ao idoso, ocupando-se não só da prevenção,
do diagnóstico e do tratamento das suas doenças
agudas e crônicas, mas também da sua recuperação
funcional e sua reinserção na sociedade.
 Gerontologia: Ciência que estuda o envelhecimento
nos seus a s p ec t os biológico,
p s i c o l ó g i c o e s o c i a l , englobando um
conteúdo assistencial aos idosos.
Brasil – Transição demográfica

FIGURA 1: ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA, POR SEXO,


NOS ANOS 2000, 2025 E 2050
Mortalidade - Brasil
Óbitos p/Ocorrênc por Capítulo CID-10 e Ano do Óbito
Faixa Etária: 60 a 69 anos, 70 a 79 anos, 80 anos emais
Período:2000-2010
Nº Capítulo CID-10 TOTAL
1º IX. Doenças do aparelho circulatório 2438509
2º II. Neoplasias (tumores) 1053298
3º X. Doenças do aparelho respiratório 851534
4º XVIII.Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat 777482
5º IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 466852
6º XI. Doenças do aparelho digestivo 297281
7º I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 198519
8º XX. Causas externas de morbidade e mortalidade 195563
9º XIV. Doenças do aparelho geniturinário 145374
10º VI. Doenças do sistema nervoso 111495
PROBLEMAS NA VELHICE

1. Insuficiência
(Incompetência)
Cerebral
2. Imobilidade
3. Incontinência
4. Instabilidade Postural
Cerebral
5. Demência,
6. Delírium,
7. Depressão
Insuficiência (Incompetência)
Cerebral
 Origem: Degeneração e perda de células no cérebro
 Causas mais comuns: Doença de A l z h e i m e r e
D i s t ú r b i o s c i r c u l a t ó r i o s no c é r e b r o
 E vo lu ç ão : Lenta , p r o g r e s s i v a g e r a l m e n t e
ir r e v e r sí v e l
 CONSEQUÊNCIAS:
 Dificuldades de memória
 Desorientação
 Dificuldades de linguagem
 Incapacidade para realizar tarefas comuns do cotidiano
 Alterações do comportamento e da personalidade
Imobilidade
 Situação Motora e Comportamental
 P e r d a de a t i v i d a d e s l a b o r a t i v a s .
 P e r d a de f u n ç õ e s s o c i a i s
 Naturalização da inatividade
 Ambiente Limitante
 Superproteção.
 Negligência
 Doença crônica
 Doença aguda
 Dor crônica
 Sedentarismo
 Inatividade
 Imobilidade
Instabilidade cerebral
 DEPRESSÃO
 A depressão não é apenas tristeza e não é inerente
ao processo de envelhecimento, é uma d o e n ç a
que deve s e r t r a t a d a . E n t r e a s
pessoas idosas, a depre ss ão talvez
s e j a o e xemp l o mais comum de uma
d o e n ç a com a p r e s e n t a ç ã o c l í n i c a
inespecífica e atípica.
 A depressão não é provocada por um só fator. Há
um entrecruzamento de vários fatores:
psicológicos, biológicos, sociais,
c u l t ur a is , ec o nômicos , f a m i lia r e s ,
e n tr e out r os q ue f a zem com q ue a
dep r e s s ã o se ma n i f es t e em
de t er m i n a do s uj e i t o . Não está claro por
que umas pessoas se deprimem e outras não.
DEPRESSÃO DEMÊNCIA
Quanto à História Clínica
Antecedentes pessoais ou Presente Ausente
familiares de depressão
Início dos sinais e sintomas Data precisa de início Não evidente

Progressão dos sintomas Rápida Lenta

Duração dos sintomas Menor de seis meses Maior de seis meses

Queixas de perda cognitiva Enfatizada Minimizada

Descrição da perda Detalhada Vaga


cognitiva
Descrição da perda cognitiva Detalhada Vaga

Incapacidade Enfatizada Não enfatizada

Esforço para executar tarefas Menor Maior

Apetite Transtorno do apetite Normal

Resposta ao tratamento com Boa Ausente


antidepressivos
Quanto ao exame clínico
Perda de memória Para acontecimentos recente e Maior perda de memória
remoto similares recente

Incidência de respostas do Habitual Não habitual


tipo - "não sei"
Incidência de respostas tipo - Não é habitual Habitual
"quase certo"
Demência
 A demência é uma síndrome clínica d e c o r r e n t e
de d o e n ç a ou d i s f u n ç ã o c e r e b r a l , de
na t ur e z a c r ô nic a e p r o g r e s s iva , na
qual ocorre perturbação de múltiplas funções
cognitivas, incluindo memória, atenção e aprendizado,
pensamento, orientação, compreensão, cálculo,
linguagem e julgamento.
 O comprometimento das funções cognitivas é
comumente acompanhado, e ocasionalmente
precedido, por d e t e r i o r a ç ã o d o c o n t r o l e
emo c iona l , c omp or t amen to s o c ia l ou
mo t iva ç ã o . A demência produz um declínio
apreciável no funcionamento intelectual que
interfere com as atividades diárias, como
higiene pessoal, vestimenta, alimentação,
atividades fisiológicas e de toalete.
Demência
 Doença de Alzheimer: É a ma is p r eva l ent e entre as
diversas causas de demências.
 Demência Vascular:I ní ci o a b r u p t o , geralmente,após um
episódio vascular, com de t er ior a ç ã o em deg r a us
( a l guma r ec u p er a ç ã o dep ois d a p ior a ) e
f l u t u a ç ã o do d é f i c i t c o g n i t i v o (dias de melhor e
pior performance). Apresenta sinais focais, de acordo com a
região cerebral acometida.
 A demência vascular não é uma doença, mas sim, um
grupo heterogêneo de síndromes com vários
mecanismos vasculares e mudanças cerebrais
relacionados a diferentes causas e manifestações
clínicas. É o segundo tipo mais prevalente de
demência.
DELIRIUM
 É definido como uma “síndrome cerebral
orgânica sem etiologia específica”,
caracterizada pela p r es enç a
s i m u l t â n e a de p e r t u r b a ç õ e s
da consciência e da atenção,
da p er c e p ç ã o, do
pens a m ento, d a mem ó ria , do
comportamento p s i c o m o t o r,
da s emoções e d o r i t m o s ono-
vigília.
 Acomete principalmente pacientes idosos.
É um “estado confusional agudo” ou
“confusão mental aguda”, com duração
variável, e com gravidade varia de formas
leves a muito graves.
DELIRIUM
 EPIDEMIOLOGIA
 1% nos i d o s o s que vivem em comunidade;
 40% n o s i d o s o s a d m i t i d o s em unidades de u r g ê n c i a ;
 2% a 60% no p ó s - o p e r a t ó r i o .
 SINTOMAS CLÍNICOS
 D i s t ú r b i o d e atenção;
Início agudo, com pio r a n o s per í o d o s not u r n o s ;

Car ac t e r iz am-s e com da consciência,
 prejuízo
atenção, cognição, c ic lo sono-vigília e
comportamento psicomotor;

Des o r ien t ação t êmpo r o -es p acial ;
D i s f u n ç ã o d a cognição
 - prejuízo do pensamento (vago e
fragmentado nas formas leves; sem lógica ou coerência: nas formas graves).
DELIRIUM
 ETIOLOGIA
 Multifatorial: qualquer afecção médica, uso ou
abstinência de drogas;
 Principais causas entre os idosos: p r o c e s s o s
infecciosos ( p n eumon ia e ITU),
afecções cardiovasculares,
cerebrovasculare s e pulmonares
q ue c a us am h i p ó x i a e dis t ú r b ios
metabólicos.
MAL DE ALZHEIMER
 A Doença de Alzheimer é uma doença do cérebro, degenerativa, isto é, que produz
atrofia progressiva, com i n í c i o mais f r e q ü e n t e a p ó s o s 65 a n o s ,
que p r o d u z a p e r d a d a s h a b i l i d a d e s de p e n s a r,
r a c i o c i n a r , m e m o r i z a r, que a f e t a a s á r e a s d a linguagem
e p r o d u z a l t e r a ç õ e s no c o m p o r t a m e n t o .
 Causas - Ainda não estão conhecidas, mas sabe-se que existem relações com certas
mudanças nas terminações nervosas e nas células cerebrais que interferem nas
funções cognitivas. Alguns estudos apontam como fatores importantes para o
desenvolvimento da doença:
 A s p e c t o s n e u ro q u í mi c o s : diminuição de substâncias através das quais
se transmite o impulso nervoso entre os neurônios, tais como a acetilcolina e
noradrenalina
 A s p e c t o s a mb i e n t ais : exposição/intoxicação por alumínio e manganês
 A s p e c t o s i n f e c c i o s o s : como infecções cerebrais e da medula espinhal
 P r é - d i s p o s i ç ã o g enét ic a em algumas famílias, não necessariamente
hereditária.
 A doença de Pick é um tipo de demência f r o n t o -
temporal.
Quando a lesão ocorre na área cerebral que controla o
comportamento, esta forma de demência é muitas
vezes marcada por mudanças notórias da
personalidade na pessoa afetada. E s t a pode- se
revelar-se antipática, arrogante, at uar
i n a p r o p r i a d a m e n t e e, de um modo g e r a l ,
n ã o r e s p e i t a r a s r e g r a s s o c i a i s . O estágio
inicial costuma ser caracterizado por uma falta de iniciativa
e por falhas de memória para acontecimentos recentes.A
desorientação espacial ocorre também muito cedo.
Sinais e sintomas
 Na fase inicial da doença, a pessoa afetada mostra-se um p o u c o
c onf us a e e sq uec id a e parece não encontrar palavras para se
comunicar em determinados momentos; às vezes, a p r e s e n t a d e s c u ido
da a p a r ê n c i a p e s s o a l , p e r d a da iniciati va e alguma
p e r d a d a a u t o n o m i a para as atividades da vida diária.
 Na f a s e i n t e r m e d i á r i a n e c e s s i t a de m a i o r a j u d a p a r a
e x e c u t a r a s t a r e f a s de r o t i n a , em p a r t e devido a
a p r a x i a (incapacidade de executar movimentos voluntários coordenados,
embora funções musculares e sensoriais estejam conservadas); pode passar a
n ã o r e c o n h e c e r s e u s f a m i l i a r e s , pod e a p r e s e n t a r
incontinência u r i n á r i a e f e c a l ; t o r n a - s e incapaz p a r a
j u l g a m e n t o e p e n s a m e n t o a b s t r a t o , precisa de auxílio direto
para se vestir, comer, tomar banho, tomar suas medicações e todas as
outras atividades de higiene.
Sinais e sintomas
 No período final da doença, existe p er d a de p es o
mesmo com dieta adequada ; dependência
c o mpl e ta , t or n a -s e i n c a p a z de q u a l q u e r
a t i v i d a d e de r ot in a d a vida diá r ia e f ic a
restrita a o l eit o, c o m p er da t ot a l de
j u l g a m e n t o e c o n c e n t r a ç ã o . Pode apresentar reações a
medicamentos, infecções bacterianas e problemas renais. Na maioria
das vezes, a causa da morte não tem relação com a doença e sim
com fatores relacionados à idade avançada.
Fatores de risco
 Idade
 Hereditariedade
 Metais: o alumínio e o zinco têm sido associados às alterações
do tecido cerebral que ocorrem na doença deAlzheimer.
 Porém não há evidências diretas que liguem a exposição física
a esses metais com a doença*.
 Síndrome de Down
 Uso de Estrogênio
 Antioxidantes
Diagnóstico
 O diagnóstico de Doença de Alzheimer é feito através da
exc l us ã o de out r a s doenç a s que podem evoluir
também com quadros demenciais. Por exemplo:
 Traumatismos cranianos
 Tumores cerebrais
 Acidentes VascularesCerebrais
 Arterioesclerose
 Intoxicações ou efeitos colaterais de medicamentos
 Intoxicação por drogas e álcool
 Depressão
 Hidrocefalia
 Hipovitaminoses,Hipoteroidismo
Tratamento
 Não existe cura conhecida para a Doença de Alzheimer, por
isso o tratamento destina-se a controlar os sintomas e proteger a
pessoa doente dos efeitos produzidos pela deterioração trazida pela
sua condição. Antipsicóticos p odem s er
recomendados p a r a c o n t r o l a r comportamentos
a g r e s s i v o s ou d e p r i m i d o s , g a r a n t i r a s u a
s e g u r a n ç a e a d o s que a r o d ei am .
 Sabe-se, atualmente, que altos níveis de açúcar e colesterol no
sangue podem ter relação forte com a doença e que pessoas
solitárias têm o dobro de risco de desenvolverem o mal de
Alzheimer. É, também, conhecido que a ingestão de vitamina E
reduz o risco de morte em aproximadamente 25%, exercícios
físicos, chá verde e uma dieta rica em frutas, verduras, cereais,
feijão, nozes e sementes previnem o surgimento de
demências.
Tratamento- medicamentoso
 1- Tratamento dos distúrbios de comportamento: Algumas vezes, só
com re mé d io s d o t i p o c a l ma n t e e n e u r o l é p t i c o s
(haldol, neozine, neuleptil, risperidona,
m e l l e r i l , e n t r e o u t r o s ) podem ser difíceis de controlar. Assim,
existem outros recursos não medicamentosos, para haver um melhor
controle da situação.
 2- Tratamento específico: dirigido para tentar melhorar o déficit de
memória, corrigindo o desequilíbrio químico do cérebro. Dr o g a s
c omo a r i va s t i g mina (Ex e lon ou P r omet a x),
donep ez il (Er a nz ), g a l a nt amina (Reminyl), ent r e
o u t r a s , podem f u n c i o n a r mel h o r no iníc io d a
doença, a t é a f a s e i n t e r m e d i á r i a .
 Outra droga, recentemente lançada, é a mema n t ina (Eb ix ou
Alois), que a t u a d i f e r e n t e d o s a n t i c o l i n e s t e r á s i c o .
MAL DE PARKINSON
 É uma doença neurológica, que a f e ta o s
movimentos d a p es s o a . O c o r r e
devido à degeneração da s
c é l u l a s s it ua da s n a s u b s t â n c i a
c i n z e nt a d o c é r e b r o . Essas células
produzem dopamina, que conduz as correntes
nervosas ao corpo. Com evolução lenta e
que raramente acomete pessoas com
idade inferior a 50 anos.Apresenta como
característica rigidez mus c u l a r ,
t r e mor em r e p ous o, diminuiç ã o
de mobilidade e i n s t a b i l i d a d e
p o s t u r a l . Causa: Desconhecida.
Sinais e sintomas
 A história usual de quem é acometido pela doença
de Parkinson c o n s i s t e num aum ento
gradual dos tremores, maior
l ent id ã o de moviment os , c a minha r
arrastando os pés, postura
inclinada p a r a a f re n t e .
 O tremor típico afeta os dedos ou a s
mãos , mas p ode t a mb ém a f e ta r o
q ueixo, a c a b eç a ou o s p é s . Pode
ocorrer num lado ou nos dois, e pode ser
mais intenso num lado que no outro. O
tremor ocorre quando nenhum movimento
está sendo executado, e por isso é chamado
de tremor de repouso. Por razões que ainda
são desconhecidas, o tremor pode variar durante
o dia.
Tratamento
 A grande arma da medicina para combater o Parkinson são os
r e mé d io s e c i r u r g i a s , a l é m d a f i s i o t e r a p i a e a
t e r a p i a o c u p a c i o n a l . Todas elas combatem apenas os sintomas. A
fonoaudiologia também é muito importante para os que têm
problemas com a fala e a voz.
 O tratamento f a r m a c o l ó g i c o é f e i t o com a Levodopa ou
L-Dopa. Este ainda é o medicamento mais importante para amenizar os
sintomas da doença.
 As cirurgias também podem ser bastante benéficas para
determinados pacientes. As c i r u r g i a s c ons is t em em
l e s õ e s no n ú c l e o p á l i d o i n t e r n o ( P a l i d o t o m i a ) ou
d o t á l a m o vent r o -l a t er a l (Ta l a m ot omia ), que estão
envolvidos no mecanismo da rigidez e tremor. Porém, a lentidão de
movimentos responde melhor aos medicamentos.
 Atualmente já disponível no Brasil, o ma r c a p a s s o é muit o
benéfico, especialmente p a r a r e d u z i r o t r e m o r.
ESTIMULAÇÃO COGNITIVA NA VELHICE

MEMORIA EM AÇÃO
• Por ser a memória uma das funções cognitivas essenciais
para a vida, através dela é que retemos e utilizamos
informações, é neste quesito que incide grande parte das
queixas dos idosos.
Estudos epidemiológicos indicam que 4% a 54% dos idosos
apresentam queixas relacionadas a aspectos da memória.
Assim, pela importância de mantê-la para se ter um
envelhecimento saudável, é necessário o estudo de
intervenções que retardem os declínios normativos ou em
demências, com o objetivo de assegurar um desempenho
razoável e favorecendo a gestão da própria vida
• Com o intuito de
estimular a memória
e promover a
plasticidade cerebral,
várias
intervenções têm sido
propostas. Duas
intervenções que têm
sido investigadas são
as
• oficinas de memória;
• e os exercícios físicos.
Oficinas da memória
• A primeira Conferência Internacional sobre Promoção
da Saúde (1996) refere-se à saúde como um recurso
para o desenvolvimento social, econômico e pessoal,
importante dimensão da qualidade de vida. Nesta
perspectiva, a manutenção da capacidade funcional e a
preservação da autonomia, consideradas por
pesquisadores da área de Gerontologia (Gordilho et al.,
2000) como definidoras da saúde dos idosos,
configuram-se como valiosas estratégias para a
promoção da saúde, especialmente de idosos.
Segundo Freitas (2004), essas estratégias estão
interligadas e constituem, hoje, o objetivo da
atenção a essa população.
um quinto de todos os idosos com idade
superior a oitenta anos apresenta
demência, ou seja, a maioria dos idosos
não desenvolve a doença, o que vem
sendo interpretado como indícios de
envelhecimento bem-sucedido.
• De acordo com Rowe & Kahn (1998), o
envelhecimento bem-sucedido depende
basicamente da adoção de três
comportamentos:
• evitar doença;
• manter alto nível de capacidades físicas e
mentais;
• e manter ou recobrar engajamento com a
vida.
• Segundo Restak (1997), medidas como:
• Manter boa saúde física;
• evitar sedentarismo e inatividade;
• reduzir estresse;
• manter bom humor e amizades,
podem melhorar a saúde em geral, inclusive,
cerebral.
ESTIMULAR CONSTANTEMENTE
• De acordo com Yassuda (2002), muitos estudos
indicam que intervenções complexas envolvendo
técnicas de memorização, relaxamento e atenção,
podem gerar efeitos positivos e duradouros em idosos,
especialmente quando empregadas em grupo.
Segundo Guerreiro & Caldas (2001), diversos
pesquisadores apontam para uma relação positiva
entre o desempenho cognitivo do idoso e sua
estimulação continuada. O exercício diário da mente
promoveria a vivacidade mental e atividades
promotoras de estimulação mental poderiam
contribuir, ainda, na prevenção do declínio cognitivo.

Você também pode gostar