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Comprometimento associado ao
envelhecimento
Demências - Transtorno
Neurocognitivo Maior
1. Demência é diagnosticada quando há sintomas cognitivos ou comportamentais
(neuropsiquiátricos) que:
• Memória
• Funções executivas
• Linguagem
• Funções visuoespaciais
• Personalidade, comportamento e humor
comprometimento do SNC.
https://www.youtube.com/watch?v=PTt1pwJf0qs
A Doença de Alzheimer foi descrita em 1906 pelo médico Psiquiatra e Neurofisiologista
alemão, Alois Alzheimer, quando publicou em um congresso, o estudo de caso de uma
paciente com 51 anos, denominada Auguste Deter.
Esta paciente foi internada no Hospital Psiquiátrico de Frankfurt, onde Alois trabalhava. O
marido de Auguste queixou-se ao médico que ela tinha comportamentos estranhos,
andava descuidada com a casa, vivia irritada e que lhe fazia constantes acusações a
respeito de sua fidelidade como esposo, sem ter qualquer motivo para tanto.
Após quatro anos, Auguste faleceu e Alóis pode estudar seu cérebro tendo encontrado
atrofia generalizada de células em seu córtex cerebral, camada externa do cérebro que é
relacionada às habilidades intelectuais. Observou que eram as mesmas alterações
encontradas em cérebros de idosos, só que em maior quantidade e mais acentuadas no
hipocampo (estrutura no lobo temporal importante na formação de memórias).
▪ Segundo este relatório, estima-se que a cada 3,2 segundos, um novo caso de demência é
detectado no mundo e a previsão é de que em 2050, haverá um novo caso a cada
segundo.
▪ Neste estudo os pesquisadores encontraram que a prevalência foi maior entre as mulheres
e em pessoas analfabetas (12,1%) do que em indivíduos com escolaridade de 8 anos ou
mais (2%).
- Evolução previsível: leve / moderada / grave (sofre influência da idade de início, sexo,
nível educacional e condições genéticas)
- Hemograma completo
▪ Exames de imagem
- Tomografia ou RM
Nomeação
Memória Imediata
Aprendizado
Reconhecimento
Chaves et al., Dementia & Neuropsychologia,
2011
Doença deAlzheimer:Tratamento medicamentoso
A acetilcolina é um neurotransmissor importante para a memória. As pessoas com Doença
de Alzheimer têm níveis baixos de acetilcolina no cérebro. As enzimas
designadas colinesterases destroem a acetilcolina no cérebro. Se a sua ação for inibida,
mais acetilcolina estará disponível para a comunicação entre os neurônios.
As 3 drogas com propriedades anticolinesterásicas aprovadas para o tratamento específico
são:
Rivastigmia
Donepesila
Galantemina
TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO
▪ Qualquer lesão de caráter traumático, biomecânico e molecular que afete o encéfalo,
as meninges, os constituintes neurovasculares cranianos, o crânio e o próprio couro
cabeludo.
▪ Altos índices no Brasil e no mundo,
▪ Associa-se a elevados níveis de morbimortalidade, principalmente em indivíduos com
menos de 45 anos de idade e naqueles com mais de 65 anos.
▪ O impacto do TCE na saúde pública gira em torno das dramáticas perdas
socioeconômicas e pessoais, com marcantes sequelas neurodegenerativas,
incapacitantes e irreversíveis.
• Nos traumas leves e moderados são comuns: distúrbios do sono, doenças
neurodegenerativas, desregulação de eixos neuroendócrinos e quadros psiquiátricos.
Brasil
▪ principal causa morte 20 – 40 anos
▪ HC ~ 4000 casos /a
▪ 50% acidente automobilístico (75% - álcool)
▪ Mais comuns:
1. Acidentes envolvendo veículos, especialmente em adolescentes e adultos jovens.
2. Quedas são as responsáveis pelo segundo maior grupo de lesões e são mais
comuns em crianças e idosos.
3. Em alguns locais, as lesões provocadas por arma de fogo provocam mais TCE do que
acidentes automobilísticos.
▪ acidentes veículos automotores
▪ atropelamentos
▪ queda da própria altura
▪ queda de grandes alturas
▪ agressão física
▪ choque elétrico
▪ lesões penetrantes (arma de fogo, faca, chave de fenda...)
▪ esportes
▪ outros
• Agudas e crônicas,
• Classificadas como focais ou difusas,
• Podem evoluir para um amplo espectro de condições clínicas.
1. TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO FECHADO (TCEF)
▪ crânio permanece íntegro,
▪ resulta de acidentes com veículos motorizados e quedas que causam rápida aceleração e
desaceleração da cabeça,
▪ estresse da aceleração e desaceleração faz com que o cérebro seja jogado para frente e
para trás e para fora das proeminências localizadas na parte inferior do cérebro,
▪ esse movimento rápido do cérebro rompe e lesa as fibras nervosas que regulam todas
sensações que chegam ao cérebro e todos os sinais motores que surgem do cérebro,
levando a todas as partes do corpo.
2. TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO ABERTO (TCEA)
▪ o crânio é fraturado ou penetrado.
▪ OTCEAé uma lesão visível que frequentemente resulta de ferimento por arma de fogo e
faca bem como de acidentes que causam penetração do crânio e exposição da
substância cerebral.
Traumatismo cranioencefálico: tipos de lesões
FOCAIS DIFUSAS
• CONTUSÃO CEREBRAL • CONCUSSÃO
• HEMATOMA SUBDURAL AGUDO • LESÃO AXONAL DIFUSA
• HEMATOMA SUBDURAL CRÔNICO • TUMEFAÇÃO CEREBRAL
• HEMATOMA EPIDURALAGUDO
LESÕES FOCAIS: são aquelas cujo dano macroscópico é circunscrito a ÁREA BEM
DELIMITADA e compreendem as CONTUSÕES, as HEMORRAGIAS e os HEMATOMAS.
Devido ao efeito de massa, essas lesões PODEM REQUERER TRATAMENTO CIRÚRGICO DE
URGÊNCIA.
CONTUSÃO CEREBRAL
Pode ser única ou múltipla, pequena ou grande e com manifestação clínica variada. É
comum associar-se com concussão grave manifestada por períodos prolongados de
coma, obnubilação e confusão mental. A lesão pode ser por trauma direto ou por
contragolpe. O lobo frontal e temporal são locais frequentes de contusão.
▪ lesão devastadora do cérebro que ocorre em cerca de 50% das pessoas com traumas
graves na cabeça e pode levar à morte.
Traumatismo cranioencefálico: tipos de lesões difusas
* Se uma área não puder ser avaliada, nenhuma pontuação numérica será dada àquela região e será considerada “não testável”.
▪ Amnésia anterógrada e retrógrada
▪ Déficits de atenção: > distratibilidade
▪ Lentificação do pensamento: < velocidade do processamento Quanto menor o ECG e
▪ Dificuldades com juízo crítico mais longo o tempo de
▪ Impulsividade amnésia anterógrada
▪ Perseveração: pensamento, comportamentos, linguagem,...
▪ Incapacidade de sintetizar dados perceptuais
▪ Alterações da personalidade
▪ Outros Maior a chance de alterações
cognitivas e de personalidade
permanentes
▪ Apesar de parâmetros como: idade, achados de exames de imagem, hipotensão e
hipóxia serem importantes na avaliação, a ECG torna a avaliação neurológica do paciente
com TCE minimamente padronizada, facilitando a avaliação do prognóstico com boa
reprodutibilidade.
▪ O TCE deve ser encarado como GRAVE PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA e, tendo em
vista os índices prognósticos debilitantes, devemos direcionar investimentos para
planejamento de políticas públicas que visem MINIMIZAR OS EVENTOS TRAUMÁTICOS
NO TRÂNSITO, além de enfatizar a importância de ATENÇÃO ESPECIAL VOLTADA A
POPULAÇÃO GERIÁTRICA − mais suscetível a quadros de hipotensão e síncope, que
também podem culminar em TCE.
CASO CLÍNICO
TRAUMATISMO CRAIOENCEFÁLICO
Traumatismo cranioencefálico: caso clínico
Homem, 23 anos, levado ao serviço de emergência pela SAMU, após colisão de carro
contra poste. Estava com cinto de segurança e aparentava estar alcoolizado. Admitido em
ECG = 11 (AO = 3, RV = 4, RM = 4).
Tomografia de admissão
Tomografia pós-operatório
Paciente recebeu alta após 65 dias de internação com hemiparesia esquerda leve. Após
seis meses de reabilitação física, retomou suas AVDs sem necessidade de auxílio, porém foi
incapaz de retornar ao trabalho. A família relata que ele não consegue memorizar tarefas, é
desatento e não consegue manter a concentração. Iniciará reabilitação neuropsicológica
após avaliação.
▪ Doença psiquiátrica pré-existente
▪ Uso de álcool e/ou outras substâncias psicoativas
▪ Idade / Nível educacional / Dificuldades prévias de aprendizado
▪ TCE prévio ou doença do SNC
▪ É uma doença cerebrovascular caracterizada por lesões cerebrais que ocorrem por
algum incidente nos vasos cerebrais que resulta numa restrição de irrigação
sanguínea ao cérebro ou rompimento de vasos.
Avaliação Neuropsicológica:AVC
▪ Acidente vascular isquêmico (AVCI) que ocorre pela obstrução de vasos cerebrais,
ocorrendo em, aproximadamente, 85% dos casos de AVC.
▪ Acidente vascular hemorrágico (AVCH), que ocorre pelo rompimento dos vasos
cerebrais,
▪ Esses dois tipos de AVC podem deixar sequelas no indivíduo vitimado. O tratamento
envolve equipe multidisciplinar e as suas causas são multifatoriais, porém, alguns
fatores de risco são: hipertensão, depressão, obesidade, diabetes, tabagismo, consumo
excessivo de álcool, alimentação rica em gordura e carboidratos, doenças cardíacas,
entre outros.
Avaliação Neuropsicológica:AVC
▪ Ataque isquêmico transitório (AIT ou AVCT) que pode anunciar um AVCI, principalmente
nas próximas 24 a 48 horas.
▪ O AIT é caracterizado por uma disfunção neurológica causada por isquemia cerebral
temporária que apresenta os mesmos sintomas de um AVC por, aproximadamente, 2
horas. Porém, deve apresentar, necessariamente, duração de menos de 24 horas. Após
esse período, o déficit neurológico desaparece sem deixar sequelas. No entanto, assim
como nos outros tipos de AVC, o atendimento médico deve ser o mais rápido possível
para que o indivíduo receba um tratamento eficaz, a fim de evitar um novo episódio de
AVC que pode lesionar parte do tecido cerebral e causar prejuízos funcionais ou até a
morte.
Avaliação Neuropsicológica:AVC
▪ O AVC é uma doença incapacitante; trata-se de um dano nos circuitos e vasos
cerebrais comprometendo o funcionamento cognitivo e motor, reduzindo a qualidade de
vida de quem o sofre, a nível físico, cognitivo, mental e social.
MALLOY-DINIZ, L.F.; FUENTES, D.; MATTOS, P.; & ABREU, N. Avaliação Neuropsicológica. Porto Alegre: ARTMED, 2018.
MALLOY-DINIZ, L.F; MATTOS, P.; ABREU, N. & FUENTES, D. Neuropsicologia: aplicações clínicas. Porto Alegre: ARTMED,
2016.
MIOTTO, E.C.; LUCIA, M.C.S.; & SCAFF, M. (Org.) Neuropsicologia Clínica. São Paulo: ROCA, 2012.
Complementar
FUENTES, D.; MALLOY-DINIZ, L.F.; CAMARGO, C.H.P. & COSENZA, R.M. Neuropsicologia: teoria e prática. Porto Alegre:
ARTMED, 2008.
MALLOY-DINIZ, L.F.; FUENTES, D.; & COSENZA, R.M. Neuropsicologia do Envelhecimento. Porto Alegre: ARTMED, 2013.