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Curso de Medicina
SÍNTESE REFLEXIVA
André Felipe
Edvalson Júnior
Gustavo Rezende
Isabela Vilela
Lucas Aragão Vasconcelos
Murillo Abud
Sonally Rodruigues
Mineiros
2020
INTRODUÇÃO
Dona Olivia, 68 anos, do lar, faz tratamento irregular para hipertensão arterial
utilizando 25 mg/dia de hidroclorotiazida e 100 mg/dia de atenolol. Exames
laboratoriais recentes mostraram: Colesterol Total: 279mg/dL, LDL: 168mg/dL, HDL:
38mg/dL e Triglicérides: 312mg/dL. Em um final de semana, com sua família reunida
para o almoço, iniciou-se uma acalorada discussão sobre política. Depois de todos terem
retornado às suas casas, Dona Olívia começou a queixar-se de uma cefaleia muito
intensa, generalizada, sobrevindo a seguir redução da mobilidade de seu dimidio direito
e dificuldade na fala. Sua neta, Martinha, lembrou de um folheto falando sobre AVC e
chamou o SAMU. Foi imediatamente encaminhada para o hospital, onde foi medida sua
PA, que se encontrava em 220/140mmHg. O pulso era de 108bpm. Ao exame, realizado
pelo clínico de plantão, foi constatada hemiparesia à direita e disfasia. O clínico
medicou -a com nitroprussiato IV havendo queda na PA para 180/100mmHg. Solicitou
uma tomografia craniana de urgência (abaixo). Como não havia sinais de hemorragia e
não obteve melhora após redução da pressão, o plantonista chamou o neurologista para
iniciar o protocolo de trombólise. O neurologista, Dr Fábio, classificou Dona Olivia
como candidata ao tratamento e iniciou infusão de Alteplase na dose padrão. Dona
Olivia obteve melhora da classificação NIHSS, recebendo alta após 5 dias de internação
sem complicações, em uso de pitavastatina 4mg, valsartana 160 mg e hidroclorotiazida
25 mg. Encontra-se em acompanhamento na clínica de reabilitação com melhora
progressiva e uma mínima sequela na força do braço direito.
DESENVOLVIMENTO
➔ AVE isquêmico:
O AVE isquêmico se manifesta pela súbita instalação de um deficit neurológico
focal persistente, como consequência a uma isquemia seguida de infarto no parênquima
encefálico (cérebro, diencéfalo, tronco ou cerebelo). É decorrente da oclusão aguda de
uma artéria de médio ou pequeno calibre. Esta oclusão, na maioria das vezes, é do tipo
embólica (trombo proveniente de local distante que caminha pela circulação arterial até
impactar na artéria), mas também pode ser trombótica (trombo formado na própria
artéria envolvida no AVE).
Um percentual dos AVE isquêmicos, embora tenha quadro clínico idêntico aos
AVE embólicos (déficit focal de instalação súbita), possui ecocardiograma transtorácico
sem cardiopatias emboligênicas e Doppler de carótidas/vertebrais normal, este é o AVE
criptogênico. Sugere-se que muitos desses casos sejam decorrentes de embolia
paradoxal através de forame oval patente, ou que os êmbolos sejam provenientes de
placas ateromatosas da aorta ascendente.
O AVE trombótico mais comum é o AVE lacunar (20% dos AVEs isquêmicos),
definido por infarto de tamanho inferior a 2 cm (0,2 a 15 mm3), causado pela oclusão de
pequenas artérias perfurantes cerebrais, que nutrem o tálamo, a cápsula interna e os
gânglios da base, ou dos ramos arteriais que irrigam o tronco cerebral. Essas pequenas
artérias desenvolvem uma lesão obstrutiva chamada lipo-hialinose (espessamento
hialino da camada média), que pode precipitar a trombose in situ.
Nas primeiras 24h do AVE isquêmico, métodos como o PET (Tomografia com
Emissão de Pósitrons) permitem delinear as áreas que possuem lesão irreversível e as
áreas isquêmicas recuperáveis (penumbra isquêmica). Esta última apresenta baixo fluxo,
porém uma extração de oxigênio aumentada (tentativa de compensar a isquemia).
Fatores de risco menos comuns para AVE isquêmico são: síndrome do anticorpo
antifosfolipídio, anticoncepcionais, tabagismo, fator V de Leiden, overdose de cocaína,
meningite bacteriana ou tuberculosa, neurossífilis, endocardite infecciosa, lúpus
eritematoso sistêmico, vasculites necrosantes (ex.: poliarterite nodosa), vasculite
primária do SNC, fibrodisplasia, síndromes hematológicas (policitemia vera, anemia
falciforme, hemoglobinúria paroxística noturna).
No mais, sabe-se que todo paciente com deficit neurológico focal de início
súbito que dura mais de 15-20 minutos deve ser encarado como AVE (isquêmico ou
hemorrágico). A presença de uma das síndromes acima sugere fortemente AVE
isquêmico, embora a TC de crânio não contrastada seja sempre essencial para descartar
AVE hemorrágico.
Fase aguda: A fase aguda do AVE isquêmico restringe-se aos primeiros três
dias do evento, quando a terapêutica pode impedir a transformação da penumbra
isquêmica em infarto cerebral. Todo paciente que apresenta deficit neurológico focal
súbito, com duração > 15min, deve ser avaliado imediatamente.
Em caso de disfagia grave a dieta deve ser enteral, progredindo-se 500 ml, 1.000
ml, 1.500 ml até 2.000 ml (2.000 kcal/dia), variando de acordo com o cálculo das
necessidades calóricas basais. Devem ser evitados a hiper-hidratação e o soro glicosado,
a fim de prevenir hiponatremia e hiperglicemia. Uma hidratação razoável seria 1.000-
1.500 ml/ dia de Ringer lactato com KCl. É fundamental monitorizar a natremia (diária),
a glicemia (glicemia capilar a cada 6h) e a temperatura axilar (curva térmica a cada 4h).
Os seguintes exames inespecíficos são recomendados na admissão: ECG,
hemograma completo, glicemia plasmática, eletrólitos, ureia, creatinina, coagulograma,
gasometria arterial e marcadores de necrose miocárdica. No mais a hipoglicemia
(glicose < 60 mg/dl) deve ser prontamente corrigida, pois por si mesma causa lesão
cerebral. O objetivo é deixar o paciente normoglicêmico o mais rápido possível. A
hiperglicemia deve ser tratada com insulina em pacientes hiperglicêmicos (> 180
mg/dl), sendo mantida entre 140-180 mg/dl.
Vale frisar que o trombolítico só pode ser prescrito para pacientes com PA ≤ 185
x 110 mmHg. Após administração do trombolítico, a PA deve ser mantida abaixo de
180 x 105 mmHg nas primeiras 24h (diminui risco de transformação hemorrágica).
Sobre a Heparina, sabe-se que deve ser prescrita na dose profilática, para
prevenção de TVP/TEP. Pode-se optar pela heparina não fracionada 5.000 UI a cada 8-
12h, ou pela heparina de baixo peso molecular (ex.: enoxiparina 40 mg SC 1x dia). A
heparinização plena, a princípio, não está indicada. Nenhum estudo até hoje mostrou
dados consistentes a favor da anticoagulação plena na fase aguda do AVEi, pelo
contrário, a maioria mostrou aumento dos danos, com maior transformação hemorrágica
do infarto cerebral, que ocorre em torno de 10% dos casos.
O tipo mais comum é o AVE hemorrágico hipertensivo, causado por lesão crônica de
pequenas artérias perfurantes (as mesmas do AVE lacunar), promovendo fragilidade da
parede vascular e formação de pequenos aneurismas (aneurismas de Charcot-Bouchard).
O rompimento desses aneurismas (em geral durante um pico hipertensivo) provoca o
AVE hemorrágico intraparenquimatoso hipertensivo.
Os objetivos primários são: - PIC < 20 cmH2O; - Gradiente PAM-PIC > 60-70
mmHg (manter bom fluxo cerebral). A pressão arterial deve ser tratada se ≥ 180 x 105
mmHg, utilizando-se nitroprussiato de sódio, labetalol, metoprolol ou enalaprilato. O
objetivo é chegar a um valor de hipertensão leve (em torno de 160 x 100 mmHg). A
American Heart Association recomenda manter a PAM < 130 mmHg e a PA sistólica
em torno de 140 mmHg. A hiperglicemia e a hipoglicemia devem ser prontamente
tratadas, tal qual no AVC isquêmico.
Em relação ao quadro clínico, sabe-se que a faixa etária entre 35-55 anos é a
mais acometida pela rotura espontânea de aneurisma sacular congênito; já entre 15-30
anos, predomina a rotura de uma malformação vascular arteriovenosa. O quadro é
bastante clássico, o paciente começa com uma cefaleia holocraniana de início súbito e
de forte intensidade (“a maior dor de cabeça que a pessoa já teve”), evoluindo, em
metade dos casos, com síncope (perda súbita e transitória da consciência). Ao acordar
da síncope, o paciente se lembra da dor.
Quanto ao diagnóstico, tem-se que todo paciente que abre um quadro de cefaleia
súbita de forte intensidade, até que se prove o contrário, tem um AVE hemorrágico. Se
tiver a tríade cefaleia, síncope e rigidez de nuca, o diagnóstico provável é HSA. A TC
de crânio não contrastada confirma o diagnóstico em 95% dos casos. Em caso de
suspeita de HSA e TC normal, procede-se ao exame liquórico, que mostrará sangue
(primeiras 12h) ou um líquido xantocrômico (amarelado), por causa da conversão da
hemoglobina em bilirrubina.
O tratamento estabelece que o paciente deve ser internado na UTI e avaliado por
um neurocirurgião. Se estiver dentro dos primeiros três dias do início dos sintomas e
Hunt-Hess < III, deverá ser indicada uma arteriografia cerebral, para constatar e
localizar o aneurisma cerebral, sendo então realizada a cirurgia de clampeamento do
aneurisma (tratamento de escolha para a maioria dos aneurismas). Esta é a medida mais
eficaz para prevenir o ressangramento, complicação de maior letalidade na HSA. Se
houver rebaixamento da consciência, deve ser instalada uma PIC invasiva. O tratamento
da HIC é o mesmo referido no tratamento da hemorragia intraparenquimatosa.
• Coma
• Rigidez de nuca
• Convulsão sucedendo déficit neurológico
• Pressão arterial diastólica > 110mmhg
• Vômitos
• Sopro carotídeo
• Ataque isquêmico transitório prévio.
Neuroimagem
Por esse motivo, foram realizados numerosos esforços para auxiliar os médicos e
a equipe médica de emergência (EMS) a identificar rapidamente essa patologia, tanto no
ambiente hospitalar quanto no pré-hospitalar, e várias escalas de previsão de AVC
foram elaboradas.
O uso de escalas específicas para o reconhecimento do AVC aumenta a
probabilidade do diagnóstico correto de AVC. Muitas destas escalas foram idealizadas
para o uso pré-hospitalar, com o intuito de auxiliar o rápido reconhecimento e
tratamento dos pacientes com AVC, como a escala de Cincinnati, LAPSS, FAST e,
mais recentemente, a escala ROSIER.
1. Queda facial
3. Fala anormal
Achados de imagem
Fase subaguda
Pode apresentar lesão hipodensa em forma de cunha, envolvendo substância branca e
cinzenta e respeitando o limite vascular, bem como edema perilesional e sinais de efeito de
massa (desvio de estruturas da linha média para o hemisfério contralateral, apagamento de
sulcos e cisternas, compressão ventricular).
Fase crônica
Uma lesão focal hipodensa, bem delimitada, respeitando limites vasculares, com
proeminência de sulcos e alargamento dos ventrículos ipsilaterais. No caso de hemorragia, vai
ser formada uma área hiperdensa devido ao extravasamento de sangue. O íon ferro é o
responsável pelo aumento do realce.
Escore ASPECTS
Varia de zero a 10, sendo 10 o escore “normal” – ou seja, nenhuma hipodensidade nas
regiões determinadas para graduar o ASPECTS. E zero, o pior escore deles, ou seja,
hipodensidade em todas as “regiões” da TC avaliadas.
Figura 15 – ASPECTS
Regiões (total de 10 regiões):
C: Caudado
L: Lentiforme
I: Insula
IC: Cápsula interna
M1 a 6: Cerebral média em cortes mais inferior (M1-3) e superior (M4-6)
Para cada região com integridade do parênquima, visualizada na TC da fase
aguda, conta-se um ponto. Se há hipodensidade na região, perde-se, portanto, o ponto
naquela região. Portanto, ASPECTS de 7: houve 3 regiões com alguma hipodensidade;
ASPECTS de 6, 4 regiões com hipodensidade; ASPECTS de 9, apenas um local com
hipodensidade.
Critérios de inclusão:
Cuidados gerais
Inicialmente devem ser obtidos dois acessos venosos periféricos. O rt-PA deve
ser administrado na dose de 0,9 mg/kg, até um total máximo de 90 mg. Injetar 10% da
dose EV em até 1 minuto, e o restante em 60 minutos, em bomba de infusão. O paciente
deverá estar monitorado por período mínimo de 24 horas para a detecção de quaisquer
mudanças no quadro neurológico, sinais vitais, ou evidência de sangramento.
Complicações hemorrágicas
Embora a trombólise intra-arterial com rtPA não seja substanciada por estudos
clínicos randomizados, existem dados observacionais e comparações não-aleatorizadas
sugerindo o seu benefício. Um estudo não randomizado comparou pacientes que
receberam rtPA intravenoso ou intra-arterial com tomografia inicial mostrando o sinal
da artéria cerebral média hiperdensa. Um prognóstico menos favorável foi obtido com
rt-PA intravenoso nos pacientes com o sinal da ACM hiperdensa quando comparados
aos pacientes com a ausência deste sinal.
Figura 16: Valores de referência para avaliação dos níveis de lipídios na circulação sanguínea – Fonte: ANVISA.
Com relação ao efeito específico dos ácidos graxos sobre inflamação, diversos
estudos têm encontrado forte associação da ingestão de gordura trans e saturada com a
síntese de biomarcadores inflamatórios em comparação a ácidos graxos poli-
insaturados. Em comparação ao ácido oleico, o consumo de ambos aumentou a
concentração plasmática de interleucina-6, proteína C reativa selectina-e. Estudo
epidemiológico, conduzido em indivíduos com sobrepeso, demonstrou aumento de
interleucina-6 com gordura saturada.
Os homens com níveis baixos de HDL-C e doença coronária, mas sem níveis
elevados de LDL-C ou de colesterol total, têm uma prevalência muito elevada de
aterosclerose carotídea, tal como pode ser detectado por um eco-Doppler das carótidas.
A doença carotídea ou intracraniana grave é precursora de acidente vascular cerebral
isquêmico ou embólico. Uma dieta rica em gorduras saturadas ou parcialmente
hidrogenadas, poli-insaturadas, irá aumentar o nível de colesterol total assim como de
LDL-C.
O uso concomitante de dois fármacos que são metabolizados pela via do CYP
450 3A4 leva à competição pela via, resultando em concentrações elevadas das duas
drogas utilizadas, como por exemplo a Ciclosporina, eritromicina, cetoconazol e os
inibidores de protease. Ocorreram muitos relatos de pacientes que sofreram
rabdomiólise quando os usos de lovastatina e eritromicina foram combinados.
Hidroclorotiazida:
Via Oral
Posologia: Inicial 12,5 a 25mg 1x/dia; titular conforme necessário com base na
resposta do paciente até 50mg/dia em 1 ou 2 doses divididas.
É um betabloqueador
Via oral
Posologia: Inicial 50mg/dia, uso contínuo. Titular conforme necessário com base
na resposta do paciente a cada 1 a semanas até 100mg/dia.
Nitroprussiato de sódio
Via Intravenosa
Posologia: iniciar com 0,3-0,5 mcg/kg/min; pode ser titulada em 0,5 mcg/kg/min
em alguns minutos; máximo 10 mcg/kg/min.
Via Intravenosa
Posologia: Dose total 0,9 mg/kg (máx 90mg), sendo 10% em bolus durante 1-2
min, seguido do restante em BIC por 60 min.
Estatinas:
Efeitos adversos: pode ocorrer aumento das enzimas hepáticas no tratamento das
estatinas, miopatia, rabdomiólise. Podem aumentar o efeito da varfarina.
Diagnóstico diferencial
Há, contudo, um grande número de pacientes apenas com a PA muito elevada, sem
órgãos-alvo comprometidos e com um ou mais fatores associados a descarga
adrenérgica (ansiedade, transtorno do pânico, medo, cefaleia, dor etc.). Nesses casos,
não se deve prescrever anti-hipertensivo, e sim tratar a condição principal (analgésicos,
ansiolíticos etc.).
Tratamento
Uma vez confirmada (ou com forte suspeita clínica) uma emergência hipertensiva,
deve-se imediatamente iniciar o tratamento com agentes anti-hipertensivos parenterais.
De maneira geral, considera-se que a PA deva ser reduzida em questão de minutos a
uma hora nas emergências hipertensivas. A redução inicial não deve ultrapassar 20% a
25% da PA média inicial. Em termos práticos, não se deve reduzir de imediato a PA
diastólica para menos de 100 a 110 mmHg. Para tanto, devem ser empregados agentes
anti-hipertensivos de uso parenteral, com monitorização constante da PA.
➢ ↓ PA ≤ 25% na 1ª hora;
➢ ↓ PA 160/100 -110 mmHg em 2-6 h
➢ PA 135/85 mmHg 24-48 h
Ademais, o seguinte questionamento pode ser levantado: como fica decidido que
o paciente está com morte encefálica?
O que acontece com o paciente enquanto esses testes estão sendo feitos?
Ele é colocado em uma máquina que respira por ele, ventilador, para que o
cérebro possa logo enviar sinais dizendo ao corpo para respirar. Dessa forma, durante o
teste da morte encefálica, o ventilador e os medicamentos continuam, mas eles não
interferem na determinação da morte encefálica. Vale ressaltar que, enquanto o coração
tem oxigênio, ele pode continuar a bater. O ventilador providencia oxigênio para manter
o coração batendo por várias horas. Sem esse socorro artificial, o coração teria deixado
de bater. Ao dar a notícia aos familiares, lembre-se em morte encefálica, o indivíduo já
está legalmente morto e não será a remoção do ventilador que irá causar a sua morte.
Sob a perspectiva da legislação, a morte encefálica encontra respaldo na
Resolução CFM nº 2173, publicada em novembro de 2017. A norma exige três pré-
requisitos para a constatação de morte encefálica:
Além disso, cabe lembrar que o quadro clínico precisa cumprir os seguintes pré-
requisitos:
Para que a morte encefálica seja confirmada, é preciso realizar dois exames
clínicos, um teste de apneia e um exame complementar comprobatório.
O sinal mais comum de um AVC, o qual ocorre com maior frequência na fase
adulta, é a fraqueza repentina ou dormência da face, braço e/ou perna, geralmente em
um lado do corpo. Outros sinais frequentes incluem: confusão mental, alteração
cognitiva, dificuldade para falar ou compreender, engolir, enxergar com um ou ambos
os olhos e caminhar; distúrbios auditivos; tontura, perda de equilíbrio e/ou coordenação;
dor de cabeça intensa, sem causa conhecida; diminuição ou perda de consciência. Uma
lesão muito grave pode causar morte súbita.
A pessoa com alteração funcional secundária ao AVC pode ser atendida em uma
unidade ambulatorial, por equipe multiprofissional com atuação interdisciplinar.
Especialidades que podem integrar esta equipe: assistente social, enfermeiro,
fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico, nutricionista, psicólogo, terapeuta ocupacional.
É importante que seja feita avaliação por equipe qualificada, que contemple o
caráter dinâmico do quadro e que forneça pistas para a tomada de decisão no sentido de
favorecer a recuperação e também proporcionar compensações e funcionalidade.
Déficit sensório-motor:
- Disfagia:
Figura 21 – Algumas condições da deglutição do paciente pós-AVC e a conduta sugerida aos profissionais na
atenção hospitalar e ambulatorial – Fonte: Diretrizes de Atenção à Reabilitação da pessoa com Acidente
Vascular Cerebral.
- Paralisia facial:
- Fraqueza muscular:
- Déficits de sensibilidade:
Figura 22 – Limitação das Atividades de Vida Diária pós-AVC e condutas sugeridas aos profissionais na atenção
hospitalar e ambulatorial – Fonte: Diretrizes de Atenção à Reabilitação da pessoa com Acidente Vascular
Cerebral.
Figura 23 – Limitação das Atividades de Vida Diária pós-AVC e condutas sugeridas aos profissionais na atenção
hospitalar e ambulatorial – Fonte: Diretrizes de Atenção à Reabilitação da pessoa com Acidente Vascular
Cerebral.
Figura 24 – Limitação das Atividades de Vida Diária pós-AVC e condutas sugeridas aos profissionais na atenção
hospitalar e ambulatorial – Fonte: Diretrizes de Atenção à Reabilitação da pessoa com Acidente Vascular
Cerebral.
Comunicação:
Déficit cognitivo:
Distúrbios do humor:
Não existe medicação específica para esse transtorno e indica- -se a avaliação de
uso de antidepressivo, quando associado a quadro de depressão. A compreensão por
parte do paciente, de seus cuidadores e de sua família sobre a origem neurológica do
problema reduz o risco de que esse problema se torne o centro de preocupação e
diminua a ansiedade gerada pelos episódios. É importante que se ressalte que o episódio
é passageiro e se espere sem críticas ou demonstrações de desagrado, encorajando a
volta do estado de regulação de humor do sujeito. Objetiva-se com a redução do
impacto negativo e a manutenção do programa de reabilitação minimizar o transtorno,
para ganho de qualidade de vida, autonomia e inserção social.
CONCLUSÃO