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CONCEITO

O mal de Alzheimer, doença de Alzheimer ou


simplesmente Alzheimer é uma doença degenerativa
atualmente incurável mas que possui tratamento.

Alois Alzheimer (1864 - 1915)


Neurologista alemão, o primeiro
a reconhecer a doença degene-
rativa.
Aspectos Históricos
 Em 1906, Alois Alzheimer publicou o seu famoso artigo sobre “uma
rara doença do córtex cerebral”.

 Relata o caso de sua paciente, August D. (51 anos), e o define como


uma patologia neurológica, não reconhecida, que cursa com
demência, destacando os sintomas de déficit de memória, de
alterações de comportamento e de incapacidade para as atividades
rotineiras.
Epidemiologia
 É a principal causa de demência em pessoas com mais de 60 anos , sendo duas
vezes mais comum que a demência vascular, sendo que em 15% dos casos
ocorrem simultaneamente.
 Atinge 1% dos idosos entre 65 e 70 anos mas sua prevalência aumenta
exponencialmente com os anos sendo de 6% aos 70, 30% aos 80 anos e mais de
60% depois dos 90 anos.
 No mundo o número de portadores de Alzheimer é cerca de 25 milhões, com cerca
de 1 milhão de casos no Brasil .

 Existe uma relação inversamente proporcional entre a prevalência de demência e a


escolaridade. Nos indivíduos com oito anos ou mais de escolaridade a prevalência
é de 3,5%, enquanto que nos analfabetos é de 12,2%.

 A probabilidade de um parente próximo ter a doença é quatro vezes maior que na


população em geral, que tem probabilidade menor que 1%
Etiologia
Trata-se de um problema de dentro dos neurônios , os quais
atrofiam em vários lugares do cérebro, placas e fibras retorcidas,
enroscadas umas nas outras. Existem relações com certas mudanças
nas terminações nervosas e nas células cerebrais que interferem em
funções tais como:
 Memória,
 Raciocínio,
 Lógica,
 Abstração
 Orientação.

A destruição das células nervosas do cérebro leva ao


aparecimento dos sintomas da doença de Alzheimer.
Os dois fatores de risco mais relevantes:

• Idade avançada e o histórico familiar da doença, o


que sugere uma causa genética.

• Sexo feminino parece também ser um fator de risco


independente da maior longevidade das mulheres.
Áreas Afetadas
 Lobo frontal:
( inteligência julgamento e
comportamento social)

 Lobos temporal e parietal:


( memória e a linguagem).
Etiologia
 O tecido com Alzheimer possui um número bem menor de células
nervosas e de sinapses do que um cérebro saudável.
 As placas, depósitos anormais de fragmentos de proteína, se agrupam
entre as células nervosas.
 As células nervosas mortas e prestes a morrer
contém emaranhados neurofibrilares, que são formados por
filamentos torcidos de outra proteína.
 As placas são formadas quando pedaços da proteína chamada beta-
amilóide se agrupam. As beta-amilóides vêm de uma proteína maior
encontrada na membrana gordurosa que envolve as células nervosas.
 A beta-amilóide é quimicamente "pegajosa" e se junta aos poucos
formando as placas.
 As formas mais nocivas de beta-amilóide talvez sejam os grupos de
pequenos pedaços do que as placas em si. Os pequenos
agrupamentos podem bloquear a sinalização entre as células nas
sinapses. Eles também podem ativar as células do sistema imunológico
que causam inflamações e devoram células deficientes.
 Os emaranhados destroem um sistema de transporte de células
essencial formado por proteínas. Esta imagem de um microscópio de
elétrons mostra uma célula com algumas regiões saudáveis e outras
regiões com formação de emaranhados.
 Nas regiões saudáveis:
 O sistema de transporte é organizado em filamentos paralelos
ordenados como os trilhos dos trens. As moléculas de nutrientes,
partes de células e outros materiais essenciais viajam nesses “trilhos.”
 Uma proteína chamada tau ajuda os trilhos a permanecerem retos.
 Em regiões com formação de emaranhados:
 A tau se converte em filamentos torcidos chamados de
emaranhados.
 Os trilhos não conseguem mais se manter retos. Eles se
rompem e se desintegram.
 Nutrientes e outros suprimentos essenciais não conseguem
mais se movimentar através das células, que acabam
morrendo.
FATORES DE RISCO

 IDADE

 HISTORICO FAMILIAR

 BAIXA ESCOLARIDADE

 LESÕES CEREBRAIS
Sintomas
 As placas e emaranhados tendem a se espalhar por todo
o córtex em um padrão previsível de acordo com o
avanço da doença de Alzheimer.

- Fase Inicial: dura de 2 a 4 anos


• Perda de memória, confusão e desorientação.
• Ansiedade, agitação, ilusão, desconfiança.
• Alteração da personalidade e do senso crítico.
• Dificuldades com as atividades da vida diária (cozinhar,
fazer compras, dirigir, telefonar.
• Fase Intermediaria: Pode durar de 3 a 5 anos.

• Esta fase está correlacionada com o comprometimento


cortical do lobo parietal afetando as atividades
instrumentais e operativas.

• Dificuldade em reconhecer familiares e amigos.


• Perder-se em ambientes conhecidos.
• Alucinações, inapetência, perda de peso, incontinência
urinária.
• Dificuldades com a fala e a comunicação
• Movimentos e fala repetitiva.
• Distúrbios do sono.
• Problemas com ações rotineiras.
• Inicio de dificuldades motoras.
 Fase Final:

 Dependência total.
 Incontinência urinária e fecal.
 Tendência em assumir a posição fetal.
 Mutismo.
 Restrito a poltrona ou ao leito.
 Presença de úlceras por pressão (escaras)
 Perda progressiva de peso.
 Infecções urinárias e respiratórias.
 Término da comunicação.

Fase terminal:
 Morte
Diagnóstico
 O diagnóstico é bastante difícil pois a doença não tem sintomas
físicos específicos. Seus sintomas são mentais e de comportamento
e, por isso , durante muito tempo as pessoas deixaram de encarar
esse distúrbio como uma doença que exige intervenção.
 O aparecimento da doença é gradual, evoluindo de forma diferente à
depender do portador.
 Outros distúrbios são caracterizados pelos mesmos sintomas
psicológicos, sendo necessário fazer o diagnóstico por exclusão.
 Na fase inicial os exames como Tomografia e Ressonância
Magnética costumam não indicar alterações, sendo que, em um
estágio avançado pode indicar uma alteração no volume do cérebro
(atrofia). Exames como Pet Scan e SPECT, que indicam atividade
metabólica, podem também não indicar alteração.
Como detectar a doença?
Necessário fazer o exame de tecido cerebral por meio de
necrópsia ou biópsia cerebral;
Vários testes :
Tomografia ou ressonância nuclear magnética de crânio,
para excluir múltiplas isquemias, hemorragia ou tumores;

Dosagem dos hormônios da tireóide e exame de sangue


para verificar se não há alteração de fígado, no metabolismo
do cálcio e fósforo, deficiência de vitamina B etc.
Tratamentos
 O tratamento permite melhorar a saúde, retardar o declínio cognitivo,
tratar os sintomas, controlar as alterações de comportamento e
proporcionar conforto e qualidade de vida ao idoso e sua família.

 A deficiência de acetilcolina é considerada um dos principais


fatores da doença de Alzheimer.
Inibidores
 Os inibidores de acetilcolinesterase, atuam inibindo a
enzima responsável pela degradação da acetilcolina que é
produzida e liberada por algumas áreas do cérebro.

 Os medicamentos inibidores da acetil-colesterase são:


 Tacrina
 Donepesila
 Rivastimina
 Galantamina
 Rivastigmina
 Metrifonato
Efeitos Colaterais
 Efeitos colaterais comuns desses medicamentos:

- Hepatotoxicidade (30% na Tacrina)


- Diarréia
- Náusea
- Vômitos
- Tontura
- Fadiga
- Insônia
- Falta de apetite
- Mialgia
Medicamentos Psiquiátricos
 Como a depressão e ansiedade são um problema constante
no Alzheimer é comum que os médicos prescrevam
antidepressivos.

 Antidepressivos além de melhorarem o humor, o apetite, o


sono, o auto-controle e diminuirem a ansiedade, tendências
suicidas e agressividade tem demonstrado também
significativamente retardar a degeneração do cérebro.
Medicamentos Psiquiátricos
 Haloperidol (Haldol) - reduz as alucinações, a
agressividade, os distúrbios de humor, a anedonia, a apatia e
a disforia, que são comportamentos que ocorrem com a
evolução da patologia.

 Diazepam (Valium) - usado para insônia, ansiedade,


agitação motora e irritabilidade.
Cuidados
 Proporcionar um sistema de comunicação
efetivo.
 Usar um tom de voz tranqüilo e um modo de
falar lento e calmo ao se dirigir ao cliente.
 Permitir tempo suficiente para o cliente
responder às perguntas.
 Protejer o cliente contra lesão.
 Proporcionar período de repouso.
 Ingestão de liquido e nutrição adequada.
Fisioterapia
 Instituir um programa de exercícios físicos
que devem ser realizados em casa.
 Estimular a independência do cliente.
 Auxilie o paciente para manter as AVDs.
 Alongamentos e fortalecimentos.
 Manutenção e melhora cárdio-respiratóiria.
 Hidroterapia

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