Você está na página 1de 7

Demência

INTRODUÇÃO
O SNC é o sistema biológico que sofre mais comprometimento com o processo do envelhecimento, pois é o responsável pela vida de relação (sensações, movimentos..) e pela vida
vegetativa (funções biológicas internas)
Fatores intrínsecos: genética, gênero... Fatores extrínsecos: ambiente, sedentarismo...
Senilidade: envelhecimento patológico (atinge especialmente o SNC)
Senescência: envelhecimento saudável

SISTEMA NERVOSO — ENVELHECIMENTO


Atrofia cerebral
Em mulher é mais precoce – acima de 45 anos o peso do cérebro diminui mas o volume se mantem constante até os 60 anos
Redução do e peso e volume cerebral e do cerebelo
1
Após 60 anos o volume começa a ser perdido junto ao peso\ alongamento dos sulcos
Perda de neurônios do tálamo
Atrofia do tronco cerebral
ii Fiiiiiiiiiiii
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

Perda de neurônios protetores da medula espinal


Perda de fibras das raízes dos nervos espinais
Ateromatose dos vasos cerebrais
Patologia que provoca o estreitamento do calibre das artérias que levam sangue ao cérebro
gordura
ALTERAÇÕES ASSOCIADAS AO ENVELHECIMENTO NORMAL — DECLÍNIO COGNITIVO ASSOCIADO AO ENVELHECIMENTO
O número de células nervosas cresce em um envelhecimento normal. Em algumas áreas a perda celular é mínima, enquanto em outras (ex: hipotálamo), a perda é evidente.
A perda de peso cerebral não está relacionada a inteligência (a demência pode ocorrer em pacientes que apresentam espaços ventriculares normais para a idade)
Declínio cognitivo inferior ao nível da demência.
Gradual subjetivo durante, pelo menos, 6 meses.
Domínios: memória, aprendizado, atenção, concentração, linguagem e orientação visuespacial.
Prevalência 26,6% (68 a 78 anos).

Alterações Cognitivas
Alterações da memória: mais evidente.
MEMÓRIA: responsável pela aquisição (Aprendizagem), armazenamento e evocação das informações.
Neurotransmissores: glutamato (excitatório).
É o aminoácido mais abundante no sistema nervoso central (SNC) agindo como neurotransmissor excitatório. Além disso, atua no desenvolvimento neural, na plasticidade
sináptica, no aprendizado, na memória e possui papel fundamental no mecanismo de algumas doenças neurodegenerativas
Outros: acetilcolina, noraepinefrina, dopamina, serotonina, com ação modulatórias. (atividade física libera esses hormônios) -A atividade física auxilia na evocação da memória

Memórias — Memória de trabalho ou operacional


Entende o que nos rodeia, percepção da realidade, transmitido pelos sentidos; responsável pela evocação (recordar ou lebrar) ou formação de memória. Memoria que coordena
o que a gente faz, o processo de tomar banho por exemplo.
Duração: segundos ou poucos minutos.
“Gerenciador” dos sistemas do cérebro.
Áreas: córtex pré-frontal, núcleos das amígdalas.
Córtex pré-frontal: responsável por controle motor – Memoria do controle motor
Não deixa traços bioquímicos e não forma arquivos duradouros. (memoria que só é evocada para aquela tarefa)

Memórias — Memória declarativa


Envolve fatos e acontecimentos (memória semântica) ou episódica (memória episódica ou autobiográfica);
Áreas: hipocampo, córtex entorrinal, córtex cingulado, córtex parietal e amígdalas.
A memória declarativa que envolve o córtex adrenal vai ser a memória associada a algum órgão sensorial - ``senti o cheiro de canela e lembrei...´´ A memória só se forma
quando associada a alguma questão sensorial
Envolve ódio, repulso, estado de alerta.
Normalmente essa memória declarativa está relacionada com a nossa prontidão para fazer alguma ação. – estado de alerta
Modulada pelos núcleos basal e lateral da amigdala.
Memória semântica: riqueza dos conceitos, resulta do processamento de memórias adquiridas em episódios, interligados à memórias pré-existentes.
(pode estar relacionada a memória recente, vejo algo agora que me faz lembrar do passado)
Memória de curta duração: regulada por receptores dopaminérgicos, noadrenérgicos, serotoninérgicos e colinérgicos.
Região: hipocampo, córtex entorrinal e parietal posterior.
Memória de longa duração: moduladas pelos receptores dopaminérgicos, serotoninérgicos, colinérgicos muscarínicos.
Area: córtex entorrinal, hipocampo, córtex parietal posterior (área somato-sensorial).
Hipocampo: região que ocorre a consolidação da memória – com a idade há perda de neurônios
O sono permite que o cérebro processe melhor as novas experiencias e conhecimentos. É durante o sono que as memorias adiquiridas recentemente são transferidas do
córtex motor para o lobo temporal, onde se transformam em informações ``enraizadas´´, que serão lembras a longo prazo.

Consolidação das memórias: - Neurotransmissores:


Beta endorfina, vasopressina, peptídeos, benzodiazepinas endógenas, hormônios como ACTH (hormônio do estresse), corticoides, epinefrina, norepinefrina.
Processamento: neoestriado e cerebelo

Perda da memória: - Anterógrada:


Lesão hipocampo, impede aquisição de novos dados.
não
Retrograda: não recorda dados ou fatos ocorridos há minutos/horas.
Procedido de lesão traumática ou intoxicação, recorda fatos antigos.
Info embora

DEMÊNCIA
Síndrome de disfunção adquirida persistente em vários domínios: memória, linguagem, capacidade visto-espacial e a cognição (abstração, matemática, julgamento e solução de
problemas).
Deterioração intelectual: acompanhada de variações de humor, alterações na personalidade e no comportamento.
Resulta de variedade de condições:
Distúrbios degenerativos;
Vasculares;
Neoplásicos;
Desmielinizantes;
Infecciosos;
Inflamatórios;
Tóxicos;
Metabólicos e psiquiátricos.
sem
Incidência e prevalência aumentam com a idade; ⁃ 5% da população com idade acima de 65 anos;
Doença de Alzheimer: causa mais comum de demência. perdada capacidade de identificar objetos e pessoas
Principais sintomas: amnésia, afasia, agnosia, comprometimento do funcionamento executivo (memória + capacidade intelectual + planejamento cognitivo).
Sintomas comumente associados: depressão, delírios, alucinações, irritabilidade.

Causas da Demência
Intoxicações: alcoolismo.
Doenças nutricionais: deficiência de vitamina B12. (Auxilia a prevenção da degeneração das células e auxilia no metabolismo nervoso)
Traumas crânio-encefálicos.
Neoplasia do sistema nervoso.
Infecções: AIDS e neurossífilis.
Doenças neurodegenerativas: doença de Alzheimer.
Doenças cerebrovasculares

DEMÊNCIA VASCULAR
Presença de lesões cerebrovasculares na ausência de alterações neurodegenerativas
A demência vascular ocorre quando artérias cerebrais são danificadas, bloqueadas ou enfraquecidas, e impedem o aporte adequado de oxigênio e nutrientes no tecido cerebral.
Quando o fluxo sanguíneo é severamente alterado, isso pode levar a uma série de hemorragias ou obstruções, com a consequente morte de neurônios e comprometimento do
funcionamento do cérebro.
Não existe cura para a demência quando a causa é um problema de circulação sanguínea que já produziu degeneração no cérebro, mas é possível evitar ou retardar seu
aparecimento seguindo as mesmas recomendações necessárias para evitar um infarto do coração.
É a terceira causa de demência no idoso (15% a 20%)
Padrões heterogêneos das lesões cerebrovasculares
FATORES DE RISCO
Modificáveis
Hipertensão arterial
Fibrilação arterial

FEEI
Cardiopatia isquêmica
Insuficiência cardíaca congênita
Diabetes mellitus
Hiperlipidemia
Não modificáveis

Mia
Idade avançada
Sexo masculino
Etnia negra e oriental

ETIOPATOGENIA
Estudo das causas das doenças e dos mecanismos patogénicos que atuam sobre o organismo para provocarem essas doenças
São multifatoriais e envolvem:
Isquemia cerebral regional
É uma doença que leva à interrupção do fluxo sanguíneo no cérebro
Isquemia cerebral global transitória
É uma condição caracterizada pela perda temporária e completa da memória anterógrada, isto é, relacionada a eventos que ocorreram recentemente.
Associação de duas ou mais causas

CORRELAÇÃO ANÁTOMO-CLÍNICA
Depende da sua localização, número e extensão
Podem alterar memórias, cognição e comportamento
Exemplo: lesões das conexões tálamo-corticais e lesões de região límbica = distúrbios de memória, atenção, motivação e embotamento afetivo

CAUSA DA MORTE
Decorrentes dos próprios acidentes vascular cerebral ou de suas complicações
Média de 3,9 anos após início de demência

Doença de Alzheimer
É uma doença neurodegenerativa progressiva, heterogênea (é um tipo de demência)
Ocorre o declínio funcional progressivo, perda da autonomia, levando a dependência total.
Representa 60% dos casos de demência
Em 5 a 10 anos já está profundamente incapacitado, mudo e imóvel
O diagnóstico dele é feito por exclusão (porém para saber com 100% de certeza, só no pós morte avaliando o cérebro)
Predominância em mulheres (pode estar ligado a interrupção hormonal depois da menopausa)
No filme: PARA SEMPRE ALICE, mostra que a Alice possui alzheimer precoce devido a alterações genéticas (herança autossômica dominante). — 7% dos casos

FATORES DE RISCO
Idade
Sexo feminino
Síndrome de Down
História familiar
Fatores ambientais

NEUROPATOLOGIA
Perda neuronal — atrofia cerebral (morte das células nervosas)
Degeneração simpática intensa (dendrito são comprometidos)
Hipocampo tem função em consolidação da memória e função de aquisição da memória recente (No Alzheimer ocorre um comprometimento muito acentuado)
PATOGENIA
Acúmulo de proteínas AB e TAU em locais específica do cérebro (TAU: proteína associada a microtúbulo presente nos axônio - ela mantém os microtúbulo intactos que mantém
a capacidade de um axônio de transportar nutrientes)
Estágio final: placa e emaranhadas (a grande presença desses 2 indica estado grave)
Placa: Agregados de AB — AB formado no SNC leva a morte celular (deposição anormal dessa proteína inflama e mata as células neuronais)
Emaranhados: Agregados de microtúbulo com a TAU que desenvolvi-se intracelular e depois extracelular

ASPECTO E QUADRO CLÍNICO


A progressão da doença é lenta e inflexível
Duração superior a 10 anos
Fase inicial da doença: Duração de 2 a 3 anos —> sinais vagos e difusos (memória)
Fase intermediária: Duração de 2 a 10 anos —> defeito de memória e sintomas focais
Fase avançada: Duração de 8 a 12 anos —> grave comprometimento de todas as funções cognitivas (incapazes de andar…)

AVALIAÇÃO
Teste mini-mental. Teste do relógio

TRATAMENTO
Focado em pré clínico (teste em laboratórios)
Metas: melhorar qualidade de vida, maximizar o desempenho funcional e promover autonomia factível
Tratamento sintomático
Remédios que interrompem a expressão de AB e prevenção da alteração da TAU

DEPRESSÃO
A depressao é uma doença que afeta o humor a disposição e os sentimentos
Alta prevalência em idosos (+60)
Pré disposição genética
Intensidade variável
Fatores endógenos: que se forma no próprio organismo X. Fatores exógenos: que se formam fora do organismo. (Ex: fator ambiental)

QUADRO CLÍNICO
Tristeza
Angústia
Ansiedade
Irritabilidade
Anedonia (diminuição da capacidade de sentir alegria)
Pensamentos de culpa, morte, fracasso…

Osteoporose
Doença osteometabólica sistêmico caracterizada por redução da quantidade de massa óssea,
perturbação microarquitetura do osso e consequentemente aumento das fraturas

EPIDEMIOLOGIA

Í Í
Expectativa Da doença
Alto custo para o sistema de saúde
Mortalidade principalmente após fratura de quadril (medo, insegurança, perda da indepen-
dência …)
Diagnóstico precoce são imprescindíveis para retardar ou previnir a osteoporose

CLASSIFICAÇÃO DA OSTEOPOROSE
Primária tipo 1: não associada a outras doenças
Comum em mulheres, osso trabecular (parte interna dos ossos longos e vértebras —> fornece suprimento mineral), fratura em vértebras
Primária tipo2:
1- Comum em homens e mulheres
2- Ossos trabecular e cortical
3- Fraturas comuns em vértebra e fêmur
Secundária:
1- Drogas
2- Herança hereditária
3- Fatores endócrinos (hipertireoidismo)
4- Gastrointestinais (dismutação)
5- Mieloma múltiplo (câncer nas células da medula óssea —> plasmáticos)
6- Imobilização prolongada
7- insuficiência renal crônica

FATORES DE MAIOR RISCO


1- Sexo feminino 2- Baixa massa óssea 3- Fraturas prévias (fraturas pós 50 anos) 4- Artrite reumatóide. 5- Idade avançada (+60).
6- história materna de osteoporose. 7- menopausa precoce não tratada. 8- tratamento com corticoide
Raçabranca e asiática
FATORES DE MENOR RISCO
1- hipogonadismo (mal funcionamentos das gonadoas -testiculos e ovários). 2- hipertireoidismo (aumenta a o metabolismo celular que causa perda de cálcio).
3- tabagismo, alcoolismo, sedentarismo. 4- imobilização prolongada. 5- doenças que induzem perda óssea 6- tratamento com glicocorticoides
6- doença pobre em cálcio 7- doenças digestivas, diabetes, câncer….

APRESENTAÇÃO CLÍNICA
É uma doença silenciosa, com poucas manifestações clínicas até que ocorra a fratura.
Fratura de vértebras ao mínimo esforço (ex:espirrar, tossir)
Dor aguda no momento da fratura, depois, dores dorsais intermitente (dói, para de doer, volta a dor…)
Aumento da cifose
Retificação da lordose lombar

FRATURAS MAIS COMUNS


Vértebras
Punho (COLLES) —> fratura pós queda (mao para trás)
Quadril (a mais devastadoras das fraturas, principalmente na região próxima do fêmur).
Essa fratura é tão perigosa devido aos efeitos posteriores da queda, como dor crônica pós lesão, limitacaocda mobilidade por completo

DIAGNÓSTICO
Métodos que medem a densidade óssea:
1- Densimetria óssea
2- Ultrassonometria óssea
3- Anamnese

ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS
Medicamentosa (ingestão de cálcio, vitamina D, exercício físico com carga)

TRATAMENDO DA OSTEOPOROSE
1- Abordagem multidisciplinar. 2- modificações comportamentais (tabagismo..). 3- terapia de reposição de estrogênio. 4- calcitonina (diminui a reabsorção
óssea)
5- aledonato (bifosfanato) aumenta a massa óssea.

FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE


As principais queixas são dor e comprometimento funcional
O tratamento tem que ser individualizado
Programa de exercícios focado na ganha de massa, resistência e equilíbrio
Exercícios de alongamento e fortalecimento dos extensores da coluna vertebral
O programa é a longo prazo
O objetivo é manter a funcionalidade do idoso
Utilização de DADM (dispositivo auxiliar de macha)

Síndrome do imobilismo
DEFINIÇÃO
É um conjunto de sinais e sintomas que acomete um o idoso acamado por um longo Periodo de tempo, levando a um grau de imobilidade. Ele é gerada pelas alterações sistêmicas
caudadas pela inatividade musculoesqueléticas e, por isso, tem impacto direto na longevidade e qualidade de vida do indivíduo.
A imobilidade é indicada para:
1- Evitar aumento de fluxo sanguíneo, da PÁ
2- Pós operatório imediato de neurocirurgiã
3- Entorses…
Um dos grandes problemas pro idoso na imobilidade é a formação de trombos
A principal causa do imobilismo vem em decorrer de quedas.

FATORES QUE LEVAM AO IMOBILISMO


1- Sequelas motoras
2- Demência (mal de alzheimer —> desautonomia)
3- Doença de parkinson em estado avançado

PROBLEMAS SECUNDÁRIOS AO IMOBILISMO


SISTEMA OSTEOMUSCULAR
A atrofia muscular causada pela imobilidade, leva a perda de sarcômeros, que ocasiona uma diminuição da força muscular, e resulta num aumento de tecido conjuntivo,
deformando articulações.
Acúmulo do tecido fibrótico e perda da massa óssea —> osteoporose

Menor produção de força muscular + fibrose articular = limitação de ADM, limitações funcionais, fadiga, aumento da inatividade, dor, deformidade, alterações sistêmicas.

SISTEMA TEGUMENTAR
A manifestação tegumentar incluem pele desidratada, com redução da elasticidade e espessura. Isso favorece o surgimento de lesões dermatológicas, como úlceras de pressão,
dermatite amoníaco, lacerações e equimoses.
As úlceras de pressão acontecem principalmente em áreas de tecido de gordura precária. A compressão prolongada de vasos sanguíneos, leva a isquemia tecidual e necrose local.
Podem evoluir para sepse (resposta extrema do corpo para matar o microorganismo) e morte

SISTEMA CARDIOVASCULAR
1- Aumento da FC pelo aumento da atividade simpática
2- Hipotensão ortostática no
Síndrome do imobilismo
Jjhuk,ir,ou

Você também pode gostar